Desvendando Segredos Marotos

Desvendando Segredos Marotos



Desvendando Segredos Marotos


 


 


E finalmente o trem estava desacelerando. Tendo por companhia, Cygnus, Annabeth, Emily e Alice, os seis garotos desembarcaram na estação de Hogsmead. Estava apinhada de alunos de todos os tipos possíveis, correndo uns para os outros, se abraçando, rindo ou simplesmente conversando. Dentre todos aqueles uniformes negros, eles viram uma figura muito bizarra e colorida caminhando com uma lanterna e gritando:


- Alunos do primeiro ano! Primeiro ano aqui! – disse uma mulher vestindo o que lhes pareceu uma túnica com estampa florida e multicolorida se aproximando deles enquanto era seguida por um grupo de pequenos alunos. – Ah, olá, garotos, como vão?


- Muito bem, Professora Duncan! – responderam Cygnus e Alice, enquanto as outras duas apenas lhe deram um sorriso forçado.


- Alunos do primeiro ano! – disse a professora chamando os alunos a se reunir ali perto.


- Bem, garotos, agora que a nossa querida Professora Duncan chegou... Acho que devemos seguir os outros alunos... – disse Emily, observando todos os demais alunos se afastando em direção à saída da estação, onde encontrariam as carruagens à espera de todos.


- Infelizmente não poderemos acompanhar vocês daqui... – disse Alice sorrindo gentilmente para a irmã e os outros.


- Nos vemos no castelo! – disse Annabeth tentando animar os garotos, que começavam a assumir expressões variantes entre ansiedade e medo.


- Vocês não vêm com a gente? – perguntou JJ assustado.


- Não dá Jay... – disse o irmão com uma expressão cansada enquanto se abaixava para ficar mais próximo do irmão. – Os alunos do primeiro ano chegam a Hogwarts de uma maneira diferente dos alunos dos outros anos. – explicou de forma calma, tentando fazer com que o garoto não ficasse chateado.


- Detesto interromper, Cyg... – Annabeth disse aproximando-se dos irmãos Malfoy.


- Sério? – perguntou Emily atrás deles, fazendo um sorriso brotar no rosto de todos.


- Bem, nem tanto... – confessou a loira sorrindo e dando de ombros – Mas o fato é que não formos logo, vai acabar não sobrando nenhuma cabine que caibamos nós quatro. – acrescentou com um sorriso enigmático.


- Você realmente sabe como me convencer a fazer qualquer coisa, não, Annie? – perguntou ele divertido entendendo a nova indireta da loira. – Desculpe, Jay, mas parece que temos mesmo que ir... – disse sorrindo para o loirinho enquanto retomava à postura ereta. – Boa sorte! – disse acenando para o irmão enquanto se afastava com as três meninas.


- Boa sorte, meninos! – desejou Emily.


- Boa sorte! – disseram também Annabeth e Alice.


- É impressão minha ou eles nos desejaram sorte demais? – perguntou Sirius aos outros enquanto assistiam o quarteto se afastar sorrindo para eles.


- Vamos, a professora está nos chamando. – disse John, chamando-os à realidade.


Quando se aproximaram dos demais alunos do primeiro ano, JJ viu um sorriso muito característico surgir nos lábios do moreninho ao olhar para um quarteto de meninos a alguns metros de onde eles estavam.


- Muito bem... Estão todos aqui? – disse a professora sem parecer realmente interessada nos alunos ali, ou não. – Bem, espero que sim! – disse de uma forma distraída, provocando risos nos menos nervosos. – Vamos! – disse em um tom animado.


Junto com a professora Duncan eles seguiram um caminho diferente do que Cygnus e as meninas haviam seguido. Caminharam até chegar a beira de lago escuro onde, na margem, jaziam uma quantidade considerável de pequenos barcos


Assim que a professora viu os alunos mais ou menos alinhados voltados para o lago e ela para eles, lhes disse em tom animado.


- Vamos lá, garotos... Dirijam-se aos barcos – disse apontando para os mesmo na margem do lago – Quatro por barco, sim? – acrescentou ao ver um grupo discutindo se caberiam cinco alunos em um barco.


- Preste atenção ao mestre... – disse Sirius sorrindo maroto para Jason antes de sair de perto do garoto e ir em direção à professora – Ahn... Prof. Duncan... – chamou da forma mais inocente ingênua que seu atrevimento permitia.


- Sim? – disse a professora virando-se para o garoto, tendo ajudado uma menininha subir em um dos barcos. – O que houve? – perguntou intrigada, com a expressão do garoto.


- Eu poderia...? – Sirius fez gestos para mostra que precisava ‘tirar a água do joelho’.


- Ah, claro! – disse a professora sorrindo divertida e fazendo um aceno – Mas não se demore! – disse piscando para o moreno.


JJ acompanhava Sirius afastar-se da professora em direção aos barcos mais afastados, quando uma cabeleira ruiva chamou sua atenção.


- Você não vem? – perguntou a menina sorrindo para ele e mostrando-lhe que em um barco ali perto, John e Scott ajudavam Lana a subir a bordo.


- Não, podem ir... – disse ele retribuindo com entusiasmo o sorriso da ruiva. – Vou esperar pelo Sirius...  Mas posso te ajudar a subir abordo enquanto ele não volta.


- Eu adoraria.


Então se aproximaram do barco ocupado pelos amigos. Quando JJ ajudou a menina a subir a bordo, recuou um pouco, pois o barco começou a afastar-se da margem.


- Vamos pegar o nosso também? – perguntou Sirius tendo surgido atrás do garoto com um sorriso mais maroto do que o loiro já vira em seu rosto.


- O que você aprontou desta vez? – perguntou JJ, ao virar-se para o moreno e perceber que ele guardava algo em suas vestes sorrindo ainda mais.


- Espere e verá! E garanto que não vai se arrepender... – disse ele rindo e fazendo o loiro acompanhá-lo. – Bem, é melhor irmos logo... – disse o maroto ao notar algo que passou despercebido a Jason – Ou vão suspeitar de alguém inocente como eu... – disse fazendo sua melhor cara de santo, enquanto seguiam em direção a um dos poucos barcos ainda na margem do lago.


Eles subiram a bordo de um barco que já tinha duas garotas, que eles acabaram por saber que se chamavam Helen Grint e Alexia Spink, e seguiram através do lago.


Então, quando os barcos fizeram uma espécie de curva saindo da Baia eles se depararam com a cena mais maravilhosa que já conseguiram mesmo imaginar em seus mais maravilhosos sonhos.


A visão do castelo com sua atmosfera aconchegante, fez com que todos, depois das exclamações de surpresa, começassem a apreciar a visão mágica de tudo aquilo até que...


- SOCORRO! SOCORRO! ESTAMOS NOS AFOGANDO!


E então a Professora Duncan virou-se para os demais barcos e, assim como todos os alunos do primeiro anos, viram uma das pequenas embarcações afundando aos poucos e quatro garotos desesperados gritando socorro. Ao notar aquilo a professora agitou a varinha e com um aceno simples, começou a fazer o barco levitar pouco acima do nível dos outros, embora agora já a frente, chegando antes dos outros até a margem oposta do rio.


Quando todos chegaram à margem oposta do lago, a professora virou-se para todos os alunos analisando-os. Os quatro garotos que havia salvado ainda estavam encharcados até a cabeça e os demais se dividiam entre a pena pelo que lhes acontecera e a total diversão pela cena bizarra dos colegas encharcados e tremendo.


- Nenhum de vocês tem algo haver com isso, têm? – perguntou ela com uma expressão razoavelmente severa a todos os alunos, que negaram categoricamente. – Está bem, então! Vamos pro castelo! – disse ela sorrindo e conseguindo estarrecer a maioria dos alunos.


Quando ela deu as costas e começou a seguir até o castelo e os primeiros alunos começavam a acompanha-la JJ voltou-se para Sirius e começaram a gargalhar com vontade, sendo fuzilados pelo quarteto ensopado.


- Vamos logo, vocês dois! – disse Sarah puxando JJ enquanto John fazia o mesmo com Sirius e seguiam na direção de Lana e Scott que os esperavam para subirem juntos.


A medida que subiam até o castelo, JJ era tomado por uma sensação que não sentia a muito tempo. Estava ficando tranquilo, tinha a sensação de que gostaria de ficar naquele lugar, sorriu com seus pensamentos.


E finalmente a professora chegou com os alunos ao castelo. Ela abriu os portões de entrada e seguiram escada a cima até a entrada do Salão Principal, onde um senhor com rosto redondo e sorriso bondoso os esperava.


- Alunos do primeiro ano, gostaria de apresentar-lhes o Professor Neville Longbottom, professor de Herbologia, diretor da casa Grifinória e vice-diretor de Hogwarts. – disse ela mostrando o professor aos alunos. – Oi, Nev! – disse cumprimentando o professor como uma criança animada.


- Olá, Vera. – disse o outro professor cumprimentando-a envergonhado, enquanto ela seguia para uma antessala ali próximo e o professor voltava-se para os alunos. - Como muito bem lhes foi informado pela Professora Duncan, eu sou o Professor Longbottom. – disse se apresentando aos alunos e observando seus rostinhos ansiosos, incluindo o de sua filha; sorrindo para a menina, virou-se para todos – E agora vou lhes acompanhar até uma antessala, antes de entrarmos diretamente no Salão Principal. – disse conduzindo os garotos.


Então ao perceber que todos os alunos entraram na antessala, o professor ergueu a mão, silenciando todos.


