A BRUXA DO CLIMA



CAPÍTULO XI – A BRUXA DO CLIMA

O restante das férias foi maravilhoso. Os garotos foram visitar Lílian ainda mais duas vezes, uma quando Remus chegou e a outra com Pedro. Ele era realmente diferente dos marotos, sempre quieto, comilão, não tinha o mesmo charme de Tiago Potter ou Sirius, nem a inteligência de Remus, mas era muito atencioso e passou a se preocupar com ela também, agora ela era amiga dos 4. As cartas vinham assinadas por todos. Na última, eles perguntaram quando ela ia comprar os materiais no Beco Diagonal para que fossem juntos.

Marotos, infelizmente não vou poder ir comprar os materiais para a escola, uma tia distante veio nos visitar e eu não posso dizer ”ah, hoje eu e minha mãe temos que sair para comprar algumas coisas para a escola, nada de mais, material para poções, umas plantas e uns livros de magia avançada”. Simplesmente absurdo! – eles riram, seria interessante a cena – Por isso, se não for incomodo, 1 de vocês poderia passar aqui para pegar minha lista e comprar minhas coisas (digo 1, porque fica estranho uma garota solteira ter 4 amigos solteiros). Tomara que sim, porque ela só vai embora um dia antes do embarque.
Espero a resposta, beijos!
Lily


2 dias depois Lílian já estava preocupada pois não obtivera resposta. Estava em seu quarto com sua prima Luisa, alguns anos mais velha que ela, a campainha tocou.
-Lírio – seu pai chamara – É o Tiago, desça.
-Quem é Tiago? – sua prima perguntou enquanto desciam a escada.
-O Potter? É um amigo da escola.
-Amigo? E você o chama pelo sobrenome quando até o seu pai o chama pelo 1o nome?
-Acho que é o costume. – Tiago estava na sala com Mariana e a Tia de Lílian, esta já havia feito algumas perguntas do tipo:
-Onde você mora? Quantos anos tem? Vocês são namorados? Porque não?
-Mamãe! – a moça havia chegado para salvar o lindo rapaz do interrogatório da mãe – prazer, Luisa Morgan – Tiago ficou chocado em ouvir o sobrenome da avó bruxa de Lílian Será que ela é bruxa, sendo descendente da Grande Bruxa do Clima?
-Olá, sou Tiago Potter, prazer – deu seu melhor sorriso – Oi Lily – abraçou a moça, o que fez a prima sorrir.
-Como estão seus pais e seus primos, estão bem? – a mãe de Lily sorriu com os “primos”.
-Muito bem e todos mandaram lembrança, e minha mãe mandou um olá para a Sra, Sra Evans.
-Obrigada, querido.
-Desculpem – disse Tiago passando a mão pelos cabelos já muito bagunçados – mas meu pai está esperando no carro, e estamos um pouco atrasados.
-Ah, sim, claro, vem cá, vou buscar as coisas no meu quarto – subiram, lá Lily entregou-lhe a sua lista.
-Olhe, eu tenho uma igual – tirou a sua do bolso.
-Está certo, aqui está o dinheiro, acho que dá, qualquer coisa depois eu pago a diferença – entregou-lhe uma bolsinha com alguns galeões – e leve isso também – entregou-lhe 3 grandes livros.
-Para que?
-Você não pode sair daqui sem nada, não podem ver a bolsa de dinheiro, por isso leve os livros – ele concordou – e depois que eu entrar, você dá a volta pela casa e eu desço a gaiola da Agatha, ela não merece ficar no guarda-roupa até o fim das férias.
-Ok, mas agora vamos, porque todos os meus priminhos – sorriram – estão no carro com meu pai.
