Ameaças



Ameaças
By surviana





Aviso: Todas as personagens do universo Harry Potter, assim como as demais referências a ele, não pertencem ao autor deste texto, escrito sem nenhum interesse lucrativo, mas a JKR.

Por favor, não me processem! Só peguei emprestado para me divertir e divertir os outros!





As férias de Natal terminaram e Hermione estava de volta a Hogwarts. No momento, estava na sala comunal com Rony, ambos chocados pelo que Harry havia acabado de dizer sobre Snape querer apitar a partida de quadribol contra a Lufa-Lufa. Mais um motivo de dias de preocupação. Se o professor havia tentado matar Harry somente como expectador, o que poderia fazer estando voando com o Harry?

- Não jogue!

- Diga que está doente – aconselhou Rony.

- Finja que quebrou a perna.

- Quebre a perna de verdade – insistiu Rony.

- Não posso. Não temos apanhador de reserva. Se eu fujo, Grifinória não vai poder jogar – Harry respondeu frustrado.

O barulho de um tombo na entrada do buraco do retrato da Mulher Gorda desviou a atenção dos três para lá. Neville tinha as pernas grudadas pelo Feitiço da Perna Presa. Hermione ficou de pé num salto e fez o contrafeitiço.

- O que aconteceu?

Neville contou como Malfoy o havia encontrado e lançado o feitiço sem que ele pudesse se defender.

- Vá procurar a Professora McGonagall! Dê parte dele!

- Não quero mais confusão – o garoto murmurou.

Hermione sentiu seu sangue ferver por dentro. Aqueles sonserinos a faziam ter náuseas. Como podiam ser tão insuportáveis a ponto de fazer mal a um garoto como Neville, que nem ao menos sabia lançar um feitiço eficiente para se defender? Bando de nojentos! Mas ela não ia deixar assim. Neville tinha sido o primeiro amigo que fizera quando chegara a Hogwarts. Tomaria para si as dores dele e falaria pessoalmente com a professora Minerva.

- Encontrei! Encontrei Flamel! Eu disse a vocês que tinha lido o nome dele em algum lugar. Li-o no trem a caminho daqui. Escutem só isso: O Professor Dumbledore é particularmente famoso por ter derrotado Grindelwald, o bruxo das Trevas, em 1945, e ter descoberto os doze usos do sangue de dragão, e por desenvolver um trabalho de alquimia em parceria com Nicolau Flamel.

Harry, Rony e Hermione acabaram finalmente por descobrir o que o cachorro estava guardando. Quando ela foi dormir muito mais tarde naquela noite, sua opinião sobre Snape tinha triplicado para três vezes pior. Ouro e imortalidade! Isso encheria os olhos de qualquer pessoa, mas justificava o fato de tentar matar para consegui-los?

Quanta sordidez para uma pessoa só! Desejar riqueza material e elixir da vida ao ponto extremo de perder a própria ética para isso. Como uma pessoa poderia viver em paz sabendo que matou e roubou para conseguir essa eternidade e riqueza? Deitar a cabeça no travesseiro e fechar os olhos sem que as imagens dos inocentes que destruiu viessem na sua cabeça atormentá-lo. Mas esses pensamentos atormentariam qualquer pessoa de consciência pura, não um bruxo das Trevas. Então para Snape não devia ser difícil dormir a noite, mesmo depois de ter tentado matar alguém ou roubar o que não lhe pertencia.

Aqueles bruxos da Sonserina eram mesmo pessoas vis. Graças a Deus que não fiquei naquela casa horrorosa! E coitadinho do Neville, aquele Malfoy era o protegido do Snape porque certamente seguiria seus passos no caminho da maldade. Amanhã mesmo o denunciaria para a professora McGonagall. Agora teria que dormir e pensar em possibilidades prováveis de conseguirem evitar que Snape roubasse a Pedra Filosofal, e também nos argumentos para convencer Neville a fazer a denúncia contra Malfoy. Se ele continuasse recusando, o jeito era ela mesma fazer isso.




- Vamos, Neville, o Malfoy não vai poder fazer nada contra você! – Hermione continuava tentando convencer Neville, quando saíram da sala de aula de História da Magia. Mas o garoto tremia só de pensar na possibilidade.

