Raiva e Amor



A rua estava vazia, parecia que ninguém passava por ali há alguns anos pelo menos. Mas nada é o que parece.

Clac!

Com um estrépito latejante, uma mulher de longos cabelos louro-prateado apareceu no meio da rua que, como já mencionei, estava aparentemente vazia. Ela parecia não acreditar no que ela própria havia feito. A mulher estava incrivelmente pálida sobre a luz da lua-cheia que pairava no céu estrelado. Ela olhava para as próprias mãos, observando os dedos finos, com um aspecto cadavérico.

Draco olhava para os dedos do corpo da mãe que possuía e sentia um terrível pesar na garganta. Como pudera fazer isso com ela? Um monstro é isso o que sou, ele pensou deprimido. Com passos cambaleantes ele caminhou alguns metros na rua estreita até chegar na frente de uma grande mansão que humilhava qualquer outra ali por perto. Ele dirigiu-se para o portão, retirou a varinha da mãe no bolso do sobretudo e apontou-a para o enorme portão macabro.

Por um momento parece que ele havia perdido a coragem, porém logo ouviu-se um sibilo sair da boca dele. Nada aconteceu. Ele suspirou.

- Abra. – Ordenou com a voz inconfundível de sua mãe mais alta e clara. O portão pareceu não querer abrir de começo, mas logo ouviu-se um rangido ecoante e ele deslizou para trás, abrindo espaço para o Malfoy entrar. O garoto entrou desanimado.

Sim, aquela era sua casa, mas não lhe parecia mais tão hospedeira como sempre fora. As luzes nas grandes janelas estavam todas apagadas, parecendo abandonada. E era isso o que estava: O pai, preso em Askaban, não podia mais botar tudo em ordem; a mãe, futuramente morta, não o fizera tão pouco. Draco caminhou pelo caminho entre os jardins de entrada tão bem conhecidos que ali havia, desviando automaticamente das próprias arapucas botadas ali para pregar peças em quem quisesse entrar por aquele caminho. Logo chegara em frente à porta de entrada da Mansão Malfoy. O tapete ali dizia claramente: “Não entrais se não foste convidado. Estás avisado. Os Malfoys”. Draco girou a maçaneta, sem forças.

*~~~~~*~~~~~*~~~~~*

Narcisa deitara na cama. Sabia que o filho vingaria sua morte, afinal. Tudo o que importava era que Draco e Lucio sobreviveriam. Não sentia auto-pena.

A uma hora determinada pela poção polissuco se excedera e as formas de seu corpo delineado voltavam a ser as mesmas, mas mesmo assim ela não se dera ao trabalho de se mexer. Quando seu corpo voltara completamente ao normal, Snape entrou bruscamente no quarto.
Narcisa se encolheu.

- Narcisa, sua insolente. Como ousas me enganar? – sibilou ele fortemente, ardendo em repulsa. Sua frieza era pior que o pior dos gritos. Narcisa não respondeu, mas o medo era visível em seu olhar que já começava a lacrimejar.

- Responda! Como ousas me enganar depois de tudo o que fiz por ti? Não acredita em mim?! Mesmo com o Pacto você acreditou que eu não fosse proteger seu querido filho? – Ele continuava falando baixo, contudo a ferocidade em seus olhos faiscava. Narcisa fechou os olhos, deixando escorrer mais algumas lágrimas de desespero. Se encolheu mais ainda, se abraçando, sentindo o cheiro do filho na roupa que usava.

- Mesmo sabendo de tudo o que eu faria por você.... – O tom de Snape mudara completamente. Seu olhar continuava cortante. Ele se aproximou da cama, segurou os pulsos de Narcisa e a sentou na cama a força. Ela não queria encará-lo, continuava com os olhos fechados, deixando as lágrimas escorrerem descontroladas. Tremia.

Snape a olhava com raiva e amor. Sempre desejara aquela mulher, sempre a quis para ele. Toda via quem ela amava era Lucio Malfoy, um traidor. As lágrimas agruparam-se nos olhos do homem também que, ao contrário de Narcisa, as impediu de caírem. Segurando a mágoa no fundo da garganta. Sabia que ela morreria agora, nas mãos do Lord das Trevas.

- Severus... – Ela implorou. – Por favor...- Mas ele não resistiu. Largou os pulsos de Narcisa e agarrou seu pescoço, trazendo-a para perto de si, comprimindo um beijo selvagem e desesperado nos lábios encharcados pelas lágrimas de Narcisa. Ela surpreendeu-se. Ele deiou-a sufocada e ela teve que ofegar para respirar. Snape estendeu-a na cama. Quando Narcisa manteve os lábios fechados, ele deslocou a boca, passando a sugar-lhe o pescoço.

Narcisa desatou a gritar, várias vezes, contorcendo-se, tentando desesperadamente se desvincilhar.

Snape não conseguia parar, ela o levava ao frenesi sexual que ele queria a muito tempo e que agora, ao ver que a amada morreria, não podia evitar. Ele rasgou a roupa que pertencera a Draco e , ofegante, apertou-lhe os seios e observou as lágrimas correrem pelo rosto de Narcisa. Ela estava perdendo a disposição para lutar. Snape puxou-a para baixo de seu corpo, com alguma facilidade, quando ela tentou se afastar.

Narcisa mal podia senti-lo agora. Corpo e mente haviam se separado. Ouvia o choro, mas tinha a sensação de que vinha de outra pessoa. Havia dor, mas era vaga, embotada pelo choque. Derrepente, tudo escureceu e ela não lembraria de nada.

Gente, preciso que vocês comentem pra mim saber o que devo melhora, ok? =)
A idéia da poção polissuco eu realmente tirei do dos Crouch, parece que as mães tiveram a mesma idéia. hehe. Bjos e comentem, por favor!
;)

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