Show atacado



N/A: Heeey Babys! Nem acredito que estou de volta. Finalmente consegui terminar esse capítulo que se arrasta por décadas!
Era para acontecer mais coisas nele, como a volta de todos para Hogwarts, mas achei melhor deixar para o próximo, se não ele ia ficar GIGANTE e eu não conseguir terminá-lo tããão cedo!
Estou feliz, pois a história está se encaminhando para seu grande desfecho. NÃO o fim, mas um dos maiores acontecimentos da drama está prestes a acontecer. 
Vou tentar agilizar ao máximo, quero ver se consigo terminar essa fic até setembro. A continuação dela está se formando na minha cabeça e estou LOUCA para começar a escrevê-la de fato. 
Peço mil desculpas pela lerdeza e sei que ela deveria ter acabado a muuuito tempo. Finalmente estou conseguindo organizar minha vida e minha inspiração para escrever voltou! (pulando de alegria).
Conto com o apoio de todos.
Espero que continuem acompanhando..
Eu preciso de uma beta gente, por favor, ninguém tem pena dessa humilde e maluca autora?
I love you, bebes!
beeeijos
Fire Evans ;*




_Não pode ser. – exclamou Angélica. – Impossível.


 


Gritos, explosões. O pânico se espalhava por toda a área do show. A banda parou de tocar. As pessoas corriam para todos os lados. Apenas as três amigas estavam paradas no mesmo local, congeladas.


 


_Comensais? Aqui? Por quê? – perguntou Gabriely em pânico.  


_Pelo mesmo motivo que eles matam trouxas injustamente Gaby. – respondeu Lola com os olhos estreitando-se. Procurava a origem do tumulto.


_O que vamos fazer? Lola! – Angélica a segurou pelo braço, quando a morena começava a andar em direção ao local em que a marca negra aparecera.


_Vocês vão ajudar aos trouxas. Eu vou descobrir quem conjurou isso.


_O QUE? FICOU MALUCA?


_Angel, ajude as pessoas a escaparem.


_NÃO! VOCÊ VEM COM A GENTE.


_VAI ANGELICA! NÃO DEIXEM ELES MATAREM MAIS GENTE INOCENTE. – E empurrou as amigas em direção a saída.


_LOLA! – Gritou Gabriely quando os cabelos coloridos da amiga sumiram na multidão que corria na direção contraria.


 


 (Lies!) Living in a fantasy


(Lies!) Don't even know reality
(Lies!) When you start talking, I start walking (Lies! Lies! Lies!)
Don't even wanna know the truth
(Lies!) The devil has his eye on you, girl
When you start talking, I start walking (Lies! Lies! Lies!)
Yey yey


 


 


_Vamos Lola, concentre-se. – murmurou a garota para si mesma.


 


Mais explosões. Alguém colocara fogo no local. As chamas percorriam toda a área e se espalhavam com muita rapidez.


 


_Ótimo. O que eu precisava. – e sorrindo, o castanho brilhoso foi substituído pelo alaranjado furioso nos olhos dela. Com toda a sua concentração a garota tentava controlar o fogo. Evitar que ele queimasse gente inocente. Mas isso ainda não era o bastante. Ela tinha que encontrar os desgraçados que haviam estragado o seu show.


 
 


So don't forget your seatbelt
Don't you think of picking up the phone
Better say your prayers
'Cause you're never gonna make it home (Uh Uh Uh)
Did you miss the stop sign?
And our last decision was your last
'Cause you can't come back
Once you're lying in the broken glass
And I hope, you get to hear me say
Who gets the last laugh now?


 


 


_Mamãe! – um garotinho de mais ou menos nove anos chorava. Tinha um corte fundo na maçã do rosto.


_O que foi meu querido? – perguntou Gabriely, puxando o garotinho para perto dela.


_Minha mãe, eu quero a minha mãe. – e ele chorou, enquanto abraça as pernas da morena.


_Nós vamos achar a sua mãe. – prometeu Angélica. - Vem Gaby, vamos.


 


As duas continuavam correndo em direção a saída. Ajudavam as pessoas que caiam pelo chão, e segurando firmemente a mão do pequeno, Gabriely rezava aos céus para que Lola ficasse bem. Ainda não acreditava que aquela maluca havia ido sozinha. Como ela pudera ser tão irresponsável? E como ela, Gabriely, havia permitido que a amiga fosse até lá?


 


(Lies!) Living in a fantasy
(Lies!) Don't even know reality
(Lies!) When you start talking, I start walking (Lies! Lies! Lies!)
Don't even wanna know the truth
(Lies!) The devil has his eye on you, girl
When you start talking, I start walking (Lies! Lies! Lies!)


No more excuses
No more running
Only God can save you now (God can save you now)
'Cause I know the truth
Your time is running out


 


 


~*


 


 


_RENATA! – Remo gritou, irrompendo da lareira.


 


Renata e Harry chegaram correndo ate a sala, as varinhas em punho.


 


_Remo? O que houve? – perguntou a morena assustada.


_Um ataque, muitas pessoas feridas.


_O que? Como assim?


_Atacaram um show em Londres, havia milhares de trouxas no local. O ministério está indo para lá, mas acho que não vão dar conta. Dumbledore me pediu que mandasse você para lá.


_Claro, já volto. – e correndo Renata deixou a sala. Um minuto depois já estava de volta a sala com a capa nos ombros. – Vamos Remo.


_Eu vou também. – disse Harry calmamente.


_O QUE? – A madrinha gritou de olhos arregalados, enquanto calçava as luvas.


_Também vou Renata. – repetiu do mesmo modo.


_MAS NEM PENSAR.


_Eu vou. – verde e castanho se analisaram. Renata tremia levemente.


_Harry, querido, é perigoso. Você não pode ir até lá.


_Por isso mesmo vou. Não vou deixar você ir sozinha.


_Não estarei sozinha Harry. E sou uma aurou graduada, a melhor auror do ministério. 


_É a única família que me resta. Não vou perder você também.


 


Renata se calou diante da resposta do afilhado. E o encarou. Harry era a única família que restava a ela também. Como poderia ser irresponsável o suficiente por permitir que ele fosse até lá? Mas como negar algo a ele, depois de ele tê-la perdoado por ter fugido, e transformado esses últimos dias em uns dos mais felizes de sua vida? 


 


_Por favor, madrinha. – e por um segundo ela viu Tiago sorrindo pra ela.


 


Balançou a cabeça. Aquele não era seu irmão. Era o filho dele, seu afilhado, a quem ela devia proteger com a vida se fosse preciso.


 


_O risco era a maior diversão para o meu pai. – Harry repetiu a frase que Sirius havia lhe dito no ano passado.


 


 


Vamos Re... se divirta mais.


A qual é irmãzinha... está com medo?


 


_Pontas... – murmurou ela. E colocou a mão sobre o coração. Era naqueles momentos em que ela se sentia apenas uma adolescente, correndo pela Mansão Potter com Tiago. Era naqueles momentos em que ela se odiava por não protegido aqueles que amava, por ter permitido que seu irmão fosse assassinado.


