Descobertas



N/A: Heeey, babys! Puxa, não estou acreditando de que terminei essa capítulo rapidamente! hahaha
Claro, uma parte dele está escrita a séculos, mas, ainda sim, eu o terminei mais rápido do que o normal. Parece até a Fire Evans de antes. :xx 
Bom, acho que ele ficou mais curto do que o normal, mas sei lá. Foi um capítulo que eu ADOREI escrever. Se pela Lola, pelo Brandon, pela Renata, pelo Harry ou por Rodrigo, não sei, mas eu o ADOREI! (Yeah, a autora maluca está mega feliz!).
Puxa, estou tão feliz por voltar a escrever. A única coisa que me deixa em pânico é que não tenho nem ideia do que escrever no próximo - tava bom demais para ser verdade. 
Comentem pessoas, façam a maluca da Fire Evans feliz =)
Amo vocês!
xoxo
F. Evans





_Então quer dizer que além dos poderes das esferas, você já tinha um poder. – perguntou Angélica de braços cruzados, logo que elas entraram no quarto.


_Sim. – respondeu Lola.


_E por quê não nos contou? – perguntou novamente a loira, de forma acusatória.


_Porque a professora Renata e o professor Dumbledore me pediram segredo. Isso tudo é muito perigoso, imagina se isso cai na boca dos outros alunos em Hogwarts? Ele virá atrás de mim!


_Nós somos suas amigas! Você sabe que jamais contaríamos isso a ninguém!


_Angel, a questão não é essa! Em Hogwarts as paredes têm ouvidos, lembra? Eu confio em vocês, mas imagina se a Gorn escutasse?


 


Gabriely, que até então não havia dito nada, resolveu se pronunciar:


 


_Ela tem razão, Angélica.


 


A loira bufou impaciente.


 


_Angel, eu confio em vocês. Confio a minha vida a vocês. Mas, naquele momento, eu não podia contar.


_Quando você descobriu isso? – perguntou Gaby.


_Quando fui parar na Ala Hospitalar, pela segunda vez. Quando Potter me achou. Eu perdi o controle naquele dia.


_Seus olhos ficaram laranja, no show... – começou Angélica.


_É o sinal do poder. Quando eu uso pouco dele, quando exerço um controle mínimo sobre o fogo, meus olhos não mudam de cor. O fogo já é ligado a mim, só espera minhas ordens. Mas, quando eu me conecto realmente com ele, quando eu realmente quero controlá-lo e usá-lo... meus olhos ficam laranja. A professora Renata me disse que, com o tempo, quanto mais eu conseguir controlá-lo, menos meus olhos mudarão de cor.


_Isso é... demais. – exclamou Angélica.


_Não, não é Angel. – e Lola suspirou. – Cada vez que eu uso esses poderes, cada vez que eu os utilizo em larga escala... as coisas mudam dentro de mim. Esses poderes trazem a tona uma onda de raiva e ódio e maldade... – não sei se um dia isso sairá de controle, também.


_A gente vai estar sempre do seu lado, sempre. – disse Angélica a abraçando. – Mas, prometa que sem segredos Lorelay.


_Claro. – concordou Lola, abraçando as duas.  – Sem segredos.


 


E seu maior segredo?


 


~*


 


Harry estava sonhando com algo bom. Ele sabia que era um sonho. Só podia ser. Porque, se não em um sonho, em que outro lugar Lohan estaria sorrindo daquela forma para ele?


 


Eles estavam em um parque. Parecia um parque que havia perto da casa de Tia Petúnia, na Rua dos Alfeneiros. O dia estava muito bonito. Havia sol, mas, incrivelmente, o clima estava agradável. Ventava um pouco. Mas, isso não importava. Ele se sentia leve, se sentia feliz.


 


O que era ainda mais estranho.


 


Só não tão estranho quanto o fato de que ele estava com Lola Lohan. E Lohan usava um vestido. Um vestido florido. Florido E rodado.


 


Ok, tudo estava MUITO estranho. – pensava Harry. Mas, não importava. Ele estava feliz e Lohan também parecia muito feliz. Afinal, ela se virou sorrindo para ele e seus belos olhos castanhos pareciam arder.


 


_Vem, Harry. – ela disse sorrindo, estendendo sua pequena mão para ele.


_Para onde? – ele perguntou, dando a mão para ela.


_Só venha. – e gargalhando, ela o puxou em direção aos balanços. 


 


Sem avisar, a garota simplesmente para. E se vira para encará-lo. Ela continua sorrindo e, seus cabelos soltos, batiam levemente no rosto de Harry. O moreno sorriu.


Os olhos de Lola pareciam arder ainda mais.


 


_Você é um idiota, Potter. Um idiota muito lindo. – e, quando os rostos dos dois estavam muito próximos, Harry pulou da cama, assustado.


 


_O que foi cara, parece que viu um fantasma! – exclamou Rony.


_Rony? O que faz aqui? – perguntou Harry, atordoado pelo sonho e pelo fato de Rony estar parado ao lado de sua cama.


_Vim passar o dia com você, amigo!


 


Harry arregalou os olhos. Mas, sorriu para o amigo. Essa era, definitivamente, uma boa noticia.


 


_Que bom que você está aqui, mas, o que te fez decidir vir passar o dia comigo?


_Sua madrinha... a professora Renata me convidou. – disse ele coçando as orelhas, já vermelhas.


_E por que você está vermelho desse jeito? – o moreno perguntou, enquanto se levantava, abria o guarda roupa e vestia uma camisa.


_Cara... – começou Rony, apenas sussurrando. – Sua madrinha é muito gata.


_EI! – E Harry lhe deu um soco no braço. – Que isso? Mais respeito com minha madrinha!


 


Rony riu. E massageou o braço.


 


_E é nossa professora!


_Relaxa, Harry. Estava brincando.  – Harry o olhou desconfiado, mas logo caiu na risada.


_Meninos? – perguntou Renata colocando a cabeça pra dentro do quarto. – Eu fiz café e quero conversar com vocês.


