O Início



N/A: Nossa q sdssssssss disso aki, do pessoal, de td!!!!!!
Por isso, eu naum vou esperar mais a capa nem a betagem, vou começar a postar e qndo o a capa ficar pronta e minha beta me passar, eu atualizo bonitinho para vcs... rs :D
Bem, espero q gostem, viu! Vou postar o primeiro cap. Ah, os caps são maiores nessa fic, blz!
Aiai... espero q gostem....
BjSSSSSSSS!!!!!!!!!!!!!!


“There used to be a graying tower alone on the sea.
Costumava existir uma torre cinza sozinha no mar.
You became the light on the dark side of me.
Você se tornou à luz no meu lado escuro.
Love remained a drug, gets me high enough to kill...
O amor me lembrou uma droga, me eleva o bastante para curar”.

...” There is so much a man can tell you, so much he can say
Existe tanta coisa que um homem pode dizer a você, tanto que ele pode dizer.
You remain my power, my pleasure, my pain...
Você me lembra, meu poder, meu prazer, minha dor...
Baby, to me you're like an old addiction that I can't deny...
Querida, Para mim você é como um velho vício que eu não posso negar...
Won't you tell me, is it healthy, baby?
Você não me dirá se isso é saudável, querida?”.

Kiss From A Rose

Seal




1- O Início

Início do Flashback

Era uma noite fria. Draco era puxado por Snape depois do ataque de Hogwarts, o loiro não tinha idéia de para onde estava sendo levado. Os acontecimentos passavam por sua cabeça o tempo todo, já estava tonto.
Draco e Snape chegaram em um lugar parecido com uma floresta, tudo o que conseguiu fazer depois de ver o corpo inerte de Dumbledore foi se deixar levar pelo professor.
Estavam nesta floresta em frente a uma cabana. Ele estava muito tonto, o ano fora exaustivo. Draco estava com uma aparência doentia, sua pele estava mais branco-acinzentada do que o normal, ele tinha emagrecido cinco quilos e seu rosto estava encovado.
Ao ver a cabana, sua idéia era entrar nela, mas antes de fazer qualquer coisa, ele desmaiou.
Ele acordou com Snape olhando para ele preocupado, quando ele se recuperou, Snape e ele foram para a cabana. Snape chamou, porém ninguém respondeu. Decidiram entrar e ao entrar se depararam com uma cena que jamais sairia da sua cabeça. Seu pai havia sido brutalmente torturado e depois disso enforcado. A cena era bizarra. Lúcio estava nu e coberto com hematomas. Seu corpo era marcado como se tivessem escrito nele, depois de algum tempo, Draco descobriu que fizeram com que seu próprio pai escrevesse nele mesmo, como Umbridge havia feito com Harry no 5º ano de Hogwarts. As palavras que estavam escritas no pai fizeram com que uma lágrima caísse dos olhos de Draco. O preço por criar um traidor.
O rosto de Lúcio estava tomado de total pavor. Os olhos estavam arregalados e a falta de vida nos olhos, ainda abertos, do pai, tornou a cena mais pavorosa. O pescoço de Lúcio estava inclinado para a esquerda. Atrás do corpo do homem, havia uma mensagem escrita com sangue, e Draco se lembrou dos ataques durante o 2º ano no colégio.

Você já sabe o caminho a seguir

Draco ficou olhando para a cena por um longo período. Como o desgraçado sabia para onde ele ia?
“O Lord já sabia que eu ia falhar, merda!”
Depois de se martirizar o bastante com a cena, Draco notou marcado na parte de cima da mão do pai algo diferente, havia algo escrito, mas não era a mesma frase que cobria o resto do corpo inerte, forçou os olhos para ler uma letra pequena... lembranças, titia. Belatriz.

