Beco Diagonal



Beco Diagonal
By surviana




Aviso: Todas as personagens do universo Harry Potter, assim como as demais referências a ele, não pertencem ao autor deste texto, escrito sem nenhum interesse lucrativo, mas à JKR.

Por favor, não me processem! Só peguei emprestado para me divertir e divertir os outros!





Ela se surpreendeu um pouco. Um desconhecido querendo conversar sobre sua filha? Hermione era um amor de pessoa, não poderia ter feito nada para que alguém viesse tão cedo querer conversar sobre ela. Voltou à realidade quando o Sr. Granger postou-se ao seu lado, procurando saber o motivo da demora à porta.

- Ah entre, por favor. Desculpe-me, mas esperava qualquer assunto, menos a Hermione. - Virou-se para o Sr. Granger. – Esse senhor diz querer conversar conosco sobre a nossa filha.

- Nada sério, eu espero? – disse o Sr. Granger, estendendo a mão que Snape apertou gentilmente.

O Sr. Granger indicou um sofá na sala mais adiante.

- Sim, na verdade o assunto é extremamente sério. Eu sou professor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts e estou aqui para informar-lhes que a senhorita Granger tem uma vaga garantida em nossa escola.

O casal se entreolhou.

- Como? – O senhor Granger tomou a dianteira da conversa.

Severo respirou fundo para recuperar o auto-controle. Como era difícil lidar com pessoas ignorantes.

- Eu sou professor da Escola de Magia e Bruxaria Hogwarts, e vim informá-los que a filha dos senhores é uma bruxa e deve ser educada como tal. Essa é a melhor escola de bruxaria da Europa, e ela será muito bem educada pelo nosso corpo docente.

- Isso é alguma piada, senhor Snape? Nós somos duas pessoas muito ocupadas para perdemos nosso tempo com bobagens desse tipo. Muito me admira o senhor, um homem formado, vir até aqui nos dizer um absurdo desses.

- Eu vou desconsiderar sua última fala por estar no meio trouxa e em sua residência. Mas me diga, senhor Granger, nunca estranhou alguma atitude de sua filha?

- Por acaso andou escutando sob nossa janela, senhor Snape? Posso chamar a polícia por isso...

Severo sacou sua varinha e apontou para o telefone.

- Nem pense nisso – sibilou Snape, com a voz suave – Não tenho autorização para fazer magia na frente de trouxas, mas abro uma exceção para vocês.

A Sra. Granger postou-se atrás do marido e cochichou em seu ouvido.

- Deve ser algum louco. Se soubesse não teria aberto a porta. Desculpe, Allan.

Snape ergueu as sobrancelhas em sinal de impaciência. - Podem chamar a filha de vocês? Ela aceitará o fato com muito mais naturalidade. É uma igual, absorverá a informação muito mais rápido.

- O que você quer com nossa filha. Seqüestrá-la? Por acaso é um assassino sanguinário? Quer dinheiro? O cofre fica atrás da pintura no escritório. Leve tudo, mas deixe nossa filha em paz!

Severo chegou ao limite de sua paciência. Mais que trouxas estúpido! Sou um bruxo e vou agir como tal, Dumbledore que me perdoe. Elevou a varinha alguns centímetros e acenou levemente. Os olhos do senhor e senhora Granger saíram de focos por alguns instantes e voltaram a brilhar intensamente em seguida.

- Ah, senhor Snape, desculpe a distração. Querida, vá buscar a Hermione, o senhor Snape não tem o dia todo; é um homem ocupado. A escola é ótima e ela com certeza vai adorar. – A mulher imediatamente encaminhou-se para as escadas e sumiu para andar superior. – Aceita uma água ou um chá?

- Não, obrigado. - Severo esperava impaciente a senhora Granger voltar com a garota. Quanto tempo perdido.

Ouviu passos na escada e virou-se naquela direção. A senhora voltara acompanhada de uma garota. Ela tinha os cabelos castanhos muito cheios e os dentes da frente um pouco grandes. Não tinha um ar infantil, apesar de ter apenas onze anos de idades. Deu um belo sorriso para ele e o olhou diretamente nos olhos. Ele sentiu uma luz se acender no fundo da sua mente e seu estômago esfriou. Os olhos dela eram de um tom de mel inconfundível. Não conseguiu retribuir o sorriso, piscou os olhos ao ouvir a voz do senhor Granger.