 


Eu acho que você tem medo, Renata.


 


_Renata. – Remo colocou a mão sobre seu ombro.


_Vamos, Harry. – e de cabeça baixa, Renata sentia seu coração ser esmagado.


 


 


Se algo acontecer a mim e a Lily, prometa que você e Sirius cuidarão do Harry.


 


 


~*


 


 


 _Gaby, Gaby, eu vou atrás da Lola.


_Não Angel, não! Ela nos pediu para ajudar aos trouxas.


_Mas Gaby, aquela maluca foi atrás de comensais sozinha.


_Eu sei. E meu coração parece estar sendo despedaçado, mas primeiro vamos garantir que essas pessoas fiquem seguras. Lola tem poderes extraordinários, vai dar conta. Que Merlin a ajude. - completou em pensamento.


 


 


Meia hora já havia se passado, e as pessoas ainda corriam. Muita gente já tinha saído, mas as explosões começaram. Feitiços cruzavam o céu, e uma risada escandalosa preenchia o ar.


 


 


_MAMÃE! – O garotinho que Gabriely segurava gritou.


_Acho sua mãe? – perguntou Angélica.


_FELIPE! – uma mulher morena correu em direção a elas. – Meu amor. – e abraçou o menino chorando e tremendo. – Você está bem?


_Estou, elas me ajudaram.


_Muito obrigada, obrigada por salvarem o meu filho. – e após abraçar as duas saiu correndo.


_Bom, vamos atrás da Lola agora. – e respirando fundo, Angélica correu de volta para o confronto, com Gabriely atrás dela.


 


 


~*


 


 


Quase todas as pessoas já haviam saído. Havia alguns corpos no chão, e pelo que ela percebia nenhum com vida. Aquilo parecia um pesadelo. O fogo ainda brilhava pelo local, e havia muito sangue no chão.


 


_Malditos. – e Lola fechou os punhos com força. O ódio estava começando a lhe subir à cabeça, estava nublando a sua visão, a tornando cada vez mais vermelha. O fogo lhe chamava. Os malditos bastardos iam se arrepender amargamente.


 


Enquanto caminhava pelos destroços, não havia mais pessoas no local. Só um agourento silêncio, muito sangue no chão, e um vento frio. Algo muito macabro na opinião dela.


 


_ESTUPEFAÇA! – Uma voz gritou atrás dela.


 


Com reflexos excelentes, Lola só deu um passo para o lado e escapou do feitiço. Virou-se para trás lentamente, enquanto o fogo de seus olhos sumia, mas ela o sentia sob controle, prestes a escapar a qualquer momento. Ela encarou um vulto encapuzado.


 


_Ora o que temos aqui... uma garotinha sangue-ruim perdida. – e riu debochadamente.


_Sangue-ruim? Eu? Acho que não. – e sorriu do mesmo modo para ele.


_O que? Não quer me dizer que encontrei uma bruxinha no meio desse lixo. – disse ele olhando ao redor.


 


Lola rodou a varinha nos dedos e sorriu arrogante para o comensal.


 


_Talvez. Mas saiba... eu odeio diminutivos. Então é melhor pensar bem antes de me chamar de ‘bruxinha’ de novo.


 


O comensal ainda a observava de olhos arregalados. Mas escondeu bem a surpresa e seu rosto se tornou frio e impenetrável.


 


_Uma bruxa. – repetiu ele. – Mas o que uma bruxa faz em um lugar cheio de sangues-ruins?


_Não sei. O que uma pessoa faz quando se está em um show? – seu sorriso havia se tornado ainda mais debochado.


_Tem uma língua bastante afiada. E aparentemente... Bom, provavelmente é uma Grifinória traidora do sangue, não é? Ou uma sangue-ruim.


_Grifinória com muito orgulho. – respondeu. Seu sorriso havia desaparecido. Não ia permitir que aquele bastardo ofendesse a sua casa. – Mas, enganou-se ao me chamar de sangue ruim.


_Ah é? Mas aparentemente não tem um pingo de orgulho de seu sangue ao se misturar com essa ralé. Então... que tal ter o mesmo destino deles?


_E você? Quanto sangue trouxa corre nas suas veias?


_O QUE? NÃO VOU TOLERAR QUE FALE ASSIM COMIGO GAROTINHA. – CRUCIO!


 


Lola se esquivou do feitiço novamente. E o frágil controle que exercia sobre seu poder escapou. Surpreso, o comensal viu os olhos de Lola se tornarem laranjas e seus cabelos esvoaçarem com um vento que no momento, não estava no local.


 


_Eu disse... que não gosto... de DIMINUTIVOS! – A aura laranja surgiu ao redor dela, e o comensal caiu sentado na lama. – E agora meu caro, quem está com medo? – perguntou ela se aproximando dele, enquanto o mesmo tentava se afastar dela, ainda sentado.


 


Essa era a desvantagem desses poderes surpreendentes. Quando usados, quando escapavam do controle, traziam a tona tudo de ruim que existia dentro dela. Sua maldade, sua raiva... ela não conseguia se controlar por muito tempo. Pensamentos muito ruins lhe viam a mente.


 


Ergueu a mão direita.


 


_Vamos ver quem é a trouxa aqui, seu estúpido. – O comensal se contorceu de dor. Algo lhe queimava por dentro, algo quente corria por suas veias. Era insuportável. Ele gritou de dor. – Só isso? Que tal um pouquinho mais quente? – perguntou debochada enquanto fechava a mão.


 


O comensal urrou.


 


_Basta. – ela mesma disse. – Acho que isso já fez você provar um pouquinho de dor não é?


_Sua... – ele estava caído de bruços não chão. Arfava.


_O que disse? – a voz dela estava doce, calma, quase um sussurro. Mas ao olhar dentro daqueles olhos laranja o comensal viu toda a ira. E tremeu. Quem era aquela garota? Porque tinha tanto poder?


_Quem é você?


_Eu? – ela riu. – Eu sou uma Grifinória. Mas, no atual momento... eu diria que sou o seu pior pesadelo.


 


Os olhos do comensal se arregalaram de pânico. Ela não estava blefando. Ele podia sentir todo o poder que emanava dela. Batiam como ondas em seu corpo. Aquela sem duvida nenhuma não era uma bruxa comum.


 


Lola se ergueu. E fitou o comensal com uma cara impassível. Seus cabelos caíram como um manto sobre seus ombros, agora lisos, a aura desapareceu, e os olhos voltaram a ser castanhos.


 


_O que eu faço com você agora?- perguntou ela colocando as mãos na cintura e suspirando.


_Porque não se une a mim? – perguntou ele desesperado. – O Lorde das Trevas ia com certeza adorar tê-la em seu circulo.


 


O olhar congelante que ela lhe lançou o fez calar-se na hora.