 


Os dois a seguiram e se sentaram a mesa.


 


_Harry, chamei Rony para passar o dia com você, pois terei de ir ao Ministério e terei de passar o dia todo lá.


 


Harry encarou Renata. Ela parecia séria, um pouco apreensiva.


 


_Algum problema? – perguntou o moreno.


_Só preciso informar aos aurores e ao ministro o que aconteceu no show, trabalho de rotina.


_Certo.


_E não queria que ficasse aqui sozinho, por isso convidei Rony. – Harry corou levemente. Não estava acostumado a ser tradado assim. Como uma criança bem cuidada. – Seria mais animado que ficasse na casa de Molly, mas isso faria com o que o Ministério tivesse que mudar toda a proteção desta casa para A Toca, então achei melhor que você ficasse por aqui.


_Claro, sem problemas.


_Tentarei vir almoçar com os dois, mas não posso prometer. Se eu não aparecer, tem comida na geladeira, é só esquentar. Se cuidem. – e dando um meio abraço no afilhado e apertando carinhosamente o ombro de Rony, Renata saiu do apartamento.


 


_Cara, ela é o máximo!


_Mas respeito cara, é a mulher do meu padrinho!


 


Rony arregalou os olhos e Harry quase se chutou por ter dito isso. Ele não sabia se poderia ficar falando sobre Sirius e Renata. A descoberta recente de que seus padrinhos haviam sido apaixonados e que, talvez fossem ate hoje o pegará de surpresa. Não tivera tempo de conversar com Renata sobre isso e, se fosse realmente verdade o que Remo dissera, ela deveria ter sofrido muito com a morte dele.


_Como é que é?


_Sirius e Renata aparentemente sempre foram apaixonados um pelo outro. Só que nunca admitiram.


_Puxa... isso é...


_Uma merda? Andei pensando muito sobre isso, desde que descobri. Ela deve ter sofrido um bocado ano passado...


_Logo quando ela chega em Londres... que coincidência os dois serem seus padrinhos, não?


_Não acho que seja. Renata era a melhor amiga da minha mãe e irmã adotiva do meu pai. E Sirius era o melhor amigo de meu pai. Era óbvio que eles dois seriam meus padrinhos, independente de sentirem algo um pelo outro. Mas, meus pais fizeram os dois jurarem que se algo acontecesse com eles, os dois teriam de tomar conta de mim. Talvez fosse uma forma de obrigar os dois a conviverem e a ficarem juntos.


_Mas, nenhum dos dois acabou cuidando não é?


 


Harry suspirou.


 


_Aparentemente a vida não quer que Renata Potter e Sirius Black fiquem juntos.


 


 


~*


 


Quando Renata chegou já era noite. Ela tinha a expressão cansada e chegou jogando a bolsa em cima da mesa da cozinha. Parecia frustrada, também.


 


Harry e Rony passaram a tarde toda se divertindo, jogando vídeo game. O ruivo ficara abismado com aquele brinquedo e após um longo tempo tentado aprender a manuseá-lo, o achou interessantíssimo e quase não saiu da frente da TV. Apenas para comer.


 


_Tudo bem, Renata? – perguntou Harry, quando ela se jogou no sofá.


_Não, não está. Scrimgeour foi irredutível, me passou a merda de um sermão por ter tirado dos vocês de lá sem que ele os interrogasse e, como se não bastasse, não permitiu que apenas eu o escoltasse até King Cross amanhã, teremos que agüentar uns dois ou três aurores rabugentos.


_O que? Por que não Hagrid?


_Por que nosso caro ministro quer nos infernizar, por isso! Não basta o tanto de problemas, ainda isso! – e passou as mãos frutadas, pelo rosto.


 


O senhor Weasley passou um tempo depois para buscar Rony e Harry esperou a madrinha tomar banho para enfim, perguntar a ela sobre Sirius.


 


Os dois estavam sentados a mesa, jantando, Renata com o olhar duro, porém perdido, quando Harry suspirou e perguntou:


 


_Renata... você amava Sirius?


 


A morena arregalou os olhos e deixou os talheres caírem na mesa. Ela o encarou.


 


_Quem.. quem lhe disse isso?


_Remo. Durante a sua luta com Belatriz. Ele disse que você jamais a deixaria vencer, pois ela o matou. E que vocês se amavam.


 


Renata suspirou. A dureza de seu olhar se dissipou. Mas, Harry observou tristemente, surgira em seus olhos castanhos um tom de melancolia.


 


_Eu... durante muito tempo eu não soube o que sentia por Sirius Black. Sabia apenas que tinha sentimentos bem fortes por ele. Se era ódio ou amor, não parava muito para pensar. Preferia acreditar que era ódio. Mas... meu jeito, seu jeito, a vida contribuiu para sempre nos afastar. Quando um abaixava a guarda, o outro sempre erguia um muro. Na maioria das vezes, sempre eu. – e ela sorriu, ainda melancólica. – Eu arrumei um namorado sério e Sirius saia com todas... e nossos anos em Hogwarts e depois na Academia de Aurores, se passaram... Quando Luis foi assassinado... bom, eu não queria pensar em amor. A perda de Luis me destruiu, mas, aos pouquinhos.. eu cedi a Sirius, um pouco. Quando me toquei, ergui novamente o muro. Nisso, veio a morte de seus pais e Sirius ter sido acusado de traidor... Minha fuga para Montreal. Quase não pensei nele. Me impedia de fazer isso. Mas, quando voltei...


_Não conseguiu resistir?


_A vida endurecera meu coração ainda mais Harry, e creio que o dele também. Não sei se cederíamos. Mas, o que dói não é saber ou não se íamos ficar juntos. Mas, pensar que nos impediram de descobrir. Não choro por ter perdido meu amor. Choro por ter pedido a chance de descobri-lo.


­_Mas, você o ama?


_Amo. Com todo o meu coração. – e com lágrimas caindo pelo belo rosto, Renata sorriu tristemente para seu adorado afilhado. – Mas, isso não faz mais diferença. Agora é tarde.


