D'if & Queens Lullaby



Título: Acerto de Contas


Autor:
Mari Gallagher


Contato: marigallagher(arroba)Hotmail(ponto)com ou mmaaryy(arroba)Hotmail(ponto)com


Shipper: Harry e Hermione


Spoilers: Livros 1 a 5


Gênero: Romance/Aventura


Status: Em andamento


Sinopse: (PÓS-HOG) Hermione está à beira do altar, pronta para casar-se e ser feliz para sempre. Mas algo faz com que ela simplesmente repense suas decisões. Harry Potter voltou, mais misterioso e charmoso do que nunca...



No capítulo anterior...

Após o interrogatório com Ginny, Hermione decide procurar Ryan, a quem deve algumas explicações, mas encontra uma desagradável recepção e fracassa na sua tentativa de pedir desculpas ao ex-noivo.



Capítulo III – D’if & Queen’s Lullaby




“With time the child draws in

This whipping boy done wrong

Deprived of all his thoughts

The young man struggles on and on he's known

A vow unto his own

That never from this day

His will they'll take away”

Metallica – The Unforgiven


A mansão D’if era uma construção incrivelmente suntuosa, localizada nos arredores de Somerset. O nome era sim em homenagem ao famoso castelo de Marseille que fora palco de um dos mais conhecidos romances de todos os tempos, não por alusão à obra literária, mas sim pelo enorme fascínio que o primeiro dono possuía pela fortaleza francesa. A casa tinha vinte suítes, um número surpreendente de dependências divididas em salas, salões, saguões, corredores, varandões e tudo o quanto fosse possível equipar uma residência. Havia espaços especiais para prática de esportes como tênis, caça, squash, natação, ginástica (uma academia fora montada pelo atual proprietário), hipismo, golfe e canoagem. Sim, canoagem, pois a mansão ficava à beira de um paradisíaco lago particular, sem contar a grande quantidade de hectares florestais em seu perímetro.

Estar em D’if era como habitar um universo paralelo. O que se fazia ali não chegava aos olhos de ouvidos do restante do mundo. Não era nada surpreendente acabar descobrindo que a mansão pudesse servir de abrigo para uma pessoa morta. Na realidade, ela era perfeita para isto.

A figura alta, corpo atlético, cabelos negros na altura da nuca, costeletas acentuadas, meia barba e ariscos olhos verde azulados abriu, de súbito, as enormes portas de madeira-de-lei irrompendo no gigantesco escritório central da mansão D’if. Não se tratava de um escritório qualquer. As quatro paredes eram cobertas de livros em prateleiras que equivaliam a uma altura de três andares. Escadas levavam às espécies de pisos internos, como varandas, que contornavam os andares superiores da biblioteca.

O homem caminhou em passos firmes à enorme escrivaninha de mogno negro. Localizou um maço de cigarros em uma das gavetas e acendeu um, agora diante do janelão com vista para os impecáveis jardins. Menos de meio minuto depois um segundo homem, parecendo ofegante, adentrou no lugar. Não devia ter mais que quarenta anos, tinha cabelos castanhos, olhos azuis ameaçadores, cavanhaque, pele bronzeada, ombros largos e maxilares acentuados. Sua face seria muito atraente se não estivesse marcada por uma horrenda cicatriz em quase todo o lado esquerdo.

Harry tragou o cigarro e retirou o sobretudo negro que vestia sobre a camisa de tricô também de cor preta. Observou seu visitante de maneira curiosa.

- Você não tem sido nem um pouco sensato nos últimos dias. – disse o dono do cavanhaque em tom gélido.

- Mesmo, Stuart? Pois eu discordo de você! Acho que não tenho sido nem um pouco sensato durante toda a última década!

- O que pensa que está fazendo homem? – ele parecia tenso. – O que deu em você para aparecer em Buxton daquele modo... Insano?

Harry sorriu discretamente.

- Eu pirei. – Stuart expirou, afobado. – Anda! Corra e peça a interdição! O interditado acabará sendo você quando afirmar que o motivo é minha ida ao casamento de uma velha amiga...