- Nossa filha Sr. Snape, Hermione Granger. Filha esse é o professor Severo Snape.

- Muito prazer, professor. – Ela ainda mantinha o sorriso no rosto e os olhos pregados nos dele. Severo fez um esforço e entrou em sintonia com seu eu novamente.

- O prazer é meu, senhorita Granger. Tenho uma carta para entregar-lhe.

Severo retirou do bolso do paletó um envelope grosso e pesado, feito de pergaminho amarelado e endereçado com tinta verde. Hermione apanhou-o da mão dele, e viu um lacre de cera púrpura com um brasão: um leão, uma águia, um texugo e uma cobra, circulando uma grande letra “H”. Virou-o e viu o seu nome escrito.

Srta. Hermione Jane Granger

Rua de Saint Ângelo 7

Notting Hill

Londres


- Quem enviou? Por que veio entregar pessoalmente?

- Hermione querida, o professor Snape veio até aqui oferecer-lhe uma vaga em sua escola para você – a senhora Granger explicou à filha.

- Uma vaga? Mas... Não é muito comum os professores virem até a casa das pessoas oferecer-lhes vagas nas suas escolas.

Muito mais perspicaz que os pais. – Snape pensou.

- Sugiro, srta. Granger, que abra a carta e leia. Pouparia tempo para explicações posteriores.

Hermione voltou novamente sua atenção para o pergaminho em sua mão. Abriu-o. Cada linha que seus olhos percorriam, seu queixo caía um pouco mais.

Escola de Magia e Bruxaria Hogwarts

Diretor: Alvo Dumbledore

(Ordem de Merlin, Primeira Classe, Grande Feiticeiro, Bruxo Chefe, Cacique Supremo, Confederação Internacional de Bruxos)


Prezada srta. Granger,

Temos o prazer de informar que V.Sa. tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários.

O ano letivo começa em 1º de Setembro. Aguardamos sua confirmação pelo professor destinado.

Atenciosamente,

Minerva McGonagall

Diretora Substituta


Hermione leu o pergaminho duas vezes para assimilar o que significava, olhou também uma vez para o anexo onde listava os materiais necessários e livros.

Severo notou que a garota levou um tempo muito curto para isso. Agora começam as perguntas. Continuou olhando-a, esperando a reação.

- Então quer dizer que algumas das coisas estranhas que fiz eram porque sou uma bruxa? – Ele confirmou. – Uau! E o senhor também é um? – Nova confirmação. – Pode fazer uma demonstração?

- Nós, os bruxos, somos educados na melhor escola de bruxaria que existe atualmente para nunca usar magia em frente a trouxas.

- O que são trouxas?

- São as pessoas não mágicas. Seus pais, por exemplo.

Hermione se decepcionou.

- Mas... E como vou saber se isso não é alguma peça que querem me pregar?

- Eu acredito, srta. Granger, que não tenho cara de humorista.

O senhor e senhora Granger não gostaram do tom ríspido dele ao pronunciar essas palavras. Hermione pareceu não notar sua irritação.

- Claro que não tem. Mas não espera que eu acredite do nada que sou uma bruxa, somente porque está me dizendo. Não o conheço para saber se está falando a verdade. Portanto, gostaria que me convencesse com uma demonstração, mas claro, se não puder, pode levar sua carta de volta.

Ela o fitou calmamente. Não conseguiu premeditar sua resposta porque, simplesmente, o rosto dele não esboçara nenhuma alteração. Interiormente, Severo Snape estava surpreso. Que mente afiada. Sacou sua varinha novamente, olhou ao redor e avistou uma bíblia em cima da mesa de centro. Apontou a varinha para ela e murmurou uma palavra que Hermione não conseguiu ouvir. Um segundo depois, um gato preto com horripilantes olhos amarelos saltou para junto dela e soltou um miado forte.

Os pais de Hermione olhavam-no assombrados. Ela somente sorria.

- Quando compramos os materiais?

- Hoje mesmo, senhorita. Só preciso acertar alguns valores com seus pais e iremos, apenas nós dois, comprá-los.

Seus pais fitaram-na, surpresos.