Desceram, ele se despediu de todos e saíram, Lily correu até o carro para dar olá a todos e voltou para a casa, disse que ia ao banheiro, subiu e pela janela, com a ajuda do “Leviossa” desceu a gaiola da coruja (Agatha estava a caminho da casa de Alice, e depois iria direto para a casa dos Potter). Deu um último aceno para Tiago Potter e voltou para a sala. Lá recebeu várias perguntas de sua tia, respondia a maioria quase verdadeiramente, tinha que omitir algumas partes, principalmente ser uma bruxa. Sua prima percebendo que aquele assunto ia longe, tirou-a de lá, voltaram para o quarto e voltaram a conversar. Ela perguntava basicamente as mesmas coisas que a mãe, mas de maneira muito mais sutil, Lílian ficava muito vermelha, mas contava para a prima as histórias da escola, ainda com cautela para não falar nada de mais. Os dias até o embarque transcorreram bem, Lily e sua prima conversavam muito e saiam para dar longos passeios, a ruiva sempre levava sua varinha, mantinha-se sempre alerta.
1º de setembro foi uma terça-feira. Saíram para a estação cedo por causa do transito e porque os pais de Lily tinham que voltar para trabalhar. Deixaram-na na estação e foram embora, ela não tinha muito que carregar, pois a maioria das suas coisas estavam com os marotos. Ela atravessou para a plataforma 9 ¾ e sentou-se num banco para esperar seus amigos. Alice foi a 1a de suas amigas a chegar, conversavam de como tinham sido as férias, a amiga contava que havia conhecido a família de Frank, e que tinham isso viajar juntos, quando olharam para a passagem e viram Bia, deram um grande sorriso, mas depois um longo suspiro, pois lembraram que a outra amiga, Nataly havia se formado e não estaria mais com elas. Conversavam animadas quando viram os marotos atravessando um a um. Eles foram diretamente falar com elas.
-Lily! – Sirius deu um longo abraço nela – como está a minha irmã mais linda?
-Oi Sirius, vocês compraram tudo para mim?
-Tudinho, até um livro que não estava na lista “Bruxos fantásticos”.
-E tomamos a liberdade de escrever seu nome na última página – sorriu Pedro.
-Obrigada – ela sorriu – mas eu nem sei se sou mesmo uma.
-Ah, Lily, que isso – disse Alice – é sim, e esse ano nós vamos ajudar você a desenvolver seu dom especial.
Os garotos foram guardar suas coisas e as amigas continuaram conversando. Bia tinha um sorriso radiante, mas que se escondia as vezes.
-Bia, o que foi? – perguntou Alice – as férias devem ter sido muito boas... você nem nos escreveu direito!
-É que eu fui viajar para a casa dos meus avós na França, como todos os anos, e conheci alguém.
-Não acredito! E você nem nos contou? Sua traidora!
-Ah, Lily, é que é mais legal contar ao vivo! – e a amiga disse como havia conhecido e como era o garoto.
-Ah, agora só eu to sozinha!
-Porque quer, não é Dona Lílian Evans! – disse Alice sorrindo.
-Do que você está falando?
-Oras, dos marotos, mais especificamente de um certo maroto de óculos e cabelos bagunçados.
-Do Potter? Há, Há! Desculpe, amiga, mas acho que os Alpes não fizeram bem a você!
-Lily, nota como ele te olha – Bia – não é como os outros que te vêem como irmã.
Elas pararam de falar, pois os marotos estavam voltando. Os olhares de Tiago e Lílian se cruzaram e ambos coraram, mas não deixaram que ninguém percebesse. Encontraram uma cabine vazia, onde ficaram todos, Frank juntou-se a eles, mas não ficou muito tempo. Ele saiu com Alice. Depois de alguns minutos ele passou pela cabine novamente:
-Evans e Lupin, vocês são monitores, certo?
-Sim, somos – disse Remus – porque?
-Não por nada, só passei para irmos para a cabine dos monitores, temos reunião.
-Ah, claro! – disse Lily – vamos sim.
-Aluado – disse Sirius – cuida muito bem dela, viu, não a deixa sozinha!
-Pode deixar – disse enquanto passava o braço pelo ombro dela – ou você esqueceu que ela é minha irmã também? – todos sorriram e eles saíram.
-Vocês gostam mesmo dela, não é? – Bia sorriu aos amigos.
-Sim, ela é como minha irmã, tenho muito carinho por ela – disse Sirius e Rabicho concordou.