- Primeiramente, sejam muito Bem Vindos à Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts! – disse sorrindo calorosamente para os alunos – Bem, dentro de alguns minutos vocês entrarão por esta porta, para o Salão Principal, onde encontrarão seus colegas... – disse mostrando-lhes uma porta modesta à esquerda de onde se encontravam. – Mas antes serão selecionados de acordo com suas características para uma de nossas quatro casas. São elas: Grifinória, Lufa-lufa, Corvinal e Sonserina, que serão como suas famílias daqui pra frente. Ou seja, toda vez que cometerem erros sua casa pagará por eles, tal como vocês, bem como também seus acertos. – aqui o professor permitiu que os alunos cochichassem devido a excitação. Quando voltou a erguer a mão o burburinho cessou e ele prosseguiu – Bem, eu preciso entrar no salão, para verificar se já estamos devidamente prontos para recebê-los, portanto, gostaria que vocês se comportassem até a minha volta. – disse ele para logo em seguida seguir para a porta à esquerda e depois desaparecer por ela.


No momento em que se viram sozinhos, JJ e Sirius sentiram alguns alunos serem afastados, para dar passagem a um quarteto de alunos, liderado por Jones e Delliwier.


- Vocês vão nos pagar! – os dois da frente, partindo pra cima do loiro e do moreno.


- Hey! Calminha, Dave! – disse Sirius, instantaneamente erguendo sua varinha, assim como JJ, a fim de parar o possível ataque. – Vamos pagar pelo que, mesmo? – perguntou o moreno sorrindo sarcasticamente e provocando uma risada no loiro ao seu lado.


- Foram vocês que fizeram isso com a gente! – acusou Jones o mais firme que sua coragem o permitiu, tendo duas varinhas apontadas pra si e pra David.


- Fomos! – disse Sirius em tom de quem acabara de receber a previsão do tempo. – E vocês não têm como provar! – ele fez sua melhor cara de inocente, provocando um novo riso no loiro.


- Vocês vão nos pagar! – disse Zabine, erguendo a varinha.


Aproveitando o momento de distração de JJ e Sirius, Jones e Delliwier também se armaram, sendo seguidos por Nott, Scott e John, que se aproximaram da discussão.


- Petty, não! – Patrícia havia se destacado do aglomerado de alunos e agora tentava segurar o braço do primo, tentando evitar o duelo que estava pra acontecer.


- Ela tem razão Sirius... – murmurou John ao lado de Sirius, embora não tivesse baixado sua varinha um único centímetro.


- Não fomos nós que começamos, Johnny! – disse o rapaz sem desviar o olhar de seu alvo principal. – Não estou a fim de passar meu primeiro dia em Hogwarts na enfermaria... E alem do mais não vou atacar, se eles não o fizerem... – acrescentou em tom baixo, para que apenas John e Jason, que o flanqueavam, escutassem.


- Talvez devêssemos abaixar essas varinhas, pessoal... – propôs Scott observava os esforços inúteis de Patrícia para refrear o primo e David Delliwier, embora, tal como John, não tivesse movido sua varinha da posição de ataque.


- Com medinho, Weasley? – zombou Zabine, com sua voz forte sendo escutada por todos, que fizeram silencio com o inicio da discussão.


- Vai se acovardar como o papaizinho? – provocou Nott fazendo os outros três rindo.


- Não o escute, Eddie! – aconselhou John, pois conhecendo o amigo, como conhecia, ele logo perderia o controle e daria ao quarteto exatamente o que estava querendo – Ele está tentando provocar você, pra que comece a confusão! – disse ele tentando se concentrar, pois supunha que a confusão estava prestes a começar.


- Olha vejam só... O Lupin sabe pensar, pessoal! Quem diria, hein? – zombou Nott arrancando risadas do grupo e provocando em John um olhar furioso. – Então o destrambelho da sua mãe e a maldição do seu pai não te afetou tanto assim, Lupin? – disse ao fazer os garotos atrás dele rirem.


Naquele momento todos começaram a senti a atmosfera do lugar se tornar mais pesada... Mais perigosa...


Embora, aparentemente o quarteto ainda não entendera que estava pisando em uma terra com muito mais minas do que eles seriam capazes de adivinhar.


- O que é que há, Lupin? Ou seu papaizinho a danificou em uma de suas crises? – provocou Richard ainda mais sem se dar conta do que acabara de provocar.


Ao fim daquela frase, todos (exceto John) começaram a baixar as varinhas ao mesmo tempo, pois agora todos olhavam assustados para John, que começara a tremer e a emanar uma aura que estranhamente mudava entre os tons dourados e negro profundo. Analisando o garoto com mais cuidado, Jason notou que seus olhos, fixos no assustado Richard Nott, não estavam mais em sua cor de mel habitual, mas atingiram um tom tão escuro quanto à noite mais profunda e sombria. Ele realmente não sabia o que causava mais medo na figura tão diferente do amigo que conhecera.


- Acho que só tenho a desejar muito boa sorte a você... Manda lembranças ao diabo por mim! – disse Scott em voz alto sério para o quarteto.


- Scott! – repreendeu-o Lana enquanto passava por ele, indo até John.


- O que ela vai tentar fazer? – perguntou Jason enquanto a menina se aproximava cautelosamente do garoto.


- Acalmá-lo, antes que ele realmente mande aquele tampinha dessa pra uma melhor... – disse Sirius anormalmente sério.


- Acha mesmo que ela vai conseguir, Six? – perguntou Sarah, enquanto eles observavam Lana. “conversando” com John, embora ele não parecesse estar escutando, pois seu olhar estava fixo a frente


- É bom que consiga, por que se não ele vai mandar tudo pelos ares, antes da Lilly conseguir chegar aqui... – disse Sirius em um tom reflexivo e preocupado.


- O que quer dizer? – perguntou Jason intrigado com o tom que Sirius usara, todos ainda muito concentrados em cada centímetro quadrado do corpo de John.


- John só atingiu esse estado uma vez antes... – disse Sirius muito sério, como se não quisesse se lembrar do tal incidente. – E a única que conseguiu trazê-lo de volta foi a Lil. – acrescentou para explicar a frase anterior.


- Ele está voltando... – disse Jason ao perceber uma pequena alteração na aura de John.


- Como sabe? – perguntou Sirius intrigado olhando John com ainda mais atenção.


- Eu consigo sentir a mente dele voltando à esta esfera – respondeu Jason sem realmente pensar no que dizia, concentrado demais em tentar entender o que se passava com John.


- O que quer dizer com...? – começou o moreno.


- Depois, Sirius! – repreendeu-o Sarah. – O brilho está diminuindo... – disse Sarah, chamando a atenção de todos de volta a John.


- Essa é a pior parte... – disse Scott em um sussurro. – Será que não devíamos tirar a Lana dali? – perguntou com preocupação obvia.


- Se tirarmos ela de lá agora, ele manda tudo pelos ares, incluindo a gente. – garantiu-lhe Jason.


Foi então que o brilho, depois de ter se perdido um pouco, voltou com força. Naquele momento, Scott se precipitou a frente dos demais para amparar a futura queda de Lana, quando John a empurrou de lado e, literamente, voou na direção de Nott, derrubando-o no chão.


- Nunca. Mais. Volte. A. Insultar. Os. Meus. Pais. Na. Minha. Frente. – ele segurava o pescoço do garoto com tanta força, que eles conseguiam vê-lo perdendo a pouca cor que o medo não levara, alem de é claro, John já ter chamuscado o rosto do garoto com a varinha que não parava de soltar fagulhas.


- Johnny, não! – disse Lana se precipitando para o garoto, tendo se desvencilhado de Scott e segurando o garoto – Johnny! Por favor! Eu te imploro! Não faz isso, por favor! Para por mim! – ela implorava com lágrimas nos olhos.


A essa altura, Sirius, Scott, Sarah e Jason já haviam se aproximado e procuravam uma forma de ajudar.


- Johnny! Para! Johnny! – Sirius tentava a todo custo tentando tirar o amigo de cima do outro garoto – Pense no que a Lilly vai achar disso! Para, Johnny! – disse Sirius desesperado. Era inacreditável como ele estava conseguindo sozinho aguentar a pressão feita por Sirius, Jason, Scott, Sarah e Lana.


E, parecendo ter despertado de um transe John olhou bem nos olhos de Sirius, aqueles inacreditavelmente lindos olhos verdes, incrivelmente parecidos com os da irmã. Parecidos demais com os de Lilly. Lilly...


Aproveitando o momento de distração do garoto, JJ e Scott, içaram John de cima de Nott, que instantaneamente voltou a respirar, tossindo.


- Johnny! Concentre-se, por favor! – disse Sirius ainda mantendo o contato visual com o rapaz, enquanto Jason e Scott faziam um esforço sobre-humano para manter John longe de Nott que agora era socorrido pelos colegas, uma vez que mais ninguém se atrevia a se aproximar. – Concentre-se John! Por Lilly! – disse o moreno tentando manter a concentração do rapaz em seus olhos.


- Repita o nome dela, Sirius! – disse o loiro ao notar a diferença na aura do rapaz à menção do nome da garota. – Toda vez que você faz isso, ele reage menos! – disse Jason concentrando-se em segurar o amigo. Nunca pensara que John pudesse ser tão forte daquele jeito.


Como Jason havia previsto, enquanto Sirius repetia o nome de Lilly, John começava a se acalmar. Quando Lana a Sarah começaram a ajudar o moreno, John começou a fazer menos força, até que, ainda fixando o olhar de Sirius, ele finalmente parou de emanar aquela luz assustadora, embora ainda estivesse rígido.


- Obrigado. – eles conseguiram ouvir sua voz sair pouco acima de um sussurro, junto com a força que fazia para controlar não só a voz, como seu corpo inteiro. – Me tirem daqui ou nem a Lilly em pessoa vai evitar que eu ataque aquele idiota. – disse quando encontrou o olhar assustado de Nott.


E sem esperar por uma nova sugestão, JJ e Scott rapidamente arrastaram John para o mais longe que puderam de Nott.


- Já podem me soltar, rapazes. – disse quando os amigos pararam de arrastá-lo, mas ainda sem soltá-lo.


- Tem certeza? – perguntou Scott olhando receoso para o amigo sem afrouxar o aperto.


- Estou no controle de novo, Eddie. – disse John tentando convencer a si mesmo daquilo.


- O que acha? – perguntou Scott para Jason num tom duvidoso.