- O casamento! Bem lembrado... Não houve casamento algum!

- O quê? – disse Harry surpreso. – Não seja ridículo... É claro que houve!

- Não! – Stuart jogou a edição do Profeta do dia anterior que tinha em mãos. – Veja! Não-houve-casamento!

Harry tomou o jornal em mãos observando uma nota na lateral da página. Levantou a sobrancelha.



“Casamento de magnata vai por água abaixo. – Noivo abandonado no altar.”



Ele sorriu fascinado.

- Ela não casou! – exclamou baixinho, rindo em seguida. – Hermione é mesmo totalmente maluca!

- Do que ri? Isto não é engraçado!

Harry riu mais alto.

- Você está enganado, isto é muito, muito engraçado! – o outro ameaçou protestar. – E é melhor calar a boca, bonitinho. – Stuart o olhou, furioso. – Se você não tivesse aparecido e me arrastado de lá eu teria presenciado uma das cenas mais hilárias de todos os tempos. “Noivo abandonado no altar” – releu em voz alta. – Veja está manchete... Meus jornalistas são excelentes! Brilhante!

- Brilhante? – disse muito sério. – Não acho que o Professor tenha apreciado e muito menos achado brilhante.

Harry ostentou uma expressão preocupada.

- Ah, é verdade... – falou em tom grave. – Ele deve realmente ter achado o episódio muito embaraçoso e... Sabe o que mais? Estou me lixando! Na realidade, quanto mais fodido ele estiver, pra mim melhor! – jogou o profeta na escrivaninha.

Stuart estava mortificado, seu maxilar tremia.

- Deveria ter imaginado. – falou calmamente. – Tenho absoluta certeza que sua presença em Buxton foi indispensável para a não-conclusão da cerimônia e conseqüentemente para o eventual transtorno causado a pessoas tão influentes da nossa sociedade. – apontou para a notícia.

- Você acha? – indagou Harry franzindo a testa.

- Absoluta certeza. – repetiu dando ênfase as palavras.

- Ah, não diga isto! Assim ficarei tão orgulhoso do feito que meu ego acabará ganhando vida própria! Não seria terrível? – falou em tom falsamente entristecido.

O outro respirou fundo.

- Sabe que não está agindo de acordo com o combinado...

- Acontece que eu já estou de saco cheio de toda esta PALHAÇADA que vocês armaram... – berrou irritadíssimo. - ... De ter que agir “de acordo com o combinado” e de todas essas regras PATÉTICAS!

Deu a volta na escrivaninha frente a frente com Stuart, que engoliu seco.
- Quer saber da última? Eu faço as regras agora! O joguinho acabou.

- É melhor se acalmar Henry. – disse ele em tom sereno.

- Meu-nome-é-Harry-Potter. – rangeu entre dentes. – Aconselho que me chame assim.

- Shhhh! – pediu desesperadamente. – Algum criado pode ouvir!

- Oh, você teme que alguém ouça que MEU NOME É HARRY POTTER? – gritou as últimas palavras.

Achou que Stuart fosse desmaiar, estava muito pálido.

- Aguarde. Você terá uma longa e cansativa conversa com o Carter. Acredite, ele e o Professor não vão ficar nem um pouco satisfeitos com sua constante impertinência. – advertiu em tom grave.

- Hum... – Harry atirou a ponta de cigarro pela janela e pôs as mãos nos bolsos. – Suponho que fará um detalhado e minucioso relatório das minhas transgressões disciplinares. Estou certo?

- Certíssimo. – concordou em tom superior.

- Muito bem, pois não esqueça de incluir em seu relato o que vou dizer agora. Não pretendo repetir, portanto escute com atenção: Eu espero que você, o Carter e esse seu Professorzinho de merda vão todos se ferrar! – falou em tom baixo e intimidante.

Stuart contraiu a mandíbula.

- Com licença?

Uma voz feminina receosa soou na entrada do escritório. Harry olhou-a.

- Sim?

- Sir, o carro chegou.

- Ah, obrigado Justine. Por favor, peça a Gilbert e Maxime que desçam as minhas malas.

