A Promessa



N/A:ok, desculpem a demora, mas como vcs sabem o feb estava fora do ar.... mas agora lá vai....

Christine Martins, não só uma mão... mas as duas... rs
BjauM!

Anna Fletcher, viu, o Harry naum é tão perfeito assim... rs
Tem o dedo sim... bem, naum vou deixar vcs tão curiosas essa semana... quero colocá-las em dia com a história...
BjauM!

Malu Chan, mtoo obrigada... q bom q vc vem aki qndo o pv pifa... rs
Vlw msm!
BjauM!

Hime Malfoy, essa verdade vai ser dura... acredite... rs
Mas mtooo reveladora!
Espero q goste...
BjauM!

Pontas Dolls Potter, mtooo obrigada... o acordo eh a explicação de mtaaas coisas para a Mione... fico feliz q esteja gostando do rumo da história....
BjauM!

Monalisa Mayfair, mtooo obrigada!!! :D
Desculpe por tanta demora para atender a sua pirraça, mas a culpa naum foi minha dessa vez.... rs
Espero q goste da att...
BjauM!

Anna Voltaire, discuções... isso eh pouco... uhauhauhauauha
BjauM!!!!



Se eu ainda soubesse
Como mudar o mundo
Se eu ainda pudesse
Saber um pouco de tudo
Eu voltaria atrás do tempo

Eu não te deixaria
Presa no passado
E arrumaria um jeito
Pra você estar ao meu lado de novo
Eu voltaria no tempo

Pra voltar pra ontem
Sem temer o futuro
E olhar pra hoje
Cheio de orgulho
Eu voltaria atrás do tempo
Eu voltaria atrás
Atrás do tempo

Os nossos erros
Seriam apagados
Nossos primeiros desejos
Ressuscitados
E de novo eu voltaria no tempo

Eu não te deixaria desistir tão fácil
E não te negaria nenhum abraço
De novo
Eu voltaria no tempo

E a gente fez
Nosso futuro
Quase quebrando
O nosso mundo
O nosso mundo
Nosso mundo

Nosso Mundo

Barão Vermelho






13 – A Promessa


Hermione estava revisando alguns documentos importantes sobre alguns comensais que estavam em Azkaban quando Draco invadiu a sua sala, acompanhado de sua secretária.
- Eu preciso falar com ela!
- A senhora Potter não quer recebê-lo, por favor...
A moça olhou amedrontada para Hermione, que estava sentada.
- Desculpe-me senhora Potter, mas ele não me ouviu...
- Eu preciso falar com você. – Draco falou sério.
Hermione o encarou séria, havia uma expressão de desespero no rosto de Draco, uma expressão que Hermione desconhecia.
- Pode deixar Cris, obrigada.
- Espero que o que você tenha a dizer seja realmente importante para entrar assim em minha sala.
- E é... Mas eu não sei exatamente por onde começar...
- Pelo começo Malfoy.
Draco permaneceu quieto.
- Você está me deixando nervosa, fale logo!
- Hermione, meu pai está vivo. – Draco falou praticamente em um sussurro.
Hermione o encarou por algum tempo. Até conseguir falar.
- Ou isso é uma brincadeira de muito mau gosto ou você realmente enlouqueceu. Francamente, você mesmo viu seu pai morto, não seja idiota.
- Eu não brincaria sobre isso! E não estou louco. – Draco respirou fundo, o que ia contar a Hermione, naquele momento, era o real motivo por ter partido, era o real motivo por tudo ter dado errado em sua vida. – Meu pai me enganou junto com o Voldemort, o objetivo deles era me mostrar o que acontecia com quem falhava com o “mestre”, o que eles não imaginaram é que o tiro sairia pela culatra. E eu mudei de lado, passei para o lado do bem.

Hermione caiu sentada na cadeira, sem reação. Draco a encarava e ficou mudo também.