- Dá pra confiar. – decretou o loiro depois de analisar a aura do amigo, para ter certeza de que ele voltara mesmo ao controle da situação.


- Não vamos tocar mais nesse assunto, antes de estarmos sozinhos, ok? – disse John depois de ser solto e olhando para os amigos, sem embora, focalizar nenhum deles.


E ao ver que todos concordaram, John encostou-se a parede e, respirando muito profundamente, fechou os olhos.


- Tudo bem, Johnny? – perguntou Lana, um pouco afastado do garoto, depois de um momento em que John apenas respirava profundamente com os olhos fechados.


- Tudo, Lana. – disse ele abrindo os olhos e mostrando de novo a cor de mel neles, embora mais escuro, parecia mais com a de John do que a que estivera antes. – Só estava me certificando de que não vou atacar ninguém por enquanto... – disse sincera e profundamente, respirando pausadamente. – Me desculpe, por ter te empurrado... – disse ele olhando fixamente para a menina de quem gostava como uma irmã; sentindo-se realmente horrível por ter empurrado a menina. – Te machuquei?


- Garças ao Scott, não... – disse sorrindo para o amigo que retribuiu envergonhado – Não se culpe... Você é o menos culpado nessa história toda... – disse sorrindo carinhosamente para o menino.


- E Jay... Scott... – ele se virou para o loiro e de cabelos castanhos.


- Relaxe, Johnny! – disse o castanho sorrindo despreocupado para o outro que sorriu agradecido para o amigo.


- Tá tudo bem, cara. – disse Jason sorrindo sincero para o outro, no que novamente ele sorriu agradecido, como se não achasse merecer aqueles amigos.


- Sirius... – disse virando para o moreno envergonhado. – Obrigado. – respondeu parecendo ainda mais grato que para os outros dois.


- Você teria feito o mesmo por mim! – disse o moreno sorrindo sinceramente para o rapaz.


Alguns poucos minutos depois, eles viram o professor Longbottom entrar no aposento chamando à segui-lo.


Como que para resguardá-lo, Sirius levou JJ à frente na fila dupla; Lana guiou John e Sarah foi logo atrás com Scott, de forma que ninguém mais pudesse se aproximar do amigo que, ao que parecia, voltara ao normal.


O professor guiou-os até o centro do Salão Principal, e parando em frente à cadeira mais imponente do salão ele fez sinal para que os alunos se alinhassem próximos a um banquinho de três pernas com um chapéu de aparência muito velha em cima.


Analisando o Salão os garotos conseguiram ver cinco grandes mesas, uma à rente deles, repleta de adultos e as outras quatro estavam sobrecarregadas de alunos, centenas deles, de todos os tamanhos e tipos físicos, entre eles Alice, James, Emily, Annabeth e Cygnus entre eles, todos olhando para os novos garotos e tinham seus rostos iluminados por milhares de velas flutuantes.


Então quando todos estavam em silencio, o Professor Longbottom se postou ao lado do banco com um pergaminho nas mãos.


- Sejam bem vindos a Hogwarts! – e, procurando o dono da voz, os garotos encontraram o chapéu “falando” para todo o Salão. Então ele começou a se balançar e cantar com sua voz ressoando por todo o enorme cômodo.


 


Há mil anos ou pouco mais,
Eu era recém-feito,
Viviam quatro bruxos de fama,
Cujos nomes todos ainda conhecem:
O valente Gryffindor das charnecas,
O bonito Ravenclaw das ravinas,
O meigo Hufflepuff das planícies,
O astuto Slytherin dos brejais.
Compartiam um desejo, um sonho,
Uma esperança, um plano ousado
De juntos, educar jovens bruxos.
Assim começou a Escola de Hogwarts.
Cada um desses quatro fundadores
Formou sua própria casa, pois cada um
Valorizava várias virtudes
Nos jovens que pretendiam formar.
Para Gryffindor os valentes eram
Prezados acima de todo o resto;
Para Ravenclaw os mais inteligentes
Seriam sempre os superiores;
Para Hufflepuff os aplicados eram
Os merecedores de admissão;
E Slytherin, mais sedento de poder,
Amava aqueles de grande ambição.
Enquanto vivos eles separaram
Do conjunto os seus favoritos
Mas como selecionar os melhores,
Quando um dia tivessem partido?
Foi Gryffindor que encontrou a solução
Tirando-me da própria cabeça
Depois me dotaram de cérebro
Para que por eles eu pudesse escolher!
Coloque-me entre suas orelhas,
Até hoje ainda não me enganei.
Darei uma olhada em sua cabeça
E direi qual a casa do seu coração!


 


Depois de concluída a canção do chapéu o Professor Longbottom sinalizou para que cessassem a salva de palmas e, finalmente, se escutou o silencio ele pigarreou e disse em um tom grave e solene:


- Agora vocês serão selecionados para suas respectivas casas. – disse ele fazendo um grande movimento para mostrar as quatro mesas. – Quando eu chamar seus nomes, quero que se aproximem e sentem-se neste banco, para serem devidamente selecionados... – disse ele pondo os óculos no rosto e erguendo o pergaminho à uma boa altura para que pudesse ler. - Adams, Barnaby. – disse o professor, lendo o primeiro nome da lista.


Um garotinho loiro saiu de trás de Sarah e foi até o professor que lhe indicou o banquinho onde ele se sentou por um instante.


- LUFA-LUFA! – gritou o chapéu no meio do silencio em que o Salão fora mergulhado e então os alunos da mesa à esquerda do Salão irromperam em uma grande ovação enquanto o garoto se dirigia até lá e sentava-se próximo aos veteranos.


Com o cessar das palmas, o Professor Longbottom mais uma vez se pronunciou:


- Bryce, Katherine


Dessa vez quem saiu de trás dos garotos foi uma menininha morena, que seguindo os passos do primeiro sentou-se no banco esperou enquanto o professor colocava o chapéu sobre sua cabeça e também aguardava pela decisão do chapéu.


- GRIFINÓRIA! – anunciou o chapéu, fazendo a algazarra vir agora da mesa ao lado da mesa anterior.


assim se seguiu a seleção... Chan, Champlett, Delliwier (Sonserina), Edwin, Fuller, Grint, Hart…


- Jones, Patrick


E agora era a vez de Jones, com seu ar prepotente e vestes ensopadas, seguir até o banco. O chapéu demorou-se bastante nele, ao que parecia estava sendo muito difícil de classificar, mas por fim o objeto mágico se pronunciou:


- SONSERINA!


- Kelowey, Wilson


- LUFA-LUFA!


- Longbottom, Lana


Ao ouvir seu pai chamando por seu nome, a menina olhou para ele e então para John, como se pedisse ajuda. O garoto sorriu, deu-lhe um beijo na testa, e sussurrou um ‘boa sorte!’, incentivando-a a seguir até onde o pai estava. Engolindo em seco, a menina caminhou lentamente até o pai sentando-se no banquinho e sentindo o pai pôr sobre sua cabeça o chapéu.


 


Inteligente... Sonhadora... Perspicaz... Grifinória seria interessante para você...


Bem, pensando um pouco melhor... Suas habilidades serão mais bem aproveitadas na...


 


- CORVINAL! – isso pareceu desarmá-la a principio, mas ao encarar sorriso e o olhar bondoso de seu pai, ela também sorriu e seguiu para a mesa da Corvinal, onde sua irmã sorria lhe dando às boas-vindas calorosas.


- Lupin, John


Parecendo estranhamente pálido John, seguiu o exemplo de Lana e, vagarosamente, se dirigiu ao banquinho, sentando-se para logo em seguida sentir o chapéu sendo posto sobre sua cabeça.


 


Inteligente, muito inteligente... Sincero... Bom amigo, embora tempestuoso... Um bom coração,


 embora cheio de duvidas... Acho que posso aliviar alguma delas mandando você para a...


 


- GRIFINÓRIA!


Ao ouvir o anuncio publico a segunda mesa a esquerda irrompeu na comemoração mais barulhenta até ali. Então John seguiu sorrindo radiante até chegar à mesa onde foi recepcionado por muitos veteranos, entre eles Emily e James lhe sorriam sinceros.


- Malfoy, Jason – a voz do Professor Longbottom se fez ouvir e embora não pudesse vê-lo dali, JJ pôde sentir o irmão ficar tenso do mesmo jeito que ele agora estava.


Caminhando com a vagarosamente, tal como os amigos, caminhou até o banco, parecendo mais confiante do que de fato se sentia.


 


Destemido... Forte... Audacioso... Um coração Grifinório numa mente Sonserina…


Isso não é bom… Muitos conflitos, posso ver… Bem, meu rapaz, às vezes


o coração nos leva a caminhos bem melhores que a mente sozinha...


Siga-o meu rapaz, assim como está fazendo agora...


 


- GRIFINÓRIA


JJ foi realmente pego de surpresa pelo anuncio, pois imaginou que o objeto continuaria a devagar sobre ele. Depois de notar os aplausos calorosos vindo da mesa da Grifinória (assim como também alguns poucos na mesa da Sonserina, Corvinal e Lufa-lufa) JJ respirou fundo e se dirigiu à mesa da Grifinória, embora as palavras do Chapéu Seletor ainda estivessem claras em sua cabeça.


- Nott, Richard – ele ouviu quando já estava sentado á mesa da Grifinória ao lado de John.


O mais baixinho dos capangas de Jones foi até o banco, sentou-se e logo em seguida o chapéu se pronunciou:


- SONSERINA!


- Oxford, Paul


- LUFA-LUFA


- Paterson, Rudolph


- CORVINAL


- Potter, Sirius


Então finalmente chegara sua vez, então Sirius se dirigiu ao banco, engolindo em seco e forçando suas pernas a pararem de tremer daquela forma.


 


Difícil, definitivamente muito difícil... Corajoso... Bem humorado...


Mas muito arrogante também... Desprezo absoluto pelas regras...


Sonserina, com certeza, lhe cairia bem... Embora imagine que seria melhor pô-lo na...