Draco sentiu a raiva tomar conta dele, a fúria fez com que seu corpo esquentasse rapidamente.
De repente a voz de Snape cortou seus pensamentos.
- Você terá que se unir a Ordem. – a voz de Snape saiu como se aquela fosse a proposta mais comum do mundo.
- Você ensandeceu? – perguntou Draco, irritado – É tudo o que eles querem, pois assim, será mais fácil ter a minha cabeça.
- Não seja tolo Draco, é a sua única chance – Snape retrucou, friamente – ou você acha que se você se reapresentar ao Lord das Trevas ele irá passar a mão na sua cabeça e entender que você não matou Dumbledore, por ser apenas um garoto de dezessete anos.
Draco abriu e fechou a boca várias vezes, então Snape continuou.
- Ele com essa idade já tinha matado pessoas. Não espere compreensão da parte dele, porque você será morto. – Snape parecia desnorteado.
- Então eu tenho que sumir. – falou Draco pensativo.
- NÃO SEJA UM MALFOY TÃO COVARDE QUANTO O SEU PAI FOI! VOCÊ AINDA TEM CHANCE.... E SUA CHANCE – abruptamente Snape abaixou a voz com ressentimento – ... sua chance é a Ordem. Potter viu tudo, sabe que você não matou Dumbledore, ele vai querer fazer o que Dumbledore queria, vai acabar te ajudando.
- Por que você está dizendo isso? – perguntou Draco, intrigado. Nunca virá o professor agir daquela maneira “desesperada”.
- Você terá de deixar ser arrogante – Snape disse isso com desprezo -, você dependerá da piedade dos outros, assim como eu já dependi tantas vezes....
Draco viu então, uma lágrima escorrer no rosto do professor.
- ... mas para o seu azar, você não terá Dumbledore para lhe amparar.
Draco sentiu que aquela era a oportunidade de perguntar algo que estava em sua cabeça desde que chegaram àquela floresta.
- Por que o senhor me ajudou? Por que matou Dumbledore em meu lugar? – o loiro perguntou, amedontrado.
Snape sorriu sem alegria, um sorriso de desapego.
- Porque fiz um Voto Perpétuo com sua mãe. – Snape olhou para o horizonte e prosseguiu – Eu não teria me importado em morrer por isso, mas eu contei a Dumbledore e ele me forçou a fazer um Voto Perpétuo com ele, com o mesmo intuito que sua mãe, mas Dumbledore queria que eu o matasse e não permitisse que fosse você.
- Por quê? – Draco estava preso na ranativa do mestre, mas queria entender mais.
- Porque não queria que você sujasse a suas mãos de sangue. – Snape olhou para Draco – Ele sempre acreditou em você.
- Mas... mas você não tinha opção?
- Teria sim, trair a confiança dos dois e morrer. – Snape balançou freneticamente a cabeça fazendo um gesto negativo, e Draco percebeu que ele ainda queria falar – Eu não teria me importado em morrer por trair sua mãe, mas não poderia jamais trair única pessoa que sempre me ajudou, não poderia trair Dumbledore.
Draco não falou mais nada, agora entendia tudo. Snape matara Dumbledore por ordem do próprio Dumbledore. Ele não queria ter feito isso. Ele não questionou mais nada, já sabia o caminho a seguir.


Fim do Flashback

Ele não sabia se estava com mais raiva por amá-la e não tê-la ou por ela ter se casado com o seu maior rival, porque mesmo depois de ter se tornado grande amigo de Harry os dois alimentavam uma competição saudável.
Ela sempre conseguia deixá-lo louco de alguma maneira e dessa vez sequer pareceu proposital. E como isso o irritava. Ela sempre teve poder sobre ele, o poder de fazer dele o que ela bem entendesse. Mas porque ela tinha que sair naquela reportagem com aquele babaca?

Draco estava tomando seu café da manhã e lendo o Profeta Diário como fazia todos os dias. Nenhuma notícia importante, desde que a guerra foi vencida por Harry. O jornal não era mais tão interessante, mas como tinha o costume, lia sempre. Gina Weasley era a editora chefe do Profeta, ela dificilmente publicavas matérias suas no jornal, mas quando se tratava dos amigos ou dos irmãos, ela fazia questão de escrever.
O que mais o incomodava era quando via receitas, fofocas ou notícias de trouxas, não que ainda sentisse todo aquele ódio por trouxas, mas o que importava saber se um trouxa tinha se jogado na linha do trem? Francamente!
Tomava suco de abóbora quando leu algo que o fez cuspir tudo.