 


~*


 


_Seus pais irão nos encontrar na estação? – pergunto Victória animada, enquanto as meninas tomavam café.


_Meus pais não. Eles já voltaram para a Grécia, no dia em que me deixaram aqui. – respondeu Gabriely, timidamente.


_Seus pais são gregos, meu bem? – perguntou Jaqueline.


_São. – respondeu a garota animada, se ajeitando na cadeira. – Eu também sou. Moramos em um bairro no subúrbio de Atenas. Meus pais têm um restaurante lá.


_Ora, mas que fantástico! Sempre achei a Grécia um país fascinante! Fomos para lá uma vez, não é Vic?


_Sim, sim. Deveríamos ter 15 e 20 anos, respectivamente. – respondeu Victoria, enquanto passava manteiga em uma torrada. – Uma das viagens mais animadas com nossos pais.


 


As duas irmãs pareciam muito mais jovens conversando e rindo por conta do que aprontaram naquela viagem. Lola observou a mãe carinhosamente. Queria tanto que ela estivesse sempre assim. Tranqüila, leve, alegre, risonha.


                                        


_E seus pais, Angélica? – perguntou Jaqueline depois de um tempo.


_Irão nos encontrar na estação. – respondeu a loira sorrindo.


_Ótimo. Será um prazer conhecê-los. – a mãe de Lola sorriu.


 


Logo depois as amigas terminaram de arrumar as coisas e se dirigiram a estação, com Victória e Jaqueline.


As três estavam ansiosas para voltar para o castelo, porém Lola se sentia incrivelmente infeliz por ter de dar adeus a mãe. Não queria que ela voltasse para aquele inferno. Queria que ela permanecesse em Londres, com sua tia. Alegre e leve como jamais a vira.


 


Por outro lado... por mais que negasse, estava ansiosa por reencontrar Brandon.


 


~*


 


 


_Pegue leve com a Lola, Harry. Ela tem motivos para ser do jeito que é.


_Quais motivos?


_Isso, se você quiser saber, terá de perguntar a ela. Lola me lembra muito eu mesma, Harry. Eu a entendo.


_Você também jogava como batedora, não é?


_Sim. – Renata sorriu se lembrando dessa época. – Ao lado de Sirius. Sabe Harry, você tem sentimentos por essa menina.


_O que? Até parece! - o moreno estava indignado.


_Você pode negar o quanto quiser, mas, eu reparo. Você não é indiferente a ela, meu bem.


 


Harry nada respondeu. Mas, se lembrou do sonho. Definitivamente, fora bom. Mas, daí a madrinha achar que ele gostava da esquentadinha Lohan...


 


_Vocês estão agindo exatamente como eu e Sirius. Dois cabeças duras. Mas, eu tenho reparado outra coisa também. – a madrinha cruzou as mãos sobre o colo e deixou seu olhar vagar.


_O que?


_Há outra pessoa tentando ganhar o coração dela. Aos poucos, com carinho e dedicação. Temo dizer que ele está conseguindo.


 


Brandon. – Pensou Harry. O novato perfeitinho que não desgrudava um segundo da morena.


 


_Sabe Harry... ela está repetindo a minha história com Luis. Lola não vai escolher quem faz o coração dela bater mais forte. Quem a faz perder o ar ou a razão. Ela vai escolher quem a protege. Quem a defenda. Se Luis não tivesse morrido, eu provavelmente teria me casado com ele. É por isso que digo: se você não fizer algo logo... com certeza perdera uma garota maravilhosa.


 


Novamente, o garoto nada disse. Mas a frase “ela não vai escolher quem faz o coração dela bater mais forte e sim que a proteja” martelou em sua cabeça.


 


_Não repita meus erros, querido. Você é melhor do que isso. – e apertando carinhosamente o ombro do afilhado, Renata se retirou da cozinha.


 


 


~*


 


_Ali estão meus pais! – exclamou a francesa sorrindo, logo que chegaram a plataforma 9 ¾. Um casal loiro estava sentado em um banco, perto de onde as meninas estavam. O senhor Louis Del Vale era muito bonito. Alto, forte, com seu cabelo loiro caprichosamente cortado e seus belos olhos azuis se levantou no exato segundo em que viu a filha. Exibia um sorriso gigantesco quando abraçou sua pequena Angel e lhe retirou a boina que usava para afagar seus cabelos.


 


_Não, papai! – exclamou a loirinha risonha, dando um abraço em sua mãe. Anabel Del Vale era um pouco mais alta que Angel, seu cabelo loiro caia até acima dos ombros e tinha feições delicadas. Seus olhos eram verdes, mas, seu rosto era muito parecido com o da filha.


_Mãe, pai, essa é a mãe da Lola, Jaqueline Lohan e sua tia Victorio Lois.


_Muito prazer! – e, a partir daí a conversa se tornou animada entre os adultos.


 


Lola observava todas as pessoas na estação. Não – ela repetia para si mesma. – Ela só estava observando, ela não estava procurando ninguém.


 


Foi quando sentiu um par de mãos lhe tampar os olhos. Ela reconheceu o perfume e sentiu o anel de Solaria que Brandon sempre usava. Tirando a mão do moreno de cima de seus olhos, ela se virou sorridente para ele. Logo descobriu ser um erro.


 


Merlin! Era impressão sua ou Brandon voltara mais bronzeado? Sua pele tinha um lindo tom dourado e ela estava se segurando muito para não tocá-lo. Seu olhar se perdeu nos belos olhos castanhos de Brandon.


 


Ele a abraçou. Sentira tanta falta dela que quase enlouquecera. Queria tanto voltar a Solaria, mas, a cada segundo que estava em seu reino, só conseguia pensar na linda garota a sua frente.


 


_Como você está, Lo? – perguntou assim que se separaram.


_Bem. – ela sorriu. – E você?


_Muito bem. – e lhe deu um lindo sorriso.