 


 


- GRIFINÓRIA


E Sirius foi trazido à realidade por uma balburdia incrível. Os alunos da Grifinória pareciam realmente dispostos a trazer o salão à baixo, tamanhos foram os baques e aplausos, alguns se voltando para as outras mesas cantando “Temos outro Potter”.


Foi necessário que o Professor Longbottom fosse até a mesa controlar a confusão para que pudessem voltar à seleção.


- Alexia Spink


- LUFA-LUFA!


- Schneider, Bryan


- CORVINAL!


- Thompson, Trevor


- SONSERINA!


- Tyler, Jonathan


- CORVINAL!


- Weasley, Patrícia


Então ao ouvirem aquele nome o Salão voltou ao silencio mortal, enquanto esperavam a ruiva dirigir-se ao banquinho. Ela ao que parecia, também estava sendo difícil de classificar, pois demorou para que o chapéu anunciasse para todo o Salão:


- SONSERINA!


Por um momento ninguém se moveu ou falou nada, mesmo Patrícia parecia assustada demais para se mover. Então começaram a ouvir, por toda a parte “Uma Weasley na Sonserina?”, “Ele disse mesmo Sonserina?”, “Acho que o chapéu seletor se enganou... Uma Weasley não pode ir para a Sonserina, pode?”, era o que todos se perguntavam. Nem mesmo os Sonserinos achavam normal. Então Cygnus levantou-se na mesa da Sonserina e começou a aplaudir a nova companheira de Casa, silenciando os alunos das outras Casas e sendo seguido por alguns dos da sua.


Depois que Patrícia se reuniu aos Sonserinos, e as palmas cessaram, mais uma vez, o professor Longbottom se pronunciou:


- Weasley, Sarah


E mais uma vez, ao som daquele sobrenome, o Salão prendeu a respiração enquanto calmamente, ou tanto quanto conseguia fazer parecer, a menina caminhou até o banco.


 


Inteligente, muito inteligente... Astuta... Esperta... Determinada...


Doce, mas corajosa... Não há como te nenhuma dúvida...


 


- GRIFINÓRIA!


E mais uma vez os alunos da Grifinória irromperam em uma enorme ovação, determinada a trazer o Salão a baixo. “E mais uma Weasley, também, Manés!”


E mais uma vez o professor foi obrigado a acalmar os Leões.


- Weasley, Scott


Scott rapidamente seguiu a passos largos e ágeis até o banquinho, parecendo realmente determinado a acabar com aquilo o mais rápido conseguisse.


 


Espírito forte... Alegre... Determinado... Coração puro...


Minha decisão já está mais do que tomada, você vai para a...


 


- GRIFINÓRIA!


E mais uma vez a Grifinória irrompeu em uma grande comemoração, saudando calorosamente o recém-chegado.


- Zabine, Benjamin


E o último dos alunos se dirigia ao chapéu pelo qual foi rapidamente selecionado.


- SONSERINA!


Assim que as palma cessaram na mesa da Sonserina, em saudação ao ultimo selecionado, ao centro do Salão uma senhora, sentada na cadeira mais imponente do recinto, levantou-se e dizendo:


- Aos alunos novos minhas sinceras boas vindas... Aos veteranos desejo um maravilhoso retorno... Aos que não me conhecem meu nome é Minerva McGonagall diretora desta escola.


“Bem, como sempre acontece, vou dar os aviso do inicio de ano: 1° O zelador, o Sr. Smith, gostaria de lembrar aos que sabem e avisar aos que não que são proibidas brincadeiras de mau gosto nos corredores, principalmente Geminialidades Weasley...”.


- O que esta fazendo Sirius? – murmurou JJ vindo que o amigo remexia em um objeto que retirara do bolso a poucos minutos.


- Estou gravando o que ela esta dizendo pra achar alguma brechinha – murmurou de volta o garoto rindo e mostrando ao amigo o aparelho mágico que tinha em mãos.


“... Bem agora que os avisos foram dados, bom apetite!”


- Então, gravou? – perguntou JJ a Sirius enquanto comiam


- Gravei, mas acho que nem foi tão necessário... Ela disse claramente: “... são proibidas brincadeiras de mau gosto nos corredores...” logo, não fez menção a qualquer outra parte do castelo... – disse Sirius sorrindo marotamente


- Pelo jeito você já está aprontando, não é Sirius? – disse Sarah virando-se para o primo ao reconhecer o sorriso maroto do primo.


- Relaxe priminha. – disse voltando-se para a ruiva com seu mais convincente sorriso inocente. – A vida é muito curta para ser desperdiçada... – disse sorrindo ainda mais para a menina.


- Engraçadinho... – respondeu ela, embora não pudesse esconder seu sorriso divertido, que sempre reservava para o maroto.


- Você sabe que eu te amo, né? – disse ele com um sorriso cafajeste.


- Até parece... – disse fingindo uma irritação que não sentia, enquanto JJ, John e Scott se divertiam com o dialogo.


- Ah, Sarah, você sabe que é o amor da minha vida... – disse o menino fazendo os amigos rirem um pouco.


- Então vai me dizer o que estava aprontando? – perguntou imitando o sorriso maroto do primo.


- Definitivamente não, priminha! – disse ele devolvendo no mesmo tom que a prima. – Não costumo dar ouro a bandidos... – acrescentou provocando risadas nos demais.


- É assim que você diz me amar? – disse a garota em um falso tom magoado que fez os amigos, o irmão e o primo gargalharem gostosamente.


 


(...)


 


Enquanto isso, na mesa da Sonserina.


- Ele parece estar se divertindo, não é? – perguntou Cygnus enquanto observava seu irmão rindo e começando uma guerra de comida com os novos amigos.


- Parece sim, Cyg... – disse Annabeth ao observar também o loirinho do outro lado do Salão. – Ele realmente parece estar se divertindo...


- Você não tem ideia do que eu daria para vê-lo assim mais vezes... – confessou o moreno respirando profundamente ao voltar a atenção para o prato à sua frente.


- Diante do que você me falou nesses ultimo quatro anos, Cyg... Acho que sei sim o que você daria... – respondeu a loira olhando para o amigo ternamente. Gostava daquele moreno como o irmão que jamais tivera.


- Senti sua falta, esse verão... – respondeu ele em tom agradável, para evitar que a amiga tomasse seu estado de espírito.


- Tenho certeza que sim... – disse ela sorrindo ainda ternamente – Não ter ninguém para irritá-lo deve ser realmente entediante. – ela nunca perdia a chance de provocá-lo. Adorava quando conseguia fazê-lo corar.


- Verdade. – respondeu sorrindo tímido – Não ter ninguém me mandando indiretas sobre uma certa ruiva realmente é algo profundamente entediante. – disse em tom divertido para devolver a provocação da jovem.


- Sabe que faço isso pra que você tome coragem e vá falar com ela de uma vez! – disse sorrindo com sinceridade.


- Quem dera fosse assim tão simples e fácil, Annie... – disse o moreno voltando a ficar desanimado.


- Porque pra você é tudo tão difícil, Cyg? – perguntou ela de forma entediada.


- Annie... – disse de forma cansada. – Nós já discutimos isso an...


- Eles não estão aqui, Cyg! – ela interrompeu-o de forma irritadiça e em um tom de voz baixo, que acabou chamando a atenção de alguns Sonserinos ali perto. – Nenhum dos dois... – acrescentou em um tom mais baixo, como se pedisse desculpas ao amigo, mas ainda mantendo seu ponto de vista fixo.


- Eu sei, Annie... – mais uma vez, ele iria começar com o velho discurso, do qual Annabeth já estava bastante cansada.


- Então por que não da um pouco de paz e felicidade a si mesmo, Cygnus! – ela novamente o interrompeu, sem gritar, mas a irritação obvia em sua voz. Odiava ver o amigo se privar de tanta coisa... Como se ele já não tivesse motivos suficientes pra se entristecer.


- Annabeth, vamos parar por aqui... Não quero e não vou brigar com você! – disse ele cansado sem olhar para a amiga.


- Está bem, então! – disse ela irritada diante da teimosia do moreno – Ignore a verdade! – disse ela sem mais olhar para o moreno.


E naquele momento a diretora levantou-se e disse mandou todos para a cama.


- Vamos logo... A obrigação nos chama! – disse Annabeth levantando-se da mesa da Sonserina, enquanto os veteranos já seguiam para as masmorras - ALUNOS DO PRIMEIRO ANO, SONSERINA! – gritou ela, tentando reunir os calouros.


- PRIMEIRO ANO, SONSERINA, AQUI!          - gritou Cygnus ajudando a loira, assim como os demais monitores quinto-anistas das demais casas. - Estão todos aqui? – perguntou depois de alguns minutos reunindo os novos colegas de Casa.


- Estão sim! – respondeu Annabeth sem encontrar mais nenhuma cara nova de sua casa por ali.


- Ótimo! Então vamos! – disse pondo-se a frente do grupo assim como Annabeth. – Não nos percam de vista! – disse ele enquanto seguiam para fora do Salão Principal.


Então Cygnus e Annabeth guiaram os alunos do primeiro ano, através de corredores em direção às masmorras, até chegarem a um corredor sem saída. Cygnus foi a frente, e quando começou a se aproximou do fim do corredor uma porta se materializou na frente do garotos e indo até ela, Cygnus abriu-a.


- Sejam Bem-Vindos ao Salão Comunal da Sonserina!


Então o moreno e a loira esperaram que todos os alunos entrassem no aposento, para seguirem-nos.


- Bom, pessoal, este, de agora em diante, será o lugar onde vão passar a maior parte de seu tempo, então curtam bastante. – disse Cygnus depois de passar pelos alunos e colocar-se a frente dos mesmos, no centro do Salão comprido.


- Bem, os dormitórios são acessíveis a partir daqueles vãos, logo ali. – disse ela apontando dois corredores muito próximos no fundo do Salão. – Os masculinos são à direita e os femininos à esquerda. Seus pertences já foram levados até os dormitórios.


