RAPOSA MAROTA



CAPÍTULO XV – RAPOSA MAROTA.

Alguns dias após o ano novo, assim que os amigos voltaram das férias, eles andavam por um corredor quando cruzaram com Diggory, os garotos bufaram, mas Lílian os segurou.
-Evans – ele a chamou e os 5, ela e os marotos, olharam para trás, mas não falaram nada – eu queria conversar com você, apenas um minuto – olhou para os marotos.
-Eu não tenho nada para falar com você – ela ainda impedia Sirius de azará-lo.
-Mas eu tenho.
-Você não vê que ela não quer falar com você Diggory? – Lupin interviu.
-Pode falar então, não tenho nada a esconder deles.
-Andando assim, sozinha com 4 garotos, você logo ficará falada, Evans – Foi a vez deles segurarem a ruiva para que não voasse no pescoço dele. Sentiram um vento frio arrepiando as espinhas.
-Olha aqui – ela começou ainda com Tiago segurando de leve o seu braço – se o povinho dessa escola não tem cabeça para entender uma garota com 4 amigos de verdade, eu não tenho culpa, a minha consciência está tranqüila – deu as costas e saiu. Quando Sirius se movimentou para pegar a varinha ela impediu – não irmão – frisou – não vale a pena – todos deram as costas e deixaram-no sozinho.
-Lílian, foi uma boa resposta – disse Rabicho quando se distanciaram um pouco.
-É a mais pura verdade, se quiserem falar de mim, que falem, eu sei de mim e vocês também sabem, é o que me basta.
Janeiro correu, passou também a lua cheia, Lílian conseguiu o mapa novamente e pode seguir de perto os amigos. Porém, desta vez observou muito mais de perto do que os outros meses, sem que eles se dessem conta, ficou por perto até a hora em que eles saíram do salgueiro, era mais de 4 da manhã quando entrou no “SC”. Assustou-se ao ver os marotos sentados nos sofás. Eles também se assustaram ao vê-la entrar tão tarde.
-Srta Lílian Evans! – Sirius saltou da poltrona em que estava – onde você estava até uma hora dessas? – os outros estavam ouvindo curiosos.
-Eu, é... – pela precisava de algo rápido – na Precisa. Treinando, Sr meu irmão, e srs meus amigos. Eu estava sem sono, aí olhei no mapa e não tinha ninguém acordado nem nos corredores então resolvi ir para lá. Bom, eu vou dormir, vocês deveriam fazer o mesmo, está muito tarde – passou por eles e foi para o dormitório.
Preciso encontrar uma outra forma de sair e entrar sem ser vista. Olhou para a janela no corredor que ia para o dormitório e sorriu.
-Se ela estava conferindo as pessoas no mapa, será que ela viu que nós não estávamos no dormitório? – Sirius estava preocupado.
-Acho que não, ela pode ter mudado bastante – afirmou Pedro – mas não perderia a oportunidade de nos perguntar aonde fomos.
Se é que ela não sabe. Pensava Potter lembrando de um certo animal de olhos verdes que vira perto do salgueiro naquela noite. Muito improvável, ela ainda é certinha de mais para se tornar uma animaga ilegal. Não pensou mais naquilo, foi dormir.
Lílian, os marotos e Bia passavam muito tempo juntos, Alice e Frank apareciam sempre. Divertiam-se a beira do lago, em passeios em Hogsmead. Ou em festas particulares no “SC” com comida que Pettgrew surrupiava da cozinha e bebidas que os outros “arrumavam” para eles. Mas como as meninas tinham que estudar muito, devido a proximidade dos testes finais, ficavam, na maioria das vezes, apenas Lílian e os marotos.
Mesmo com a ruiva e Aluado obrigando os outros a estudar Tínhamos um amigo CDF e já era dureza, agora temos a maior CDF de todos os tempos, estamos perdidos! Sirius reclamava sempre, mas eles se divertiam muito, Lílian aprendeu as passagens para o povoado (Menos a do Salgueiro era o que eles pensavam), mas não ia com eles, ainda não estava preparada para tanto. A lua cheia de março chegou, Lílian estava animada para sua aventura, mas este pensamento durou pouco, fora frustrada por Remus:
-Lily, - disse – você não tem ronda hoje, certo?
-É, só na outra semana, porque?
-Você poderia pegar o mapa para mim? – ela gelou.
-Claro, só um instante – correu e voltou do dormitório num piscar – aqui está – Remus percebeu que ela estava chateada.
-O que houve?
-Nada, é que eu ia à “precisa” treinar, mas não tem problema, sua segurança é muito mais importante. – sorriu e desejou “boa viagem” ao amigo. Subiu para o quarto.
-Ela entregou? – os outros marotos apareceram pela escada que ia para os dormitórios masculinos.
-Claro, Almofadinhas, eu tenho meu poder de persuasão e meu charme.