-E você, Tiago, - perguntou Alice - também tem a Lily como uma irmã? – Ele corou muito e não respondeu, apenas olhou pela janela – Tudo bem, não precisa responder.
Conversaram muito tempo, quando os monitores voltaram, estavam quase todos dormindo, Alice e Frank foram para outra cabine, Tiago era o único acordado, estava pensando em tudo, mais especificamente em Lily. Ela se sentou ao lado dele e Lupin a frente, ela perguntou porque ele estava tão sério, ele disse que não tinha nada e sorriu, conversaram ainda por algum tempo e adormeceram, um no ombro do outro. Lupin sorriu e continuou a ler seu livro. Quando chegaram à Hogsmead, ouviram o tradicional Alunos do 1o ano por aqui, e Lílian foi reservar uma carruagem para todos enquanto os amigos pegavam as bagagens. Estava parada do lado de fora do transporte, sozinha, quando Malfoy e seus amigos se aproximaram dela.
-Boa noite sangue ruim – disse ele, Lílian não respondeu, seu coração disparou, um raio cruzou o céu e um trovão assustou a maioria.
-Lily! – gritou Sirius olhando para cima – o céu está limpo de mais para um trovão destes – disse correndo, sendo seguido por Lupin e Tiago. Rabicho, Bia, Alice e Frank ficaram para pegar as coisas. Chegaram perto e viram o sonserino perto de Lílian.
-Algum problema, Malfoy? – perguntou Tiago, Sirius já estava ao lado de Lílian.
-Nenhum, Potter, só estamos procurando um transporte vazio, mas esse, já está sujo – os olhos de Sirius faiscavam.
-Este já está ocupado, agora vá embora! – os 4 mal encarados saíram, Sirius estava abraçando Lily e se desculpando.
-Lily, perdão, eu deixei você sozinha! Perdão!
-Calma – ela secou uma lágrima dele sem que os outros notassem – eu estou bem, ele só me chamou “daquilo”.
-Aquele desgraçado – Potter socava a própria mão – se ele toca em você!Eu não sei do que eu sou capaz. Eu ainda descubro quem foi que deixou ele 1 semana na ala hospitalar ano passado e mando fazer uma placa em honra, e ainda pergunto porque não o matou de vez!
-Calma Tiago – disse sem perceber – eu estou bem. Onde estão os outros com as nossas coisas?
-Estão vindo – Lupin viu os amigos – vou ajuda-los.
E em alguns instantes estavam todos na carruagem indo para a escola. A seleção foi tensa, como sempre, mas sem grandes surpresas, Dumbledore deu os avisos, Tiago tinha certeza de quando ele falou de algumas regras que não devia ser quebradas, olhou para ele. As aulas começaram, e as 1a s semanas foram tranqüilas. Os marotos, Bia e Alice haviam prometido que ajudariam Lílian a desenvolver seus poderes, eles apresentaram-nas uma sala no 7o andar:
-Chamamos de Sala Precisa, porque ela te dá o que você precisa. – e ensinaram como entrar. Lá dentro tinha um grande campo, que não tinha a menor condição de estar ali. Num canto havia uma área coberta com uma estante com livros, uma mesa, sofás e cadeiras onde todos poderiam se acomodar.
-Lily, você tem um poder ligado à natureza, por isso não poderíamos treinar em um lugar fechado – explicou Lupin – temos que saber como o poder se manifesta.
-Isso é fácil – disse Sirius – quando ela fica nervosa ou com medo. – Começaram a pensar numa forma de irritar Lílian para que ela se soltasse de uma vez.
-Tiago – disse Bia – você sempre foi bom em irrita-la – eles ficaram muito vermelhos – faz alguma coisa.
-Não sei se vai adiantar, – disse ela – agora nós nos damos bem. Acho que vai ter que ser algo mais forte dessa vez.
-O que, por exemplo? – perguntou Tiago. Lílian trocou um rápido olhar com Sirius.