- Seus horários serão entregues amanha, durante o café da manha, por um dos monitores ou pela diretora de nossa Casa, a professora Greengrass. – explicou Cygnus.


- Bem, podem ficar a vontade. O Salão é inteiramente de vocês. – disse Annabeth dispensando os calouros, que começaram a se espalhar por todo o lugar.


- Acha que os pestinhas vão aprontar alguma coisa? – perguntou Cyg enquanto eles observavam os alunos andando em todas as direções.


- Imagino que não. Estão empolgados demais com tudo. – respondeu Annabeth enquanto eles seguiam para um par de poltronas próximo a lareira, onde sempre ficavam, desde que entraram para a Casa.


- Então você me acompanharia à Torre dos Leões? – perguntou ele, enquanto sentavam-se de frente um para o outro e a loira tirava um livro das vestes.


- O que vai fazer lá, Cyg? – disse acomodando-se na poltrona e abrindo o livro.


- Não pude parabenizar o JJ ainda. – disse ele sorrindo de lado e ficando levemente rosado.


- Você vai à essa hora até o outro lado do Castelo, só para parabenizar seu irmão. O que alias você poderia fazer amanha de manha...? – disse a loira fingindo confusão, embora com um sorriso de compreensão em seus lábios.


- É Annabeth, só quero parabenizar meu irmão! – disse o moreno atingindo agora um tom já vermelho.


- E o fato de ele estar na mesma Torre que Emily Weasley não tem absolutamente nada haver com isso, tem? – disse a menina já fechando seu livro enquanto ria abertamente.


- Annie! – disse o moreno corando ainda mais.


- Está bem, Cygnus! – disse ela realmente divertida. Suas brigas com Cygnus nunca se estendiam mais que alguns minutos. – Mas só espero que não encontremos o Potter no caminho, por que se isso acontecer eu nunca mais faço nada por você... – disse em um tom falsamente irritado.


- Sei, sei... – disse o moreno rindo enquanto voltava ao seu tom de pele habitual. – Vou ver se alguém fica de olho nos garotos até voltarmos.


- Ok. Quando voltar, estarei esperando bem aqui.


- Ok, preguiçosa! – e se afastou da loira indo até um grupo divertido de Sonserinos ali parto. – Hey, Cody! – disse cumprimentando um moreno animado.


- E ai, Cyg! – disse cumprimentando o recém chegado com um estranho aperto de mão.


- Pode me fazer um favor? – perguntou Cyg timidamente.


- Ora que pergunta, Cygnus! – o rapaz parecia quase ofendido. – Que aluno desta Casa negaria algo ao nosso Goleiro do Século? – perguntou sorrindo para o rapaz.


- Obrigado, Cody – respondeu o garoto envergonhado – Mas será que você poderia não deixar nenhum dos primeiro-anistas sair do Salão? Preciso resolver algo... Mas não devo demorar.


- Pode deixar, cara! – assegurou o outro sorrindo para ele. – Demore o quanto precisar, ficamos de olho nos Calouros! – disse piscando para o moreno. – Vai na boa!


- Valeu, cara. – agradeceu o garoto dando as costas e indo até Annabeth.


- Resolvido? – disse ela enquanto fechava novamente o livro.


- Claro que sim! – disse sorrindo para a amiga enquanto ela se levantava da poltrona. – O que a Sonserina não faz pelo melhor Goleiro de sua história?


- E o mais convencido também... – acrescentou, embora sorrisse.


- Sou apenas realista, Annie! – respondeu quando atravessavam o corredor sem saída. – Realista.


 


(...)


 


Alguns minutos mais tarde, na Torre da Grifinória.


- Emy! – disse um rapaz alto, branco e de cabelos ralos se aproximando de onde a ruiva estava com seus amigos e primo.


- Algum problema, Ollie? – perguntou Emily virando-se para o capitão do time da Grifinória.


- Cygnus está lá fora, querendo falar com você... – ele respondeu enquanto se sentava perto dos amigos.


- O que aquele idiota quer? – disse James de forma irritada, olhando para o Buraco do Retrato.


- Ele não é idiota, James! – respondeu a ruiva de pronto, irritando mais o primo. – E obrigada, Ollie, vou lá ver o que ele quer... – disse ela se levantando.


- Você vai mesmo falar com aquele idiota? – disse o primo já de pé, a fim de evitar que a ruiva fosse encontrar o Sonserino.


- Ah, James, dá um tempo! – reclamou um moreno de cabelos rastafári sentado esparramado na cadeira, reprovando a reação do amigo.


- Claro que vou! – disse ela dando as costas ao primo.


- Eu não vou deixar você ir! – disse ele se precipitando e se colocando no caminho da prima, impedindo seu progresso.


- Ah, é? – disse ela desafiadoramente. – E como vai me impedir, Sr. Potter? – disse ela depois de se desvencilhar do empecilho criado pelo primo.


- Você não vai falar com ele, Emily! – disse o garoto segurando o braço da prima.


- Me solte agora James! – disse a ruiva ficando perigosamente vermelha. – Ou eu juro que você vai começar o ano em detenção! – disse para depois puxar o braço com força, se virar e partir pelo Buraco do Retrato.


- Fala sério, James... O que diabos você tem contra o Cyg? – disse o garoto de cabelos rastafári quando o ruivo se aproximou dos amigos a fim de pagar sua capa.


- Eu não tenho só contra ele! É contra todos os Sonserinos! – disse o garoto exaltado.


- Mas com ele é mais que com os outros! – insistiu Ollie.


- Isso é coisa minha! – respondeu ainda mais irritado. – Eu vou me deitar! – disse ele seguindo intempestivamente para os dormitório.


 


(...)


 


- Será que o Potter vai deixar ela vir? – perguntou o moreno nervoso com a demora da ruiva.


- Se bem conheço os dois, ele não vai gostar, mas ela virá assim mesmo. – disse a loira despreocupadamente.


Então eles ouviram o Retrato começar a se mover para dar passagem à um ruiva irritada


- Ah! – ela gritou assim que atravessou o retrato. – Como James me estressa! – disse como se estivesse sozinha ali. Então respirou fundo e virou com uma expressão mais amena para os dois Sonserinos que a encaravam com uma expressão confusa, mas ainda assim divertida. - Ah, oi, pessoal, me desculpem a demora, mas...


- James... Já notamos... – respondeu Annabeth sorrindo e fazendo a ruiva corar ligeiramente.


- Então, o que aconteceu para virem até tão longe? – perguntou a fim de mudar de assunto.


- Queria poder falar com o Jay... – respondeu Cygnus em um tom baixo, meio receoso que a ruiva o proibisse de ver o irmão.


- Ah, certo... – disse ela meio pega de surpresa. – Devia ter imaginado. – disse recompondo-se e sorrindo para o moreno. – Bom, espere um minuto que eu já vou buscá-lo. – disse a morena virando e voltando ao Retrato.


Então ela murmurou a senha e atravessou o Buraco.


- Por que mesmo nós não pedimos ao Ollie que trouxesse o Jay? – perguntou Annabeth de forma falsamente entediada enquanto sorria e observava o amigo olhar fixamente até a menina desaparecer pelo Buraco atrás do Retrato.


- Não enche, Annabeth! – disse o garoto fechando a cara para a amiga que riu com gosto do amigo sendo acompanhada pela mulher da pintura.


Mais alguns momentos e eles viram o Retrato mais uma vez girar e dar passagem a ruiva, mas dessa vez acompanhada por um loirinho.


- Cyg! – disse ele correndo a abraçar o irmão.


- Hey, Carinha! – disse ele retribuindo o abraço e levantando o menino do chão e girando enquanto ele ria junto com o irmão mais velho. Provocando sorrisos em Emily, Annabeth e até mesmo no Retrato da Mulher Gorda.


- Parabéns, Campeão! – disse pondo seu irmão no chão. – Estou muito orgulhoso de você! – disse ele sorrindo radiante para o loirinho.


- Eu não decepcionei você, então? – perguntou o menino receoso.


- Mas é claro que não, Jason! Que ideia! – disse ainda sorrindo para o irmão caçula. – Mesmo que você tivesse ido parar em qualquer outra Casa, você jamais me decepcionaria! – assegurou ele, fazendo o irmão voltar a sorrir como antes. – Mas me conte, está gostando?


- De tudo! – respondeu o menino sorrindo e começando a lhe contar o que descobrira sobre a Torre até ali.


- Que legal, maninho! – disse ele sorrindo quando o menino terminou o ultimo relato. – Ah, bom, acho já está ficando meio tarde... – disse ele ao olhar para o relógio. – Só vim aqui para te parabenizar e ver como você estava. – disse ele se levantando e sorrindo para o menino.


- Está bem... – disse ele quando foi abraçado pelo mais velho.


- Hey, o que acha de uns exercícios amanha, antes do café? – perguntou tentando animar o menino de novo.


- Legal! – respondeu ele sorrindo ao se separar do irmão.


- Então te pego aqui às seis, ok? – perguntou animado com a empolgação do loirinho.


- Ok! – respondeu e se dirigiu ao Buraco do Retrato, murmurando a Senha e acenando par o irmão enquanto desaparecia.


- Ele vai ficar bem, não é? – disse voltando-se para Emily, que assim como Annabeth, continuara ali, observando a cena dos irmãos Malfoy e rindo com eles – Ninguém está implicando com ele por ser meu irmão...


- Relaxa, Cyg! – disse ela cortando o rapaz e aproximando-se dele. – Ele vai ficar bem... – disse pondo a mão no ombro do rapaz, mas arrependendo-se e corando muito. – Eu posso assegurar isso...


- Bem, então... – disse o rapaz também constrangido. – Nos vemos amanhã, Emily! – disse ele sorrindo de leve para a menina.


- Até amanha, Cygnus! – disse ela enquanto o moreno se virava para Annabeth.


- Tchau Emy! – despediu-se a loira acenando enquanto se afastavam.


- Tchau Annie! – disse a menina acenando de volta.


