O anúncio



Capítulo VII: O anúncio.

O tempo é tão estranho, ele passa de uma forma que não entendemos, quando queremos que ele passe rápido, ele passa devagar; quando queremos que passe devagar, ele passa rápido.

Bem, claro, a vida é meio estranha. Às vezes temos as rédeas e podemos escolher os caminhos, mas muitas vezes perdemos o controle, caímos do cavalo e ainda levamos um coice, e a vida se torna mais dura, então precisamos de uma mão amiga e a partir daí pegamos carona entrelaçando duas vidas diferentes, e tudo se torna um só caminho, e as escolhas de ambos se tornam únicas: isso é o amor.



Novembro trazia nuvens carregadas de chuva, cinzas, anunciando com chuva o que seria dali um mês o inverno rigoroso de Hogwarts.

Naquele dia não podia ser diferente, a chuva torrencial caía lá fora, encharcando a grama, destruindo as árvores dos jardins. Era sábado. Todos estavam no Salão Principal aproveitando o café.

_Harry, não podemos treinar desta maneira. –Gina reclamava, estava chovendo muito forte.

_Gina, eu não estou no time, mas de qualquer forma aconselho vocês a treinarem. -E se no dia do jogo o tempo estiver assim? Ele não vai ser adiado. Eu treinaria se fosse você. –Harry falou colocando uma torrada com geléia de manga na boca. –E além do mais… Hoje é a seleção dos novos membros do time. Esse treino não pode ser adiado.

_Ah Harry, tudo bem, eu vou treinar e pegar uma pneumonia, aí vou morrer antes da hora.

_Ai, quanto drama Gina, eu também não estou muito animado para treinar, mas nós precisamos resolver nossa situação, o time ainda não treinou nenhuma vez esse ano, e a McGonagall ainda espera pela resolução do problema do Harry para nomeá-lo capitão, enquanto isso, estamos desfalcados. Precisamos urgentemente escolher os novos jogadores, não pode passar de hoje.

_Eu sei! Você só é o capitão provisório Rony, não precisa ensaiar o discurso. –Disse Gina, totalmente mal-humorada.

_Não precisa tratar mal também, eu estou só comentando. –Rony falou, exasperado.

_Bah. Vocês homens são tão abstratos! –Gina meneou a cabeça, dando ênfase à sua frase.

_Abstratos?! Eu prefiro ser abstrato a ser real e tão complicado como vocês mulheres são! Será que algum dia eu vou entender o que se passa na cabecinha de todas vocês? –Rony balançava as mãos imensas enquanto olhava intrigado para sua irmã.

_Não! –responderam todas as garotas que ouviram a pergunta do garoto.

_Ah! Que ótimo… -disse afundando na cadeira.

_Agora eu vou subir para vestir meu uniforme, já que vamos treinar debaixo dessa chuva toda, que… -Gina subiu para a torre da Grifinória resmungando muito.
Chegando ao retrato da Mulher Gorda, apenas disse a senha “Prespitecário de Jamafeus” e entrou, sem dar atenção para a mulher que falava muito.

Foi para seu quarto e vestiu-se, com aquela roupa que tanto lhe agradava, e saiu novamente, agora com destino ao campo de Quadribol. Olhou de relance para o mural de avisos, amaldiçoando aquele teste que aconteceria em poucos minutos. Quando olhou, porém, viu um aglomerado de alunos que se debatiam para conseguir ler algum aviso no mural.

Gina aproximou-se, e demorou bastante tempo para que pudesse ler um aviso pequeno.

Senhores Alunos,

Pedimos que todos compareçam ao Jantar de hoje, pois o Diretor gostaria de fazer um comunicado extremamente importante.

Vice-Diretora McGonagall.

_Alguém sabe do que se trata esse comunicado? –Gina perguntou para as pessoas ao seu redor.

_Não, mas não vejo a hora de descobrir.

Gina resolveu ir para o treino/teste, pois se chegasse atrasada iriam lhe culpar e dizer que queria prejudicar o time. Mas só não queria treinar por causa da chuva.

_Gina, Gina… Gin.... –Neville aproximou-se muito rápido, chamando a garota aos berros.

_O que foi Neville? Não grite, por favor. –Gina virou-se para o garoto, despreocupadamente.

_Vocês vão fazer o teste nessas condições? –pelo menos alguém concordava com ela de que aquilo era burrice, nenhum candidato conseguiria se sair bem com aquelas condições do tempo.

_Harry e Rony insistem, eles acham que devemos treinar com qualquer tempo.

_Eles não deixam de ter razão. Posso ir com você?

_Claro. –Gina perdeu um aliado.

Eles andaram por corredores vazios, por corredores cheios, em silêncio, até que Neville quebrou o silêncio.