 


_Me unir ao seu Lorde? Acha mesmo que eu me rebaixaria tanto? Eu não sou um lixo como você que segue ordem dos outros. Ora seu... – mas antes que seu poder viesse à tona, ela fechou os olhos e respirou fundo. Ele aproveitou isso e pegou a varinha que estava caída no chão ao lado dele.


 


_Av... – mas com um grito de dor ele viu sua mão pegando fogo.


_Ora, que feio atacar uma senhorita desse modo. – a voz estava doce, e ao mesmo tempo letal. Ela havia se ajoelhado na frente dele e seus olhos haviam voltado a ficar laranja.


_Minha mão. – ele disse tremendo.


 


O fogo cessou. Lola o encarou.


 


_Isso é só um pouquinho do que posso fazer. Continue me irritando e eu acabo com você.


_Quem é você? – repetiu ele debilmente.


 


Ela sorriu: _ Seu pior pesadelo, querido.


 


_O lorde das trevas vai saber de você... e quando ele encontra-la, você irá implorar para ele aceita-la.


_Acha mesmo que eu faria isso? Quer saber: você já me encheu. ESTUPEFAÇA!


 


O comensal caiu desacordado.


 


 


~*


 


Renata observou o lugar atentamente. Quando aparataram, todas as pessoas já haviam saído do local, só restavam corpos sem vida no chão, sangue e um vento agourento.


 


_Merlin... – Remo passou a mão pelos cabelos ralos.


_Esses malditos não tem mais o que fazer? – perguntou Renata irritada.


 


_CRUCIO!


 


Empurrando Harry para o lado e virando-se lentamente para trás, Renata encarou sua ex-colega de escola.


 


_Olá Belatriz. – a morena comentou agradavelmente.


_Renata. – Belatriz a encarou com um sorriso debochado. – E olha quem veio participar da festa... Harry Potter - e disse o nome dele com sua horrível imitação de bebê.


 


Harry não respondeu nada. Fitava Belatriz com um olhar mortal, sentia todo o ódio por ela vindo à tona. Renata, ainda de costas para ele, ergueu a mão.


 


_Fique fora disso, Harry.


_Tirando o afilhadinho da batalha, Renata? – perguntou Belatriz. E riu. – Como se ele fosse não querer lutar comigo... infelizmente ele é tão estúpido quanto o pai.


 


Renata respirou fundo. Ela não ia lhe tirar do serio tão facilmente. Mesmo ofendendo a Tiago, ela tinha que se controlar um pouco mais.


 


_Isso é entre eu e você, Belatriz. E eu agradeceria se você não dirigisse a palavra a meu afilhado, muito menos que falasse de Tiago.


 


Belatriz ergueu uma sobrancelha. Desde quando Renata Potter era tão controlada?


 


_Onde está seu sangue quente Grifinório, Potter?


 


Renata lhe dirigiu um sorriso diabólico.


 


_Você já vai ver. RELAXO! – O jato de feitiço pegou Belatriz desprevenida e a morena quase o receberá por completo.


 


Arfando, Belatriz se levantou e encarou a rival com ódio.


 


_Como eu não canso de repetir desde que estudávamos juntas... nunca vai me vencer, Belatriz.


_CRUCIO!


_BOMBARDA! VINGARDIUM LEVIOSA!


_AVADA KEDAVRA!


 


Renata se jogou no chão e o feitiço passou por cima de seu cabelo.


 


_MADRINHA! – Harry gritou e ia correr para o duelo, mas Remo o segurou.


_Harry NÃO!


_Você não vai me segurar de novo Remo, me segurou quando Sirius morreu, mas eu não vou perder a minha madrinha! – e com toda a força que conseguiu reunir Harry se livrou do maroto.


 


_Harryzinho, vai tentar salvar a madrinha, mesmo não tendo salvado o padrinho?


_CALA A BOCA SUA VACA! – Renata gritou. – Fique fora disso Harry, eu já mandei.


_Mas Renata...


_FORA HARRY!


 


O moreno se afastou. Logo depois, varias explosões ocorreram simultaneamente.


 


_Remo, cuide do Harry. E quanto a você Belatriz... vamos brincar.


 


E o duelo mortal continuou.


 


~*


 


_LOLA! – Angélica gritava desesperada. – Onde aquela idiota se meteu?


_Vem Angélica, não adianta continuar gritando, vamos só procurar.


_Ora, ora, duas lindas garotinhas perdidas... – um comensal sorriu debochadamente para elas.


_Duas sangues-ruins? – perguntou outro.


_Só se o ruim for o seu, meu filho. – respondeu Angélica.


_Uma bruxa? – o primeiro perguntou erguendo a sobrancelha.


_ESTUPEFAÇA! – Gritaram as duas meninas ao mesmo tempo.


 


Um dos comensais conseguiu escapar do feitiço, mas o outro caiu desacordado no chão.


 


_Que patético: desarmado por duas meninas. – e revirando os olhos as encarou. – Duas bruxinhas. Quem são vocês, garotas?


_Não te interessa.


_Angélica, pare de respondê-lo assim. – Gabriely pediu segurando o braço da loira.


_É Angélica... pare de me responder assim. – e sorriu ironicamente.


 


Angélica o encarou impassível. Sentia Gabriely tremendo ao seu lado. Tinha que pensar em algo para se livrar do comensal...


 


_Vou perguntar de novo gracinhas, quem são vocês?


_Alunas de Hogwarts. – respondeu Gabriely, enquanto Angélica lhe dava uma cotovelada.


_E de que casa são?


_Sonserina. – respondeu Angélica.


 


O comensal sorriu.


 


_Acha mesmo que caio nessa? Como se algum sonserino pudesse se misturar com essa ralé.


_Está por fora das noticias então, querido.


_Não sei por quê... algo que me diz que você é uma grifinóriazinha traidora do sangue.


 


Angélica sorriu. E apontando a varinha para a cara do comensal gritou:


 


_OBLIVIATE! – A loira viu os olhos do comensal saírem da órbita. – ENCARCEROS!


_Uau! – exclamou Gabriely.


 


Angélica encarou a amiga.


 


_Quase colocou tudo a perder Gabriely, onde está sua coragem grifinória?


_No momento? Ela deve estar bem escondidinha em algum lugar. Não estamos em um simulador da professora Renata, Angélica. Isso aqui é real, e um errinho a gente já era.


_Exatamente por isso que você tem que tirar a sua coragem do fundo do baú!


_Mas...


_Prestes atenção Gabriely! É para atacar, eles não vão pensar duas vezes em matar a gente, por isso temos que ser mais espertas. Agora, vamos atrás da Lola. – e as duas saíram correndo.


 


~*


 


 


_Remo, Remo faça alguma coisa para salva-la! – Harry pedia desesperado.


_Não há nada que possamos fazer Harry. Isso é um duelo bruxo, uma das duas vai vencer sozinha. Renata e Belatriz se odeiam desde que se viram pela primeira vez, esse duelo está para acontecer a muito tempo.


