No quarto nº 15.



Cap. 34 - No quarto Numero 15

- Que é? – Draco perguntou mal-educado.
- Temos somente um quarto. – informou hesitante.


Alguns segundos de silencio, enquanto eles digeriam a informação.
- Como que uma espelunca com essa pode ficar lotada? – Draco se manifestou com um tom beirando a indignação e sarcasmo.
- Eu fico com o quarto, Rosmerta. – Gina se apressou em dizer. – Podemos ir até o balcão acertar o apagamento.
A dona do pub confirmou com um aceno de cabeça e se adiantou caminhando até o balcão do bar. O casal vinha logo atrás.
- O que te leva acreditar que você irá ficar com o quarto? – o loiro debochou em sua habitual voz arrastada.
- O que te leva acreditar que eu não vou? – retrucou com um sorriso desafiador.
- Eu quero ficar com o quarto. – falou determinado.
- Querer não é poder, Draky. Você já devia saber disso. – o tom dela foi descontraído, mas quem a conhecesse bem notaria certo ressentimento ali.
- Para um Malfoy, querer é sinônimo de poder. – retrucou pomposamente, recebendo uma revirada de olhos em resposta.
Pararam ao balcão, Gina sorrindo vitoriosa por ter ganhado o quarto. A dona do pub inquieta, tamborilando os dedos no balcão e lançando olhares nervosos para o casal. Draco de costas para o balcão, escorado nele, com toda sua elegância displicente e seu semblante entediado e superior.
- Sabe, Rosmerta. Você poderia encaminhar o Senhor Malfoy para o Cabeça de Javali, digamos que combine mais com ele. – a ruiva disse maldosamente enquanto assinava o livro dos hóspedes.
- Não há vagas em Hogsmead inteira, eu andei me informando quando descobri que só havia um quarto disponível aqui no 3 vassouras. – a mulher se apressou em dizer, parecendo ligeiramente...preocupada?
- Então, quem sabe você poderia ceder um confortável armário de vassouras para o Malfoy? – o sorriso sarcástico, nada típico, permanecia intacto. - Ou, talvez, ele queira voltar para casa e encontrar sua adorável noiva, e lhe explicar o que fazia sozinho numa boate ontem à noite.
O loiro revirou os olhos, tinha se esquecido de Magen, aquela mulher provavelmente teria um ataque histérico quando soubesse de tudo que tinha acontecido. E ele teria de gastar bastante galeões para que ela não lhe torrasse a paciência.
- Porque você não volta pra seu país nojento e explica para seu divertidíssimo noivo o que você estava fazendo sozinha numa boate em Londres ontem a noite? – retrucou o loiro.
Gina corou levemente ao lembrar do quão sem graça seu futuro esposo era e desviou o olhar para dentro de sua bolsa fingindo pegar os galeões da hospedagem.
Rosmerta abafou uma risada depois daquela conversa que os dois travavam.
- Bom, agora eu acho que vou me deitar, estou cansado e preciso de um bom banho de banheira. – o Malfoy anunciou com sua voz arrastada.
- Vá no banheiro e se atire de cabeça dentro da privada, isso vai ser o mais próximo de uma banheira que você vai ver. – Gina disse entediada, mas o loiro não retrucou.
E em poucos segundos, Draco surrupiou da mão estendida da senhora as chaves do quarto e correu escada acima, mas sem antes gritar. – “acho que você que precisará daquele armário de vassouras, Weasley”. A mulher bufou incrédula e correu atrás do homem, dizendo todos os xingamentos que conhecia.