A mulher acenou positivamente e retirou-se tão silenciosa quanto havia chegado.

- Malas? – disse Stuart ao certificar-se da saída da criada. – Pretende ir a algum lugar?

- Ah, não, não. Estou doando meus pertences para uma fundação beneficente. O carro veio buscá-las para que embarquem no próximo avião com destino à Somália! – respondeu irônico. O outro parecia confuso.

- O quê?

- É óbvio que pretendo ir a algum lugar, seu asno! – fez uma pausa. – Eu vou embora.

- O que disse? – repetiu ainda perplexo.

- Que parte de “eu vou embora” você não entendeu? – retrucou Harry com sarcasmo, Stuart estava boquiaberto.

- Você perdeu totalmente o senso da realidade?! Não pode ir embora daqui!

- Sim, eu posso. Eu posso fazer o que quiser, esqueceu? Minhas-regras-agora. Então... Irei embora.

O homem virou-se apoiando as mãos na mesa de mogno.

- Receio não poder permitir que cometa tal sandice e... – voltou-se com sua varinha em punho. A de Harry, no entanto já estava encostada em seu peito. Uma gota de suor escorreu pela têmpora esquerda de Stuart.

- O que estava dizendo? – indagou Harry.

- Hen... – ele forçou a varinha na carne do homem, censurando-o com o olhar. – Harry... – corrigiu-se. – Vamos conversar, está bem?

- Desculpe... Não tenho tempo. Há um carro a minha espera, sabe?

Um músculo se contraiu na face de Stuart.

- E há um exército de prontidão à espera de pupilos revoltos.

- Não diga! Que excitante. É uma pena que eu já tenha derrotado adversários de verdade, se é que me entende... Preciso citar o nome dele? Melhor não, seria absurdamente desagradável vê-lo se borrar todo. – concluiu com escárnio.

- Homem, você não sabe com quem está se metendo! – advertiu.

Harry gargalhou, então ficou subitamente sério.

- Correção: Vocês que não sabem com quem estão se metendo! Ou será que já esqueceu quem eu sou? – disse em tom ameaçador. – Se fosse você, avisava a seus chefes para tomar bastante cuidado a partir de hoje. Harry Potter voltou. E está muito perigoso.

O olhar temeroso de Stuart sucumbiu diante do de Harry.

- Para onde está indo?

- Boa pergunta. Por que não pede ao Professor e seu exército de Mutantes que descubra? – destilou.

- Acredite, eles irão descobrir, mais cedo do que imagina!

- Eu sei disso. É uma lástima, mas desde já, estou muito bem preparado, obrigado. De antemão digo: Sinto muito por vocês.

Stuart bufou.

- Quer, por favor, desencostar sua varinha de mim?

Harry sorriu.

- É claro! – e aproximou-se murmurando em tom sério. – Estupefaça!

Antes de qualquer reação além de um esbugalhar de olhos o corpo inconsciente de Charles Stuart caiu com um baque abafado no chão. Harry colheu uma quantidade considerável dos fios grisalhos e os guardou junto com a varinha no bolso no grande casaco, deu meia volta, bateu às enormes portas atrás de si e rumou para o vestíbulo. Justine o aguardava.

- Sir, está tudo pronto.

- Ótimo. – acenou positivamente co ma cabeça. – A propósito, Sir Stuart pediu para não ser incomodado, está muito absorto na leitura da edição renovada do Kama Sutra, por favor, não o interrompam.

Justine sorriu timidamente com as faces ruborizadas enquanto Harry vestiu o sobretudo.

- Tome conta da casa Justine. Tenho ótimos planos para ela.

- Sir demora a voltar? – Harry refletiu.

- Espero que não, Justine. Espero que não.

Deixou a mansão, escoltado pelos fiéis empregados. Despediu-se e embarcou no espaçoso carro de transporte. Owen, o grisalho motorista, já passava dos cinqüenta e escutava B. B. King, uma agradável canção que ele conhecia muito bem. Sorriu para Harry com entusiasmo e perguntou, já dando partida no carro.

- Sir, para onde?