-Você está andando muito com esses 2, Aluado – Rabicho riu – está até com um ego como o deles – todos riram.
-Como eu vou fazer? – Lílian se perguntava no dormitório – sem o mapa eles me verão sair. O mapa tem todos os cômodos da planta do castelo até a margem da floresta e as entradas e passagens – se recostou no parapeito da janela – só não cobre o céu – abriu um sorriso maroto – é isso! Me aguardem Marotos!
A noite eles desceram para o salgueiro, Sirius reparou que havia algo diferente no céu, mas devido à escuridão da noite não daria para ver nada. Entraram na passagem e goram para o local onde Aluado esperava. Ele havia tomado as poções da enfermeira, por isso a pesar da forma de fera, estava consciente. Lá pelas tantas Almofadinhas sentiu um cheiro familiar, farejou e encontrou, escondida perto da porta da casa dos gritos, uma pequena raposa.Rosnou para ela que começou a correr, Pontas e Rabicho vendo aquilo correram também para ver o amigo perseguir o pequeno animal.
-Aposto 5 galeões no Almofadinhas – disse Rabicho nas costas de Pontas.
-Eu aceito, mas aposto nela.
-Nela?
-É, a raposa, ela não vai se deixar pegar assim tão fácil, se a conheço bem, não vai.
-Conhece?
-Esquece... Olha lá eles.
-A corrida estava apertada Almofadinhas se esforçando muito, mas não conseguia alcança-la. Quando estava muito perto, ela se esquivou e subiu numa árvore. Ficou encarando-o, ele latia do chão e podia sentir o ar de vitória dela.
-Me deve 5 galeões, Rabicho.
-Você apostou contra mim? Belo amigo.
-Não apostei contra você, Almofadinhas, apostei a favor da raposa ruiva de olhos verdes.
-E não dá na mesma?
-Não, não é, Srta Lílian Evans? – os dois amigos ficaram perplexos.
-Como é? – perguntou Pedro.
-Eu reconheceria esses olhos até numa toupeira cega, pode aparecer – a raposa ficou quieta apenas espiando a conversa dos três. Potter voltou à forma humana assim como os outros 2. Ficaram olhando para ela – estou esperando.
-Está bem! – disse a raposa de cima da árvore que aos poucos foi tomando formas humanas da linda ruiva. Sirius e Pettgrew ainda estavam boquiabertos.
-Como? Você? Tão pouco tempo – Pedro não formava frases completas.
-Amanhã, quando Aluado estiver junto eu conto, vou ter que contar a ele também, pelo menos conto uma vez só – olhou para Sirius e sorriu – você precisa se exercitar mais, foi muito fácil fugir de você.
-Sua... – voltou à forma animaga e correu atrás dela que pôs-se a correr e também voltou a ser raposa.
-Hei, vocês dois, crianças... – Tiago já havia voltado à forma animaga, assim como Pedro que voltara para as suas costas – Remus está sozinho, ele deve estar muito confuso, temos que voltar – eles concordaram, quando chegaram perto do buraco para a passagem voltou a falar – você fica perto de mim, ele está consciente, mas ainda sim é agressivo. O Almofadinhas entra 1o e explica a situação. Se algo te acontecer ele não vão se perdoar. Fizeram como o combinado. Conseguiram explicar o ocorrido. O Lobisomem assustou-a num 1o momento, mas quando ela olhou para ele, pode reconhecer os olhos do amigo sob os olhos amarelos da fera. Ficaram lá ainda por muito tempo. Perto das 3 da manhã Remus adormeceu e eles foram embora.
-Lily, como você chegou aqui sem que nós a víssemos? – Sirius bateu a mão no bolso.
-Bem, o mapa mostra o perímetro do castelo até a orla da floresta, certo?
-Certo – responderam os 3.
-Então – disse ela dirigindo-se para a floresta – mas não fala nada sobre o céu – ergueu os braços e com uma brisa suave alçou vôo – vejo vocês no “SC” – e foi tranqüilamente enquanto os marotos a observavam com cara de bobos. Quando chegaram no “SC” ela estava sentada no sofá.
-Vocês demoraram – ela rui da careta que eles fizeram.
Foram todos dormir. No dia seguinte ela não pode visitar Remus pois estava cuidando de uma detenção. Voltou para o “SC” por volta das 10 da noite e ainda havia bastante gente por lá, Remus havia chegado a pouco e eles a esperaram.
-Você tem muito a nos contar, mocinha – disse ele quando ela se aproximou de onde eles estavam.