Quando os longos cabelos vermelhos sumiram escada acima, madame Rosmerta se permitiu respirar novamente, esboçou um sorriso cansado. Agora ela começava a achar que aqueles garotos poderiam ter razão.
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A sala de interrogatório do Ministério da Magia de Londres era uma sala fria, com uma enorme mesa e algumas cadeiras, sendo algumas destas enfeitiçadas com algemas.
Um homem idoso e careca, com mais de 50 anos, observava-se no enorme espelho de duas faces, que permitia aos ocupantes de uma outra sala ver tudo que acontecia ali dentro. Os longos dedos pálidos e magros percorrendo no rosto os contornos verdes que formavam as palavras: “Velho louco e imundo”.
- Belo visual, Malfoy. – um ruivo alto e forte debochou assim que encontrou na sala.
- Weasley, há quanto tempo. O que fiz parar merecer uma visita tão honrada? – disse ironicamente ainda encarando o espelho.
- Só vim dizer que não poderemos reverter as azarações lançadas em você. – Rony disse se acomodando na cadeira e colocando os pés sobre a mesa.
- Virou garoto de recados? – debochou com as sobrancelhas arqueadas.
- Oh não, eu ainda chuto o traseiro de idiotas como você até Azkaban, mas não resisti e vim ver novamente esse seu novo look. – divertiu-se o ruivo.
- E então, não vai me dizer porque não podem reverter esse meu estado? – o velho agora encarava o outro através do reflexo.
- Os feitiços que te acertaram são de autoria de Emmy Weasley, e só ela sabe o contra-feitiço. E, obviamente, ela não nos contou.
Estranhamente, o velho bruxo das trevas esboçou um sorriso beirando ao orgulho.
- Imaginei que ela não diria. – murmurou voltando a olhar para os escritos verdes.
- Então acostume-se. Eles não saíram com o tempo. – Ronald se encontrava parado à porta, mas antes se virou para o velho Malfoy e não resistiu. – Considere isso como uma lembrança dos Weasley´s. – disse com um sorriso.
- Não seja tolo, rapaz. Você realmente acha que isso seria feito por um Weasley? - sibilou friamente mostrando suas marcas, parecendo ofendido. - Creio que a garota puxou o pai. – completou com um sorriso alucinado.
Rony resolveu ignorá-lo, mas um pensamento veio lhe em mente. - O que aquele velho saberia sobre o misterioso pai de sua sobrinha?
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Draco corria como louco pelo corredor, Gina em seu encalço gritando os mais variados tipos de insulto. Olhou de relance para chave prateada em sua mão e correu até o quarto número 15.
Apressou-se em enfiar a chave na fechadura para abrir a porta, mas na pressa acabou deixando a cair no chão. Tinha perdido tempo demais, a ruiva logo surgiria correndo pelo corredor, feito um leão, e prestes a lhe fatiar em mil pedaços.
Num suspiro aliviado ele abriu a porta, entrando no quarto e trancando-a, logo em seguida. O homem se jogou de costas na cama, ele estava a salvo da fúria Weasley. O que diria Blaise se visse uma cena como aquela? O poderoso Draco Malfoy fugindo de uma mulher frágil, delicada e no mínimo 20 cm menor do que ele. Permitiu-se sorrir Vírginia não era frágil, sabia se cuidar sozinha.
Um barulho de algo explodindo e logo em seguida a porta do quarto 15 jazia no chão. Passando por cima dela, com passos decididos, vinha Víginia Molly Weasley.
- E, definitivamente, ela também não era delicada. - Draco se pegou pensando enquanto mirava a mulher.