 


Lola sentiu suas pernas bambas. Por Merlin, o que estava acontecendo com ela?


 


_E, onde está sua mãe? – ele perguntou.


_Bem ali, conversando com os pais de Angel. – e apontou para onde o grupo estava reunido. Logo, Gabriely e Angélica notaram o moreno e se dirigiram até eles.


_Olá Brandon! – Gabriely sorriu e Brandon a abraçou, depois dando um abraço em Angel.


_Gaby, Angel. Como estão?


_Muito bem. – respondeu a loira. – E você?


_Melhor agora que tenho as três mais belas de Hogwarts ao meu lado. – ele piscou.


 


Lola corou. Angélica notou. E lhe deu um sorriso malicioso.


 


_Vem, vou apresentar meus pais a sua mãe. – Brandon saiu a puxando pela mão e parou em frente a Stella e Brandon.


_Lola! – disse Stella contente. – Como você está bonita! – e a rainha a abraçou. Lola retribuiu o abraço sem jeito, envergonhada com a demonstração de carinho.


_Que isso, rainha Stella, a senhora é que está divina.


_Nada de rainha Stella, nem senhora. Só Stella. – e a abraçou novamente.


 


Lola sorriu sem graça.


 


_Minha futura nora! – exclamou Brandon pai, ao abraçá-la. Lola, se é que era possível, ficou ainda mais vermelha, exatamente com o príncipe.


_Pai! – reclamou ele.


 


Angélica, Gabriely e Stella trocaram sorrisos.


 


_Ora, que isso, garoto. Lola sabe que é só brincadeira. Não sabe, Lola?


_Sei. – sussurrou a garota. – Bom, vou apresentar minha mãe e minha tia a vocês! – disse ela tentando fugir do centro das atenções.


 


Lola os apresentou e Jaqueline ficou encantada com Brandon. Depois, começou uma conversa animada com os pais dele e todos sorriam muito. No fim, combinavam até mesmo uma viagem a Solaria. Merlin, pensava Lola. Estava numa encrenca.


 


Notou que Brandon a encarava. Quando o olhou de volta, pensou ter visto um tom de preocupação em seus olhos castanhos, mas ele logo desviou com um sorriso.


 


O apito do trem soou e todos começaram a se despedir.


 


_Espero ver você e suas amigas em Solaria no fim do ano, Lola, querida. – disse Stella ao abraçá-la.


 _Cuide bem de minha filha, Brandon. Foi um imenso prazer conhecê-lo. – e Jaqueline também o abraçou. – Você tem todo o meu apoio para namorá-la. – sussurrou ela para o moreno, que ficou incrivelmente envergonhado, mas lhe deu um belo sorriso.


_Digo o mesmo, senhora Lohan. – e Brandon, como um perfeito cavalheiro, se curvou e beijou a mão de Jaqueline.


 


Lola olhou encantada para a cena.


 


_Minha nora, fique de olho nele, sim? – e o Sr. Brandon novamente a deixou extremamente constrangida, fazendo com todos rissem e ela e Brandon-filho ficassem muito vermelhos.


 


Lola abraçou a mãe. Sentiu um aperto tão forte no peito ao se separar dela. Não segurou as lágrimas.


 


_Eu te amo, mamãe.


_Eu também amo você, filhinha. Você vai ver, logo isso vai acabar.


_O que? O que você quer dizer com isso mãe?


_Você verá meu amor, nós duas ainda seremos muito felizes. Eu prometo. – e Jaqueline a empurrou para dentro do trem.


_O que você quer dizer mãe?


_Eu te amo, Lola! Em breve seremos muito felizes!


 


Todos os pais começaram a acenar e o trem começou a se afastar.


 


_MÃE! – Lola gritou. Não conseguia entender o que a mãe queria dizer. Como assim “em breve as duas seriam felizes?” Será que...


 


Não. Ela não podia permitir sentir essa esperança. Mas, rezaria sempre para que a mãe, de uma vez por todas saísse daquele inferno.


 


_Lola? – escutou alguém a chamando e se virou para encarar Brandon.


_Oi.


_Tudo bem?


_Tudo sim. Quer dizer, onde estão as meninas?


_Em uma cabine, mais a frente. Algum problema?


_Quero conversar com você. Preciso da sua ajuda.


_Minha ajuda? Com o que?


_Com Angélica.


 


 


O moreno a encarou por um tempo. Mas, apontou para o corredor.


 


_Vem, vamos procurar uma cabine e conversar.


 


Os dois andaram um pouco pelo corredor, não notando as pessoas que estavam nas outras cabines. Logo quando acharam uma vazia, entraram e sentaram-se, um de frente para o outro.


 


_Diga, Lo. O que tanto te aflige em relação a Angélica?


 


A garota torceu as mãos no colo. Queria ajudar sua melhor amiga, mas não sabia se isso seria invadir demais a privacidade dela.


 


_Angel gosta de Rodrigo. – despejou ela, olhando pela janela.


 


Escutou Brandon suspirar e voltou seus olhos para ele, com uma sobrancelha erguida.


 


_Eu havia notado isso. – ele disse.


_Sério? Você também? Por que só eu não reparo que a minha melhor amiga está apaixonada pelo meu melhor amigo? – perguntou ela para si mesmo, frustrada. Sentia-se uma péssima amiga.


_Você tem andado com essa cabecinha muito ocupada nos últimos tempos. – e ela não conseguiu evitar retribuir o sorriso que ele lhe dirigia. – Tenho certeza que ela não se sente mal por você ter notado. Além disso... – Brandou parou um pouco e pareceu mudar o que ia dizer. – Você é amiga de Rodrigo. Deve ser a última pessoa que ela queria que notasse.


_Certo. Mas, quero ajudá-los. Sei que Rodrigo não é o tipo de cara que namora e eu realmente não entendo nada disso, mas, acho que os dois são perfeitos um para o outro.


 


Brandon não respondeu imediatamente. Ele ficou olhando para Lola durante um bom tempo. Havia algo em seus olhos, um sentimento que ela não conseguiu definir. Ele, por fim, suspirou.