_Remo! Ela vai me tirar a minha madrinha também. – e uma lagrima caiu dos olhos extremamente verdes de Harry.


_Não subestime Renata, Harry. Ninguém nunca a venceu, nem mesmo Sirius Black.


_Belatriz venceu Sirius.


_Mero acaso Harry.


_A morte dele não foi um acaso.


_Claro que não. E é exatamente por isso que Renata jamais permitiria que Belatriz vencesse. Eles se amavam Harry, sempre se amaram. Só que ambos eram muito cabeça duras e orgulhosos para admitirem isso.


_Se amavam? – Harry olhou para o lobisomem.


_Muito. Dava para perceber isso só quando ambos estavam perto um do outro. Mas Renata jamais admitiu e Sirius não perdia a oportunidade de irritá-la. Mas agora que ela voltou... eles tinham tudo para ficar juntos. E Renata sabe disso. Por isso jamais permitiria que Belatriz a vencesse.


_Espero que você tenha razão Remo, eu realmente espero.


 


 


~*


 


_Quando vai admitir que nunca vai me vencer Belinha? – Renata gargalhou.


_Eu sou melhor do que você, sempre fui! – respondeu a outra morena furiosa.


_Oh yeah, sempre foi. – e gargalhou. – Deixe de ser patética, Lestrange.


_Venci meu priminho, Potter, e você e eu sabemos que ele era muito bom. Mesmo assim... eu o venci.


 


Renata a fuzilou com o olhar. Não iria permitir que ela se gabasse por ter derrotado Sirius.


 


_O que foi Renatinha? Ficou triste por eu ter mencionado sobre a morte do meu adorado primo?


_Cale-se Belatriz. – foi a única coisa que conseguiu dizer. A dor e a perda a esmagavam por dentro.


 


Belatriz riu com sua horrível risada de bebê.


 


_Nunca se conformou por ter perdido Sirius Black, Renata Potter? – e riu mais uma vez.


_CALA A BOCA BELATRIZ! AVADA KEDAVRA!


 


Tanto Harry quanto Remo viram surpresos o jato verde sair da varinha de Renata. Sentiram a atmosfera esfriar consideravelmente.


 


_Prepare-se Harry, agora as coisas vão “esquentar”.


_O que está havendo?


_Acho que Renata perdeu o controle sobre seus poderes. Isso nunca havia acontecido, então, prepare-se para um duelo sem igual.


 


Belatriz, que escapara por um triz do feitiço de Renata, a olhava com os olhos arregalados.


 


_Usando uma maldição imperdoável, auror?


_Não me subestime, Lestrange. – Renata arfava.


_Realmente, acho que não devo mesmo subestima-la. Nunca imaginei que teria coragem para usar a maldição da morte.


_Não sabe do que eu sou capaz. Faria muito pior.


 


Ela não estava blefando. O ódio estava estampado em sua face.


 


_Pois agora vamos lutar. – e Belatriz também a olhava com ódio. – AVADA KEDAVRA.


 


O chão tremeu. E muitas coisas aconteceram simultaneamente. Raízes gigantes surgiram da terra, e elas iam à direção de Belatriz, tentando prende-la. Um vento forte começou, e muita poeira se levantou do chão. A comensal quase não enxergava.


Vários raios coloridos escapavam das varinhas, e devido a fumaça, nem Harry nem Remo conseguiam enxergar o que aconteciam.


 


~*


 


_LOLA! – Angélica gritou assim que viu a amiga caminhando.


_Angel, Gaby! – ela correu até as amigas.


_Meu Deus, Lola, nunca mais suma desse jeito! – Gabriely a abraçava.


_Sem drama, Gabriely. Conseguiram ajudar as pessoas? – perguntou Lola enquanto abraçava as amigas.


_Conseguimos. - Angélica estreitou os olhos e colocou as mãos na cintura. – E você, o que fez?


 _Enfrentei um comensal... – disse despreocupadamente. Não ia contar às amigas sobre o que percebera quanto aos seus poderes, nem o quanto ela os havia usado.


_O QUE? – Perguntou Gabriely de olhos arregalados.


_Enfrentamos dois. – disse Angélica ignorando o drama de Gabriely.


_Uau! – e Lola sorriu.


 


As amigas sentiram a temperatura diminuir.


 


_O que está havendo? – perguntou Angélica erguendo a varinha.


_Não sei... – e Lola fechou os olhos. Quando os reabriu, eles estavam laranjas. – Mas sinto que é algo ruim.


_Lola! O que é isso nos seus olhos? – perguntou Angélica assustada.


 


Lola estremeceu. Havia se esquecido completamente que as amigas não tinham conhecimento dos seus poderes sobre o fogo. Apenas aqueles adquiridos como fada. Suspirou. Não acreditou que havia errado assim!


 


_Essa é uma longa historia, e eu não posso contar para vocês agora. A única coisa que vocês precisam saber é que eu não sou uma pessoa muito segura para se andar no momento. Acho que vocês deveriam sair daqui e procurar ajuda.


_E deixar você sozinha de novo? Não mesmo. – Angélica a encarou furiosa.


_Angel...


_Cale-se Lohan. Não vamos deixar você sozinha. E depois, você tem muita coisa para nos contar. – Angélica perdeu o foco e colocou a mão no queixo. – Sabe... achei um charme esses olhos. Tão parfait.


 


Lola revirou os olhos e gargalhou. Até Gabriely esboçou um sorriso.


 


Varias explosões e um vento forte surgiu no local.


 


_O que é isso?


_Não sei Gaby, mas veio de lá. – e Lola apontou para um lugar ao norte delas.


_Você é algum tipo de radar bruxo?- perguntou Angélica enquanto elas corriam.


 


Lola esboçou um sorriso maligno pra ela. – Talvez.


 


 


~*


 


(Supermassive Black Hole – Muse ♫ )


 


Ooh, baby, don't you know I suffer?
Ooh, baby, can't you hear me moan?
You caught me under false pretenses
How long before you let me go?


Ooooh-ahhh, you set my soul a-light
Ooooh-ahhh, you set my soul a-light
Glaciers melting in the dead of night
And the superstars sucked into the supermassive
[ooooh-ahhh, you set my soul a-light]


Glaciers melting in the dead of night
And the superstars sucked into the...
[ooooh-ahhh, you set my soul...]


 


 


_Vamos lá Belinha, tente me acertar. – e Renata gargalhava.


_Eu odeio você Potter. AVADA KEDAVRA!


 


Renata aparatou no instante em que o feitiço passaria por ela. E surgiu atrás da Comensal.


 


_Bu! – Belatriz pulou de susto, e quando se virou Renata já havia aparatado novamente.


_Lute como gente grande Potter, e não como uma criança!


_RELAXO! – Dessa vez o raio atingiu em cheio o corpo de Belatriz e ela caiu de joelhos. Mas, no instanteem que Renataaparecera na frente dela, ela aparatou.