Harry acendeu um cigarro e inspirou profundamente o aroma orvalhado e aconchegante de D’if. Respondeu após alguns momentos:

- Londres. Vamos para Londres.



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Não havia habitante do bairro londrino de St. John's wood que não conhecesse a Queen's lullaby. Construída na década de quarenta por um famoso arquiteto americano, a mansão era encomenda de uma viúva Sueca muito espirituosa que se intitulava rainha e tinha oito filhos. O nome simplório por excelência atraia zombarias dos vizinhos ilustres, pois não combinava nem um pouco com o toque funesto que Mcnolt, o arquiteto, fez questão de colocar em cada coluna da mansão. Tanto que a primeira coisa que os irmãos mais velhos, os gêmeos Judith e Joan fizeram após enterrar a mãe foi vender a propriedade. O interessado pagou o que chegou a exclamar como sendo um valor diminuto comparado à sua fortuna, e quando indagado o destino que daria a casa afirmou com um tom muito duvidoso, segundo Judith, que moraria lá com sua jovem e linda esposa acrescentando que em muito breve teriam notícias do grande império construído em Queen's Lullaby. Judith não deu importância ao brilho temeroso dos olhos cinzentos daquele homem, tratou apenas de comemorar com o irmão o ótimo negócio que havia feito, por debaixo dos panos poderia embolsar um valor além da herança sem o conhecimento dos irmãos já que vendera a casa por uma quantia bem acima do avaliado. Fosse qual fosse o destino que aquele senhor pretendesse dar a Queen's Lullaby estava satisfeita com o sucesso da transação, e isto já bastava para achar que o Sr. e Sra. Conwell eram na verdade muito, muito generosos.

Oito anos depois não havia habitante do bairro Londrino de St. Johns Wood que não conhecesse a Queen's Lullaby e seus ilustres proprietários. Levavam uma vida em ritmo magnificente, rodeada de luxo e esplendor por todos os lados, mas não eram pessoas muito sociáveis com os vizinhos. Os Conwell não tinham fama de serem bruxos que apreciassem interagir com indivíduos que estivessem além do seu ciclo de amizades e negócios. Negócios dos quais não se sabia a natureza, mas pela mera observação da rotina na casa e das visitas presumia-se ser de cunho empresarial da mais alta aristocracia britânica. Ademais pouco se via a face dos moradores de Queen's Lullaby, já que praticamente impossível romper as imensas muralhas e o pequeno bosque a seu redor, e quando estes saíam era de forma muito discreta, normalmente passando desapercebidos em automóveis trouxas podendo, até mesmo serem confundidos com os inúmeros visitantes que iam e vinham durante todo o dia, inclusive em algumas ocasiões, durante a noite.

Naquela amena tarde o veículo que atravessou os portões de Queen's Lullaby era uma distinta limusine, que tinia em brilho. Seu ocupante saltou à frente da porta principal da casa e tocou a campainha. Era um homem que já passava dos cinqüenta, cabelos brancos, pele alva com aparência mortificada, gélidos olhos azuis, corpo magro. O terno não tinha uma prega, era absolutamente negro. A governanta atendeu no primeiro toque, tinha uma expressão pesada, assim como a atmosfera da casa.

- Mr. Werwick? - O homem acenou com a cabeça, positivamente. - Acompanhe-me, por favor.

Ele seguiu a empregada atravessando o vestíbulo, o hall e um longo corredor, chegando ao já conhecido Gabinete da mansão Queen's Lullaby.

- Mr. Werwick chegou. - falou a mulher para o homem sentado de costas para a porta em uma imensa cadeira giratória de couro cor-de-sangue, assim como os carpetes.

- Obrigado, Constance. - agradeceu ele girando para encarar com os olhos cinza o visitante.

Seus cabelos loiros estavam mais compridos, a face amadurecida, porém o humor parecia alterado. Um observador mais minucioso ousaria dizer que ele estava aborrecido, contrariado.

- Mr. Malfoy. É um prazer encontrá-lo.

- Como vai Lennox? Sente-se.

- Obrigado. - sentou-se.