- “Nos vemos amanha”, Cygnus? Nem um “Boa noite”? – Emily ainda ouviu Annabeth reclamar em tom divertido com Cygnus.


- Annie, qual a graça em me perturbar tanto, hein? – foi a ultima coisa que a ruiva ouviu antes de entrar sorrindo em seu Salão Comunal.


 


(...)


 


Já era tarde da noite, mas no alto da torre da Grifinória, sentado no peitoril da janela de seu dormitório, um garoto loiro observava com seus belos olhos azul-acinzentados, a paisagem à sua frente. Em baixo, a floresta parecia descansar sobre a calmaria da noite e acima, as estrelas e a lua se destacavam, pela falta de iluminação do lugar como um todo.


Então JJ sentiu os três companheiros de dormitório se aproximar dele compartilhando sua vigília noturna.


- Sem sono? – perguntou Sirius se sentando próximo ao loirinho.


- É... e pelo visto não sou o único... – disse ele enquanto os outros dois também se sentavam ali perto.


- O que está olhando? – perguntou Sirius observando também a paisagem.
- As estrelas... Elas ficam lindas quando todas as luzes são apagadas... – respondeu o menino sem tirar os olhos do céu.
- Você ta legal, Jay? – perguntou John de forma gentil.
- Estou bem, rapazes... – respondeu virando-se para eles. – Só estou pensando um pouco... – disse de forma triste.


- Em que? – perguntou Scott, olhando para o garoto intrigado.


- Na minha irmã, Scott. – disse ele cabisbaixo. Nós costumávamos olhar as estrelas à noite. É difícil saber que não estarei perto dela este ano... – disse voltando a olhar as estrelas e pensar em Angel.


- Olhe pelo lado positivo: será apenas esse ano! – disse o menino tentando aliviar a conversa.


- Não é assim tão simples, Eddie... – disse Sirius anormalmente sério. – Queria que a Lil estivesse aqui também... – disse entendendo exatamente o que JJ estava sentindo.


Então eles passaram alguns minutos presos em seus próprios pensamentos.


- Acham que vamos nos adaptar... Aqui em Hogwarts? – perguntou JJ a fim de quebrar o silêncio que se instalara.


- Aposto que sim! – disse Sirius começando a mostrar seu sorriso maroto. – Vamos aprontar muito aqui nos próximos anos!


- Fale por você! – disse John mandando ao moreno um olhar entre repreendedor e divertido.
- Não, falo por nós! – respondeu o moreno com seu sorriso confiante. – Porque quando eu me meter em encrenca te carrego junto... Você é que escolhe: leva a culpa sem ter, ou tendo? – concluiu sorrindo como se tivesse acabado de ganhar a disputa, o que de fato havia feito.
- Você não presta, Sirius! – decretou John provocando risadas nos outros três.
- Isso eu nunca escondi de ninguém, querido Johnny! – respondeu o moreninho sorrindo ainda da mesma forma.
- Mais a parte mais legal é que poderemos passar os próximos sete anos sem ouvir os gritos diários da mamãe. – disse Scott depois de um momento de silêncio.
- Não se empolgue tanto, Eddie... – começou Sirius cortando o barato do primo. – Tia Mione não está aqui, mas Sarah vai fazer parecer como se estivesse... – disse ele novamente exibindo seu sorriso vencedor.
- Tem razão... – disse Scott com uma expressão tristonha.


JJ, com um sorriso nos lábios, voltou-se para as estrelas... Gostaria mesmo de ficar ali pelos próximos anos, curtindo sua adolescência com os amigos. Mas lá no fundo, ele tinha a impressão de que a vida não iria ser assim tão bondosa com ele...
- Sai pra lá, coisa feia! – disse Scott quase gritando e chamando também a atenção dos outros dois que, como JJ, estiveram mergulhados em seus próprios pensamentos.
- Hey! Deixe o meu gatinho em paz, Scott! – disse ele indo até o gato que fora arremessado longe pelo outro garoto.


- Gatinho? Isso é um monstro, Sirius! – retrucou o primo ainda arfando com o susto que levara do animal de estimação de Sirius.


- Não fale assim dele, Eddie! – disse o moreno irritado. – Calminha, Almofadinhas, esses garotos maus não vão fazer nada com você! – disse acalmando o gato enquanto voltava para o lugar que estiver.
- Ah Sirius, você não vai ficar com esse monstro ai, vai? – disse o garoto ainda protestando pela mínima distancia entre ele e o animal.


- Para com isso, Scott! – protestou Sirius ainda irritado.
- Ah Sirius... – disse JJ cautelosamente. - Você poderia pelo menos afastá-lo um pouco daqui, não? – perguntou o loirinho tentando acabar com aquela confusão.
- E pra onde vocês sugerem que eu o mande? – disse o garoto ainda mais irritado pelo apoio que o primo parecia dos outros dois. – Oras, Almofadinhas precisa de um lugar pra ficar! – disse Sirius completamente indignado.
E então, naquele momento, os quatro silenciaram, pois haviam ouvido um estalo forte.
- O que foi isso? – perguntou Scott com a voz fraca, quase inaudível.
- Não foi a porta – disse John olhando a porta do lugar onde se encontrava.


Então todos levantaram-se para procurar o que causara o repentino estalo.
- Esperem um minuto... Aquilo estava ali? – perguntou Scott olhando para uma porta fechada no outro lado do dormitório, próximo a cama que agora JJ ocupava.
- Não que eu saiba! – disse JJ olhando para o ponto que o amigo apontava intrigado, pois de fato não vira aquilo ao lado de sua cama quando subira mais cedo.


- Que coisa estranha! – disse John examinando a porta também intrigado, pois como dormia na cama do lado da Jason, deveria ter reparado na porta se ela tivesse estado ali antes.
- Vamos lá ver o que é! – disse Sirius se aproximando da porta.


- Hey, onde é que foi parar o meu malão? – perguntou JJ olhando em volta a procura da grande mala que trouxera para o castelo e pusera exatamente onde agora se encontrar a tal porta.
- Não faço a menor ideia! – respondeu Sirius também procurando pelo malão do amigo.
- E agora? Onde estão meus pertences? – disse o loiro preocupado.
- Fica calmo Jay, vamos entrar e ver se achamos as suas coisas... – disse Sirius tentando acalmar o loiro.


- Hey, e se não for pra gente entrar? – perguntou Scott com a voz ainda fraca. – Quer dizer esse negocio surgiu do nada e... E se for perigoso? – o garoto tentava, sem muito sucesso esconder o medo.
- Deixa de ser medroso, Eddie! – disse Sirius repreendendo o primo. – Temos que encontrar os pertences do JJ. – disse se voltando para o loiro que acenou agradecendo. – E alem do mais quem está comigo, está com o próprio Merlin! – acrescentou para descontrair.


- Desculpe-me, Sr. Modéstia, mas o Scott pode estar certo! – disse John intrigado com o surgimento da tal porta. – Pode ser que haja alguma coisa aí dentro!
- Tendo alguma coisa aí ou não, eu vou entrar! – disse o garoto se aproximando ainda mais da porta. – Não vou mesmo começar o ano de pijama! Vocês vêm ou não? – perguntou olhando para os outros três.
- Claro! – disse Sirius se postando ao seu lado e olhando também para os outros dois.
- Não tenho escolha, tenho? Se eu não levantar Sirius vem me buscar mesmo. – disse Scott se dando por vencido e acompanhando o primo que lhe bagunçou os cabelos rindo.
- Johnny? – perguntou JJ olhando fixamente para o garoto.
- “Se não pode vencê-los, junte-se a eles...” – disse o outro dando de ombro e se unindo aos amigos.
Com a aproximação do ultimo, JJ pôs a mão sobre a maçaneta e vagarosamente girou-a abrindo a porta. Então ao concluir o movimento ele se viu olhando para um pequeno corredor demasiadamente escuro que levava a uma escada de madeira escuro, aparentemente muito antiga.
- Vamos! Lumus – murmurou o loiro entrando pelo vão apertado e seguindo até a escada.
Lumus – o moreno ia logo atrás do loiro. Scott e John embora quisessem, não recuaram, seguindo Sirius.
Quando só faltava Scott para pôr o pé na escada ele parou e perguntou aos outros:
- Como vamos voltar? – ele perguntou com receio na voz.
- É verdade, precisamos colocar alguma coisa para escorar a porta... – disse John olhando a volta a procura de algo para usar de escora.
- Volte ao dormitório e ponha aquele tênis para escorar, Eddie – disse Sirius apontando o único tênis que conseguia ver da posição que estava.
- ‘Tá – Scott rapidamente foi até o dormitório, o primeiro tênis que viu e colocou-o na quina do vão da porta.
Quando Scott voltou, eles seguiram caminho escada a cima. Chegando ao topo da escada eles viram mais um corredor, só que este era mais largo que o outro e mais parecia um hall que possuía seis portas, duas delas estavam à frente deles, as outras quatro estavam aos seus lados e nestas últimas eles viam símbolos diferentes.
- Em qual delas vamos entrar? – perguntou Scott tendo chegado até ali.
- O importante é saber como vamos entrar em qualquer uma delas... – disse JJ examinando a porta ao seu lado direito que tinha uma lua esculpida em madeira e estava trancada.
- JJ está certo, antes de decidirmos onde entrar precisamos saber como entrar. – Sirius também examinava uma das portas, nesta havia um enorme pedaço de queijo esculpido em madeira. – Acham que Alohomora resolve?
- Você pode tentar. – disse John enquanto também examinava mais uma das portas, nesta havia uma chama esculpida. – Mas não creio que vá funcionar... Ao que me parece estas portas foram fechadas por outros meios que não foram feitiços...
Sirius então pegou sua varinha e voltou para a porta de queijo.
- Não custa tentar... Alohomora! – e como não ouviram nenhum estalo, ele teve de supor que não funcionara. – Por que você nunca erra Johnny? – indagou indignadamente em tom baixo para que os amigos não ouvissem.
- Ok, já que não deu certo com a varinha... Vamos pensar: o que faremos para abrir essas portas? – disse John voltando-se de novo para a porta     . – Como se abre uma porta sem usar varinha...?
- Com chave? – perguntou Scott inseguro, não imaginara como nenhum deles havia pensado nisso ainda.
- É, pode ser, Eddie... Mas onde acharíamos chaves aqui? – perguntou John levando a ideia do amigo em consideração.
- Em baixo dos tapetes? – perguntou Scott fazendo os outros perceberem quatro tapetes na entrada de cada uma das portas laterais.
Enquanto John abaixava-se para verificar em baixo do tapete da porta de lua, Sirius virou-se para o primo.
- Ed? Você ‘tá legal? – perguntou Sirius em um tom falsamente preocupado
- ‘Tô, por quê? – disse Scott realmente pensando que o primo estava preocupado com ele.
- Por que você ‘tá muito inteligente hoje... Tomou o quê? – disse Sirius sorrindo da cara preocupada de Scott
- Sirius! Pare de encher o Scott, porque ele acertou! – disse John erguendo a chave para que os outros pudessem vê-la – Olhem em baixo das outras portas! – disse enquanto concentrava-se em analisar a chave que assim como a porta possuía uma lua.
E assim eles fizeram. Sirius foi até uma porta onde havia esculpido um osso, JJ se dirigiu à uma que possuía uma chama e Scott foi até a de queijo.
- E aquelas? – perguntou John
- Vamos devagar, Johnny... Uma coisa de cada vez... Melhor nos preocuparmos primeiro com essas quatro, já que temos as chaves... – disse JJ apontando para a chave em sua mão que a exemplo de todas as outras possuía o um símbolo idêntico ao das portas.
- JJ tem razão... Nos preocupamos com as outras quando dermos fim nessas. – disse Sirius logo colocando a chave na fechadura
- Espera, Sirius! – disse Scott fazendo o moreno parar e revirar os olhos. - Não seria melhor fazermos isso todos juntos?
- Medo, Eddie? – disse o moreno maliciosamente.
- Ele tem razão, Six. É mais seguro fazermos isso todos juntos... – disse John novamente apoiando Scott, o que não agradou Sirius.