Os Senhores da Guerra

O Senhor e a Senhora Potter voltam à mídia.
“Os Senhores da Guerra”, junto com o Sr. Ronald Weasley, goleiro da seleção inglesa de quadribol e o “sumido” Draco Malfoy, são intitulados assim, por desvendar os mistérios mais obscuros, prender os principais comensais durante a guerra e por simplesmente, ser o casal mais badalado do mundo mágico. Afinal, são inteligentes, corajosos e lindos. O que mais podem querer?O fato, é que depois de tantos anos após a guerra, o casal encontrou algo que pode ser uma nova horcrux.
O Senhor Potter, em entrevista informou que não há o que temer e que tudo está sobre controle. Procuramos os assessores do Ministério, e fomos informados que o objeto (que não foi revelado), está sendo estudado incansavelmente e que qualquer novidade, o Ministro da Magia, Arthur Weasley, informará a comunidade bruxa sem rodeios.
O medo volta a assombrar nossas casas. Esperamos que dessa vez, o Ministério tome medidas imediatas caso seja constatado o pior, ou então, uma terceira guerra pode surgir.



Virgínia Weasley


No lado esquerdo da reportagem tinha uma foto de Hermione e Harry em um momento um romântico. O que incomodou mais ainda Draco.
Draco socou a mesa de vidro irritado. A mesa estourou e sua mão começou a sangrar imediatamente, mas ele não estava preocupado com isso.
Como ela pode fazer aquilo com ele? Se casar com o Potter? Ele tinha ouvido boatos sobre isso, mas não quis acreditar.
O pior para Draco, era saber que a culpa era dele, afinal, se ele não tivesse fugido eles estariam juntos agora. Nem ele entendia o porque tinha feito aquilo, tinha sido tão difícil se aproximar dela...

Início do Flashback

Draco estava em um quarto, o banho deu a ele um novo ânimo.
Depois de enterrar seu pai, Draco ficou dois dias na cabana sem comer ou tomar banho, o que conseguiu fazer só depois de ir até Hogwarts, quando pediu à ajuda oferecida por Dumbledore. Ele sabia que apesar de tudo, Harry Potter ia querer que à vontade do professor fosse realizada, e se Potter ficasse do seu lado, seria mais fácil. Ele pode se sentir novamente limpo e seu estomago não fazia mais barulhos estranhos.
Como ele esperava, Minerva McGonagall, o ajudou, ele estava em um quarto da sede da Ordem não sabia onde estava localizada. A professora deu a ele um sonífero para levá-lo até lá.
O quarto onde estava era azul royal, muito clássico e frio, com móveis antigos parecidos com os de sua casa. Draco imaginava um ambiente menos pesado para os membros da Ordem, foi só então que percebeu que a guerra não afetará somente a ele, mas todos que nela estavam.
Ele já havia jantado, um elfo levou comida para ele. Minerva já tinha avisado que após o jantar faria uma reunião com os membros da Ordem para ver se ele teria apoio ou perdão. Ele estava deitado em sua cama quando o elfo que o serviu veio chamá-lo.
- Senhor Malfoy, a Senhora McGonagall está esperando pelo senhor na sala.
Ele ficou desnorteado, achou que ela o buscaria e desceria junto com ele, e não que ele apareceria do nada na sala repleta de pessoas que queriam vê-lo morto. Draco respirou fundo e foi em direção a escada, quando ouviu a tão conhecida voz da professora, que, para sua surpresa, nessa noite suava ligeiramente insegura.