- Quer beber alguma coisa? - disse ele quando Constance já retornava com dois cálices de conhaque. Werwick aceitou.

- Ficamos muito satisfeitos de enfim acertarmos este encontro. Nossos amigos já começavam a achar que não receberia nosso emissário nunca!

Draco cruzou as mãos sobre o abdômen.

- Eu tive alguns contratempos. - sua face tornou-se deprimida.

- Ah! Tomamos conhecimento... Uma fatalidade, de fato.

O loiro observou com desdém o lamurio, ou melhor, o pseudolamurio do visitante.

- Sim. Então... Qual o ponto?

- Como sempre o senhor não aprecia os circunlóquios...

- Evidentemente não. Não tenho tempo a perder e tenho certeza que você também, portanto melhor sermos diretos. Concorda?

- Em absoluto. - tomou um gole de conhaque. Draco acendeu um cigarro. - Venho em nome da instituição.

- Suspeitei desde o princípio. - disse Draco afobado. - O que a sua instituição, ou melhor, o que o Carter quer?

- A minha Instituição deseja que colabore com uma de nossas causas.

Draco gargalhou gostosamente.

- O que o faz pensar que eu colaboraria com alguma causa? Não sou como Kirk... Sabe que não tenho interesse em me associar a vocês!

- Sabemos. E não desejamos que se torne um de nós como Kirk. Não é isto.

- Está bem... Seja claro, por obséquio.

- Há uma grande ameaça para a nossa sobrevivência a solta, e nós pretendemos acabar com esta ameaça, se é que me entende.

“Problemas, sempre problemas!”, lamentou-se em pensamento. “Mas não são meus... Já os tenho às pencas, não preciso de mais alguns. Principalmente dos desta instituição estúpida”, controlou-se tomando seu conhaque.

- Humrum. E onde eu entro?

- Apenas apoio. A instituição está começando uma caçada e vai precisar de todo o auxílio possível nesse sentido.

- Quer meu auxílio para pegá-lo? - disse impassível. – Para conter esta ameaça?

- Exatamente.

- E o que eu ganho com isto?

Lennox contraiu os lábios num gesto de obviedade.

- Cairá nas Graças da Instituição, Sr. Malfoy.

Draco tragou o cigarro, analisou atenciosamente a bebida que girava na imensa taça até que mirou Werwick.

- Não estou interessado.

- E também, além disso... - Werwick prosseguiu ignorando o comentário de Malfoy. - Poderá contar com o nosso auxílio... Caso resolva entrar sorrateiramente no Ministério da Magia por esses dias.

Draco teve uma mínima mudança de expressão. Seu olhar tornou-se mais brilhante. Ele sorriu discretamente para Werwick.

- Agora a idéia está me parecendo simpática...

- Este é o ponto Mr. Malfoy. Nos ajuda e o ajudamos.

- Estou vendo... – fez uma pausa e ergueu as sobrancelhas. - Podem contar comigo.

Werwick sorriu de orelha a orelha.

- Excelente.

- Vai me dizer o nome da ameaça ou ela já foi registrada assim?

O homem deu uma risadinha.

- Direi. Creio que é um velho conhecido seu.

- Mesmo? Que excitante. Quem é?

Lennox esperou alguns momentos, tomou mais um gole de conhaque e disse em tom baixo:

- Harry Potter.

Draco desencostou-se da cadeira num sobressalto e inclinou-se para frente.

- Harry-Potter? - perguntou em tom sério.

- O próprio.

Ele riu alegremente.

- Quer pegar Harry Potter? Por que não mencionou antes?! - indagou com entusiasmo maléfico.

- Parece que realmente considera o caso empolgante...

Draco ostentou uma expressão de incredulidade.

- Você não tem idéia! Isto chega até a ser uma questão pessoal... Eu faria por puro prazer. Merece até um brinde!

Levantou o cálice e tocou de leve o de Werwick.

- Acertados? – questionou o visitante.

Os olhos cinza de Draco Malfoy cintilaram de excitação pela primeira vez em semanas, uma chama incandescente brotou em seu peito.

- Acertados!



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TO BE CONTINUED

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