- Você está bem?
- O que você acha, Malfoy? – ela perguntou irônica. – Há quanto tempo você sabe disso? – a voz dela saiu trêmula.
Draco baixou os olhos.
- HÁ QUANTO TEMPO DRACO?
- Desde o fim da guerra.
- Ah.... Muito revelador! Isso deve explicar muita coisa, ou não? – ela perguntou nervosa.
- Você sabe que sim...
- DROGA!
Hermione pegou a xícara que estava em sua mesa e jogou contra a parede.
- Esse foi o real motivo por eu ter ido embora.
- CALE A BOCA MALFOY! EU NÃO QUERO MAIS SABER!
- Não seja teimosa, Hermione, deixa eu...
- MANDEI VOCÊ CALAR A BOCA, VOCÊ FOI EMBORA PORQUE É UM COVARDE, SEMPRE FOI E SEMPRE VAI SER!
- VOCÊ NÃO ACHA MESMO QUE EU FUI EMBORA POR MEDO NÃO É? – Draco se exaltou também. Finalmente estava dizendo o que estava preso em seu coração e em sua garganta há tanto tempo.
- FOI NO QUE VOCÊ QUIS QUE EU ACREDITASSE, NÃO FOI?
- MAS NÃO FOI POR ISSO. – Draco respirou fundo e procurou se acalmar. – Eu fui embora porque meu pai ameaçou te matar caso eu ficasse com você, e eu não aceitaria te perder fácil assim.
- Muito inteligente, Malfoy, mas me perdeu de qualquer maneira, não foi? Só por curiosidade, você parou para pensar se era o que eu queria?
- Hermione eu não queria te por em risco.
- RISCO!? Ah sim, eu não sei o que é risco... – Hermione se aproximou com o dedo apontado na cara de Draco e continuou. – Desde que eu me tornei uma bruxa eu corro risco de vida, você parou para pensar que quando eu aceitei me relacionar com você eu já sabia dos riscos? Acha que eu não sabia o que me esperava? Se eu não estivesse preparada ou disposta você acha que eu ficaria com você? VÁ PARA O INFERNO, MALFOY!
Ela se virou de costas para ele. Tinha que se afastar, pois estava com vontade de bater, xingar, acabar com ele. Draco, por conhecê-la, esperou que ela desabafasse, coisa que não aconteceu.
- Eu não me orgulho disso, tá legal? Mas agora é tarde...
Hermione voltou a encará-lo atônita, certamente nunca teve tanta vontade de matar alguém como naquele momento. Quem ele achava que era para definir assim o que era um risco que ela poderia ou não enfrentar? E por que diabos ele estava contando aquelas coisas agora?

- Tente me entender... Eu nunca fui capaz de enfrentar o meu pai. Ele sempre me viu como inferior. Quando eu tinha as melhores notas da sonserina, eu ainda não tinha as notas mais altas do que a suas, se eu fui campeão de quadribol, eu ainda não havia vencido o Harry. Ele nunca sentiu orgulho de mim...
- Oh, você quer que eu sinta pena de você agora? – perguntou irônica. – Sinto pena do meu filho, que foi obrigado a viver uma mentira a vida inteira e agora é obrigado a viver com uma verdade bem mais dolorosa, que o homem que mais admira no mundo não é de fato seu pai. Dele sim eu sinto dó. Agora você... – ela fez um sinal com a mão de descaso e bufou.
- Você pode não sentir nada por mim, até porque não espero a sua pena, e tampouco a quero, ainda sou um Malfoy e tenho orgulho próprio. Estou apenas tentado te explicar que... – Draco pareceu mais confiante, sua postura havia mudado, não aceitaria ninguém com pena dele.
- Explicar o quê? Que o seu papai era mal? Não preciso disso, Draco, eu sempre soube.
- Eu não gosto dessa pessoa na qual você se transformou.
- Agora você me magoou! – Hermione colocou a mão no peito sarcasticamente. – POUCO ME IMPORTA DO QUE VOCÊ GOSTA.
- O Potter te fez mal!
- Não abra a boca para falar do Harry! – ela estava vermelha de raiva e novamente com o dedo na cara dele. – Isso é pura inveja porque o Harry sempre foi melhor do que você!
- Não quero falar do Potter, não vim aqui para isso. Além do mais, ele não é tão bom como você pensa! – Draco ficou enfurecido. Estava cansado de ter sempre que ouvir todos se referirem ao Harry como o “Santo Potter”.
- Invejoso! – retrucou com desdém.
- Você não conhece o seu marido tão bem quanto pensa!
- Ah, cale essa boca! Mas o que seu paizinho está armando agora? Me eliminar de vez? Diga para ele vir, nunca tive medo dele. Ele não passa de um cara arrogante que se acha mais importante do que realmente é.
- Ele quer matar o Philip.
- O QUÊ?
- Isso o que você entendeu. – respondeu com impaciência, ele havia se irritado com o fato do Potter ter entrado no meio da conversa. – Disse que eu sujei o sangue da família e que ele não vai permitir isso.
- Ele te falou isso e você o deixou partir? – perguntou atônita.
- Ele me mandou uma coruja Hermione, o que você pensa que eu sou para alguém partir depois de ameaçar a vida do meu filho? Porque caso você não se lembre, é do meu filho que estamos falando!
- Quer mesmo saber o que eu acho que você é? – retrucou sarcástica.
Draco bufou.
- Por quê? Isso vem ao caso? Achei que estávamos tratando da nossa vida do nosso filho e não da nossa vida pessoal. – retrucou irônico, estava cansado de ser bonzinho.
Hermione ficou sem resposta e aquilo a deixou extremamente irritada, esse maldito poder que ele tinha sobre ela. Foi quando, de repente, uma coruja entrou na sala de Hermione, deixou cair um pedaço de pergaminho sobre ela e se foi, tão sorrateiramente quanto veio. Era escura também, mas diferente da que levou o “aviso” a Draco.
A mão em que Hermione segurava o pergaminho estava trêmula. Sem bem saber o por quê, ela já tinha noção do conteúdo. Como se procurasse força, encarou Draco antes de abrir.