- Como disse a vocês mais cedo, temos algo muito importante para decidir hoje. Quero deixar bem claro, que se tratava do último desejo de Dumbledore, caso contrário, eu sequer estaria aqui agora. – Minerva respirou fundo, era observada por muita gente, Harry, Ron, Hermione, Gina, Fred, Jorge, Carlinhos, Neville, Padma e Parvati Patil, Lilá Brown, Dino, Simas, Lupin, Tonks, Luna, Gui, Carlinhos e os Srs. Weasleys, Hagrid, Madame Maxime, Ernesto Mcmillan, Cho, Zacarias Smith, Cátia Bell, Alicia Spinnet, Angelina Johnson, os irmãos Creevey, Justino Finch-Fletchley, Ana Abbott, Antônio Goldstein, Miguel Córner e Terêncio Boot, todos a olhavam com total atenção. – Todos nós sabemos como Alvo era e que morreu por confiar de mais. – ela limpou uma lágrima e viu a Molly fazer o mesmo. – Porém, uma coisa é confiar em alguém como Snape que já matou e fez parte de uma guerra e outra é confiar em um garoto sem rumo.
No fundo, todos já sabiam de quem Minerva falava, só podia ser dele, mas faltou coragem de falar. Até Hermione questionar:
- Professora, de quem exatamente a senhora está falando?
Minerva respirou fundo e agradeceu em pensamento por Hermione ter facilitado as coisas.
- Do senhor Malfoy, srta. Granger.
- Onde a senhora o encontrou? – perguntou a castanha, exasperada.
- Ele está aqui srta. Granger.
Todos falavam, a sala virou uma bagunça, até depois de um tempo Minerva ouvir Arthur perguntar:
- Onde?
Draco decidiu que era a hora de aparecer. Ele desceu as escadas, tentou parecer o mais seguro possível, não queria demonstrar fraqueza, não era dele. Chegou à sala e se colocou ao lado da professora, estava com medo, não sabia para onde olhar, ou se deveria falar alguma coisa, encarou Harry até ouvir uma voz que conhecia bem, mas dessa vez muito descontrolada.
- Professora, a senhora tem que me perdoar, mas a senhora enlouqueceu? Como pode trazer esse maldito Comensal para a nossa sede? Como pode confiar nele?
- Srta. Granger, contenha-se – McGonagall replicou, rígida. – ele não sabe onde está exatamente, não mostrei o caminho para ele. Definitivamente, eu não enlouqueci. Apenas não pude dizer não sem tentar fazer o desejo de Dumbledore.
Draco fitava Hermione, ela estava abatida e com olheiras, com certeza, por passar noites em claro tentando descobrir pistas ou em missões pela Ordem. Porém estava diferente, mais mulher talvez, ela vestia uma calça jeans preta certa no corpo com uma blusinha vermelha com detalhes em dourado, que se não fosse tão grudada ao corpo, pareceria com o uniforme da Grifinória. Hermione estava com um rabo de cavalo, estava mais alta e a roupa permitia que visse os quadris e pernas bem delineadas da castanha, pela blusa dava para notar os seios bem torneados da agora, mulher. Draco saiu de seus pensamentos quando ouviu Hermione falar novamente.
- O professor Dumbledore errou, não deveria confiar em pessoas como ele. – ela fez questão de falar com o máximo de desprezo à palavra ele – Morreu por isso, não podemos colocar tudo a perder agora.
Draco não sabia como ela conseguia falar daquela maneira, soou tão frio para ele a forma com que falou de Dumbledore, ele sentiu um arrepio forte ao perceber o ódio que tinham de Snape, eles não sabiam o motivo que o professor tinha matado Dumbledore. Todos a olhavam atentos, muitos por pensar igual a ele.
- Eu sei disso, srta. Granger – retrucou secamente – por isso, sugiro uma votação.
- Malfoy, você não tem nada a dizer? – era Neville. Todos olharam para ele impressionados, o garoto não costumava falar muito. Draco viu cair sobre ele todos os olhares da sala.
- E eu deveria? – ele perguntou, confuso.
- Claro, ou espera conquistar votos pela sua beleza? – era Gina, ela continuava com um jeito meio “moleca” de ser, tinha crescido muito também e estava tão abatida quanto Hermione, mas ainda tinha um olhar maroto, ainda era um pouco menina. Todos os Weasleys repreenderam a ruiva com o olhar pelo comentário. Draco olhou para os pés e sorriu de lado.
- Não Weasley, até porque já tive dias melhores. – Draco levantou os olhos e encarou Gina – Mas de qualquer maneira, estou aqui porque preciso de vocês. Meu pai foi morto, minha mãe também, conforme acredito que tenham lido no Profeta. – o loiro rolou os olhos para todos na sala e voltou-se para a ruiva. – E seguindo o ciclo, o próximo sou eu.
- E o que te faz pensar que nós te ajudaríamos? – perguntou Rony, friamente.
- Tenho tanto desejo de vingança em meu corpo que seria capaz de me suicidar enfrentando aquele desgraçado que se intitula de Lorde, sozinho. – Draco crispou os lábios – Pelo visto Potter, nós temos algo em comum agora, o assassino dos nossos pais.

