O primeiro dia de aula



No dia seguinte, Hermione acabou acordando cedo, devido à um raio de sol que vinha exatamente bater em seu rosto. Levantou-se e foi vestir o uniforme, percebeu que suas companheiras de quarto já haviam se levantado.

Desceu as escadas se deparando com o Salão Comunal vazio e tranquilo. Chegando ao Grande Salão para o café da manhã, viu que não fora a única a acordar cedo naquele dia, na mesa da Grifinória muitos alunos já estavam sentados.

_ Bom dia Gina! – disse Hermione sentando-se ao lado da amiga.

_ Bom dia!

_ Ontem eu nem te vi, onde você se meteu?

_ Ah, é que eu estava com Gregory Flinder. – disse Gina corando. - Ele quer namorar comigo.

_ E você vai aceitar?

_ Não sei. O que você acha dele?

_ Ele é bonito, e é mais velho. Mas deixa o Rony saber disso...

_ Não! Não fala nada com ele. Eu nem sei se vou namorar mesmo com o Gregory e o Rony vai ficar enchendo meu saco toda hora.

_ Fica tranquila, eu nunca faria isso.

_ Ah, olha lá o meu irmão e o Harry vindo.

Harry e Rony se sentaram do outro lado da mesa, respectivamente à frente de Gina e Hermione.

_ Bom dia meninas! – disse Harry.

_ Bom dia! – disseram as meninas.

A mesa como sempre estava farta. Tomaram um reforçado café, Rony como sempre, mais do que reforçado. Despediram-se de Gina que iria para a aula de Herbologia e os três seguiram para as masmorras, para a aula de Poções.

Um desânimo rapidamente caiu sobre as cabeças deles. E motivos não faltavam, além de terem que aguentar o jeito carrancudo de Snape, a aula de Poções ainda era em conjunto com o pessoal da Sonserina.

Quando puderam ver a porta das masmorras, ouviram o sinal tocar. Estavam adiantados. Mas não demorou muito para os alunos chegarem, inclusive os sonserinos. Com passos rápidos e barulhentos, todos puderam ouvir que era Snape que chegava, com os cabelos negros mais oleosos do que nunca e já precisando ser aparados.

_ Vamos entrando logo, entrem e sentem-se em silêncio. Isso não é um pedido, é uma ordem.

_ Que bela maneira de começar o ano. – cochichou Rony para Harry. O garoto confirmou.

Sentaram-se em duplas, Harry com Rony e Mione com Sharia Runa, uma garota de origem africana. Em cada uma das mesas haviam três recipientes de vidro, um com líquido amarelo, outro vermelho e outro verde.

_ Acho que vocês já viram o que tem em cima das mesas. Bem, são poções, cada uma feita com ingredientes diferentes, mas com uma matéria-prima que trás a chave de tudo. Misturadas, essas poções trazem certos efeitos. Duas entre essas três, se misturadas e logo após ingeridas farão a ponta de seu dedo indicador ficar roxa por cinco minutos. Outras duas farão seu cabelos ficarem brancos por dez minutos e a última combinação fará com que sintam um leve ardimento em suas orelhas. Eu quero que vocês encontrem a combinação que trás esse último efeito. Começem.

_ Professor, não deveríamos ter uma aula teórica antes sobre essas matérias-primas?

_ Primeiro experimental, depois teórica. Quer ficar no meu lugar Srta. Granger? Não? Foi o que pensei.

Pôde-se ouvir uma onda de risinhos da parte do pessoal da Sonserina. Quando Mione virou-se para o lado a fim de se comunicar com Sharia, bateu o olho exatamente em Malfoy. Ele estava sentado com Goyle que ainda ria com os outros, mas Draco não ria e mantinha os olhos fixos na menina. Isso fez com que ela se sentisse muito envergonhada.

Em pouco tempo, muitos alunos já estavam com cabelos brancos dedos roxos, mas ninguém parecia estar sentindo alguma ardência nas orelhas, nem mesmo Hermione, que parecia estar preocupada de ainda não ter conseguido.

_ Ai, ai, ai.

_ Quem disse isso? – perguntou Snape.