_QUE? VOLTE AQUI SUA COVARDE!


_NÃO ME CHAME ASSIM. CRUCIO.- O feitiço também atingiraem cheio Renata, que se dobrou no chão por causa da dor.


_Não grite, Renata, não grite. – pensava a morena desesperada, enquanto mordia os lábios. Começou a sentir o gosto de sangue.


_CRUCIO! – E Belatriz sorriu. Essa sempre seria sua maldição predileta. Se divertia vendo Renata se contorcer no chão. Além disso, notou que a poeira começou a diminuir. – Satisfeita com isso, Renatinha? – e uma nova maldição foi lançada contra a auror.


 


Renata estava de olhos fechados. As mãos apoiadas na terra... TERRA! A auror, de costas para Belatriz, arregalou os olhos. Virando a cabeça para baixo, se concentrou nas mãos que tocavam a terra e no mesmo instante o chão tremeu. Raízes gigantes surgiram da terra, prenderam os pés de Belatriz e a puxaram para o chão. A morena caiu deitada, e Renata se levantava e corria até ela com a varinha apontada.


 


_Nem mais um passo, Potter. – e uma voz fria soou atrás de Renata que estacou no mesmo instante. A auror arregalou os olhos enquanto se virava lentamente e encarava Voldemort.


_Você. – sussurrou a morena, enquanto uma onda de dor a atingia. Essa era a primeira vez que via Voldemort de novo, depois de ter ido embora, há longos 14 anos. O assassino de seu irmão, sua melhor amiga, seus padrinhos...


_Quantos anos sem vê-la, Renata Potter. – e o bruxo lhe lançou um sorriso maligno. – Devo dizer que está incrivelmente parecida com sua mãe.


_O que? – perguntou a morena sem entender nada. – Minha mãe?


 


Voldemort não lhe respondeu. Apenas continuou sorrindo daquele jeito que lhe dava calafrios. Era verdade, a auror estava incrivelmente parecida com Julia Kiriakkos. Os mesmo cabelos, os mesmos olhos...


 


_Não, Bela. – disse o Lorde suavemente para a morena que havia se levantado e apontava a varinha para as costas de Renata.


_Milorde, mas ela...


_Belatriz. – e ele a encarava sem nenhum tipo de “sorriso”. – Eu observei vocês duas lutarem... e sinceramente, são raros duelos tão belos como esse. Você continua sendo uma eximia duelista, Renata. Ou devo dizer, melhorou admiravelmente o que já era muito bom.


 


Renata fez uma reverencia irônica.


 


_Gracias, Milorde. - Voldemort voltou a dirigir a ela aquele sorriso. Renata tentou evitar o arrepio que percorreu sua espinha.


_É por isso, que devo dizer que sou um Lorde misericordioso – Renata revirou os olhos para a ladinha de sempre – E, por conta disso, eu prefiro ignorar o passado e nossas desavenças, e convida-la, mais uma vez, a se juntar aos meus Comensais.


 


Renata não podia acreditar na cara de pau dele. Depois de tudo, ele ainda tinha essa coragem? Segurou a raiva que ameaçava explodir de dentro dela. Precisava se controlar... Harry estava logo ali...


 


_Ser uma dos seus Comensais? Depois de ter matado minha melhor amiga, meu irmão, meus padrinhos, meu noivo, meus amigos... Depois de ter tentado me matar varias vezes, e a meu afilhado? – a raiva estava quase explodindo. – Sinto muito milorde, mas vou ter que declinar o pedido.


_Sabe Renata... me admira muito você não ter comentado a morte de seus pais. Não lhe dói o fato de eu ter feito isso?


 


Renata tremeu. Os pais era sempre uma lembrança dolorosa. Algo que ela sempre preferia esquecer. Preferia pensar que Cristopher e Samantha Potter eram seus pais. E na verdade, no coração dela, eles sempre seriam os seus verdadeiros pais.


 


_Eu mencionei meus pais. – disse ela tentando escapar da pergunta.


_Não, Potter... você mencionou Cristopher Potter e sua esposa. E não seus pais.


_Esses são meus pais. – ela sussurrou. Apesar de odiar o fato, sentia as lagrimas chegando aos seus olhos. Voldemort estava a torturando psicologicamente.


_Não lhe causa nenhum sentimento o fato de Augusto e Julia Ishitar estarem mortos?


 


Renata ergueu a cabeça e sorriu arrogantemente para o Lorde.


 


_Claro que causa, eles não mereciam ter morrido. E acho que você merece ser punido por todas as morte que causou.


 


Voldemort lhe lançou outro sorriso daqueles que lhe davam calafrios.


 


_Sinceramente Renata, olhe para dentro de si mesma. Tem certeza que lamenta o fato deles terem morrido?


_Isso não é da sua conta. – estava começando a perder o controle de sua raiva.


_Talvez você não tenha sentimentos tão puros quanto pensa...


_Eu sei muito bem quais sentimentos eu tenho, Voldemort. E todos nós temos luz e trevas dentro de nós... a diferença é que não há nenhuma luz em você.


 


O bruxo lhe lançou outro de seus sorrisos malignos.


 


_Sempre uma bruxa perspicaz.


_Faço o que posso. – disse ela lhe dirigindo um sorriso sarcástico.


_Mas a questão é sobre seus pais, e não sobre a minha pessoa...


_Por que tanto interesse sobre meus sentimentos pelos meus pais? – a morena já havia perdido o controle e sua raiva transbordava.


_Quero fazê-la enxergar que, ao se unir a mim, pode ter o quer... do mesmo jeito que conseguiu se livrar dos seus pais.


 


A morena estacou. Ele achava... ele realmente pensava que ela ficara feliz com a morte dos Ishitar?


 


_Você é louco. Completamente louco! – ela não conseguia formular frases, por causa do estupor em que estava.


_Será mesmo? – perguntou ele a encarando. – Você ficou feliz com a morte dos Ishitar, Renata. Então, talvez não seja tão boa assim. Na verdade, olhando para você, sua determinação, sua coragem, sua força... sua maldade. Eu vejo em você ódio, raiva, rancor, magoa... um sentimento de vingança...


 


Renata gargalhou.


 


_Você já parou para pensar que todos esses sentimentos são dirigidos quase exclusivamente à você?


_Será mesmo? Ou será que bem no fundo você não sinta gratidão por mim?


 


Renata gargalhou novamente.


 


_Gratidão? Por quê? Por ter matado todos os que eu já amei um dia? Por todas as pessoas importantes que você me privou de conviver?


_Que tal por eu ter te livrado dos Ishitar?


_Eu não os queria mortos! – ela urrou em fúria. – Longe de mim sim, mas NUNCA mortos!


_Será? – ela estava se sentido torturada por aquelas perguntas.


_É claro que não!


_E quando sua irmã morreu? Não sentiu alegria? Ela jamais seria comparada a você novamente. Você era a mais forte, você sobreviveu.