Narcisa Malfoy foi encontrada morta no dia seguinte ao assassinato de Lucius, no mesmo estado que o marido. Draco só soube depois de falar com Minerva, foi quando soube também que a mãe havia abandonado o lado das Trevas, onde só entrara por causa do marido.
Harry e Draco se encararam por algum tempo, era nítido o ódio nos olhos dos dois, já não era mais uma competição sem fundamento, infantil, era raiva, desejo de vingança, sentimentos que crianças não sentem, um sentimento único, que os unia de alguma maneira.
- Acho que o desejo de Dumbledore tem que ser cumprido. – respondeu Harry seco.
O burburinho voltou e com exceção de Fred, Jorge, Lupin e Hermione todos concordaram com Harry.
- Não me importa o que dizem, não confio nele e para mim é tão desprazível quanto Snape ou Voldemort, não presta e quer nos enganar, sou capaz de garantir que ele tem um plano. – Hermione ainda estava fora de si e ao terminar de falar, virou a costa e saiu, ela parecia chorar...

Fim do Flashback

Draco tornou-se medibruxo, viveu na França por 12 anos, estava agora com 30 anos de idade e mais bonito do que nunca. Apesar de seus olhos terem perdido o brilho que tinha aos 18 anos. O que era compreensível, afinal havia passado por muitas coisas, mas mesmo assim havia se tornado um homem belo. Era alto e estava em forma, seu corpo estava na melhor fase, o que mais chamava a atenção das mulheres para Draco era o seu jeito irresistivelmente misterioso e sedutor, os olhos dele diziam muito mais do que seus lábios pronunciavam e poucas mulheres resistiam a isso. Era um dos maiores curandeiros de todos os tempos, ele escolheu não saber nada do que acontecia em Londres. Sabia que não gostaria de conhecer que destino ela tinha tomado. Sabia que não ficaria sozinha depois de tudo.
Ele tinha todas as mulheres se jogando aos seus pés, e ele ficava com muitas delas, porém nunca conseguiu sentir com ninguém o que sentiu com Hermione Granger.

Início do Flashback

Desde a sua chegada, Draco se sentia cada vez mais encantado com Hermione.
Era incrível como ela era forte sem deixar de ser feminina e delicada, o como ela era dedicada, como parecia não cansar de procurar por respostas o como ela queria ser forte e não podia deixar de reparar em como estava mais bonita a cada dia. Como ela fazia os olhos falarem por ela, ou como ela se segurava para não se dar por vencida e rir de algo que ele tivesse falado, quando ela fazia isso, ela olhava para baixo e dava um meio sorriso, querendo parecer irritada, Draco ficava realizado quando ela ficava assim, era lindo vê-la sorrir. O fato, é que mesmo bastante abatida com a guerra, à castanha estava cada dia mais bonita, mais mulher.

Hermione estava na sala, adormeceu enquanto lia. Todos os membros da Ordem estavam fora, as mulheres, exceto Hermione, decidiram fazer compras para relaxar, e os homens estavam jogando quadribol. Draco não quis ir, estava cansado, tinha chegado de uma missão naquela manhã e preferiu ficar em casa.
Ele achou engraçado quando Gina insistiu com Hermione para que saísse para relaxar e ela respondeu:
- O que me relaxa é ler, Gina. Divirtam-se, até porque a sede não pode ficar sozinha, e como os garotos vão jogar quadribol, você sabe né? Eles perdem completamente a noção de tempo... – Gina desistiu. Ele sorriu ao ter a prova de que ela era determinada demais para cair em contradição.
Ele olhava para ela, analisava cada parte de seu rosto, como era perfeito! Os lábios faziam o formato de um coração, o nariz arrebitado, os cílios cumpridos, as sobrancelhas pareciam desenhadas a mão, mas o mais belo daquela cena era a tranqüilidade que o rosto dela emanava, ela estava em outro mundo, pela sua expressão, era um mundo bom, disso ele tinha certeza.
Draco estava tão perdido em Hermione que levou um susto quando ela falou olhando ameaçadoramente para ele.
- O-que-você-está-fazendo-aqui? – ela falou palavra por palavra bem devagar.
- Nada, apenas olhando.
- Olhando o que? – perguntou irritada, crispando os lábios.
Draco sorriu, teve vontade de zombar dela, “o que você acha sua tonta, eu estou olhando para você!”, mas não achou que seria conveniente.
- Estou olhando o livro que está nas suas mãos, só isso. – Draco fez a cara mais inocente que conseguiu.
- Preste atenção, Malfoy, não importa o que me digam, eu simplesmente não confio em você. Por tanto, não tente me enganar com esse seu jogo barato – o loiro ficará sério – Eu não vou me importar em te azarar.
- Você acha que minto tão bem assim? Já faz seis meses que eu estou aqui.
- Acho que você está concentrado em um plano para satisfazer aquele seu Lord dos infernos, é isso o que eu acho.
Draco se aproximou dela que se colocou em pé, e pode sentir o perfume de rosas, ele respirou fundo e se concentrou na discussão, pois se fosse em outra ocasião, ele a agarraria.
- Eu não faria isso, desejo tanto quanto você ou Harry que aquele desgraçado morra. Realmente acredita que ficaria do lado dele depois dele matar meus pais? – Draco estava se aproximando.
- Não só acredito, como acho que você o ajudou – alfinetou-o. – Simplesmente, fazia parte do plano. – ela não se afastou e falou com todo desprezo que pode.