_ Eu! – disse Neville levantando a mão. – Arde demais esse troço.

_ Deixe-me ver Longbottom se você fez a combinação realmente. – disse Snape já bem próximo à mesa de Neville e agora pegando o frasco de poção. – Bom, parece que sim. Bom trabalho Longbottom. – disse sem sorrir.

Todos aplaudiram, menos é claro, os alunos da Sonserina.



Em pouco tempo, todos sentiram a ardência nas orelhas pondo fim à experiência, e os efeitos começaram a desaparecer também, inclusive os cabelos brancos que Ron havia adquirido e os dedos roxos de Harry e Mione.

_ Aula que vem será teórica. – disse Snape jogando um olhar de reprovação para Mione. – Portanto não esqueçam seus livros. Agora anotem o que vocês devem fazer para a próxima aula, “descobrir quais outros ingredientes que misturados com a erva Grimaron, produz a poção do dedo-duro”. Estão dispensados.

Assim que saíram da sala ouviram o sinal tocar.

_ Bom meninos, vamos usar esse tempo vago para fazer a tarefa do Snape.

_ Vamos? – perguntou Rony.

_ Mas é claro, vocês não querem ficar atrasados no primeiro dia, querem? Acho que não. Então vamos para a biblioteca.

Apesar da enrolação dos meninos algumas vezes, conseguiram terminar a tempo a tarefa, que estava até bem fácil na opinião de Mione.

Depois iriam ter aula de História da Magia e a próxima de Adivinhação. Quando chegou a hora do almoço, já estavam lotados de tarefas como, “pesquisar os motivos da revolução dos gigantes do Penhasco Nevoso” e “tentar prever o que iria acontecer no dia seguinte só de olhar para as estrelas dessa noite”. Mas Mione não precisava fazer isso, pois ao invés de ter aulas de Adivinhação, frequentava Runas Antigas e sua tarefa era “traduzir seu nome para runas e descobrir qual o significado dele para sua vida”.

_ Se quiserem, eu ajudo vocês com a tarefa de História da Magia. Quando eu comprei o livro, li esse primeiro capítulo, é bem fácil. – disse Hermione.

_ Não sei porque ele manda a gente pesquisar uma coisa que tem no nosso próprio livro e que ele ainda vai ter que explicar. – disse Rony intrigado.

_ É pra fixar melhor e além do mais você aproveita e vê logo se tem dúvidas. Não é bom quando você vai pra aula já sabendo a matéria?

_ É enjoado ter que estudar a matéria.

_ Ai Ronald, você deveria aproveitar essa oportunidade, é perfeita pra que dorme a aula de história inteira.

_ Ninguém pode me culpar. A aula é um saco. E além do mais, eu não sou o único que faz isso, o Harry já dormiu uma vez.

_ Ei, me tira dessa, foi só uma vez.

_ Se você quiser Ronald, tem um monte de livros na biblioteca que falam sobre a revolução dos gigantes.

_ Tá maluca? Eu vou olhar no meu livro mesmo.

O sinal que indicava o fim do horário de almoço e o recomeço das aulas acabara de tocar.

_ Ai que sono! Deveria ser proibida aula depois do almoço. – disse Harry se espreguiçando. – Agora tem o quê?

_ Dois tempos de Transfiguração.

_ Harry, Rony!

Alguém gritara os garotos por trás deles, ao se virarem viram que era Gabriel Pomone, um dos jogadores do time de quadribol da Grifinória.

_ A professora McGonagall pediu para avisar a vocês que os treinos de quadribol começarão amanhã, reservamos o campo no quarto tempo da tarde.

_ Obrigado por nos avisar Gabriel. – agradeceu Harry.

_ Amanhã teremos alguma aula no quarto tempo? –perguntou Rony para Harry.

_ Deixa eu ver. – disse o garoto consultando o horário das aulas. – Não, é tempo vago.

_ Que saco.

_ Andem logo, ou a McGonagall não vai nos perdoar. – gritou Hermione já meio que correndo na frente deles.

E assim a tarde se passou. Muitas aulas, muitas tarefas, um jantar maravilhoso e conversas iluminadas pela lareira no Salão Comunal.




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