_Gin… você e o Harry, bem… vocês… eh… estão juntos? –o garoto perguntou, completamente constrangido.

_Por que você está perguntando isso? –Gina ficou surpresa com a pergunta do garoto.

_Um dia atrás… Bem… foi sem querer, juro. –enfatizou ele. –Eu os vi… você sabe neh… se beijando.

Gina fechou os olhos demoradamente, como iria saber que havia alguém naquele corredor, quando se despediu de Harry, que burrice a sua em achar que não havia ninguém por perto. O que responderia agora? Pensou um pouco e resolveu responder o essencial, o que o garoto tinha perguntado.

_Não, Neville, nós não estamos juntos.

_Ah, só para saber. Desculpe-me. –ele pareceu ficar alegre, mas conteve-se.

_Tudo bem, só gostaria que o que você viu ficasse em segredo, OK?

_Certo, então.

E os dois continuaram andando. Saíram pelas Grandes portas de Carvalho, recebendo logo depois grandes pingos de chuva em suas cabeças.

_Será que alguém vai comparecer ao teste? –Neville perguntou, preocupado.

_Não sei, só se forem tão loucos quanto Harry e Rony.

_Coitado do Harry, não? Ele já devia ter voltado para o time. –Gina olhou para o garoto de relance, despreocupadamente. –Não que você não seja boa, Gin. Mas é que… que…

_Eu sei Neville… eu sei…

Depois dessa frase, os dois percorreram o resto do percurso, realmente em silêncio. Gina sabia que Harry não podia ser substituído, ele fora o jogador mais jovem do século, conseguiu a vaga no primeiro ano, e era completamente talentoso, e, além disso, Gina sabia que quadribol era praticamente a vida de Harry, e ela não queria tomar-lhe o lugar, de forma alguma. Esperava que a situação de Harry pudesse ser resolvida o mais breve possível, assim poderia jogar como batedora, que era realmente sua melhor posição.

Chegando ao campo, viu que havia muitos alunos loucos, porque a arquibancada estava lotada, todos esperando para ver os testes, e também faze-los.

_Nossa, pensei que você não vinha mais. –Rony chegou perto de Gina, e chamou-lhe a atenção.

_Não enche Ron. –Gina saiu de perto e foi juntar-se a Harry. -Certo, não temos ninguém no time, é pior do que eu imaginava. Apenas Rony e eu, por enquanto. Você vai voltar logo, logo.

_Eu espero mesmo. Então, Rony me pediu ajuda para selecionar os candidatos, o que você acha?

_É óbvio que precisaremos de sua ajuda, nós somos medíocres em quadribol. Sei lá, eu joguei realmente muito pouco.

_Ok! Então vou ajuda-los.

Os testes foram demorados, os alunos a partir do segundo ano podiam fazer os testes. E Harry achava que não era grande vantagem colocar no time alunos do sétimo ano, porque no ano seguinte teriam que ser feitos outros testes, o que dava muito trabalho.

_Certo, batedores agora. –Rony disse cansadamente, os testes para artilheiro já haviam sido feitos, o que tinha sido muito difícil, porque eles eram realmente um bando de alunos sem talento algum para quadribol. Eles tinham que acertar as goles nos três aros protegidos por Rony, Harry e Gina olhavam de baixo tudo que se passava e anotavam os terríveis resultados.

Joss Saiver, do quarto ano, tinha acertado três goles, o que foi o maior feito de todos, a terceira goles ela errou por uma distância pequena, e a quinta errou por uma distância assustadoramente grande. Roger Chiccino, do terceiro ano, tinha ido mal, mas melhor do que os outros, pelo menos tinha acertado duas goles, e o resto errado por distâncias razoavelmente pequenas.

_O teste será o seguinte, tomem seus bastões e Gina lançará os balaços para o alto cinco vezes, rebatam com a maior força que puderem e mirem em mim. Gina vai demonstrar como fazer.

Gina então subiu em sua vassoura, voou alto, mas ficou na direção de seu irmão. Harry lançou o balaço para o alto, na direção da garota, que o rebateu com tanta força que furaria até uma das paredes de pedra do castelo. Rony se viu num sufoco, pois o balaço foi em sua direção, certeiro. Foi preciso muita rapidez para que conseguisse escapar do balaço, que ainda assim, raspou em seu cotovelo, que começou a sangrar abundantemente.

Hermione saiu gritando das arquibancadas. Ela esperou que Rony descesse para lançar-lhe um feitiço cicatrizante. Em poucos segundo Rony estava novo em folha.

_Tenha mais cuidado da próxima vez. –pediu Hermione, preocupada.

_Eu terei, Mione, mas agora volte para as arquibancadas.