 


_Eu concordo. Vamos ajudá-los. Também quero os dois juntos. Mas, mudando de assunto... por que não está usando o colar que te dei?


 


Lola corou. O lindo colar que Brandon lhe dera estava guardado em sua mala. Por muito pouco ela não o utilizara. Mas, seu lado racional venceu a avalanche de emoções que estouravam dentro dela e ela decidiu não usá-lo.


 


_Brandon, eu amei o cordão. Ele é simplesmente a coisa mais linda que já vi. – o moreno abriu a boca, mas ela ergueu a mão. – Porém, eu não posso aceitá-lo. Ele é uma jóia real, e mesmo que não fosse, eu não tenho condições de retribuir o presente.


 


Brandon se levantou e sentou do lado dela. Tomou suas mãos e olhou bem fundo em seus olhos.


 


_Eu não quero que você retribua me dando outro presente. Não lhe dei o colar com essa intenção.


_Mas, mesmo assim...


_Lola. Aquele colar era só uma maneira de expressar o quanto gosto de você. Como eu disse na carta, você é meu sol. Não quero nenhum presente em troca. Não aceito devolução.


 


A garota nada respondeu. Mas, notou que o mesmo sentimento que estava nos olhos dele antes, retornara. E parecia ainda mais intenso. Era impressão dela, ou a cabine estava mais quente. Os dois definitivamente estavam perto demais. Ela não conseguiu evitar pensar no sonho. Queria tanto sentir os lábios dele...


 


_Por que você simplesmente não aceita o quanto eu gosto de você e o colar? – disse ele rouco, se aproximando ainda mais dela e fechando os olhos.


 


Lola fechou os seus próprios olhos imediatamente. Os lábios deles se tocaram timidamente. Mas, foi como se fogos de artifícios simplesmente explodissem dentro dela.


 


O tempo parou. Ela só conseguia pensar em Brandon, em seu beijo e o quanto ela o queria mais perto. Seu coração batia loucamente e mandando sua razão as favas, ela simplesmente passou os braços pelo pescoço dele e diminuiu ainda mais o espaço que havia entre ele.


 


Brandon não conseguia acreditar. Ele simplesmente estava beijando a garota mais maravilhosa do mundo, a única garota que fizera seu coração bater e que lhe tirava a razão. Que se danasse o mundo! Ele só queria ficar ainda mais perto de Lola. Passou os braços pela pequena cintura da garota e a trouxe ainda mais perto. O espaço entre eles era nulo e o coração dos dois parecia um só, batendo no mesmo ritmo. Brandon pediu permissão para aprofundar o beijo e a garota prontamente concedeu.


 


Lola definitivamente não estava pensando. Quando sentiu uma mão dele alisando suas costas, ela passou a mexer no cabelo sedoso do garoto. Céus, queria ficar assim para sempre.


 


Foi quando um barulho foi ouvido do lado de fora da cabine. Lola arregalou os olhos e se separou de Brandon em um pulo. A realidade finalmente se chocara com ela. O garoto também se levantou e a encarou.


 


_Lola, desculpa, eu não queria passar dos limites...


 


A garota negou com a cabeça, como se encerrasse o assunto e saiu da cabine correndo.


 


Merlin, o que acontecera com ela? Estava simplesmente se agarrando com Brandon em uma cabine, onde qualquer um poderia vê-los, como se não houvesse amanhã.


 


Mas, por que não conseguia tirar o sorriso besta da cara, se lembrando dos lábios dele sobre os dela e o quão próximo os dois estavam.


 


MERLIN! Com toda a certeza, ela ficara maluca.


 


 


~*


 


Brandon caiu sentado no banco. Colocou as mãos nos lábios e sorriu ao perceber que ainda sentia o gosto de morango de Lola. Definitivamente, ela era perfeita.


Sabia que ela ia acabar reagindo daquele jeito, mas não evitou a pontada em seu coração. Será que perderia a amizade dela?


 


_Não, eu não vou perder você, Lola. – disse ele para si mesmo e se levantou, saindo da cabine e indo atrás de Rodrigo, Kevin e Ivan. Ele daria um tempo para a morena, mas não ia desistir de Lola.


 


 


~*


 


Harry não acreditou no que viu. Lohan e McKnight agarrados na cabine, se beijando como se não houvesse amanhã. E por que sentiu como se tivesse levado um soco no estomago? Ele não sentia nada por ela, sentia??


 


Ela era só uma garota metida, que se achava a poderosa e dona de Hogwarts. Ele com toda certeza não gostava nada dela. Mas, por que não conseguia parar de pensar no beijo que ela lhe dera depois da festa de Slugorn? Ela dissera que gostava dele e agora estava aos beijos com o perfeito Brandon?


 


O que ele tinha? Como fizera a garota independente e arrogante da escola cair aos pés dele?


 


Queria Lola Lohan bem longe de si. Era a única coisa que conseguia pensar.


 


 


~*


 


_Onde estava, Lola? – perguntou Angélica assim que a garota entrou na cabine. Angel estava sentada de pernas cruzadas no banco olhando pela janela e Gabriely lia um livro na outra poltrona.


 


A amiga apenas negou com a cabeça. Gaby levantou ou olhos do livro e trocou um olhar preocupado com Angélica.


 


_Algum problema, Lo?


 


Problema? Lola não queria pensar que o que acontecera foi um problema. Definitivamente, não. Não algo tão.. bom? Ainda conseguia sentir o gosto de chocolate de Brandon.


 


_Não, nenhum problema. – sussurrou ela.


_E onde você estava? O que aconteceu? Onde está Brandon? – tornou a perguntar Angélica.


_Eu estava andando. Não aconteceu nada. Brandon está com os meninos. – respondeu pausadamente, entretanto, não tinha muita certeza da ultima resposta.


_Você está estranha, Lohan.


 


Lola sorriu maliciosamente para ela e jogou os pés em cima do banco, enquanto também abria a bolsa e pegava um livro.