 


Renata estacou novamente. Helena. A loira e linda Helena. A inteligente e perfeita Helena Ishitar.


 


“Nunca será tão boa quanto sua irmã!”


“Por que será que ela não é bonita como a irmã?”


“Matérias inúteis! Não é boa em poções como Helena!”


“Uma vergonha, você é uma vergonha Renata!”


 


Lagrimas transbordaram. Ela nunca era boa... nunca. Helena era perfeita. Quando a loira apareceu morta, seus pais se livraram logo dela. Eles não tinham mais filha.


Ficara feliz em poder partir... ficara feliz com a morte de Helena?


 


_Então Renata? Confesse... você quis a morte da sua irmã.


 


 


“EU TE ODEIO HELENA! POR QUE VOCÊ NÃO DESAPARECE?”


 


Alguns meses antes da loira morrer, tiveram uma briga feia. Ela gritara com a irmã, queria que ela sumisse. Dissera que a odiava. Ficara feliz com a morte de Helena?


 


MERLIN! Essa pergunta a torturava! “Você ficou feliz com a morte dos Ishitar. Renata. Então talvez, não seja tão boa assim.”


 


Ela não agüentou. Deixou as lágrimas caírem livremente por seu rosto. Tremia tanto. Ela ficara feliz com a morte de Helena?


 


Voldemort sorriu. Conseguira abalar de vez a auror. Notava pelos olhos dela, o quanto aquilo a tinha afetado. Foi assim que seu olhar se voltou para Harry. O garoto estava olhando para ele com fúria, enquanto era segurado pelo lobisomem.


 


Ótimo. Liquidaria os dois, e depois, cuidaria de Renata. Quando avançava para o garoto, duas coisas aconteceram ao mesmo tempo. Um raio branco, e uma língua de fogo barraram seu caminho. Estreitou os olhos para quem o impedia.


 


Renata apontava a varinha para ele. Apesar de seu rosto estar marcado pelas lagrimas, o seu olhar era de puro ódio. Entretanto, outra pessoa se aproximava.


 


Lola. A garota tinha os punhos fechados, e os braços um pouco erguidos ao lado do corpo. Ela avançava, com seu olhar concentrado no bruxo, com Angélica e Gabriely atrás dela.


 


_Aquele.. aquele é o Você-sabe-quem? – sussurrou Angélica. O medo e o desespero eram evidentes em sua voz. – Merlin!


 


_Nem mais um passo em direção ao meu afilhado, Tom Riddle. – as meninas ouviram Renata dizer.


 


O bruxo a olhou com ódio.


 


_Como se atreve a me chamar assim?


_Esse é o seu nome.


_Eu não repetiria isso, se fosse você, Renata Ishitar Potter.


 


Renata lhe dirigiu um sorriso sarcástico. Nem por um segundo ela abaixou a varinha.


 


_Então fica combinado assim milorde, eu não o chamo de Tom Riddle e você não me chama de Ishitar. Que tal? – perguntou para ele como se tivessem fechando um simples negócio.


_Você é uma pessoa intrigante, Renata. Agora resolveu abdicar de vez o nome de seus pais? Não vê o que eu digo? Você os queria mortos...


_CHEGA! Essa tortura barata acaba aqui. Nem mais uma menção aos Ishitar. Vamos deixar as coisas bem claras: eu NÃO os queria mortos. Nenhum deles. E os meus pais são Cristopher e Samantha Potter! Espero que tenha entendido isso, Voldemort. – a voz dela saiu num sussurro letal.


 


Ele nada respondeu. Sua atenção se voltara para Lola. A garota estava perto o bastante, quase ao lado de Renata. E o encarava determinada.


A professora arregalara os olhos. O que aquela maluca estava fazendo aqui?! A língua de fogo fora ela quem fizera? Renata estreitou minimamente um dos olhos enquanto olhava para sua aluna preferida. Ela então dominara seus poderes? Interessante, muito interessante...


 


_Ora, ora, quem resolveu se juntar a festa? Harry Potter. – Renata arregalou os olhos ao ver o afilhado caminhando em direção a eles.


_HARRY! – ela gritara. Mas o garoto não a ouviria. Voldemort teria que mata-lo para tirá-lo de perto da madrinha. – NÃO SE ATREVA, VOLDEMORT. – E ela apontou a varinha diretamente para onde deveria ficar o coração dele.


 


Lola estreitou os olhos e a língua de fogo se transformara numa parede entre o bruxo e Harry.


 


_O que? – o bruxo começou a perguntar enquanto seu olhar se focavaem Lola. Amorena ergueu a varinha. – Quem é você, garota?


_Alguém sem importância. – respondeu ironicamente.


_Uma de suas brilhantes alunas, creio eu, não é, Renata?


 


Essa que até então não havia tirado os olhos dele, sorriu ironicamente, mas nada respondeu.


 


_Um brilhante talento garota... já pensou em ser uma de meus comensais? Seria grande...


_Não, mas obrigada pela oferta. – disse sarcasticamente. Embora mantivesse a parede de fogo, seus olhos ainda estavam castanhos. Lembrava perfeitamente das ordens de Dumbledore... ele não devia saber de seus poderes... iria quere-la como aliada... Merlin... ele já a chamara para ser uma comensal! E agora?


 


_Deixe a garota fora disso. E Harry também. Remo leve-os...


_Ora Renata, para que tirá-los da festa?


_Eu não saio daqui Renata. – disse Harry.


_Nem eu. – respondeu Lola. Angélica e Gabriely, que até então não haviam se mexido, concordaram com um aceno de cabeça.


 


Renata revirou os olhos. Jovens e inconseqüentes. Como ela e as amigas... como ela e os Marotos. Sirius...


 


_Nem se atreva a tentar atacar um deles, Voldemort. Sua conversa é comigo... – e ela lançou um breve olhar de advertência para Remo.


_Ora Renata, eu os deixo em paz... desde que você se una a mim. – respondeu ele com um sorriso maligno.


 


A auror apenas estreitou os olhos. Agora, sua concentração deveria ser ainda maior. Não podia permitir que algo acontecesse à Harry, e tampouco às meninas.


 


_Ora, mas que barganha admirável. Os meninos livres em troca do meu apoio incondicional? – notava-se o deboche claro na voz de Renata.


_Eu os deixo ir, Renata. – o sorriso dele também era debochado.


_Acho que, novamente, terei que declinar o pedido.


_Eu não faria isso. Afinal, seu amado afilhado está logo aqui.


_Não se atreva a fazer nada com a minha madrinha! – disse Harry se metendo na conversa.


_Harry, quieto. Deixe-os ir, Voldemort.


_Com seu apoio.


 


Renata revirou os olhos.


 


_Você é tão patético, Voldemort. – Renata comentou debochada. – Acha realmente que consegue uma barganha dessas?


_Eu sei o seu ponto fraco, Renata. – O ódio era evidente na voz dele. – Ou melhor, seus pontos fracos.


_E você realmente acha que eu não sei os seus? – Renata perguntou, de forma ainda mais debochada.