_Certo, então. –a garota abaixou a cabeça e retomou seu lugar nas arquibancadas.

_Só gostaria de avisar que, um dos lugares de Batedor pertence à Gina, mas como Harry ainda não conseguiu voltar para o time, então ela está ocupando seu lugar. Então um de vocês será escolhido como jogador permanente, e outro como provisório. Boa sorte.

E os testes recomeçaram, os batedores foram melhores, mesmo assim não conseguiriam se equiparar aos gêmeos, e nem sequer chegar perto da destreza de Gina. O escolhido como permanente foi um rapaz muito alto do quinto ano, que tinha braços musculosos e era muito atraente, seu nome era Zacharias Tomohei. O outro aluno, que foi escolhido como o provisório, se chamava Gary Safery, um aluno do sétimo ano, não muito alto, que tinha grandes olhos caídos, na cor castanha e cabelos cinzentos, meio ensebados.

_Você quer realmente treinar agora? –Gina perguntou, já exausta, mesmo não tendo feito praticamente nada.

_Acho melhor não, estou um bagaço. –Rony andava curvado, seu corpanzil mal agüentando o peso do cansaço.

_Ainda bem que resta um pouco de bom senso nessa sua cabeça oca.

_Gina, pare com isso, você não fez nada.

_Tente ficar olhando para cima o tempo todo, analisando quatrocentos mil candidatos horríveis que quase me mataram, mesmo eu estando no chão e eles no céu.

_Tudo bem, tudo bem. Então vamos apenas para os vestiários, assim poderemos conversar um pouco e decidir os dias de treinos.

_Isso sim foi uma boa idéia, maninho.

_Pessoal, vamos até o vestiário para podermos conversar melhor, sem a chuva para atrapalhar. –Rony esperou um pouco, e todos os alunos seguiram rumo ao vestiário, com Gina na frente.

Não ficaram muito alegres quando o time da Sonserina, formado apenas por homens, entrou no campo, prontos para treinar, com seus times completos.

_Quem são os novos babacas, Potter? –Malfoy perguntou, desdenhoso, fazendo pose, apoiado na vassoura. –Ah, esqueci. Você não faz mais parte do time, não é?
Harry contorceu o rosto de fúria, mas não se mexeu. Gina por outro lado chegou bem perto do rosto do garoto, e sem que ele esperasse, deu-lhe um belo tapa, com toda sua força de batedora.

Draco olhou perplexo para a garota. Será que o aviso que ele tinha lhe feito não adiantou de nada? Falara bem claramente para ela nunca mais tocar nele, nem chegar perto, senão sofreria as conseqüências. Ainda abismado, conseguiu pronunciar.

_Você vai se arrepender, e muito, pequena. –Draco disse com toda sua fúria.

_Não insulte mais o Harry, Malfoy, nem tente fazer nada contra mim, senão da próxima vez eu te acerto com um bastão, e saiba que eu bato muito forte.

Ela não esperou resposta, apenas continuou andando, rumo ao seu destino, ela sabia que tinha sido uma grande besteira o que tinha feito, mas não agüentava mais Malfoy insultando a todos, humilhando todos que encontrava em sua fuça de cobra.

Não agüentava mais o garoto a ameaçando e querendo controla-la apenas porque tinha feito uma grande burrada com ele, um acordo, um acordo inquebrável.
O resto do time seguiu a garota, passando sem pudor perto dos sonserinos enfurecidos.

_Gina, você é louca? Como você faz uma coisa daquelas com todos aqueles sonserinos lá, podia ter acontecido uma grande tragédia. –Mione também estava no vestiário.

_Mione, você também já deu um tapa naquele cretino, por que eu também não posso dar? –Gina disse, virando as costas para a amiga.

_Isso é verdade, mas… -Hermione tentou se defender, constrangida.

_Sem mas, Mione.

Hermione desistiu de falar, porque soube no momento que seria inútil discutir com a família mais cabeça dura que conhecia.

Eles conversaram durante cerca de meia hora, o que foi suficiente para decidirem que os treinos ficariam marcados para segunda e quinta à noite, e no sábado, pela manhã. Claro que precisariam consultar primeiro McGonagall, mas provavelmente conseguiriam seus horários, toda semana.

_O que você achou dos novos jogadores, Harry? –Gina perguntou, enquanto caminhava lado a lado com o garoto, rumo à torre da Grifinória.

_O tempo atrapalhou, claro. Esta ventando muito forte, e com certeza isso atrapalhou muito os artilheiros, já que o vento desviava a direção da goles. Mas no geral achei que eles são razoáveis, acho que com muito treino até podemos conseguir ganhar a taça.

_Você quer treinar comigo enquanto não volta ao time? –Gina propôs, pois já tinha pensado sobre o assunto.

