No Expresso Hogwarts
Mais um ano letivo em Hogwarts iria começar. Hermione desceu ansiosa do carro de seus pais na estação Kings Cross, ansiosa por aprender novas coisas e poder rever seus melhores amigos, Harry e Rony, pois durante as férias só haviam se comunicado através de cartas.
Se despediu dos pais em frente à parede que separava as plataformas nove e dez e entrou nela, segurando o carrinho que no qual estava o malão, seus materiais e Bichento, sem nem os trouxas perceberem.
Finalmente, a plataforma nove e meia e o Expresso Hogwarts, não que não gostasse das férias, gostava sim, afinal, passava elas com seus pais e isso era muito bom. Nesse verão, por exemplo, viajaram para Paris! E como estava linda este ano! Havia até comprado lembrancinhas para Harry e Rony, miniaturas da Torre Eifel, que a menina havia encantado para brilharem à noite, como se tivessem acendido as luzes da própria torre.
Mas, falando nos amigos, ela não os via em lugar nenhum. “Talvez não tenham chegado ainda”, pensou ela.
Olhou mais uma vez em volta, e nada. Resolveu então, entrar logo no trem, já que faltavam apenas dez minutos para a partida. Procurou uma cabine vazia e, chegando à penúltima viu por meio do vidro uma figura conhecida.
_ Rony!! – exclamou a menina abrindo a porta da cabine e abraçando o amigo.
_ Ah, oi Hermione. Que bom te ver! – disse o garoto meio sem graça com o abraço da amiga.
_ Onde está o Harry?
_ Não o vi. Será que ele não chegou ainda?
_ Eu também não o vi. Acho que não chegou. Ele não pode demorar muito, o trem já vai sair.
_ Será que os tios dele não deixaram ele vir?
_ Vou dar uma olhada no corredor.
Hermione abriu a porta da cabine e colocou a cabeça para fora. Olhou para a esquerda, olhou para a direita, mas nenhum sinal de Harry, apenas Neville que vinha em sua direção.
_ Olá Neville! – cumprimentou Mione sorrindo. – Como foi de férias?
_ Muito bem, apesar de ter ficado na casa da minha avó o verão inteiro como sempre, ela me comprou um monte de coisas novas. Ah, olá Rony!
_ Oi cara! – cumprimentou Rony sorrindo também.
_ Neville, você viu o Harry por aí? – perguntou Mione quando ouviu o apito do trem indicando a partida.
_ Ah, vi sim. Na verdade eu vim aqui a pedido dele. Ele mandou eu avisar a vocês que já está vindo, para não se preocuparem.
_ Mas aonde ele está? – perguntou Rony.
_ Está com a Gina, na cabine dela.
_ Gina? O que ele está fazendo com a minha irmã?
_ Pelo que eu vi, ela estava entregando alguma coisa pra ele.
_ Oi pessoal!!
_ Harry! – disse Mione dando um abraço apertado no amigo.
_ Pensamos que você tinha perdido o trem, ou que seus tios não tinham deixado você vir. – falou Rony.
_ Que nada cara, eu sempre arrumo um jeito de vir. Mas esse ano eles não se opuseram. – disse Harry apertando a mão de Rony.
_ Bom gente, eu já vou então. Nos vemos em Hogwarts! – falou Neville.
_ Tchau Neville! – responderam em coro.
_ Harry, o Neville falou que você estava com a Gina.
_ Ah é. Olha o que ela me deu.
E tirou do malão uma sacola de presente, dentro havia um gorro verde-escuro.
_ Gina disse que foi ela mesmo que fez.
_ Agora tudo faz sentido! Por isso ela pediu pra mamãe ensinar ela a tricotar e depois ficou toda misteriosa.
_ Mas porque ela te deu isso agora? – perguntou Mione.
_ Porque ela falou que não deu tempo de terminar até o meu aniversário, só pôde me entregar agora.
_ Ah tá. Mas falando de presente, eu ia quase me esquecendo, trouxe uma lembrancinha pra vocês da minha viagem de férias. – disse Hermione tirando dois pacotinhos do bolso e entregando aos meninos.
_ Mione... não precisava... – disse Harry.
_ Claro que precisava. E tem mais, à noite vocês vão Ter uma surpresa com essas torrezinhas.
_ Que tipo de surpresa? – quis saber Rony.
_ Ah, vocês vão ver. Mas deixem elas nas cabeceiras das camas.
_ Obrigado Hermione! – disse Harry.
_ Eh, obrigado! – agradeceu Rony também.
_ Ah gente, que é isso, não tem de quê.
_ Bom, a gente tem que arrumar algum presente pra você também, afinal, daqui a alguns dias já é seu aniversário!
_ Harry, não pre...
_ Ora, ora, o que eu encontro aqui? Tinha que ser, vocês três não se desgrudam não? É patético!
Era Malfoy.
_ Patético vai ser Ter que olhar pra essa sua cara todos os dias.
_ Mais respeito quando falar comigo sua sangue-ruim. – disse Malfoy já levantando a mão para Mione.
_ Alguém vai querer doce? – disse uma voz à porta. Era a senhora que levava o carrinho de doces por todo o trem, sempre comum sorriso simpático no rosto.
_ Eh... eu vou querer! – disse Rony.
_ Até mais tarde sangue-ruim. – disse Malfoy com cara de nojo e saindo para o corredor.
_ A cada ano que passa ele se torna mais repugnante e intragável, se a mulher dos doces não chegasse naquela hora...eu nem sei. – disse Rony devorando um sapo de chocolate.
_ Eu acho... eu acho... que ele ia me bater. Ia me dar um tapa, bem na cara.
_ Eu também acho isso. A gente tem que tomar mais cuidado com o Malfoy. – disse Harry.
_ O dia que ele encostar em um fio do cabelo da Mione eu juro que... eu juro que ele vai se arrepender.
_ Obrigada Rony! – disse Mione dando um beijo no rosto do amigo.
_ Bom, eu acho melhor a gente ir colocar nossas vestes, acho que já estamos chegando. Depois a gente acerta as contas com o Malfoy, Rony.
Hermione sentia-se muito orgulhosa dos amigos que tinha, que estavam sempre prontos a protege-la em qualquer situação. Mas a atitude de Malfoy a surpreendera muito. Antes era apenas bate-boca e ficava só por isso, a não ser pela vez que ela dera um soco nele, mas foi só. De onde vinha toda essa raiva?
Milhões de pensamentos e perguntas agora circundavam a cabeça de Mione, até que se ouviu o apito final. Haviam chegado.
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