 


Passou o resto da viagem, dando um pouco de atenção a conversa das amigas, mas com toda certeza estava área. Não conseguia tirar o beijo de Brandon da cabeça.


 


 


Chegaram ao castelo horas depois e Lola decidiu ignorar, ou pelo menos fingir que nada havia acontecido. Não queria perder a amizade dele, mas ela não sabia direito o que estava sentindo e isso a assustava, e muito.


 


Durante o jantar de boas vindas, sentaram-se longe de Rodrigo e Brandon. Notou no olhar de Angélica que ela agradecia por isso e, internamente, sentiu-se feliz por usar essa desculpa.


 


Em nenhum momento percebeu os olhos de Brandon, ou de Harry, sobre si. Ela só queria que o jantar terminasse logo, para ela se esconder em suas cobertas.


 


Quando ele finalmente terminou, ela praticamente saiu correndo puxando as duas amigas consigo, dizendo que estava muito cansada e precisava de um banho. As duas nada disseram, apenas Angélica tinha certeza que sua melhor amiga estava estranha, muito estranha.


 


Lola se enfiou na cama logo após o banho e, dando um rápido boa noite a duas surpresas Angélica e Gabriely, ela fechou o cortinado.


 


Pensou a noite toda no beijo. Em como achava Brandon o máximo, e como gostava de ficar perto dele. Na sua carta no Natal, se lembrando de como se conheceram, do modo como o mundo parou quando encarou aqueles olhos castanhos pela primeira vez. Como odiara o fato de que ele estava sendo obrigado a se casar. Do modo como seus pais pareciam gostar dela, seu pai até a chamara de nora. De como sua mãe gostara dele. De seu sorriso. De como sempre tentava protegê-la, ou fazê-la se sentir feliz. Como ele reparava nela.


 


Porém, pensou em seu pai. Em como sua mãe fora apaixonada por ele. E como o amor dele se transformou em um pesadelo para as duas. Se lembrou de como ele mudara com ela. De como chamava as duas de aberração. Será que um dia Brandon a odiaria também? Talvez a quisesse o mais longe possível? Sentisse vergonha dela? Ele era um príncipe.. e ela não passava de um monte de problemas, sem nenhum centavo, sem nada. Não! Ele jamais seria como seu pai. Ele era educado, cavalheiro e honrado. Jamais se transformaria em um monstro.


 


Então, por que tinha tanto medo de se entregar? De acreditar que podia amar.. não. Amar não. Já era demais. Ela não acreditava no amor. Mas, ela podia gostar, não podia? Brandon não era perfeito?


 


Merlin. Talvez ela estivesse apaixonada por Brandon McKnight.


 


Acordou assustada no outro dia. O ultimo pensamento que tivera antes de apagar ficava martelando em sua mente. Gostava de Brandon? Sim? Não? Era o caos!


 


Lola passou a mão pelos cabelos e se levantou. Gabriely já estava no banheiro e Angel ainda dormia. Decidiu acordá-la.


 


_Angélica. – disse ela mexendo no ombro da loira. – Hora de acordar. – Mas não adiantou, a loira continuava dormindo abraçada ao travesseiro.


 


Lola sorriu maquiavelicamente. Hora de aprontar. Se abaixou, até ficar bem próxima do ouvido da amiga e sussurrou:


 


_Hora de acordar, Angel. – ela cantarolou. – Rodrigo está te esperando.


 


A loira pulou assustada, olhando para todos os lados. Quando notou, seus olhos se voltaram furiosos para a amiga.


 


_Você me paga, Lohan.  – Lola jogou um beijo para ela e voltou sua atenção para suas vestes.


_Agora me diz – Angel pulou em sua cama, ainda de pijamas. – O que houve com você ontem?


_Nada. – a morena continuou mexendo em suas coisas.


_Sei que está mentindo.


_Não queria me despedir da minha mãe, é isso, Angel! – disse ela nervosa. Em parte era isso e se sentiu mal ao notar a cara de desconforto da amiga. Estava mentindo para ela e ainda a fazia se sentir constrangida. Além de não notar que ela estava apaixonada. Era uma péssima amiga, mesmo!


_Desculpe-me. – disse Angélica sem graça.


_Não tem problema, amiga. – e, em gesto que nem parecia dela mesmo, abraçou a loira.


 


Ela estava muito estranha. E tinha medo de se transformar em uma garotinha melosa.


 


_Nossa, quanto afeto! – disse uma voz anasalada, debochando.


_Nossa, quanta feiúra! – e, de olhos arregalados, Lola sorriu surpresa para a resposta que Angélica dera a Gorn.


_Uau, a princesinha tem a língua afiada!


_Uau, a burra sabe formar uma frase! – e Lola gargalhou novamente. Angel definitivamente a surpreendera.


 


Gorn saiu furiosa do quarto, não antes de Lola gargalhar ainda mais da cara dela.


 


_Uau, parabéns Angélica Del Vale, princesinha de Hogwarts!


_Ah, cale a boca Lorelay Lohan, caos de Hogwarts.


 


As duas amigas gargalharam e terminaram de se arrumar. Junto a Gabriely desceram em direção ao Salão Principal. Onde, para azar de Lola, um lindo moreno a esperava. Ela estacou. E Gabriely e Angélica entraram no Salão.


 


_Espera Lola. – Brandon a segurou pelo braço. Ele a puxou para um canto. – Eu... Lola sobre o que aconteceu no trem ontem...


_Hum, você se arrependeu? – ela perguntou com uma cara impassível.


_NÃO! Claro que não. – ele estava claramente nervoso, e passou a mão pelos cabelos castanhos. – Eu só queria dizer... que...


_Brandon fale de uma vez! – ela também estava começando a ficar nervosa.