- Ah, qual é? – disse Sirius irritado


- Ele esteve certo da ultima vez! – disse John olhado serio para o moreno.


- Ah, ta legal! – concordou bufando e, depois de tirar a chave da fechadura, cruzou os braços.


- Qual delas abriremos primeiro? – perguntou JJ, ao notar que discussão acabara.
- Que tal a do Ed, já que ele tem ajudado tanto? – perguntou Sirius com um sorriso maquiavélico quase imperceptível, a JJ e John, mas suficientemente claro a Scott.
- Então muito bem! Vamos lá, Scott, abra a porta! – disse o loiro enquanto todos se aproximavam de Scott.
- Tem certeza? – perguntou Scott temeroso.
- Estamos aqui, Ed! Vamos lá! – disse John incentivando o amigo.


Então eles esperaram enquanto Scott tentava colocar a chave na fechadura, tarefa esta que estava estupidamente difícil de ser cumprida pelo garoto, pois sua mão fazia a chave tremer tanto que ele não conseguia encaixá-la.


Impaciente, Sirius segurou a mão do primo e colocando a chave na maçaneta, recuou para que Scott a girasse.
Então Scott finalmente conseguira abrir a tal porta, mostrando aos quatro uma pequena sala, com muitas estantes, uma escrivaninha e um armário. Sobre a escrivaninha jaziam vários porta-retratos com muitas fotos de diversas pessoas; As estantes, porém, estavam completamente vazias; e o armário, Sirius logo descobriu, trancado.
- Vamos olhar o armário? – perguntou JJ curioso para saber onde estavam seus pertences afinal de contas.
- Vamos sim! Vai lá, Eddie! – disse Sirius empurrando o primo que quase cai.
- Por que eu? – perguntou Scott voltando-se para encarar os outros três em busca de apoio, no que não teve muito sucesso.
- Por que você é que esta com a chave! – disse Sirius como quem conta algo óbvio a uma criança de cinco anos de idade.
- Mas quem garante que essa chave pode abrir mesmo o armário? – perguntou Scott tentando de todas as maneiras não abrir o tal armário.
- Eu garanto! Porque a fechadura do armário também tem o símbolo do queijo, exatamente como a da porta então, obviamente, a chave deve servir para ambas as coisas... – disse Sirius novamente achando que aquilo era a coisa mais óbvia do mundo.
- É... O que ele disse faz sentido... Pode haver erro, mas, no todo, tem sentido... – disse John relevando as palavras de Sirius.
- Bom, agora que Johnny ‘sabe-tudo’ Lupin aprovou, vai logo, por que eu ainda quero e preciso dormir esta madrugada. – disse Sirius com mais impaciência do que o habitual.
Então Scott, por livre e espontânea pressão, foi até o armário e abriu-o se agachando e se preparando para o pior. Quando ele o fez os garotos se depararam com o armário totalmente vazio.
- Vazio? Eu cheguei até aqui pra encontrar um armário vazio? E onde estão meus livros? E minhas roupas?! – disse JJ começando a perder sua paciência.
- Calma Jay, ainda faltam cinco portas... – Sirius tentou com isso amenizar as preocupações de JJ. – É melhor irmos andando... Eddie feche tudo aqui e vamos procurar em outra porta...
- Deixa que eu abro a próxima porta – disse John adiantando-se, indo até a porta em frente e colocando na fechadura a chave.
Quando Scott chegou perto dos outros, John abriu a porta dando aos garotos a oportunidade de olharem dentro da próxima sala e verem que esta tinha além da escrivaninha repleta de porta-retratos, as prateleiras cheias de livros, uns mais grossos e grandes que os outros e pra completar o armário.
- Uau! Nunca tinha visto tantos livros assim num espaço tão pequeno... – disse John fascinadamente olhando os livros – E a diversidade é impressionante...
- Johnny, meu querido, nós não viemos aqui pra olhar livros e sim para procurar pelas coisas do JJ. – disse Sirius apagando o brilho do olhar do garoto.
- Ah, é... Ahn... Desculpe Jay... – disse John despertando de seu transe e indo até a porta do armário
- Tudo bem. – respondeu o loiro sem dar muita atenção.
- Eddie, o que você está fazendo atrás de mim? – perguntou Sirius enquanto John girava a chave na fechadura do armário.
- Bom, se tiver alguma coisa aí dentro não serei o primeiro a ser pego... – disse Scott enquanto John abria a porta do armário
Lá dentro havia apenas mais livros e vários pergaminhos
- Livros e pergaminhos? – JJ lamentou passando a mão nervosamente pelo cabelo. – Acho que eu vou começar o ano de pijama...
- Não desanima! – disse o moreno passando a mão pelas costas do loiro. – A gente vai achar suas coisas! Vamos! – disse ele dando as costas, mas percebendo que John estava demasiadamente interessado nos livros dentro do armário. - Ou você quer ficar John?
- Acho que vou ficar um pouco mais, pra dar uma olhada nisso aqui! Depois que explorarem tudo por aí, me chamem... – disse ele sem desviar os olhos dos títulos dos livros.
- Tudo bem, vamos... – ele novamente notou que alguém não estava muito inclinado a ir - Ou você também vai ficar Ed?
- Bom, eu prefiro... – disse Scott sorrindo envergonhado
- Tudo bem, eu vou com o Jay e depois voltamos e pegamos vocês...
- Gritem se precisarem... – acrescentou Scott quando eles estavam se dirigindo à próxima porta.
- ‘Tá bom, Ed... – Sirius saiu rindo e levando JJ
JJ foi até a porta com a chama esculpida, girou a chave na fechadura e abriu a porta.
Essa sala era igual às outras; na escrivaninha haviam muitos porta-retratos, só que estes raramente mostravam outra pessoa que não uma bela ruiva que tinha grandes e belos olhos verde-esmeralda e um dos mais belos sorrisos que os garotos já haviam visto; as prateleiras continham vários objetos desconhecidos pelos garotos, pergaminhos e mais fotos da tal ruiva; e por último o armário que, como os outros, estava trancado.
- Caraca, ou esse cara é completamente obcecado por essa ruiva ou ele era ela, e que não por isso deixa de ser obcecado pela ruiva! – disse Sirius admirando as fotos da ruiva, que estava de todas as formas possíveis sorrindo para eles.
- Realmente, eu nunca vi tantas fotos da mesma pessoa num espaço tão pequeno... – disse JJ admirado, mas logo parando e dizendo a Sirius - Vamos logo olhar esse armário para passarmos para a próxima porta...
- Ok – Sirius parou de admirar a ruiva e foi até o armário abri-lo – Pronto – anunciou ele a JJ que olhava fascinadamente para a ruiva.
Dentro do armário, além de mais fotos da ruiva eles encontraram muitos pergaminhos e mais objetos desconhecidos.
- Não vamos perder as esperanças... Vamos para a próxima porta!
Assim que JJ fechou tudo na sala da chama eles foram até a outra porta e Sirius abriu-a. 
Lá dentro eles novamente viram o que havia em todas as outras salas; A escrivaninha desta vez era repleta de fotos de um rapaz moreno acompanhado de várias pessoas, algumas vezes ele estava com mais três rapazes, (um moreno de óculos e cabelos arrepiados, um outro de cabelos castanhos e aparência cansada e ainda outro gordinho, de calos ralos e escuros) em outras ele estava com os três e mais duas garotas(uma delas era a tal ruiva da sala anterior e a última era loira e tinha uma aparência doce a colhedora) e um rapaz alto e forte de rosto arredondado e bondoso, em ainda outras ele estava acompanhado apenas pelo um moreno de óculos; nas prateleiras havia muitos objetos que eles desconheciam; e o armário como, os outros anteriores, estava trancado.
- Eu vou abrir... – disse Sirius se dirigindo até o armário
Quando o moreno destrancou o armário ele e JJ o abriram e viram muitas fotos, cartas, pergaminhos, mas nenhuma roupa ou qualquer coisa pertencente à JJ.
- Onde estão minhas coisas? – perguntou JJ beirando o desespero total.
- Sabe, eu acho melhor nós irmos dormir e amanhã, nós falamos com algum professor... – disse Sirius tentando deixar o amigo mais calmo.
- E vou vestir o quê? – perguntou JJ mais próximo do desespero do qualquer momento anterior.
- Você pode, por enquanto, usar minhas roupas ou do Eddie ou até do Johnny... Se bem que eu não aconselho muito as do Johnny nem as do Eddie, mas, bom, isso é uma outra história...
- Ok então... – disse JJ rendendo-se e olhando para o relógio. - Realmente já está super tarde... E eu ainda tenho que acordar super cedo amanhã.
- Vamos... – disse Sirius chamando o amigo. - Eu vou fechar isso...