Sangue Ruim nojenta,
Você e os seus pagarão pelo seu erro.
Não pense que ficará impune a sua tentativa de sujar o sangue da família Malfoy.
Será uma sensação sem igual eliminar um sangue-sujo e um Potter.
Sem mais.
Lucius Malfoy


Hermione respirou fundo, aquilo não era apenas um pesadelo, ela não ia acordar.
- Educado como sempre.
Draco sorriu torto.
- Pelo visto o tempo que passamos juntos te deixou mais irônica.
- Não enche, Malfoy.
Hermione se sentou novamente, nunca tinha se imaginado em uma situação dessas... Ela, como uma “inominável”, já tinha resolvido muitos casos de lunáticos como o Malfoy, mas seus filhos nunca estavam envolvidos.
- E agora? Tenho que pensar em algo.
- Eu não pensei em nada ainda, por mais que eu tenha tentado, não consigo achar uma solução, por isso fui a....
- Como se eu esperasse algo de você. Além do mais, é melhor você não pensar mesmo, suas soluções acabam sempre dando errado.
Draco bufou.
- Cuidado, assim vai acabar tão educada quanto o meu pai.
- Malfoy, se você soubesse... eu estou tão perto de realizar o meu primeiro assassinato.
- Sempre achei que você tinha um lado obscuro, sabe, Hermione.
- Você é tão ridículo. – Hermione respirou fundo. – Preciso do Harry.
- MAS QUE SACO! EU ESTOU AQUI, CASO VOCÊ NÃO ESTEJA VENDO!
- Isso nunca fez muita diferença, Malfoy, pois sempre que precisei você não estava.
- Quer saber? Estou cansado disso! Quantas vezes eu vou ter que repetir que o Potter não é nenhum tipo de santo? Quantas vezes?
- Não, ele não é santo mesmo, eu nunca pensei isso dele. Mas ele é o que é, e não esconde seus erros atrás dos outros. – respondeu triunfante.
- Deve ser por que ele não conta os erros dele. – o tom de Draco foi desafiador.
- Não seja estúpido!
- Se você é cega em relação a ele, não sou eu quem vai te abrir os olhos.
- Oras, não! Me diga você o que o Harry fez de tão grave que ele me oculta? Vamos, me DIGA!
Draco encheu os pulmões de ar. Ele não faria aquilo. Havia um compromisso, uma promessa.
- Esqueça.
Hermione se aproximou dele e falou provocando.
- Você é tão deprimente Malfoy.
Ela não estava agindo bem fazendo aquilo. Ele nunca tinha sido muito bom em resistir à aproximação dela.
- E você tão tola. – respondeu em um sussurro próximo ao ouvido dela.
Hermione viu o que havia feito e se afastou. Ficou de costas para ele, tentando esconder que tinha ficado rubra e ofegante com a aproximação.