 


Voldemort a encarou. Não era possível que ela...


 


_Eu não tenho pontos fracos, Potter. – ele quase cuspiu.


_Se é o que sua mente perversa acha... Mas eu já aviso: eu sei seus pontos fracos, Riddle. E eu terei um prazer imenso de torturar você por conta deles.


 


Voldemort ergueu a varinha para a auror.


 


_Da mesma forma que seu padrinho e seu irmão, você fala demais, Renata. Não merece ser uma comensal.


_Graças a Merlin você percebeu isso!


_Eu vou acabar com você Potter, mas antes, vou destruir todos os que você ama.


 


Renata estreitou os olhos.


 


_Não faça promessas que não pode cumprir, Riddle.


_Como você se sentirá ao perder seu afilhadinho? Ou o resto de suas doces amigas? O lobisomem? Você já perdeu seu amado Sirius Black... – no instante em que disse isso, Voldemort foi arremessado para trás. O ódio era evidente na face de Renata. Seus olhos estavam laranja. O chão tremeu. Raios estouravam no céu. A auror ergueu a varinha ao mesmo tempo em que o bruxo apontava para seu coração.


 


Foi nesse instante que Dumbledore apareceu.


 


_Já chega Tom. – ele disse cansado.


_Ora, mas se não é o bom velinho. Veio se juntar a nossa festa?


_Já chega Tom. – repetiu Alvo, dessa vez com mais autoridade.


 


No exato instante, vários aurores e outros bruxos do Ministério aparataram no lugar.


 


Voldemort apenas voltou seu olhar para Renata e disse:


 


_Você vai se arrepender amargamente, Renata Ishitar.


_É isso o que nós vamos ver, Titio Voldie. – e o bruxo lhe lançou outro olhar maligno, antes de desaparecer do lugar.


 


Renata ainda tinha a pose desafiadora, que fazia Dumbledore se lembrar da garota impulsiva e corajosa, que chegará a Hogwarts com 16 anos.


 


_Parabéns Renata, você os manteve a salvo. – o diretor colocou a mão no ombro da auror e lhe deu um sorriso.


 


A morena passou a mão pelos cabelos e suspirou. Estava exausta. Quando abriu os olhos, Harry se jogou contra o corpo da madrinha e a abraçou.


 


_Meu amor. – disse ela, o abraçando também e deixando as lágrimas caírem livremente por seu rosto.


_Não faça mais isso Renata, não me deixe acreditar que posso perder você também.


 


Renata se separou dele e colocou as mãos em seu rosto. Olhou bem fundo nos olhos verdes do afilhado.


 


_Harry, haverá sempre essa possibilidade. Eu não desistirei de lutar para manter você a salvo. Você é a família que me resta e eu também não sei o que farei se vier a perder você. Mas, você tem toda uma vida pela frente, é tão jovem e já perdeu tanto. Eu lutarei até meu ultimo suspiro para te dar o futuro e a paz que você merece.


 


O garoto a abraçou novamente, dessa vez com mais força.


 


Remo observou a cena. Era tão bonito o amor dos dois. Os últimos Potter. Nesse momento, ele sentiu claramente que Tiago estava ali. Com sua irmã e seu filho. Sorriu e passou a observar as três garotas que também olhavam para a cena.


 


Angélica e Gabrielly tinham lagrimas nos olhos. Era tão palpável o amor de Renata e Harry. As duas sorriram.


Já Lola tinha um sentimento diferente. Era uma espécie de inveja... Será que algum dia alguém faria aquilo por ela? Sabia que a mãe sim, mas... sua mãe não teve coragem de largar aquele inferno, mesmo vendo o quanto aquilo a fazia sofrer... e Renata dizia que sacrificaria qualquer coisa pelo Potter... ela não pode deixar de sentir inveja.


 


Renata voltou seus olhos para suas alunas.


 


_O que as três estavam fazendo aqui? – perguntou um tanto quanto irritada.


_Estávamos no show. – respondeu Lola, um tanto petulante.


_Meu Deus, que coincidência horrível. – disse Renata. Mas seu olhar estava um tanto quanto duro. Lola parecia um terrível imã de problemas.


_Vamos levar as garotas para casa, Renata.  – disse Remo. – Depois teremos que conversar sobre isso.


_Certo. Remo, você...


_Eu as levarei, Renata. Creio que estão todas na casa da senhorita Lohan, não é? – perguntou o diretor. Lola acenou com a cabeça, enquanto as outras duas coravam.


_Certo. Lola... conversaremos em Hogwarts. – e por um instante, a menina viu um brilho de orgulho nos olhos da professora.


_Tudo bem. – e segurando na mão do diretor, as três aparataram.


 


_Por que deixou as garotas irem, Potter? Eu queria fazer perguntas... – disse o Ministro com raiva.


_Esse é meu trabalho, Ministro. Farei todas as perguntas que eu julgar necessárias. Mas, agora, vou levar meu afilhado embora.


_Mas...


_Nada de mais. Boa noite, professor Scrimgeour. – e aparatou com Harry.


 


~*


 


_Professor Scrimgeour? – perguntou Harry assim que chegaram ao apartamento de Renata.


 


A auror suspirou e se sentou no sofá.


 


_Rufus foi meu professor na Academia de Aurores. Um dos melhores. Na verdade, era meu professor favorito. Se não fosse por ele e tio Cris, eu não teria liderado um esquadrão logo que me formei.


_Você liderou um esquadrão logo que se formou? – perguntou o garoto surpreso.


 


Renata sorriu.


 


_Não só eu. Seu pai e Sirius também. Mas, meu esquadrão era o primeiro e o maior.


_Uau.


_Eu treinei a vida inteira para ser a melhor auror, Harry. Esse sempre foi meu propósito, minha meta. Me dediquei muito. E adorava o modo com Scrimgeour ensinava, ele era um ótimo professor. Não se engane, ele só deixou nós dois aparatarmos tranquilamente, porque eu fui uma de suas alunas preferidas. Ele me respeita, sabe que sou leal ao meu serviço. Por isso nos deixou ir, sem interrogá-lo. Sei também que ele foi atrás de você. Mas, não se engane. Ele sabe o que é certo... mas precisa de um garoto propaganda. A guerra muda as prioridades das pessoas, Harry. Nosso Ministro é um cara integro, mas está com outras prioridades no momento. Espero que o respeito que ele tem por mim o mantenha mais afastado de você. Farei o possível para que ele não o perturbe mais.  


_Não se preocupe com isso, madrinha.


 


Renata suspirou e, de olhos fechados, encostou a cabeça no sofá.


 


_Não há como não me preocupar. As coisas estão passando dos limites. Eu consegui enfurecer o babaca das trevas de vez. Tenho medo de como isso afetará os próximos acontecimentos. Eu preciso achar meu medalhão rapidamente.


_Onde está seu medalhão?


_Perdido. Em algum lugar da Grécia.