- Não quero, Hermione. Ele pode me encontrar de novo sozinho em algum lugar e dessa vez me lançar uma maldição imperdoável! – respondeu o garoto com a voz chorosa.

- Ele não vai lançar nenhuma maldição imperdoável em você, Neville. Ele não tem coragem, nem inteligência suficiente para isso!

- Como você pode saber, Hermione?

- Porque já li sobre isso, Neville. Uma pessoa somente lança uma maldição se tiver vontade suficiente para machucar a pessoa atingida, e nenhum garoto de onze anos carrega uma carga tão pesada de ódio dentro de si. E quanto a alguma simples azaração, posso lhe afirmar que pelo desempenho do Malfoy nas aulas, ele sequer sabe a teoria de qualquer azaração que seja, muito menos praticar o feitiço.

Neville considerou um pouco a observação de Hermione e decidiu que ela devia mesmo estar certa, afinal ela não era a garota mais inteligente que ele conhecia?

- Tudo bem, Hermione... Vou com você procurar a professora McGonagall. Mas você diz que presenciou a cena, assim eu só tenho que confirmar.

Hermione suspirou aliviada. – Certo, Neville.

E os dois seguiram até a sala dos professores, bateram na porta e aguardaram ela ser aberta. Era a professora Sprout quem os recebia. Hermione anunciou:

- Boa tarde, professora Sprout. Nós precisamos conversar com a professora McGonagall.

- Tudo bem, queridos, vou chamá-la. Esperem aqui, por favor. – E sumiu por detrás da porta novamente.

Após alguns minutos de espera, a diretora da Grifinória seguiu com eles até seu escritório para poderem conversar mais à vontade, pois eram alunos de sua própria Casa.

- Muito bem, senhorita Granger e senhor Longbottom, o que desejam?

- Nós temos uma queixa para fazer, professora – Hermione começou a contar. – Eu e o Neville, ontem à noite, estávamos voltando da biblioteca quando fiquei um pouco para trás para apanhar o trabalho de História da Magia que eu tinha esquecido na mesa. Quando voltei ao corredor onde o Neville havia ficado, vi quando o Draco Malfoy o enfeitiçou pelas costas. Ele lançou o Feitiço da Perna Presa nele e foi embora às gargalhadas.

- Tem certeza disso, senhorita Granger? A senhorita viu que foi mesmo o Malfoy quem lançou a azaração no Longbotton?

- Tenho sim, professora, e o Neville nem queria vir aqui contar para a senhora de tanto medo que ficou do Malfoy. Afinal, o Neville ainda não aprendeu como se defender, e o Malfoy sabe disso.

- Sei que ele sabe, senhorita Granger; todos podem perceber nas aulas o quanto o Longbotton anda atrasado em relação as matérias. Mas mesmo que acompanhasse a turma, ainda não estudaram contrafeitiços, a senhorita é que é aplicada. – Deu um raro sorriso à aluna ao dizer isso. – Mas tenho que informá-los que não posso punir um aluno de outra Casa se ele não for pego em flagrante, portanto os dois terão que procurar o diretor da casa de Sonserina e informá-lo do ocorrido, cabe ao professor Snape decidir o que fazer.

Hermione sentiu Neville estremecer ao seu lado.

- Mas a senhora mesmo não podia conversar com ele, professora? – Hermione tentou.

- Não, senhorita Granger. Somente posso assegurar-lhe que isso será discutido na próxima reunião de professores, afinal o corpo docente de Hogwarts zela pela harmonia entre as Casas. Mas quanto a reclamações e punições distribuídas a alunos que não foram pegos em flagrante, somente os próprios diretores da Casa a qual os próprios pertencem, podem resolver.

Hermione assentiu com a cabeça, mas seu olhar demonstrou o quanto estava desapontada. Ir conversar com o Snape? Era loucura, e se ele tentasse matá-la? Neville interpretou o olhar de Hermione com o mesmo sentimento que tinha dentro de si: medo.

- Melhor esquecermos isso e voltar a sala comunal, Hermione. O Snape protege o Malfoy. Se formos lá, ele vai descontar pontos da gente e ainda vai dizer que nós que o enfeitiçamos!

- Mas se você não procurar ajuda, o Malfoy nunca vai parar de te atormentar, Neville!