- Você... você vai querida? Isso não... não... não a assustou?

- Claro que não, pai. É fascinante! Não percebeu? Sou uma bruxa! Posso fazer mágica!

- Mas... isso não é perigoso, filha?

- Mãe? Você não ouviu o que o professor Snape disse? Vou para a melhor escola de bruxaria que existe! Somos educados lá. Já ouviu falar de bruxos de verdade antes? Eles devem ter leis protegendo-os. É claro que é seguro! Eu vou. Pai, você pode acertar com o professor Snape os valores? Vou me trocar, professor, e em cinco minutos estarei pronta.

Subiu as escadas correndo. Pôs um jeans leve e uma blusa branca com flores. Uma jaqueta jeans também, e tênis nos pés. Sou uma bruxa... Que maravilha! Hoje é o dia mais feliz da minha vida!

De volta a sala, encontrou seu pai e o professor acertando os últimos detalhes. Sua mãe ainda tentou uma ultima vez.

- Tem certeza, filha? Seu pai e eu selecionamos algumas excelentes escolas; você iria adorar.

- Não quero, vou adorar essa.

Despediu-se deles e saiu com Severo. Começou a bombardeá-lo com perguntas, a maioria delas para saber se o Mundo Mágico era igual nos filmes e desenhos animados trouxas. Severo, pra lá de irritado, respondia com monossílabos, e parecia que seu vocabulário só tinha duas palavras: sim e não. Mesmo assim ela não desanimava.

- E qual matéria o senhor ensina, professor Snape?

- Poções.

- Poções? Aquelas que as bruxas mexem caldeirões fumegantes com uma colher comprida?

- Não, senhorita Granger. Aquilo não são poções. Pare com essas comparações tolas. Cozinhar uma poção é muito mais complexo do que dar mexidinhas em caldeirões. As poções são fórmulas complexas que exigem atenção total ou resultam em lixo.

- Ah sim. Acho que vai ser uma de minhas matérias preferidas. O senhor parece ser um ótimo professor.

- Não devia fazer julgamentos por aparências, senhorita.

- Não, claro que não, senhor. Mas acontece que foi uma das poucas respostas completas que me deu. Falou sempre por monossílabos.

- E porque a senhorita chegou à conclusão que sou um bom professor tão rápido, e não de que estou detestando ouvi-la perguntar algo a cada cinco segundos? Não consegue ficar calada?

- Desculpe, professor... Mas acontece que eu acho que se o senhor veio até aqui para me apresentar ao mundo da magia, deveria fazer isso à fundo, afinal o senhor não me parece o tipo de pessoa que faz algo relaxadamente. Também acho que quem pediu para o senhor vir até aqui não vai gostar de saber que não me disse quase nada.

- Escute, senhorita Granger. Vim até aqui somente cumprir uma obrigação e é isso que farei, quando aceitei a tarefa não estava descrito que teria que aturar suas perguntas. Portanto, somente respondo se achar conveniente.

Ela baixou os olhos.

- Sim, senhor.

Pegaram o metrô para o centro de Londres e caminharam pelas ruas movimentadas. Hermione caminhava ao lado de Severo, por duas vezes abriu a boca para perguntar alguma coisa, pensou melhor e desistiu. Ele ao menos a olhava, caminhava sem olhar para os lados. Aquele professor era muito mal humorado.

- Chegamos, senhorita.

Hermione contemplou a fachada do Caldeirão Furado, e se distraiu olhando as pessoas ao redor; estavam vestidos com roupas engraçadas. Ela virou-se para perguntar ao professor Snape porquê, e se surpreendeu ao notar que o terno que ele estava vestido havia sumido, e agora usava uma longa veste negra e uma capa também preta, esvoaçante.

- É assim que nos vestimos?

- Não acha que é alguma fantasia, senhorita Granger? Acredito que não é época do carnaval no seu bairro.

Que senhor mais grosso. Será que não tinha um professor mais bem educado na escola? Será que todos os bruxos são assim?

Dirigiram-se aos fundos do bar, um pátio sujo com algumas latas de lixo.

- Memorize, senhorita. A próxima vez virá sozinha.