- Então você me escondeu que seu pai estava vivo por doze anos?
- Acredite você em mim ou não, foi para te proteger.
Hermione riu.
- Bela maneira. Ele continua vivo e agora ameaçando a mim e aos meus filhos. Você deve ter se achado muito nobre ao fazer isso, não?
- PARE DE ME JULGAR UM POUCO! Eu errei, mas foi tentando acertar.
- PRO INFERNO VOCÊ E AS SUAS BOAS INTEÇÕES. – ela estava cansada daquela discussão, de repente o foco havia mudado. Seus filhos corriam risco e ela tinha que agir. – Eu não sei por que estou perdendo o meu tempo com você. Eu vou procurar o Harry.
Ela se dirigiu à porta e ele a puxou pelo braço.
- ESTOU CANSADO DISSO! O HARRY NÃO PODE RESOLVER TUDO. ELE NÃO É PERFEITO. QUANTAS VEZES VOU TER QUE FALAR ISSO PARA VOCÊ ACREDITRAR EM MIM?

Nesse momento a porta da sala de Hermione foi rompida e ela respirou aliviada por Draco tê-la afastado dela..

- EU SABIA QUE VOCÊ FARIA ISSO MALFOY! -
Harry estava transtornado, praticamente cuspiu as palavras, parecia um bicho. Hermione nunca o viu assim. Draco, surpreso, soltou o braço de Hermione.
- Harry, calma...
Harry avançou em Draco e, segurando-o pelo colarinho, continuou.
- VOCÊ É UM COVARDE SEM PALAVRA. ONTEM MESMO FALOU QUE NÃO CONTARIA NADA.
- É melhor você se conter, Potter, ou vai realmente fazer uma burrada. – Draco falou com dificuldade.
- O que está acontecendo aqui?
A voz de Hermione não foi ouvida.
- O que aconteceu com “Nós dois sabemos que eu não vou contar. Existe uma promessa”? Seu babaca!
Hermione passou por eles, fechou a porta e colocou um feitiço para que ninguém pudesse ouvir o que acontecia, a “leve discussão” estava chamando a atenção de muitos.
- CALE A BOCA, POTTER, OU VOCÊ VAI SE ARREPENDER!
- NÃO ME AMEACE! QUAL É O SEU PRÓXIMO PASSO, AGORA? SE FAZER DE VITÍMA E RECUPERAR A HERMIONE PARA VOCÊ? ESTÁ CONTENTE AGORA QUE ELA SABE QUE EU JÁ SABIA QUE O SEU MALTIDO PAI ESTÁ VIVO?
- O QUÊ?
Harry parou abruptamente e encarou Hermione.
- Mione, você tem que me ouvir, eu... eu... tudo o que eu fiz foi por você.
- Eu acho que não entendi direito...
Harry voltou a encarar Draco e depois Hermione, a expressão dela era de completa confusão.
- Co... como assim você não está entendendo nada?
- DROGA, HARRY, VOCÊ QUER QUE EU DESENHE?
Harry voltou a encarar Draco.
- Vo.. você não...
- Eu te avisei que você estava fazendo uma burrada, mas você não me ouviu. – respondeu Draco.
- Eu juro por Merlim, está é a última vez que eu pergunto o que está acontecendo AQUI?
- Mione, eu posso explicar...
- É bom que possa, Harry, é bom que possa. Que história é essa de você saber sobre o Lucius? – Hermione sentiu os olhos queimarem e, em seguida, as lágrimas começarem a cair em seu rosto.
- Olha Mione, eu preciso que você saiba que tudo que eu fiz, eu só quis te proteger...