- ‘Ta bem. Feche tudo enquanto eu vou chamar o Scott e o Johnny...


Quando voltavam para perto de Sirius, JJ se voltou para as duas portas na extremidade oposta à que os amigos se dirigiam.
- E aí Jay, você vem ou não? – perguntou Scott, apressado em sair dali o mais rápido possível.
- Espera Scott... Vamos embora sem olhar essas portas? – perguntou JJ ainda tentando se apegar a qualquer esperança de recuperar seus pertences antes da manha seguinte.
- Ele tem razão... – disse Sirius animando o loiro e seguindo com ele até a primeira porta.
JJ, que estava mais próximo às portas, se aproximou mais de uma, tocou a maçaneta, girou-a e a porta se abriu. Quando JJ cessou seu movimento os quatro puderam ver uma sala bem maior que as outras; nesta sala havia vários jogos bruxos, uma mesa com cadeiras ao centro e um painel coberto por um tecido na parede em frente a eles.
O que mais chamou a atenção dos quatro garotos foi o painel coberto que jazia na parede a frente deles, então eles foram se aproximando do tal painel para logo John e Scott que estavam dos lados levarem o tal tecido a baixo.
- O que é isso? – perguntou JJ aos outros três
- Me parece ser o mapa de Hogwarts... – disse Sirius examinando o painel
- Mapa de Hogwarts? Impossível... Não há registros de nenhuma pessoa que tenha feito um mapa de Hogwarts... – disse John confuso.
- John! – Sirius precisava interromper o discurso do amigo. – Tudo bem, já sabemos que você é uma biblioteca ambulante, mas o fato é que registrado ou não alguém fez um mapa de Hogwarts e... – disse moreno com impaciência.
- Hey, somos nós... E... É a Sarah... A Lana... Olhem só, é o Professor Longbottom! – notou Scott olhando o painel e mostrando os pontinhos com os respectivos nomes.
- Como é possível? – perguntou John ainda incrédulo.
- Seja como, é realmente brilhante! – analisou Sirius.
Eles ficaram lá por mais algum tempo vendo todos os jogos e outras coisas que havia na sala até que Scott olhou pro relógio e disse:
- Acho melhor a gente ir logo olhar a última porta, já vai dar duas horas da manhã, daqui a pouco a gente vai cair duro no chão de tanto sono.
- Detesto dizer isso, mas Ed tem razão... É melhor irmos... – disse Sirius olhando de esgueira pra o primo e rindo enquanto se dirigiam à próxima sala.
Scott, o primeiro a sair se aproximou da outra porta e abriu-a mostrando aos quatro uma sala aparentemente do tamanho da anterior só que está não possuía jogos e sim quatro ‘compartimentos’ onde havia uma poltrona, um armário com estantes e um criado mudo com três gavetas cada. Tudo naquela sala parecia ter sido feito para quatro pessoas com exceção de uma mesinha baixa de madeira ao centro da sala. 
Nesta mesinha havia quatro gavetas, perceberam os garotos.
A mesa, por ser o único objeto não multiplicado em quatro, chamou muito a atenção dos garotos que se aproximaram e se ajoelharam ao redor da mesma.
- As fechaduras são as mesmas das portas... – disse Scott reparando na fechadura da gaveta a sua frente.
- Será que as chaves também servem aqui? – perguntou JJ aos outros
- Eu creio que sim, afinal já funcionou uma vez não foi? – John deu seu palpite.
- Eu vou tentar. – disse Sirius colocando a chave, que ele ainda carregava na mão, na fechadura girando-a.
Sirius havia conseguido abrir a gaveta. E de lá ele tirou um embrulho. Ele o abriu e viu um livro de capa velha.
- Vamos olhar as outras... – disse JJ abrindo outra gaveta.
De lá JJ tirou um pedaço de pergaminho em branco, velho e surrado.
- Um pedaço de pergaminho? – disse incrédulo o loirinho.
- Talvez tenha nas outras... – opinou John
Foi a vez de Scott abrir uma das gavetas. E de dentro dela ele tirou um embrulho.
- Abre, Eddie! – disse Sirius enquanto JJ examinava o pergaminho e John observava meio temeroso.
Com muito cuidado, Scott desembrulhou o pacote e viu quatro espelhos.
- Espelhos? – perguntou franzindo o cenho.
- Estranho mesmo... Bom agora só falta você, Johnny. Abre logo e vamos ver o que você vai achar.
Mesmo a contragosto John o fez e da gaveta ele retirou de lá o que parecia um diário.
- Aventuras Marotas? – ele leu a frase no rodapé do objeto. – Não acho que devíamos ter mexido em nada disso... – disse John começando a se arrepender pelos feitos da noite.
- John, preste atenção: Nós não pedimos pra aquela porta aparecer pra nenhum de nós. – disse Sirius veementemente.
- Mas e se essas coisas pertencerem a outras pessoas? – perguntou John tentando discutir com Sirius.
- Não é culpa minha se os ‘donos’ não ligam e deixam por aí, a própria sorte! – respondeu Sirius displicente.
- E se isso tudo for proibido? – retrucou o outro se irritando com o amigo.
- Eu não vou estar nem aí! – respondeu o moreno dando de ombros.
- E se recebermos punições por isso? – John tentou chamar pela consciência do amigo.
- Nossos pais nunca vão deixar nos darem punições que não possamos cumprir! – contrapôs Sirius sem se afetar, enquanto folheava o livro
- Eu desisto de tentar te convencer! – se rendeu o outro bufando ao notar a indiferença persistente do moreno.
- Já não era sem tempo! – disse o moreno fechando o livro e mostrando a todos seu sorriso vencedor.
- Você tem argumento pra tudo mesmo, hein, Sirius? – perguntou JJ achando pouco provável que alguém convencesse aquele garoto a fazer o que fosse que ele não quisesse.
- Prevenção é tudo, meu caro! – disse ele enquanto fechava a gaveta. – Ainda não conheci uma pessoa que me fizesse voltar atrás! – acrescentou sorrindo.
- É bom você conhecê-la logo ou vamos sofrer bastante em suas mãos – ponderou JJ enquanto todos faziam o mesmo que Sirius.
- Bom, eu acho que é melhor irmos. – disse JJ ao observar Scott bocejando.
- Tem razão... Vamos! – disse John levando consigo os espelhos.
- Mas, e essas coisas? – perguntou Scott sonolento, se referindo aos objetos que estiveram nas mesas.
- Vamos levá-las, é claro! – respondeu Sirius se dirigindo à saída com o livro embaixo do braço.
- Sirius e se... – começou John
- Ah, nem vem John. – interrompeu Sirius - Você não vai conseguir me convencer... E além do mais a única entrada até aqui é pelo nosso dormitório, então se alguém vier atrás desses objetos, nós saberemos.
- Mas... – tentou contrapor John
- John, por favor, agora até eu estou cansando... Ele não vai desistir, então é melhor você ceder, por que por ele vamos passar o resto da madrugada nesta discussão e Scott vai acabar desmaiando em pé.
- ‘Tá bem, vamos levar isso lá pra baixo... – respondeu o outro rendendo-se a contragosto.
Os quatro, cada um levando consigo o que pegara na mesa e uma chave, passaram pelo corredor largo, desceram a escada e atravessaram o outro corredor chegando a porta. Depois de atravessarem o vão da porta Scott sonolento perguntou aos outros:
- Como vamos abrir de novo a porta? – perguntou pouco antes de se jogar em sua cama.
- Não sei, mas não é melhor deixar esse sapato escorando-a até encontrarmos outro jeito de fazer melhor isso? – opinou John se encaminhando à sua cama.
- Eu concordo! – disse JJ sentado em sua cama, ainda pensando no que faria no dia seguinte.
- Eu também! – disse Scott embora agora eles duvidassem que ele soubesse de fato com o que estava concordando.
- Então está decidido! Vamos deixar como está até amanhã. E até lá vamos dormir, ta legal? – disse Sirius esgotando, colocando livro sobre a mesa de cabeceira e se jogando na cama, da mesma forma que o primo.


Não tendo outra escolha, até porque estava realmente exausto, JJ deitou-se e não demorou nada a adormecer.


 


 


 


 


N/A: Bom, pessoal, ai está o 3º Capitulo... Bem, espero que tenham gostado! 
Como prometido, antes de agosto... Já o proximo eu não posso garantir, ja que minhas aulas começam de novo nesta segunda e me disseram que esse período da Facul vai ser meio tenso, então, farei o possivel para entregar o proximo cap. durante o mês que vem...

Esero que estejam gostando da fic. Deixem coments com opniões e eventuais duvidas que responderei a todos. 

Bom, até o proximo Capitulo então! =***

 


 


 

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Comentários (1)

  • Jheni weasley

    A fic ta demais. Esses quartos que eles acharam pentercia aos marotos( Pontas, Amofadinhas, Aluado e o Rabicho) certo? Meu tenho que falar, que não sabia que o pontas era tão louco pela Lilian (como o Jasmes a chamava a "Ruiva"), mas to bem ansiosa pelo proximo cápitulo. Bjus... Ps: Espero que o JJ ache seus pertences.

    2011-07-30
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