Ela enlouqueceu, não tinha alternativa, como podia falar ou pensar aquilo?

- Para o seu governo Granger, eu JAMAIS faria isso, porque NUNCA matei NINGUÉM e não começaria com MEUS PAIS. Mas eu não espero que você entenda, você não vê nada que você não quer. Vive no seu mundo perfeitinho, com amigos perfeitinhos, sendo perfeitinha, onde tudo tem que ser do jeito que VOCÊ acredita que é certo. Cuidado Granger, cristais quebram!
Draco virou as costas e saiu pesadamente da sala. Ele sentia um misto de raiva e dor com um certo... desejo. Sim ele desejava que ela acreditasse nele, desejava agarrá-la. CHEGA! Como podia estar se sentindo assim com ela? Ela é a Granger!

Demorou uma semana para Hermione criar coragem e pedir desculpas a Draco.

- Malfoy.
Draco virou para olhá-la, ele estava no jardim da casa dos Black, a essa altura já sabia onde estava e era considerado por “quase” todos um membro da Ordem, já tinha inclusive, participado de missões.
- O que? – perguntou ríspido.
Hermione sentou-se ao lado dele e olhou para a lua, que era onde Draco olhava antes dela interromper.
- Eu lhe devo desculpas pelo outro dia.
Draco fitou-a curioso. Era no mínimo engraçado ver alguém tão orgulhosa como Hermione pedir desculpas.
- O fato de eu não suportar você não me dá esse direito. – ela olhou para ele algum tempo, mas depois de ver os olhos azuis comprenetados nos dela, decidiu olhar para a lua novamente.
A presença de Malfoy sempre incomodou Hermione, mas era pior nos últimos tempos, porque ela sentia seu coração disparar todas vezes que o via ou as pernas ficarem bambas por ouvir a voz dele, ou então ficar tonta pelo perfume que ele emanava. Era irritante estar perto dele e desejar ficar por mais tempo.
- Foi você ontem? – ele perguntou, sério.
- Eu o que? – perguntou a castanha ruborizando, ela sabia do que ele estava falando.
Ele pareceu não querer continuar o assunto e Hermione entendia perfeitamente o porque.
- Não importa, mas por que me odeia tanto? – Draco olhava para ela, não importava se ela gostava ou não, ele não conseguia tirar os olhos dela. Afinal, ela estava especialmente bonita essa noite. Era verão e Hermione vestia um vestido azul turquesa simples até os joelhos, tinha um decote em v, ele tinha alguns bicos e detalhes em rosa claro que faziam contraste com as bochechas da castanha que estavam rosadas também, ela estava com o cabelo preso em um coque comum, com alguns cachos soltos na frente. Ele sabia de alguma maneira, que ela tinha prendido de qualquer jeito o cabelo, mas estava perfeito.
- E você ainda pergunta? – perguntou incrédula – Você me infernizou durante seis longos anos em Hogwarts, e...
- E você me culpa pela morte de Dumbledore. – ele completou, antes que ela pudesse terminar.
- Sim, eu te culpo.
Hermione encarou Draco, que abaixou a cabeça e ficou olhando para a grama.
- Ok, eu esperava por isso... sabia que se sentia assim... – Draco procurava palavras, mas não tinha como se desculpar ou se inocentar de algo que ele também acreditava. Hermione percebeu o embaraço do loiro e por algum motivo que ela desconheceu, tentou ajudá-lo.
- Esqueça Malfoy, não vim aqui brigar ou julgar você, vim te pedir desculpas, e como já fiz, posso ir embora.
Hermione levantou decidida, já estava de costas quando sentiu alguém segurar seus braços, fazendo com que ela se virasse. Os dois ficaram se encarando. Estavam próximos e a respiração de ambos estava ofegante. Hermione olhava desconfiada e curiosa, mas por algum motivo que Draco desconhecia, ela estava ruborizando intensamente. Draco notou em como ela ficava ainda mais linda iluminada pela luz da lua.
Hermione enrijeceu, o toque de Draco fez com que cada pêlo de seu corpo arrepiasse, sentiu um frio na barriga e sua respiração ficar mais ofegante.