Início do Flashback
- Draco, como a Mione está?
Harry entrou no quarto em que Hermione estava. Ela ainda dormia. Ele ficou contente em ver Draco ali, pelo menos Hermione ainda teria com quem contar, Draco estaria ali com ela.
- Está apenas dormindo. O medibruxo falou que logo ela acorda.
Draco estava com uma expressão pesada, parecia ter chorado. Não que fosse algo incomum naquele dia. A guerra tinha terminado, mas havia muitas baixas e Draco havia se voluntariado, junto com um grupo, para reconhecer os corpos. Como ele conhecia muita gente dos dois lados, seria muito útil.
- Você está bem?
Draco suspirou e respondeu negativamente com a cabeça.
- Acalme-se, Draco, o que nós passamos aqui acabou. Agora temos que recomeçar.
- Recomeçar...
- Sim e você ainda tem a Mione, e eu que não tenho ninguém? A Gina aceitou se casar com o Dino.
- Ela ainda vai mudar de idéia Harry, relaxa!
Draco estava derrotado, Harry nunca o tinha visto assim.
- Mas melhore essa cara, a Mione não vai gostar de ver você assim.
- A Mione não vai me ver mais.
- Como assim Draco? O que está acontecendo?
Draco começou a chorar, um choro silencioso.
- Meu pai está vivo Harry.
- O quê? Como assim?
- Eu estava reconhecendo os corpos e ele apareceu do nada. Me disse que ele e Voldemort armaram a morte dele para que eu soubesse o que acontecia com quem falhava com ele. – Draco pegou ar para continuar. – E, para terminar, disse que vai matar a Hermione caso eu continue com ela.
- E você não fez nada?
- Eu fui pego desprevenido. Fiquei sem reação.
Harry suspirou fundo.
- E agora, o que você vai fazer?
- Eu não tenho escolha. Não vou arriscar a vida dela. Primeiro vou procurar o meu pai e depois eu volto. Eu sei que ela vai ficar chateada, mas depois vai entender tudo.
- Draco, é melhor você ficar, a gente pode te ajudar. Não vai acontecer nada com a Mione se nós estivermos por perto.
- VOCÊ NÃO ENTENDE! ELA CORRE RISCO DE VIDA SE EU FICAR COM ELA!
Draco voltou a chorar furiosamente. – Eu conheço o meu pai, ele não vai desistir, Harry. Eu não posso permitir.
Harry ficou calado, não tinha o que responder.
- Você cuida dela enquanto eu estiver fora? Por favor! Eu... eu não vou demorar a voltar.
- Claro Draco... Mas ainda acho que isso é uma burrada.
- Obrigado Harry. Posso te pedir mais um favor?
- Claro.
- Entregue essa carta a ela, por favor? Aqui eu digo que a deixei porque tive medo... medo de não ser digno dela.
- Ela vai te odiar, você está louco?
- Por enquanto é melhor assim, pelo menos ela não vai atrás de mim se estiver me odiando.
- Ainda acho que você é louco, mas vou te ajudar mesmo assim.
- Obrigado.
- Bom, é melhor eu partir agora, antes que ela acorde.
Draco então se aproximou de Hermione e a beijou ternamente.
- Eu te amo tanto e estou morto por dentro nesse momento. Adeus!
Draco se despediu de Harry sabendo que Hermione estaria segura com ele longe e Harry por perto.

Quando Hermione acordou e contou a Harry que estava grávida, ele pensou no casamento. Assim ele poderia cuidar dela como havia prometido a Draco. Afinal, se Lucius soubesse do casamento dele com Hermione, consequentemente saberia que Draco não estava mais com ela e, por outro lado, a ajudaria com a criança. Logo Draco voltaria e então ele e Hermione se separariam... Nada daria errado...

Depois de Hermione aceitar o pedido, eles decidiram que contariam apenas ao Rony o real motivo do casamento. Não foi difícil para Harry convencer os amigos de que estava apenas tentando ajudar a amiga, tanto que nem Rony e nem Hermione imaginavam que havia um acordo entre Harry e Draco.