-Certo, mas eu vou subir e fazer que durmo, depois eu volto. Tiago, me empresta a sua capa para eu voltar? – ele entregou e ela escondeu em meio as suas coisas. Ela deu boa noite a todos, trocou umas palavras com Alice e Bia, depois subiu. Tomou um rápido banho e trocou de roupa, fechou o cortinado e colocou a capa.Ficou perto da porta para, assim que alguém entrasse, ela pudesse sair. Desceu de volta para o Salão em completo silencio para que ninguém a percebesse passar, foi direto ao dormitório deles. Um vento frio passou por eles em direção ao dormitório. Eles se entreolharam, começaram a bocejar e desejar boa noite para todos. Subiram.
-Puxa, vocês demoraram – sorriu sentada em uma das camas com a capa dobrada ao seu lado – pensei que vocês entenderia meu sinal mais rapidamente – eles fizeram caretas e sentaram nas camas.
-Porque você teve que fingir dormir? – Rabicho perguntou.
-Oras, eu não podia conversar com vocês lá embaixo, e não sai ficar nada bem para minha reputação subir sozinha para o quarto de vocês. Esqueceram o que o Diggory disse?
-Pensei que você não ligasse para o que falam – ele completou enquanto Potter se sentava em sua cama, a mesma que ela estava.
-Eu não ligo, mas não é por isso que eu vou ficar dando motivos para eles falarem. Andar com vocês para cima e para baixo é uma coisa, mas subir ao dormitório, já é demais – todos concordaram.
-Agora, Srta Evans – Remus começou – trate de se explicar. Que História é essa de ser animaga? E nem nos contar. Pensei que fossemos amigos.
-Hei – ela tinha cara de inconformação – vocês que não me contaram 1o, eu tive que descobrir sozinha agora vocês vêm me falando que eu não confio em vocês?
-Certo, nós erramos – Sirius disse – mas foi só para te proteger. Não queríamos você enfiada na “casa dos gritos” com o perigo de ser mordida, machucada, morta. Não imaginamos que você ia se transformar em animaga.
-Sabia que isso é ilegal? – Sorriu Tiago marotamente.
-Claro que eu sei, por isso eu não queria usar em público, só depois que eu fosse aceita para a turma extra que estuda animagia.
-Como usar em público – disse Rabicho intrigado – desde quando você é uma?
-Eu estudo animagia desde o 2o ano. Quando vi a McGonagall se transformar, achei o máximo. Aí comecei a ler tudo que tinha na biblioteca. Quando acabaram na área aberta, eu descobri os da área reservada. Li praticamente todos.
-E como você conseguiu, no 2o ano, ler os livros de animagia da área reservada? – Disse Pontas.
-Eu pedi autorização para ela. Dizia que queria conhecer mais de transfiguração. Ela me deu tantas autorizações que acabei recebendo passe livre. Tenho livre acesso à área restrita até hoje.
-E como ela nunca desconfiou que você fizesse estudos de animagia? – sirius estava muito interessado.
-Bom, eu sou a CDF Evans, não sou? Eu nunca seria capaz de fazer algo ilegal – abriu um grande sorriso para o qual Sirius ficou corado e os outros boquiabertos.
-Bandida – disse ele – então a CDF Evans é na verdade Lily Marota Evans. Eu estou chocado, todos os meus conceitos caíram por terra – todos riram.
-Mas você estuda desde o 2o ano, quando você começou a praticar? – Aluado.
-Antes do natal, quando eu desconfiei de vocês. Comecei a praticar a noite, fechava o cortinado e lançava um feitiço para não fazer barulho, passava horas. Quando eu peguei o mapa, também praticava nos corredores e na precisa. Quando eu segui vocês na lua cheia, estava decidida a me tornar uma animaga, já sabia meu animas, a raposa...
-Que combina bem com o seu cabelo – Pontas corou, assim como ela.
-...Mas ainda tinha que praticar muito. Então eu ia escondida para a precisa praticar vôo e animagia. E nos 2 últimos meses finalmente eu consegui seguir vocês e fiquei escondida. Voltei ainda mais tarde que vocês para o “SC”, mas não conferi o mapa e quando eu entrei vocês ainda estavam lá. Por sorte a minha desculpa foi boa e eu convenci vocês.
-Nem todos, Lily – disse Pontas triunfante – eu fiquei desconfiado, pois havia visto uma raposa que nos rodeou a noite toda, ela estranhamente tinha olhos verdes... Coincidência? Acho que não. Mas eu tentei me convencer que não era, mas ontem, quando eu vi você nos seguindo eu olhei para você nos olhos – coraram – eu te reconheci. Por isso sabia que o Almofadinhas não ia te pegar – sorriu da careta do amigo – E Rabicho, falando nisso, você me deve 5 galeões.
-Bom, e foi assim que eu me tornei uma raposa! – sorriu para os amigos.
-É, maninha – Sirius se sentou na cama de Pontas e abraçou a ruiva – você definitivamente tem um lado maroto escondido aí dentro – apontou para a cabeça dela. Todos riram.



[N/A: eu peço sempre, mas não custa reafirmar: COMENTEM!!!!!!!

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