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Uma coruja parda entrou pela janela da enfermaria trazendo um bilhete.

Daphné Querida..
Vocês estavam certos, eles apareceram aqui mesmo.
Fiz como combinado, os dois acabaram de subir as escadas.
Atenciosamente.
Rosmerta.
PS:Espero o pagamento até o final do dia.


- Como essa velha tem coragem de te chamar de querida depois de pedir 40 galeões? – uma ruiva reclamou quando a loira terminou de ler a frase. – E o pior é que esses 40 galeões sairão da minha mesa. – completou bufando irritada.
- Não me culpe, maninha. – a outra garota respondeu com um sorriso. – Você que me fez ficar sem mesada até os 17 anos.
- Ela não está assim pelos galeões, Daph. – um moreno de olhos azuis falou sorrindo pelo canto dos lábios. – Emmy está toda irritadinha porque a idéia não foi dela. – zombou causando risos.
- Fique na tua, Zabine. – a garota chamada Emmy disse mostrando-lhe a língua.
Causando mais risos, o que chamou a atenção da velha enfermeira. A mulher pensava na possibilidade deles, de todos os quatro, estarem dormindo.
- Eu não acredito que vocês já acordaram. – espantou-se.
- Aquela meleca marrom estragou a poção. – cantarolou Emmy.
- A meleca marrom que ela se refere é chocolate, madame Pomfrey. – o outro garoto, este moreno de olhos verdes, explicou perante o olhar confuso da mulher.
- Oh sim. – ela disse entendendo. – Então vou buscar um pouco de poção sem chocolate, e vocês todos vão beber pra dormir por no mínimo umas 12 horas.
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- Ora, ora Weasley Querida eu não sabia que estava com tanta saudade assim. – zombou Draco.
- Saí. Desse. Quarto. Agora. – disse pausadamente tentando controlar toda a sua fúria.
- Eu acho que tem espaço pra nós dois aqui. – disse sorrindo com o canto dos lábios e apontando para o seu lado da cama.
- Saí. Daqui. – repetiu tremendo de raiva.
- Não seja egoísta. Seus papais coelhos não lhe ensinaram a dividir? – disse numa voz de falsa indignação.
- Você é ridículo. – rosnou entre dentes.
- Não era isso que você dizia a alguns anos. – retrucou.
- Eu era boba e caí na lábia de um idiota.
- Bobo era eu, que saí tanto tempo com uma coelha achando que era uma garota.
- Some. Daqui. Malfoy. – disse tentando manter o controle novamente.
- Divida o quarto comigo, Weasley. O que há de mau nisso? Eu prometo que se pegar alguma doença de coelho, não lhe processarei. – ele pingava veneno.
- VOCÊ NÃO PASSA DE UM ASSASSINO. – berrou a plenos pulmões, num ato descontrolado, assustando até o homem a sua frente.
- Eu poderia saber o que foi que eu matei pra virar um assassino? – perguntou depois de uma longa risada sem emoção. – Já sei do que você está falando, foi quando eu tinha 6 anos e matei o meu coelho de estimação. Era seu parente? Sinto muito, não foi intencionalmente. – completou com a voz arrastada, o que foi suficiente para ruiva se descontrolar. (N/a: Porque ela ainda não tinha se descontrolado.. que isso.. chamar o cara de assassino é a mesma coisa que chamar de lindo. )
- VOCÊ QUER SABER REALMENTE O QUE VOCÊ MATOU, DRACO? – gritou se aproximando.
- QUERO. – berrou em resposta.
- VOCÊ NOS MATOU, DRACO MALFOY. – Gina conseguiu deixar Malfoy sem resposta, ele apenas a fitava com a boca aberta e os olhos arregalados.
Ela se sentou pesadamente numa poltrona do quarto, respirando fundo e tentando secar as próprias lágrimas. Alguns segundos depois, o loiro agachou-se em frente a mulher ficando assim da mesma altura.
- Eu não matei nosso amor, Vírginia. – murmurou docemente levantando o rosto dela para poderem se encarar nos olhos. - Eu não posso ter matado algo que é imortal.
A ruiva jogou os braços em torno do pescoço dele, e alcançou-lhe os lábios num beijo salgado pelas lágrimas. O beijo começou a evoluir, as mãos dele percorriam todo o corpo dela. Enquanto isso, ela se ocupava em bagunçar-lhe os cabelos e arranhar-lhe as costas por debaixo da camisa. Draco pegou a mulher no colo e colocou delicadamente sobre a cama. Deitou-se sobre ela, equilibrando-se sobre as mãos, que se encontravam uma de cada lado do corpo dela. Quando o loiro puxava a blusa de Gina para cima, ela pareceu realmente perceber o que estava acontecendo.
- Não..não...não.. eu não posso. – sussurrou desesperada, empurrando-o de cima dela.
- Mais que Droga. Eu só queria saber por que você me trata assim. – perguntou exaltado, vendo-a parada, de pé, em frente à cama.
- Porque você não confiou em mim quando eu precisei que confiasse. Você separou as minhas filhas quando eram bebês. Você me privou de ver Daphné crescer. Você acabou com toda a minha ingenuidade . Você me fez e, ainda faz, chorar todas as noites.– cada frase, mais lágrimas caíam pelo rosto dela. – Você é o cara que me disse coisas lindas e pelo qual me apaixonei, mas você também é o homem que me ofendeu e que eu aprendi a odiar. Você destruiu meu castelo encantado. Você era o meu príncipe, Draco. E você, simplesmente, me abandonou. Depois de tudo isso, eu não posso. Eu não posso, não agora que encontrei alguém que me ame. Jonathan não merece isso. Adeus, Draco.
- Não faz isso, por favor. Perdoe-me. Vamos esquecer tudo. – pediu em um momento de desespero.
- Eu te amo. – ela murmurou tristemente antes de desaparatar.
- Eu também te amo, ruiva. – disse para o nada, antes de desaparatar também.

N/a: Olá. *autora triste e desanimada com a vida*
Esse cap. tá meio curto..
e deve estar cheio de erros gramaticais..
mas eu não estou nos meus melhores dias...
Espero que gostem..
O próximo vai ser maior e melhor...
e vai demorar menos =DDD
--
Valew pelos comentários..
Adorei toooooodos.. =DDD
Comentem bastante nesse cap..
oks???!!!
--
bjo pra vocês..
PS: To pensando em fazer um novo video pra fic, o que acham?
Respondam nos coments..
+ bjos!

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