- Eu não concordo com isso, vocês dois piraram!
- Olha Rony, estamos te contando porque você é nosso amigo, mas não estamos pedindo a sua aprovação.
- Não seja mal criado Harry, apenas estou dizendo que isso não vai dar certo. O que vocês vão dizer aos outros se essa criança nascer a cara do Draco? Pior, o que vocês vão dizer a ela? “Amorzinho, você é a cara de um parente muuuuuito distante.”, honestamente, isso é errado.
- Acho que ele tem razão Harry.
- Mione, vamos lá, nós vamos dar um jeito nisso.
Hermione olhou para Rony novamente, a cara do ruivo era de desgosto, ela procurava algum tipo de apoio e ele sabia disso.
- Bem, eu não estou dizendo que não ficarei ao lado de vocês, como sabem, podem contar comigo para tudo, mas ainda assim não concordo.
Quando voltou a olhar para Harry, Hermione viu que ele esperava algum tipo de resposta. Ela meditou, não tinha por que não tentar.
- Então aceita ser o nosso padrinho Rony?
Harry suspirou aliviado e abraçou a amiga. Rony fez um suspirou derrotado e respondeu:
- Aceito, fazer o quê? Mas vocês já pensaram que terão que se beijar?

Harry e Hermione se encararam, não tinham pensado naquilo. Os dois riram da idéia. Rony continuou.
- Não, porque vocês terão que convencer os outros desse amor repentino de vocês. Afinal, a Mione está grávida e não sei se vocês sabem, mas bebês não são entregues pela cegonha. – zombou o ruivo.

Harry encarou Hermione, que estava com uma expressão de confusão no rosto.
- Claro que já Rony. Posso Mione?
Hermione não esperava por aquilo, foi pega de surpresa, nunca uma conversa entre ela e os meninos tinha acabado com um deles pedindo um beijo a ela, bem, nunca a tinham pedido em casamento também. Ela respondeu que sim com a cabeça e Harry se aproximou, ela não fechou os olhos, ele também não. Quando tocou os lábios dela, Harry se afastou.
Os dois ficaram se encarando e só voltaram à realidade quando ouviram Rony dizer em meio às gargalhadas.
- Estou abismado... Como vocês estão apaixonados... kkkkkkkkkkkkk. Desse jeito nem o Bichento vai acreditar em vocês... kkkkkkkkkkkkkkkkk.

Harry de repente se sentiu extremamente ofendido, aquilo não tinha graça. Então ele olhou para Hermione, ela também estava rindo.
Sem mais, ele a puxou pela nuca e a beijou de verdade. Ela ficou sem saber o que fazer, mas correspondeu ao beijo e Rony parou de rir.
Não foi um beijo de tirar o fôlego ou coisa do tipo, foi na verdade estranho. Ela nunca tinha se imaginado naquela situação, beijando Harry.
Quando terminou o beijo Harry perguntou cinicamente para Rony:
- E agora, convencemos alguém?
- Bem... assim sim. – o ruivo respondeu sem graça.

Fim do Flashback

Hermione ficou em estado de choque, já não chorava mais. Harry sempre soube da verdade e omitiu, deixou que ela acreditasse em uma mentira, ele permitiu que ela vivesse uma mentira.
- Mione eu não sabia o que fazer...
Harry falou colocando as mãos nos ombros dela.
- TIRE AS MÃOS DE MIM!
Hermione afastou Harry bruscamente.
- Tente me entender.
- Ah sim, você não sabia o que fazer então decidiu MENTIR para mim.
- EU NÃO MENTI!
- MAS OMITIU, O QUE É A MESMA COISA NESSE CASO.
- EU FIZ UMA PROMESSA AO DRACO, O QUE VOCÊ QUERIA QUE EU FIZESSE? QUEBRASSE A PROMESSA?
- Não se faça de inocente, Harry, você não devia simplesmente ter prometido NADA!
- Mas ele estava desolado Mione.
Hermione ficava cada vez mais possessa.
- Então é isso? Você chegou a pensar em como eu ficaria? Há quanto tempo nos conhecemos, Harry? E você me enganou por uma promessa IDIOTA QUE FEZ AO MALFOY! – Hermione respirou fundo. – Eu nunca vou te perdoar, Harry, NUNCA!
Harry estava desesperado, não sabia mais o que dizer.
- Eu só quis te proteger. – choramingou.
- PRO INFERNO VOCÊ E A SUA PROTEÇÃO! Você era a pessoa que eu mais confiava no mundo e tudo não passou de um acordo...
Hermione estava ferida, estava se sentindo traída, enganada.
- Não foi bem assim, o casamento de vocês não estava no acordo. – retrucou Draco com mágoa na voz.
Ela o encarou incrédula.
- Ah então teve alguma coisa na MINHA VIDA que não foi planejada ou acordada entre vocês dois? – ela andava de um lado para o outro. – Fico satisfeita por isso. – respondeu sarcástica.
- Não foi bem assim Hermione...
- CALE A BOCA DRACO... eu não estou falando com você. Isso não me surpreenderia se você estivesse só nessa história, eu sempre soube que me envolver com você seria... seria o pior erro da minha vida. – nesse momento uma lágrima solitária rolou em seu rosto, mas Hermione limpou rapidamente, não mostraria fraqueza naquele momento. Voltou-se ao Harry novamente. – Mas do Harry... eu nunca esperei algo assim...
Draco ficou mudo, ela o ferira e sabia disso.