Ele contou os tijolos na parede, bateu com a varinha três vezes e Hermione memorizou o tijolo que ele bateu. Um buraquinho surgiu no centro e se alargou para dar espaço ao arco de entrada. O Beco Diagonal. Hermione virava a cabeça para todos os lados, admirando cada uma das lojas. Na vitrine da Floreios e Borrões, ela estancou.

- Senhorita Granger, pretende assaltá-la? Primeiro o banco, vamos. Temos que trocar seu dinheiro trouxa.

Pararam em frente ao prédio tortuoso do Gringotes. Entraram no saguão e Severo retirou uma chavinha dourada do bolso de suas vestes, entregou-a, juntamente com o dinheiro que o Sr. Granger lhe dera, ao Duende no balcão.

- Duendes! Eles existem!

- Também os viu em desenhos animados, senhorita Granger?

- O que tem contra os desenhos animados, professor?

- Ainda não estamos na Escola, senhorita Granger, mas sugiro que responda com educação quando lhe perguntar algo. Sou seu superior e não costumo ser muito tolerante – disse tudo isso sem olhá-la.

- Desculpe, senhor, eu...

- Só não esqueça, senhorita.

Hermione baixou a cabeça envergonhada. Se o professor que foi buscá-la não tinha gostado dela, quanto mais os outros bruxos? Talvez devesse desistir de ir para essa escola. Talvez seu mundo fosse mesmo ao lado de seus pais.

O duende entregou-lhe um saquinho de dinheiro com muitas moedas. Ela examinou-as, mas não reconheceu como dinheiro de nenhum país que já havia visitado com seus pais.

- Dinheiro bruxo. As moedas de ouro são galeões, e dezessete moedas de prata, que se chamam sicles, formam um galeão. Vinte e nove moedas de bronze, chamadas nuques, fazem um sicle.

- Obrigada.

Voltaram a andar pelas ruas. Hermione observava-o pelo canto dos olhos, mas ele parecia concentrado em observar as pessoas na rua e nunca cruzava seu olhar com o dela. Será que é impressão minha ou ele evita me olhar? Novamente o observou, ele parecia nem notá-la.

Primeiro, visitaram a loja onde compraram seu caldeirão, telescópio e a balança. Depois compraram pergaminhos, penas e tinteiros. No boticário Hermione ficou observando várias ervas dispostas em frascos, enquanto Snape fazia o pedido, e uma planta horrorosa com longos tentáculos chamou-lhe a atenção. Aproximou sua mão para acariciá-los, mas levou um tapa nos dedos bem na hora que as pontas encostariam na pontinha do tentáculo. Levou meia hora de sermão do professor Snape por causa disso. A atendente da loja assistia a tudo lançando olhares de pena à Hermione.

Na loja de vestes, se sentiu um pouco melhor por conta da simpatia da senhora, mas continuou cabisbaixa. A bruxa tentou até manter um diálogo com o professor Snape, mas ele não deixou a conversa se alongar. Ele deve ser assim mesmo, não é só comigo. Esse pensamento aliviou um pouco suas preocupações de não ser uma boa bruxa.

Quando pararam em frente à loja de varinhas, o professor Snape disse à Hermione que entrasse sozinha. Ela não entendeu, mas preferiu não questioná-lo. Já havia levado reclamações demais por um dia. Um sininho tocou no fundo da loja e ela se assustou quando um velho de olhos grandes e muito claros apareceu por detrás do balcão, olhando-a.

- Bom dia, senhorita.

- Eu... – Hermione não sabia o que dizer, Snape havia feito os pedidos nas outras lojas – Eu preciso de uma varinha de condão...

- Ah, nascida trouxa? – Hermione confirmou com a cabeça. – Muito bem, muito bem... Diga-me, senhorita, quais suas melhores habilidades?

- Habilidades? Eu... eu não sei senhor... não desenvolvi habilidade mágica nenhuma ainda... – uma fita métrica começou a medir seu braço direito, sozinha.

- Bem, vejamos então, a varinha escolhe o bruxo, senhorita. Apanhe e experimente esta: vinte três centímetros, feita de imbuia.

Entregou uma varinha na mão da Hermione. Ela somente olhou-a, sem saber o que fazer.

- Não... acho que não. Essa aqui. Trinta centímetros, feita de eucalipto.

Hermione também não sentiu nada anormal.