-Acho que eu tenho uma idéia – disse ele – você confia em mim? – perguntou a ela – sabe que não vou fazer mal a você? Mas temos que testar uma coisa – ela assentiu com a cabeça – precisamos de uma venda – olhou para os lados e encontrou o que precisava – Me dê a sua varinha – ela o olhou apreensiva, mas entregou – agora, vire-se – vendou-a – Fique aqui – afastou-se em silêncio e se aproximou dos outros, deixando-a sozinha por um momento. Olharam para cima e viram nuvens começarem a se formar, uma brisa fria passava por eles.
-Sirius? Onde você está? – ela tinha muita apreensão na voz.
-É o seguinte – ele disse baixinho para os outros – ela tem estado muito frágil por estes tempos. E com muito medo de ficar sozinha. Chegaremos de mansinho e mexeremos com ela, olhem, – apontou para cima – calados, ela não deve saber quem a está tocando.
E assim fizeram, ela perguntava onde eles estavam, mas ninguém respondia. Ela estava com um semblante amedrontado, ouvia passos se aproximando. Ouviu a voz de Sirius distante:
-Seu desafio é não deixar que te toquem.
A tensão dela era muita. O vento frio aumentou e aos poucos eles foram se aproximando. Andavam em torno dela e cada um que tocava um raio caia O vento era forte e ficava ainda mais forte próximo a ela, as rajadas davam a volta em Lily, fazendo com que seu cabelo esvoaçasse. Sirius deu um sinal e todos se aproximaram de uma só vez. Quando a tocaram, a ventania aumentou e uma espécie de tornado se formou em torno dela, ela ergueu os braços, os amigos se afastaram e perceberam que, aos poucos, seus pés deixaram o solo. Ficaram impressionados.
-Lily – gritava Tiago – pode parar agora, está tudo bem, não há mal algum, tire a venda.
Ela foi descendo devagar e quando tocou o chão o vento diminuiu e ela tirou a venda.
-Eu não sabia bem o que estava fazendo. Quando começaram a me tocar, eu senti uma grande vontade de sair daqui, quando dei por mim, não sentia mais o chão. Foi mágico! – ela tinha um semblante muito abatido – quero tentar outra vez.
-Hoje não – disse Bia – não podemos te deixar muito cansada, não quero ter que explicar para a Madame Ponfrey o que te aconteceu.
-Ela está certa, Lílian – disse Rabicho – você ta com uma cara muito abatida, e alem disso, ta tarde e não podemos perder a hora do jantar.
-E eu tenho que encontrar o Frank.
-Tudo bem, vocês venceram. Mas amanhã é domingo e eu venho cedo, com vocês ou não.
-Nós viremos – disse Sirius – vamos te ajudar no que der.
E saíram. No dia seguinte estavam todos, menos Alice que ia passar o dia com o namorado e só se encontraria com eles de tardezinha. Lílian conseguiu o pouco do vôo do dia anterior, mas sem venda. Ficaram muito impressionados e felizes. Nas semanas seguintes, em meio a trabalhos, treinos de quadribol, monitorias e uma lua cheia, eles sempre que podiam à “precisa”. A ruiva conseguiu muitos progressos, como rajadas de vento e fazer chover, neblinas e trovões, fora os pequenos vôos com tornados.
-Eu quero voar de verdade! – dizia ela.
-Calma, Lily – dizia Tiago – Você já está fazendo um grande progresso – ela sorriu-lhe Ele está sendo um bom amigo, nem parece o Potter de antes. Eles estavam olhando pela janela do “SC”
-Você quer ver algo legal? – sorriu para ele.
-Claro, o que?
E ela olhou para os lados para ter certeza que não haveria ninguém olhando, ergueu um braço e fechou os olhos, Tiago não pode acreditar no trovão que cortou o céu escuro. Muitos no “SC” se assustaram com o barulho. Os marotos se aproximaram deles:
-Você quer nos matar do coração, Lily? – Lupin disse com um sorriso – você podia avisar pelo menos.
-É a minha irmãzinha, A Bruxa do Clima – riram e foram se deitar. A lua cheia estava próxima.


[N/A: Gostaram?
Será q só a Camilla tá gostando??
Ca, valeu pelo comentário!!! eu tb ria sozinha escrevendo a cena do cinema!!, continua escrevendo....

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