- Eu nunca quis te magoar...
- Mas magoou muito mais do que você pode imaginar.
- Mione, eu me apaixonei de verdade...
- Não me fale de paixão Harry.... eu não acredito em uma palavra do que você diz....
- Hermione o Harry não teve culpa, a culpa é toda minha.
Quando os olhos de Hermione encontraram os de Draco, o loiro se assustou, nunca tinha visto os olhos castanhos de Hermione tão frios.
- Você é péssimo nisso, caso ainda não tenha percebido.
- Do que você está falando?
- Você não tem o menor dom para ser herói, então pare de tentar bancar um.
Draco novamente se calou, ela parecia ser feita de pedra naquele momento, seria inútil tentar.
- Eu vou pedir para a minha secretária cuidar da papelada do divórcio hoje mesmo, Harry.
- As coisas não precisam ser assim Hermione, vamos conversar com calma.
- Não se atreva a me pedir calma. Eu realmente espero que você não dificulte as coisas
Harry se sentia sem ar, mas puxou todo o que restava e respondeu:
- Será como você quiser.
- Ótimo. Agora eu vou tomar algumas providências quanto ao Philip e ao Tiago.
- O que está acontecendo?
- Pergunte ao seu amigo Draco, Harry, ele saberá te responder.
- Hermione espere! O que você está pensando em fazer?
- Não te interessa Malfoy.
Hermione virou as costas para sair, mas parou. Olhou para a mão direita e tirou de seu dedo anelar a aliança. Olhou para um móvel perto dela e a colocou nele, e então saiu.




Chegou a Hogwarts muito nervosa, pela primeira vez na vida não tinha a menor idéia de como agir. Seu cérebro estava trabalhando furiosamente. Tinha sido enganada, traída, ameaçada e, para completar, os seus dois filhos estavam correndo risco de vida.
Enquanto esperava Minerva chegar um pensamento invadiu sua cabeça, Draco teve um motivo real para tê-la abandonado. Isso o tornava menos culpado?