_Eu gosto de você Lola! Eu gosto muito de você! Eu não consigo evitar... seus olhos, seu sorriso, seu cabelo... tudo em você me agrada, me faz feliz. Seu jeito explosivo e determinado. Seu sorriso lindo, seu modo de andar, falar e cantar. Quando você ri com Gabriely eu fico imaginando se um dia vou conseguir fazer você sorrir assim. Quando você conta algo para Angélica, e vocês ficam com umas caras marotas, eu me pergunto se um dia você vai partilhar segredos comigo também.. Se você abraça Rodrigo eu me pergunto quando vou ser abraçado por você. Eu penso em você 24 horas. Se eu não te vejo, fico nervoso... se vejo.. tudo parece estar no lugar certo. Eu... amo você. – ele falou tudo isso de uma vez só, olhando profundamente nos olhos da morena.


Amor! Ele disse amor! Lola quase desmaiou. Céus... Brandon gostava dela! Ela ficou sem reação. Enquanto ele olhava para ela, esperando uma resposta, ela tentava encarar aquilo como uma realidade. Não era possível. Amor e ela eram duas palavras que não pareciam se encaixar na mesma frase.


_Lola?


_Você está falando sério Brandon? – ela conseguiu perguntar depois de um tempo. Ainda não ‘caira a ficha’.


_Estou. Mais claro que um dia ensolarado em Solaria. Eu gosto de você do mesmo modo como eu amo Solaria, Lola.


_Mas Brandon... você, eu...


_Um garoto e uma garota.


_Um príncipe e uma gata borralheira.


_Você sabe que isso não faz diferença nenhuma para mim. Você já é uma princesa para mim. Uma rainha.


_Brandon, eu... eu não sei o que dizer.


_Você não retribui o sentimento.


_Não! Não é isso... é só que eu não..


_Eu já havia reparado o seu ‘problema’ Lola. – ele fez um sinal de aspas. – Você não acredita no amor. Não acredita que pode ser amada, e que pode amar alguém.


_Brandon...


Ele pegou as mãos delas. Estavam frias. E olhando nos olhos dela disse:


_Me deixe te amar Lola. Deixe-me te ensinar o que é amar.


_Brandon...


_Lola Lohan você quer namorar comigo?


Namoro. Ele a pedira em namoro. MERLIN! O que ela iria responder?


_Lola, por favor, me deixe te amar. Vamos só fazer um teste... ver se da certo. Por favor, Lola eu amo você. Deixe-me lhe provar isso.


_Brandon, eu tenho medo. Tenho medo de não ser tudo isso que você acha que eu sou, tenho medo de te magoar. E se isso não der certo? E se isso for um erro? Eu não quero perder a sua amizade, Brandon eu...


_Lola! Na há motivos para isso não dar certo. Somos jovens, livres, e temos tudo para nos amarmos. Me de essa chance, de uma chance ao seu coração. Há amor no mundo Lola, você tem que acreditar.


_Eu não sou boa para você...


_Você é a garota certa para mim! Caramba, eu te amo! Entenda isso.


Ela o encarou com olhos marejados. Queria tanto acreditar no que ele dizia... que ela era a garota certa pra ele. Mas isso era tão impossível!


Céus, ela ficara a noite toda pensando no beijo que acontecera no trem. Achava que Brandon ia dar uma desculpa para o que aconteceu e propor que esquecessem isso. Mas agora ele estava ali, se declarando para ela.


Poxa! Não passara a noite toda tentando definir seus sentimentos por ele? Não chegara a conclusão de que TALVEZ, só talvez estivesse gostando dele? Não sabia como reagir a isso agora, estava confusa...


_Lola Lohan, você quer namorar comigo?


_Sim.


Sim? ELA DISSE SIM? MERLIN! Não conseguia acreditar. A palavra saiu tão espontânea. Lola encarou a realidade. Era certo dar uma chance a esse sentimento. Por mais confusa que estivesse, por mais que isso fosse contra seus preceitos... Brandon era o cara certo para ela. Isso, ela tinha que admitir.


SIM! ELA DISSE SIM! Brandon não conseguia esconder a euforia, a felicidade que estava sentindo no momento! Ela era sua, finalmente sua! Foi com toda essa felicidade que ele a puxou para seus braços e lhe beijou.


Um beijo cheio de felicidade, cheio de amor. Brandon sorria por entre os lábios da morena, ao mesmo tempo em que apertava a cintura dela, trazendo-a cada vez mais perto. Lola passou os braços pelo pescoço dele, exatamente como fizera no trem, e do mesmo modo que ontem, parecia que o tempo e o espaço haviam desaparecido. Não pode evitar sorrir também. É... talvez algo desse certo para ela também.


Ao se separarem, ele sorriu ainda de olhos fechados. Não podia acreditar. Finalmente ele a tinha.


_Bom senhorita Lohan, permita-me dizer que eu sou o cara mais feliz do mundo.


Lola riu. E fez uma reverencia para ele. Ao se levantar tinha um sorriso irônico, típico dela, no rosto.


_Fico feliz em tê-lo ajudado, meu príncipe.


_Ora, deixe de bobagem Lola. Agora você é <i>minha</i> princesa.


_Ei, ei, ei! Devagar ai McKnight.


Brandon passou o braço pelo ombro dela e a virou em direção a porta do Salão Principal.


_Está pronta para encarar isso como uma realidade? – ele perguntou olhando nos olhos dela.


_Não sei. Acho que estou com medo. Isso tudo é... muito diferente para mim.


_Vamos fazer dar certo Lola. Você vai ver.


Ela olhou fundo nos olhos dele e disse:


_Eu acredito em você. – Juntos, eles entraram no Salão Principal.


Varias cabeças deixaram de prestar atenção nos seus cafés da manha e passaram a olhar o casal. Não era uma cena incomum, todos estavam acostumados a verem a grande amizade entre Lola e Brandon, mas notavam que havia algo diferente em torno deles. Talvez no sorriso gigantesco que Brandon exibia, ou no olhar intenso, porem perdido de Lola. Os dois pararam em frente à Angélica e Gabriely, que já tomavam o café.


_Vocês demoraram. – comentou Angélica os encarando. Ela também notou que havia algo de diferente nos dois.