- Ele não vai parar de qualquer maneira, Hermione. O Malfoy é da Sonserina, ele é mau de nascença. Esquece isso.

- Não vou esquecer, Neville. Você sofreu uma covardia e isso não pode ficar impune. E se tivesse acontecido algo mais grave com você? Se ele já fosse capaz de lançar uma azaração poderosa? Você é indefeso demais para revidar, e o Malfoy não pode se aproveitar de seus pontos fracos. Eu não vou deixá-lo impune.

- Como você fala bonito, Hermone. Só precisava dizer que sou covarde.

- E você também, tire isso de sua cabeça. Sabia que há poder em nossas palavras? Se você nunca parar de chamar a si próprio de covarde, nunca deixará de ser um! Não quero mais ouvir você dizer isso, entendeu?

- Certo, Hermione... Mas mesmo assim.... eu não... ee-uu – gaguejou Neville. – Eu não vou denunciar o Malfoy para o Snape.

Hermione encarou-o, indignada. Quanta covardia! Todas suas palavras em vão? – Não vai?

Neville baixou a cabeça. – Desculpe, Hermione, mas é o Snape... ele me dá... me dá... medo.

- Muito bem, Neville. Quando você crescer, vai saber que não se deve ter medo de ninguém, porque você próprio pode ser maior que qualquer um. É uma pena que você continue se considerando um fraco. Eu vou sozinha falar com o professor Snape. Afinal, alguém tem que fazer alguma coisa pelos mais “necessitados”.

E Hermione deu as costas e se foi, trotando pelos corredores, deixando para trás um Neville ainda assimilando sua última frase. A caminho da sala de Poções, os cabelos da sua nuca ficaram em pé ao imaginar Snape obrigando-a a tomar uma poção venenosa ou lhe lançando um feitiço fatal. Paralisou no corredor das masmorras. Volte, Hermione, volte! pensou. Chegou a dar um passo para trás, até que uma frase dita em uma das noites que as garotas de todas as turmas da Grifinória se reuniam ao redor da lareira para conversarem, invadiu sua lembrança:

- O professor Dumbledore é um grande bruxo. É a única pessoa em toda a comunidade bruxa que Você-Sabe-Quem temia. A aura de poder que o rodeia supera a de qualquer bruxo da atualidade.

Recompôs a postura e caminhou decidida em direção a porta.




Snape havia encerrado sua última aula do dia com a turma de N.O.M.s do ano corrente. Uma aula dupla de Sonserina e Corvinal. Alunos de bons níveis, talvez nesse ano Hogwarts tivesse alguém de destaque que conseguisse nota suficientemente alta para os N.I.E.M.s, e pudesse seguir uma carreira promissora quando terminasse a escola. As redações sobre patronos estavam espalhadas sobre a escrivaninha. Com um aceno da varinha, ele as arrumou empilhadas, e seguiu até o armário de ervas para conferir se algum dos ingredientes precisava ter seu estoque renovado. Uma das ervas chamou-lhe atenção, o visgo do diabo. Lembrou-se do dia que esteve no Beco Diagonal com a aluna da Grifinória, Hermione Granger. Ela tentou tocar em um dos tentáculos do visgo, e foi uma sorte ele ter reparado nela naquele momento. Para qualquer pessoa, seria fatal, ainda mais uma garota.

Uma batida na porta interrompeu bruscamente seu pensamento. Sobressaltado pelo barulho inesperado, o vidro com o visgo espatifou-se no chão da sala.

- Droga. Reparo!quem será o imbecil que esqueceu seu material? - Entre.

Com a expressão enfadonha, esperou a porta do recinto se abrir, mas a pessoa que entrou não tinha idade suficiente para estar numa turma de N.O.M.s. Era a primeiranista da Grifinória, Hermione Granger. Mas será que essa garota nasceu com Oclumência máxima impregnada em si? Ela olhou um instante ao redor da sala, até deparar-se com ele próximo ao armário dos ingredientes. Seus olhos se encontraram por um breve momento, até que Snape desviou os seus para o armário, ocupando-se em pôr o frasco de volta ao lugar.

- O que quer, senhorita Granger?

- Com licença, professor Snape. Desculpe incomodar, mas preciso conversar com o senhor sobre um dos alunos de Sonserina.