- Hum... Vejamos... Essa. Vinte sete centímetros, farfalhante e flexível, feita de parreira, muito poder para feitiços. Miolo de cordas de coração de dragão.

Hermione sentiu um repentino calor nos dedos, e da ponta de sua varinha saiu uma minúscula borboleta brilhante, que sumiu assim que atingiu a altura de dois metros do chão. Ela sorriu admirada.

- A varinha lhe escolheu, senhorita. Use-a bem, pois será sua companheira até o final da sua vida. São sete galeões.

Ela pagou pela varinha e saiu sorridente da loja, seu sorriso se desfez ao avistar Snape do lado de fora. Aquela expressão fechada sempre o acompanhava. Será que nunca daria um sorriso?

- Agora vamos a Floreios e Borrões, senhorita Granger.

Hermione se perguntou se ele não havia deixado a livraria por último por ter visto como a fascinara. Entraram na loja e seus olhos brilharam ao ver os milhares de livros ali dispostos. Alguns imensos, outros minúsculos. Cada um com uma cor característica, títulos diversos. Snape entregou a relação dos livros para a balconista e ficou observando Hermione. Ela estava muito interessada nos livros para notá-lo. Lançava olhares aos exemplares em total admiração, mas não ousou tocar em nenhum. Acho que aprendeu a lição. Aqueles olhos... Tinha que estar enganado. Já fazia tanto tempo, não seria possível que agora...

- Senhor? Aqui estão os exemplares da sua filha. – A balconista sorria para ele.

- Por acaso é novata no mundo mágico?

- Desculpe senhor, não entendi sua pergunta.

- Achei que seria tapada demais para entender – comentou de forma letal.

A jovem bruxa ficou sem saber o que responder. Hermione aproximou-se dos dois.

- Acrescente também Historia da magia moderna, Ascensão e queda das artes das trevas e Grandes acontecimentos mágicos do século XX. – Hermione olhou-o surpresa. – Sugestões senhorita Granger, serão úteis para você.

Severo se afastou com a balconista, e Hermione ficou parada no centro da loja, pensativa. Talvez ele não seja tão ruim assim. Afinal, me apresentou ao mundo mágico e serei eternamente grata. Ele voltou trazendo os pacotes.

- Vamos senhorita Granger. Para casa agora, terminamos suas compras.

- Mas já? Aqui é tudo tão perfeito! Tem um montão de lojas mágicas ainda que nós...

- Não sou seu guia turístico – Snape cortou-a irritado. – Tenho muitas obrigações ainda por fazer, portanto vamos embora.

Hermione fechou a cara para ele e saiu porta afora. Não disse uma palavra na viagem de volta, nem sequer quis olhá-lo. Nunca conhecera uma pessoa mais rude que aquele senhor. Não estava acostumada com esse tipo de gente. Todo mundo sempre foi muito educado com ela, porque era assim que tratava a todos, mas aquele homem era um chato! Mas também havia lhe apresentado à magia, tinha perdido quase um dia todo com ela e havia até sugerido livros para que ela lesse! Devia-lhe respeito e agradecimentos.

- Aqui estamos, senhorita Granger, sua passagem. – Ele deu-lhe um envelope. – Primeiro de Setembro, estação de King’s Cross. Você deve atravessar a parede entre as plataformas nove e dez para chegar ao Expresso de Hogwarts. Apenas você, despeça-se dos seus pais antes de atravessá-la.

- Obrigada, professor Sna...

Olhou ao redor, estava sozinha no jardim; o bruxo havia sumido. Voltou alguns passos e olhou para os dois lados da rua, não o avistou.

- Nossa! Vou adorar fazer isso!

Chamou pela mãe para ajudá-la com os pacotes. Já no seu quarto, arrumou tudo num lado do guarda-roupas que estava vazio, desde que pedira aos pais para doar todos os seus brinquedos a um orfanato. Encontrou um pacote pesado, desembrulhou-o. Era um livro muito grosso, sua capa tinha o mesmo brasão que o envelope de sua carta bruxa, e o titulo ficava acima do brasão em letras vermelhas brilhantes Hogwarts: uma história. Ela abriu-o, um bilhete caiu de dentro:

“Para as respostas monossílabas”.




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