_É, estávamos conversando... – respondeu Lola.


_Tinha que ser logo antes do café? Estávamos morrendo de fome, não conseguimos esperar...


_Estamos namorando. – disse Lola de supetão, interrompendo Angélica.


Dois pares de olhos azuis se arregalaram ao mesmo tempo. Brandon agiu rápido, prevendo o que ia acontecer, e puxou Lola para trás, ao mesmo tempo em que dois jatos de suco de uva chegaram ao lugar que eles estavam antes.


_Eca. Que nojo vocês duas. – comentou Lola. – pingou suco na minha bota!


Varias pessoas da Grifinória acompanharam a cena, e acabaram rindo.


_Você está mentindo Lohan... Que brincadeira é essa? – perguntou Angélica de olhos arregalados.


_Não é uma brincadeira. Estamos namorando.


_Como assim? Desde quando? Onde?


_Eu a pedi em namoro agora, por isso nos atrasamos para o café. – respondeu Brandon sorrindo, enquanto se sentava a mesa.


 


_Então, era por isso que você estava estranha ontem! Sua mentirosa! – Angélica queria parecer brava, mas ela não evitou sorrir. – Parabéns para os dois! Vocês ficam lindos juntos, já estava na hora! – e a loira começou a tagarelar. Falando o quanto estava feliz, como eles eram lindos, como ela sabia que isso ia acontecer...


_Menos, Angel. – disse Gaby. – Mas, parabéns. Vocês são um casal perfeito!


 


Os dois trocaram olhares e sorriram. Foi nesse momento que Rodrigo, Ivan e Kevin chegaram.


 


_Que escândalo é esse? – perguntou Kevin.


_Vocês não sabem da novidade! – exclamou Angélica radiante. Lola notou que ela evitava olhar para Rodrigo.


_E qual é? – perguntou Ivan.


_Lola e Brandon estão namorando!  - a loira respondeu alegremente.


 


Os três ficaram de olhos arregalados. Kevin parecia ter levado um soco. Como assim esse idiota chegara agora e já conseguira namorar Lola?


 


_Sério, cara? – perguntou Rodrigo.


_Sério! – Brandon respondeu sorrindo.


_Parabéns! – e os dois se abraçaram. – Cuide muito bem da minha Lola, Brandon McKnight, ou eu acabo com você! Fico feliz Loy, você merece toda a felicidade do mundo! – e o loiro a abraçou fortemente. Lola era como uma irmã para ele, não sabia explicar, mas a amava do mesmo modo como amava Samilly. Quando era criança, desejava tanto uma irmã ou irmão na mesma idade, para poder dividir as tristezas e para preencher a solidão que sentia. Parece que Lola ocupara esse lugar.


_Uau, estou muito feliz por vocês! – disse Ivan, dando um tímido abraço em Lola e um forte aperto de mãos em Brandon.


_Se deu bem, cara. – Kevin apertou fortemente a mão do moreno, mas queria esganá-lo exatamente ali.


 


Rodrigo notou. Puxando os dois amigos, eles deram uma desculpa qualquer e foram se sentar um pouco afastados.


 


_ “Cuide bem da minha Lola”? QUE PALHAÇADA É ESSA RODRIGO? – Kevin perguntou assim que se sentaram. Estava furioso.


_Fale baixo Celink! Quer que eles escutem? – o loiro respondeu, também nervoso.


_Achei que estivesse do meu lado! Você sabe que eu estou interessado nela!


_É, eu sei. Mas e ai? Já se passaram seis meses que começamos a estudar e nada! Eu falei bem de você várias vezes para ela, mas você nunca fez nada! Me desculpa, mas se Brandon a faz feliz, eu fico feliz por eles.


_Você é um traidor, Rodrigo!


_Não fale assim comigo! Eu fiquei do seu lado, mas você nunca agiu! Eu quero apenas que a Loy seja feliz, mas nada!


_Não preciso de um traidor como amigo.


_Se não precisa, é melhor sair daqui. Eu também não quero um covarde como amigo. – respondeu Rodrigo venenoso.


_Você vai se arrepender Vinefaust, eu vou acabar com você. E com seus amiguinhos.


_Acalme-se Kevin! – disse Ivan pela primeira vez na conversa.


_Me acalmar? Você vai ficar com ele? Daqui a pouco quem será traído será você, Montriz!


_Chega! – exclamou Rodrigo furioso. – Eu não admito que você fale assim comigo!


_Fique esperto Vinefauts, vou garantir que seu reinado chegue ao fim! – e saindo furioso da mesa, Kevin deu as costas aos amigos.


_Só essa que me faltava! – Rodrigo disse frustrado.


_Relaxa cara, ele só está com ciúmes. Daqui a pouco ele volta a si.


_Lola merece ser feliz. E Brandon a faz. Brandon é um cara maneiro, só quero o melhor pra ela.


_Eu entendo, e apoio. – concordou Ivan de forma contida. – Ele é um cara bacana. E você trata a Lola como sua irmã, entendo que a defenda. Só me preocupo com as ameaças de Kevin.


 


Rodrigo riu maldosamente.


 


_Ele não é doido de enfrentar Rodrigo Vinefaust.


 


~*


 


Renata entro, no escritório do diretor. Dumbledore já a esperava, sentado em sua mesa, alheio aos dramas adolescentes que se desenrolava pela escola.


_Preciso da sua ajuda, professor. – disse a morena o encarando determinada.


_E o que você quer, Renata? – perguntou Alvo a observando por cima de seu óculos meia lua.


_Descobrir qual a relação de Voldemort com a minha mãe. 





n/a 2: Que isso hein Rodrigo?
O que vocês acharam? Comentem, comentem please!
Será que teremos revelações nos próximos capítulos? E a mãe de Renata? E Rodrigo, tão fofo defendendo Lola? Onw, ele é um dos meus personagens preferidos, ainda saberemos muito mais da vida de Rodrigo Vinefaust. 
UM BEIJO! ;*

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