- Hermione, querida, eu já te esperava.
McGonagall tirou Hermione de seus devaneios.
- Já me esperava, por quê? Aconteceu algo com o Philip? – perguntou levantando da cadeira onde estava.
- Acalme-se, ele está ótimo. Aliás, eu mesma estou cuidando para que ele esteja o mais protegido possível.
- Você já sabe?
- Draco passou aqui antes de ir falar com você. Me pediu que eu ficasse mais atenta ao Philip.
Hermione se sentou novamente.
- Eu estou completamente perdida, Minerva, aconteceu tanta coisa.
- Hermione, vamos nos concentrar em proteger o Philip primeiro, depois nos preocupamos com o resto.
Hermione respirou fundo.
- Eu sempre imaginei que havia um motivo maior para o Draco ter partido. – comentou Minerva, vendo a cara de desconsolo da ex-aluna.
- Ele foi tão ingênuo. O Lucius jamais chegaria a mim naquele momento, a guerra tinha acabado de terminar, estávamos todos a postos. Certamente se soubéssemos da existência dele naquele momento ele não teria a menor chance.
- Talvez Draco tenha temido isso. – Minerva prosseguiu ao ver a expressão de curiosidade em Hermione. – Pense, Hermione. Você era a mulher que ele amava e o pai dele estava te ameaçando. Se ele tivesse ficado com você teria corrido dois riscos. O primeiro, Lucius concluir o que prometeu e matar você, segundo, o pai morrer na tentativa. Provavelmente ele achou que se afastando estaria protegendo os dois, mesmo que indiretamente.
As palavras de Minerva mexeram com Hermione, sua antiga mestra podia estar certa, mas não, ela não pensaria naquilo agora, não o protegeria.
- Mas Harry não tinha nada que ter participado disso, se ele não tivesse feito a promessa tanta coisa seria diferente.
Hermione concluiu a frase um tanto sonhadora.
- Mas o que Harry tem haver com isso?
Hermione contou o que se passou a Minerva, que ficou atônita, mas ponderou.
- Creio que ele só quis te ajudar, minha querida. Convenhamos, o Harry nunca foi muito bom em decisões difíceis. Sempre foi você quem colocou juízo na cabeça dele, isso é, quando você conseguia. Lembra-se do ocorrido com Sirius? Se ele tivesse te ouvido naquele dia, nada teria acontecido. – lembrou Minerva.
Novamente as palavras da antiga mestra mexeram com Hermione, ela sabia que Harry nunca quisera seu mal, mas não ia se concentrar nisso agora.
- Minerva a única coisa que me interessa é a vida dos meus filhos. Eu não sei o que fazer.
- Bem, eu estive pensando em algo que será bom para todos.
Hermione continuou a olhando atenta.
- Sabe o convite que há anos venho te fazendo? Talvez esteja na hora de você aceitar. Afinal, esse ano está no fim, tem apenas mais duas semanas de aula e no ano que vem seus dois filhos estarão aqui.
Hermione ficou pensativa. Era uma boa idéia. Talvez a única saída.
- Eu aceito Minerva.
McGonagall sorriu satisfeita.
- Será uma honra ter você como a professora de Transfiguração de Hogwarts no ano que vem Hermione.
- Será um prazer para mim também. – respondeu sorrindo, parecia ter encontrado uma solução, estando em Hogwarts ela poderia cuidar melhor dos filhos.
- Mas tem que me prometer que ficará o ano inteiro, mesmo que resolvamos esse problema antes, está bem?
- Claro.
- Bem, menos um problema. Agora faltam apenas seis professores.
- Como assim? Por que faltam tantos professores.
Minerva respirou fundo antes de responder.
- DCAT troca de professor todos os anos mesmo, transfiguração desde que eu saí, não encontrei ninguém a altura, até agora. – completou sorrindo, mas logo a sua expressão endureceu. – e tirando Hagrid, Sibila, Firenze e Sinistra, todos os outros professores se aposentarão neste ano. Até o professor Bins.
- Nossa não sabia! Mas sendo assim, já contratou mais um professor além de mim.
- Pois é. Mas eu sinto que logo resolverei esse problema, pelo menos provisoriamente.

E foi assim que Hermione saiu de Hogwarts, com tantas novidades e coisas na cabeça. Precisava descansar, aquele dia tinha sido péssimo.

Quando chegou em casa, Tiago a esperava, ela não tinha pensado no que falaria ao filho. E então disse que Harry passaria a noite fora, no dia seguinte, com mais calma lhe diria a verdade.




A separação foi inevitável.
Hermione virou as costas para sair, mas parou. Olhou para a mão direita e tirou de seu dedo anelar a aliança.

Mas haviam mais pessoas envolvidas...
- ISSO NÃO É JUSTO!
- Baixe a voz para falar com a sua mãe, Tiago.
O garoto bufou.


eles queriam uma explicação
- Foi por causa dele, não foi? Daquele idiota que se diz meu pai!
...- Eles que achem o que quiserem, eu já disse que não devo explicações!


e não aceitariam qualquer uma...
- Nós não somos mais crianças para acreditarmos nessas historinhas que você conta mãe. Portanto, se não for para falar a verdade, simplesmente não fale nada.

Hermione ainda não conseguia engolir as mentiras...
- Sério, estou com saudades. Não sabia que você viria, então passei aqui.
- Bom, sendo assim, pode ir embora agora.


Ele faria de tudo para recuperá-la...
- Eu não vou agüentar se você continuar me tratando assim.

Inclusive lembrá-la de como tudo começou...
Foi um beijo lento e profundo, as línguas se procuravam e pareciam querer desvendar todos os espaços possíveis da boca do outro.

No próximo cap. Gênesis, onde tudo começou....

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