- Por que não procurou sua própria diretora?

- Eu procurei, claro, professor. Ela mesma me aconselhou a vir procurá-lo. Tenho uma queixa a fazer de um de seus alunos, mas infelizmente ele não foi pêgo em flagrante por nenhum professor, então eu...

- Tem que falar com o diretor da Casa do próprio aluno. Conheço as regras da escola, Granger, não precisa recitá-las para mim.

- Desculpe, eu...

- Vá direto ao ponto, senhorita Granger. Não tenho o dia todo para ficar ouvindo seus pedidos de desculpas a cada cinco segundos.

Hermione mexeu-se incomodamente por estar falando apenas com as costas de alguém. Mas era melhor acabar logo com aquilo.

- Bem, professor... O Neville Longbotton foi atacado pelo Malfoy no corredor na biblioteca.

- E? – Snape perguntou irritado.

- E, que ele tem que ser punido! Afinal o Neville ainda não sabe se defender sozinho, senhor – Hermione respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- E o que a senhorita tem a ver com isso?

- Eu... eu.... – Hermione gaguejou.

- Deixe-me explicar alguns pontos, senhorita Granger, que acho que ainda não conseguiu perceber sozinha – Snape disse impaciente, mas continuou re-arrumando os frascos no armário e não virou-se para ela em nenhum momento. – Primeiro: o Neville Longbotton não sabe se defender porque é um dos piores cabeças-ocas para quem dei aula em toda minha vida docente. Segundo: o mundo é dos mais espertos. Enquanto houver um imbecil no mundo, os mais espertos sempre terão diversões. E terceiro e último: se quer tanto ajudar seu amiguinho covarde, deveria incitá-lo a enfrentar seus medos e não ficar se escondendo por trás de uma menina metida a salvadora.

Os olhos de Hermione se encheram d’água sem que ela mesma se desse conta. Sua raiva e indignação estavam palpitando dentro de si, corroendo seu raciocínio, e o resultado disso foi que não conseguiu encontrar uma resposta a altura para contestar a grosseria do professor. Passaram alguns segundos de um silêncio incômodo, até que Snape, no limite de sua tolerância, resolveu quebrá-lo:

- Algo mais a dizer, senhorita Granger?

- Sim, professor. Eu realmente tive uma impressão errada do senhor, não sei por que insisti em pensar que o senhor era um homem justo. Desculpe ter tomado seu tempo com essa bobagem, e antes que mais uma vez me destrate, preciso dizer que o senhor me decepcionou profundamente. Uma pena que não me ache importante suficiente para me olhar, senão poderia enxergar através dos meus olhos o quanto lamento profundamente por ter me enganado ao desprender-lhe elogios e pensamentos felizes.

Hermione disse tudo isso num só fôlego, talvez porque se pausasse para respirar perceberia que fôra longe demais. Assim que concluiu, caminhou em direção a porta. Ela fechou-se violentamente quando ela aproximou-se. Um tremor passou por seu corpo, indicando que agora sim devia ter medo. Virou-se lentamente na direção do professor. Dessa vez ele a olhava diretamente em seus olhos com uma expressão simplesmente furiosa.

- O que uma garota de doze anos pode ter a dizer sobre alguém como eu? O que sabe sobre a vida, sobre o mundo, sobre as pessoas, senhorita Granger? Acha que é uma escolinha onde aprende teorias se matando de ler? Dez pontos serão descontados da Grifinória por pensar que pode julgar as pessoas que nem ao menos conhece. Agora suma da minha frente!

A porta foi aberta novamente no breve período de tempo que Hermione viu os olhos negros do professor faiscarem em sua direção. Se pudesse ver os seus próprios, teria enxergado o terror que passou por eles quando lembrou que ali a sua frente estava um bruxo das Trevas com sede de riqueza e imortalidade. Saiu correndo da sala, e só parou para respirar quando já estava no mínimo três andares acima do lugar onde Snape ficou. Encostou uma mão na parede para se segurar e recuperar o fôlego, dois alunos da Corvinal passaram por ela e perguntaram se havia acontecido alguma coisa. Hermione negou com a cabeça e seguiu em direção a torre da Grifinória; tinha muito o que lamentar quando encontrasse suas cobertas.