“Que efeito é esse que Malfoy causa em mim?”.

Quando a castanha ameaçou abrir a boca, Draco se adiantou:
- Eu realmente sinto muito. – falou sinceramente.
- Mas infelizmente isso não muda nada. – replicou Hermione, friamente.
- Pelo visto, para você, não muda nada mesmo. – respondeu no mesmo tom, soltando a garota.
- Malfoy, não espere compreensão da minha parte, você só perderá seu tempo.
Draco olhou Hermione, de repente um calor o invadiu, estar ali conversando com ela, estavam tão próximos, sem brigar, sem ofender. Além do mais, o rosto dela o estava tirando de órbita. Ele não estava em sã consciência. O perfume dela estava deixando o loiro tonto, ele não pensou duas vezes.
- Talvez eu esteja disposto a perder esse tempo. – sem pestanejar Draco puxou Hermione pela cintura e a beijou. No início a castanha tentou inutilmente empurrá-lo pelo tórax, mas aos poucos ela foi cedendo e o beijo se aprofundou.
Draco sentiu todo seu desejo reprimido por mais de seis meses. Ele a beijava com paixão e ao que parecia, Hermione estava gostando, porque correspondeu ao beijo com a mesma paixão e intensidade que Draco. Ele estava com uma das mãos no cabelo da garota e a outra a passeando pelas costas dela. Ela estava com os braços entrelaçados no pescoço do rapaz, as línguas se procuravam, era praticamente um duelo entre elas.
Hermione não entendia como lábios de aparência tão fria podiam ser tão quentes, pois o beijo de Draco estava fazendo Hermione queimar por dentro.
Não demorou a Draco descobrir que os lábios da castanha não eram apenas convidativos, mas muito calorosos também. Ele poderia passar a vida a beijando.
Com as mãos, Draco a trazia para ele, sentir a pele macia dela, os lábios com gosto de morango. Como era bom senti-la. Draco teve uma sensação em seu estômago como se estivesse voando alto e descesse a toda velocidade, era perfeito, estavam entregues. Não existia nada além deles.
De repente, Hermione saiu do beijo. Ela o encarou sentindo os olhos marejarem. Draco esperou que ela lhe batesse, gritasse ou coisa do tipo. Mas ela falou lentamente segurando as lágrimas, eu te odeio! E saiu correndo.
Draco sentiu seu coração ficar em pedaços, nada se comparava a beijar Hermione, mas o que ela disse e o jeito que ela falou, o feriu mortalmente.

Fim do Flashback

N/A: Bem a explicação sobre a pergunta de Draco a Hermione sobre se tinha sido ela na noite anterior, será explicada no próximo cap... As imagens eu queria melhor e posicionada de outra maneira, mas naum consegui... sorry!




O arrependimento disperta dúvidas...
“Onde é que eu estava com a cabeça? Me desculpar com Malfoy, ele que se dane, eu NÃO tenho que ser justa, não com ele”...

“Mas por que sentiu tudo aquilo apenas com o toque de Draco?”.


A reação desperta curiosidade.
- Você quer me contar o que deu em você ontem?
- Não! – respondeu, com simplicidade.
...- Pela última vez Gina, não! – Hermione fez um gesto deixando clara a sua impaciência.


Essas são algumas lembranças das quais Hermione não consegue se livrar, mas ela não pode esquecer que sua vida mudou.

- Você sabe que eu te amo? – perguntou, sério.
- Sei sim, e eu também te amo. – respondeu, com um sorriso sincero.

Nossas vidas quase nunca tomam o rumo que esperamos... na realidade, quase nunca é o que nós achavamos que seria. Mas o que realmente importa é que temos que colocar "Tudo em Seu Lugar", Hermione tentou, mas será que ela conseguiu?

Não percam o próximo cap.

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