_E quando vamos atrás dele?


_Vamos? – repetiu Renata risonha. – Vamos não é uma opção, Harry. Você vai voltar para Hogwarts e terminar seus estudos.


_Mas...


_O problema é que não posso sair de Londres. Scrimgeour permitiu que eu ensinasse em Hogwarts, para poder ficar de olho em você. Ele não vai permitir que eu embarque para o continente sem uma boa explicação. E quanto menos gente souber desse Medalhão, melhor.


_É só você ir sem avisar, madrinha.


_Não é assim que as coisas funcionam, Harry. – e ela suspirou. – Não quero que o Ministro perca a confiança que tem em mim. Não sou muito de me importar com o que as pessoas pensam, mas a confiança e o respeito por mim o mantém relativamente longe de você. Além disso, não vou me ausentar de Hogwarts. Há muitas coisas acontecendo.


_Como os poderes da Lohan?


 


Renata encarou o afilhado sem nenhuma emoção no rosto.


 


_Você notou também. – era uma afirmação.


_Notei. Ela conseguia controlá-los.


_Pois é. E ela usou um pouco deles em batalha. Riddle notou. Preciso pensar em uma forma de mantê-lo longe dela também.


_Você está tentando fazer muitas coisas ao mesmo tempo, madrinha.


 


Renata sorriu.


 


_Esse era um dos meus problemas, segundo seu pai. Tentar abraçar o mundo com as mãos.


 


~*


 


Dumbledore aparatou com as três exatamente na porta da casa da tia de Lola.


 


_Preciso conversar com vocês, meninas. E com sua mãe e sua tia, Lola. – disse o diretor.


 


A garota concordou com a cabeça e tocou a companhia. Um barulho abafado e, um tempo depois, Victória abria a porta de olhos arregalados.


 


_Lola? Meninas? Oh meu Merlin, professor Dumbledore! – a tia falou tudo muito depressa.


_Como vai, Victória? Precisamos conversar.


 


A tia se afastou da porta e permitiu que eles entrassem.


 


_O que houve? – perguntou enquanto fechava a porta.


_Onde está Jaqueline? – perguntou Alvo.


_Estou aqui. – respondeu a mãe de Lola descendo as escadas. – O que está acontecendo?


_O show onde as meninas estavam foi atacado por Comensais.


_O QUE? – Perguntaram as duas ao mesmo tempo.


_Exatamente.


_Vamos, vamos, sentem-se. – Victória indicou o sofá. – Vou buscar algo para comermos, já volto. – e saiu apressada da sala.


 


Jaqueline tinha os olhos fixos em Lola. Procurava desesperadamente algum sinal que sua filha estivesse machucada. Suspirou ao notar que não havia nada diferente, a não ser um pouco de fuligem em seu rosto e seu olhar duro.


 


Esse era o maior medo dela. Que Lola se envolvesse na guerra. Pelo jeito, não havia mais volta. Sua filha já estava nela.


 


Victoria voltou um tempo depois e todos se sentaram com uma xícara de chá nas mãos.


 


_Certo, agora nos digam o que houve. – disse Jaqueline.


 


Todos encararam as meninas. Lola suspirou e começou a falar:


 


_Estava tudo normal. O show começou de forma tranqüila. A primeira banda tocou, tudo normalmente. Logo no começo da segunda banda, as explosões começaram. Uma gritaria, feitiços passando por cima das nossas cabeças e por fim, a Marca Negra. Eu pedi para as meninas ajudarem as pessoas a saírem, enquanto fui atrás do tumulto.


_LOLA! Quanta irresponsabilidade! Você faz alguma idéia do perigo que foi essa sua ação? Podia ter morrido! – Jaqueline estava furiosa.


_Mas não morri, não é? Eu sei me defender, mamãe, sei lutar.


_Lola, todos nós aqui sabemos do seu potencial. Mas, sua atitude foi errada. – disse o professor Dumbledore.


 


A garota nada respondeu.


 


_Você encontrou alguém? – perguntou o diretor.


_Um comensal. Mas, me livrei dele facilmente. – dando de ombros, fazendo pouco caso.


 


Jaqueline arfou. Sua filhinha irresponsável enfrentando um comensal. E dizendo que se livrou dele facilmente. Era demais para ela.


 


_De que forma você se livrou dele, Lorelay? – perguntou Alvo olhando bem nos olhos dela.


 


Lorelay. Ele lhe chamará de Lorelay. Seu verdadeiro nome. É, a coisa estava feia.


 


_Lorelay? – repetiu Angélica.


_É meu nome. – a garota de cabelos coloridos respondeu meio a contra gosto.


_Você ainda não me respondeu. – insistiu o diretor.


_Usando meus poderes. – ela sussurrou.


 


O diretor olhou para as chamas da lareira.


 


_Que poderes? – perguntou Victória.


_Lembra que eu disse a você que sua sobrinha era especial? – a tia concordou com a cabeça. – Lola exerce um domínio espetacular sobre o fogo. O controla da forma que bem entender. – e contou a elas sobre os poderes de Clarisse.


 


Jaqueline estava em choque. Angélica e Gabriely estavam de bocas abertas. Somando a isso, Dumbledore contou sobre as fadas.


 


_Meu Merlin, isso é demais para mim. – exclamou Jaqueline.


 


Lola olhou tristemente para a mãe. Ótimo, mais preocupação para ela. Já não bastava o tanto de problemas, agora ela tinha que acrescentar mais dificuldades a vida de sua mãe.


 


_Me perdoe, mamãe. Não queria lhe trazer mais problemas.


_A culpa não é sua, meu bem. Não me peça desculpas. Só me prometa pensar bem antes de agir, Lola. Não seja irresponsável.


 


Ela abraçou a mãe.


 


_Muito bem. Lola, eu vi que você usou um pouco de poder na frente do Lorde das Trevas.


_COMO É? VOCÊ-SABE-QUEM ESTAVA LÁ? – gritou Jaqueline se levantando. – Você é louca, Lola? Enfrentando-o? Quer que ele venha atrás de você? – perguntou sacudindo os ombros da filha.


_NÃO! Mas eu não podia deixá-lo ferir pessoas inocentes!


_O que ela quer dizer é que Lola estava defendendo Harry Potter. – disse Angélica. Porém, não havia o tom de deboche que ela sempre usava quando falava de Potter.


 


Jaqueline caiu sentada no sofá, novamente.


 


_Você vai precisar se controlar mais, Lola. – disse o diretor. – Não queremos que ele venha atrás de você.


_Eu sei. Mas, eu não podia deixá-los ferir pessoas inocentes. Aquelas pessoas não tinham como se defender.


 


O diretor sorriu para ela.


 


_Acho que vocês já podem ir dormir. Estão muito cansadas. – as três logo se puseram de pé e subiram.


 


_Você tem uma filha maravilhosa, Jaqueline.


_Eu sei professor. E muito irresponsável, também.


_Mas ela não deixa de ser especial. 

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