Assim que os passos corridos da garota se afastaram, Snape segurou-se na mesa para manter o equilíbrio. Insolente! Quando, desde que se entendia como gente, alguém falou com ele dessa maneira? Decepcionar alguém? O que alguém com doze anos de idade poderia saber sobre decepções? Aquela garota insuportável havia extrapolado os limites do respeito professor-aluno que eram impostos na escola. Se não tivesse ficado chocado com aquelas afirmações, talvez tivesse tido tempo de aplicar-lhe uma detenção. Um corretivo perfeito para pessoas que se achavam donos da razão. Colocaria algumas de suas reais decepções na penseira, e a obrigaria a entrar lá e assistir cada uma delas, sentindo na pele o que realmente significa decepcionar alguém.

Talvez em uma de suas piores lembranças ela pudesse se dar conta que a decepção que ela diz ter sofrido na pessoa dele não chegava aos pés da qual a única mulher que sabia entendê-lo passou. Mas o que o tirou do sério foram as palavras que ela usou, quase as mesmas que sua mãe, vinte anos atrás lhe dissera:

- O que é isso no seu braço? O que você fez, Severo? O QUE VOCÊ FEZ! Como pôde me decepcionar dessa forma? Pensei que cresceria e seria um homem honrado... um homem justo! OLHE PRA MIM! Se olhar agora em meus olhos enxergará o quanto me enganei em imaginar momentos felizes no seu futuro!

A lembrança se partiu quando Snape não conseguiu segurar-se na mesa e escorregou até o chão, soltou um urro de frustração de sua garganta e cerrou os punhos batendo com eles no chão até que não os sentisse mais. O vidro com o visgo novamente se espatifou, dessa vez pela mágica involuntária que emanava do corpo do professor. Cerrou os dentes fortemente, viu suas mãos sangrando pela força com que as próprias unhas penetraram na pele. A respiração pesada fazia seu peito subir e descer desordenadamente, e o frio do piso das masmorras não deixaram o arrepio que sempre acompanhava a lembrança de sua mãe abandonar sua pele.

Muito tempo depois, se deu conta que não adiantava remoer o passado. Mas a presença daquela grifinória estava fazendo suas lembranças virem à tona de lugares que ele achava que estivessem para sempre afogadas. Primeiro era lhe apareceu com olhos idênticos ao da pessoa de uma de suas lembranças que ele considerava quase não ter existido. Agora ela também aparecia inesperadamente, e despachava sobre ele palavras que evocavam mais uma de suas lembranças desagradáveis.

Seus pensamentos mais perturbados sobre as constantes voltas ao passado que sua mente dera nos últimos meses, foram afastados quando se lembrou nitidamente do olhar que ela lançou-lhe no breve momento que ele sustentou o olhar dela. Naqueles olhos que conhecia tão bem a cor, havia medo. Não um simples medo, era um olhar aterrorizado, um olhar de quem tinha certeza que sua vida acabaria naquele momento. Ele já havia visto olhares assim, e todos em pessoas que não podiam mais implorar, somente aceitar o que estava por vir. E esse olhar que Hermione lhe lançou trouxe sua mente de vez para o presente. Agora ele tinha que descobrir porque ele, Severo Snape, despertaria tanto terror em uma pessoa.




N/A: Obrigada pelos reviews! Espero que continuem recebendo cada capítulo com carinho.

Os seguintes diálogos pertencem à história original:
- Não jogue!

- Diga que está doente – aconselhou Rony.

- Finja que quebrou a perna.

- quebre a perna de verdade – insistiu Rony.

- Não posso. Não temos apanhador de reserva. Se eu fujo, Grifinória não vai poder jogar.
- Que aconteceu?
- Vá procurar a Professora McGonagall! Dê parte dele!

- Não quero mais confusão – o garoto murmurou.

- Encontrei! Encontrei Flamel! Eu disse a vocês que tinha lido o nome dele em algum lugar. Li-o no trem a caminho daqui. Escutem só isso: O Professor Dumbledore é particularmente famoso por ter derrotado Grindelwald, o bruxo das Trevas, em 1945, e ter descoberto os doze usos do sangue de dragão, e por desenvolver um trabalho de alquimia em parceria com Nicolau Flamel.

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