Primeira "conversa"



N/A: Queria agradecer os comentários...
Acidy, conheço poucas fics, mas a sua está sendo minha predileta.
Girl.. Eu tinha desistido da fic, mas seu comentário foi um estímulo para escrever mais um pouco; foi importante alguém ter dito que gostou da Christine. Quanto ao romance, ela e o Riddle vão ter seus momentos sim, mas não sem desenvolver algumas coisas antes, porque os dois tem personalidades complexas, e isto pode criar barreiras; enfim, a história em si deve puxar mais para o drama.
Valeu pela atenção!
;)

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Havia três dias que Tom Marvolo Riddle havia concebido um novo projeto.
E havia três dias que Christine Beatrice Lestrange Black estava um pouco perturbada, desde que um esbarro havia lhe mostrado que aquela figura longínqua, capaz de despertar uma certa admiração estética, era, na realidade, um garoto de carne e osso, perto de quem ela eventualmente poderia estar. Seu coração acelerava um pouco quando lembrava disso; então ela se esforçava imediatamente para apagar um sorriso meio tímido que lhe aflorava nos lábios quase sem querer, e tentava se concentrar em qualquer outra coisa para afastar esse pensamento.
Para levar seus planos adiante Riddle tinha que observar Christine de perto, e ele sabia que a biblioteca, o lugar que ela mais freqüentava em Hogwarts, era ideal para começar. Ele podia perfeitamente absorver as partes mais interessantes do texto de um livro avançado de feitiços enquanto observava discretamente o movimento; era uma capacidade que lhe valia vantagens importantes, a de observar sem ser notado, e que vinha sendo desenvolvida em várias oportunidades ao longo de sua vida. A popularidade que conseguiu na escola de magia e sua altura um pouco acima da média não deixavam mais que sua presença passasse despercebida, porém ele sempre com uma discrição peculiarmente útil, e também havia a seu favor o fato de que podia perfeitamente intimidar os outros alunos com um simples olhar (ou de formas mais incisivas, se quisesse), e, portanto, não precisava temer a bisbilhotice alheia quando estava tramando ou executando alguma coisa.
Então, por volta das nove e meia daquele sábado ela chegou lá; entrou sem se deter nem olhar muito pros lados, como quem sabia exatamente o que queria; Riddle, com seu alto poder de percepção não deixou de notar que a maioria das pessoas entrava observando muito mais quem estava por ali e exitava bastante antes de encontrar qualquer coisa pelas estantes e, para sua surpresa, ela se dirigiu tranqüilamente e de forma bem direta para a sessão restrita. Ele, então, a seguiu. A garota, que estava concentradamente correndo os dedos pelas lombadas dos volumes numa prateleira à altura de seu rosto ao ver alguém se aproximar olhou pro lado. Tom Riddle! Seu coração acelerou, e ela ficou um pouco trêmula; imaginou se tinha ficado pálida ou vermelha, mas fingiu que se concentrava mais ainda nos livros, embora já não visse nada dos títulos.
- Com licença... Riddle parou ao lado dela, com o braço estendido, se apoiado na estante muito naturalmente, mas barrando a passagem, de um ponto de vista mais simbólico de linguagem corporal. Seu tom era o que utilizava nas funções de monitor, aquele um pouco mais duro; não passava por sua cabeça lançar gentilezas, pois estava acostumado com as meninas “se rendendo”, como se fosse um favor que ele desse alguma atenção a elas. A garota virou a cabeça pra ele e soltou um “hum?” não muito convincente da surpresa...
- Desculpe, mas como monitor chefe eu gostaria de saber o que uma aluna desacompanhada de um professor e do bibliotecário está fazendo na sessão restrita.
- O próprio diretor me deu permissão, disse ela voltando à cabeça aos livros.
- E porque ele faria isso? Disse Riddle num tom mais suave, porém mais incisivo procurando os olhos da garota, que olhou novamente para ele, dessa vez realmente encarando, e usou de toda a sua prática em ser a “a herdeira Lestrange Black”, que escondia as suas sensibilidades, inseguranças (era esse e caso) e medos por detrás dos livros, de atitudes, e das finas madeixas pontudas que caiam delicadamente por seu rosto, e falou friamente:
- Eu não costumo especular sobre a motivação das decisões dos professores. Então pegou um livro qualquer, abriu e começou a correr os olhos pelo índice, mas estava nervosa demais para captar os sentidos das palavras. Riddle não gostou nada de ter receber uma resposta na mesma moeda que usou para atacar, e resolveu continuar exatamente do mesmo jeito, como se a garota realmente devesse mais explicações. E tal postura deu certo, porque já não sabendo mais o que fazer Crhistine olhou para ele de forma mais tímida e falou um pouco vacilante:
- Eu sou pesquisadora Junior e tenho que vir estudar aqui; o professor Dipet (N.A. se eu estiver errada quanto a isso alguém me corrija, mas eu acho que Dumbledore era apenas professor nessa época) me deu permissão pessoalmente.
- Muito bem... Riddle começou a se voltar, mas antes que o fizesse completamente lançou-lhe um último olhar bastante diferente, como um espectador que observando uma hora de arte, que fez ela se arrepiar completamente, ao mesmo tempo que sentia um calor no estômago. Christine, a partir então, ficou presa aquele olhar de Tom Riddle; começou a pensar nele freqüentemente, com sensações muito especiais, mas sempre com um certo nervosismo. Aquele momento, que se visto de fora pareceria corriqueiro, vazio e formal, no interior da garota continha em si intensidade emocional para uns três meses.



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