_Seria uma boa, Gina. Obrigado. –Harry lhe deu um sorriso amigável.

Depois de entrarem no Salão Comunal, quente e convidativo, todos foram tomar seus banhos, já que se encontravam em péssimo estado, enlameados, sujos, e com muito frio.

Após estarem todos limpos e bem agasalhados, sentaram-se em poltronas dispostas em frente à lareira do Salão.

_Estou morrendo de fome. –reclamou Rony.

_Novidade. –resmungou Mione, ainda meio chateada com a maneira como o namorado havia falado com ela, no treino.

_Quase me esqueci. Vocês viram o aviso pregado no mural? –ao ver as respostas negativas dos três, continuou. –McGonagall pediu que todos comparecessem no jantar, pois Dumbledore tem um comunicado muito importante para nos fazer.

_Comunicado importante de Dumbledore? Isso não parece boa coisa. –comentou Harry, receoso.

_Bom, para sabermos o que é temos que ir jantar.

_Vamos então Rony, antes que você tenha uma síncope.

_Assim está melhor. –Rony mandou um beijo para sua irmã e abraçou Mione, que o repudiou e foi andar com Gina.

_O que há com ela? –perguntou Rony intrigado para Harry.

_Eu é que sei? Vá falar com ela.

_Boa idéia.

Rony conversou com Mione enquanto descia as infindáveis escadarias do castelo, que moviam-se à todo tempo. Depois que se acertaram, Harry juntou-se a eles e os três começaram a conversar, provavelmente continuavam a ter seus inúmeros segredos e planos secretos, dos quais mais ninguém tinha conhecimento.

Gina ficou para trás, não se importava realmente, já havia feito muito progresso no ano anterior e conquistara muito respeito deles, que não a subestimavam mais, afinal, ela era quase tão traquina quanto os gêmeos.

A moça bonita, que usava uma blusa de linha laranja, andava despreocupadamente pelos corredores, quando sentiu um puxão em seu braço esquerdo. Antes mesmo que pudesse se dar conta do que estava acontecendo, sentiu seus braços sendo esmagados por mãos fortes. Ela estava presa à parede de uma sala de aulas vazia.

_O que está acontecendo? Quem está aqui? –perguntou, sem conseguir distinguir um palmo à sua frente.

_Adivinha? –perguntou a pessoa, com uma voz tediosa e marota.

_Ah, não. Você de novo não. –Gina revirou os olhos, de modo cansado.

_Eu mesmo, eu precisava te dizer algumas coisas, pequena. –Malfoy retirou o capuz que cobria seu rosto por completo.

_Sério? –Gina perguntou, irônica. –O que foi dessa vez? Estou começando a desconfiar que você não consegue viver sem mim, Malfoy.

_Mas é claro que não consigo, pequena, quem eu iria atormentar?

_Qualquer um, é só você abrir sua boca que você já atormenta alguém, apenas com sua voz.

_Eu sei que sou lindo, não precisa falar. Minha voz é tão magnífica que todos que a escutam ficam atordoados.

_Principalmente atordoados com o tanto de coisa inúteis e idiotas alguém pode dizer em apenas uma frase. Eu estou atordoada, acho que não consigo pensar em mais nada, só penso em como você é patético.

_Não precisa disfarçar, eu sei o que você está pensando, todas pensam a mesma coisa. E sonham, lógico.

_Medíocre. Fale logo o que você quer, preciso ouvir o comunicado de Dumbledore. –Gina queria se livrar do loiro egocêntrico e mimado.

_Ah, claro. Como pude me esquecer. –Draco assumiu uma expressão brava. –O que você acha que está fazendo, sua fedelha? Como você se atreve a me dar um tapa na frente de todo o time? Você quer morrer?

_Na verdade não quero morrer, ainda que isso seja inevitável, mas eu não pude controlar minha mão, ela anda tendo vontades próprias ultimamente. –Gina respondeu, calma.

_Pois eu estou de falando, agora, se você não para com esses seus ataques involuntários a mim, pode ter certeza, você vai pagar caro.

_E o que você vai fazer? Me matar? Jogar uma imperdoável em mim? Tente!

_Não. Eu não irei fazer absolutamente nada, quem vai fazer é você.

_Eu? E quem vai me forçar fazer alguma coisa? Você?

_Exatamente. Sabe, eu havia pensando em algo realmente humilhante para que você fizesse para mim, mas depois de hoje eu desisti, vou pensar em algo muitas vezes pior, algo que fiquei gravado em você para o resto da vida.

_Como o quê?

_Não sei, talvez se eu mandasse você matar seu querido Potter. –Malfoy sugeriu.

_Nunca, eu jamais faria uma coisa dessas. –Gina ficou assustada, pois sabia que se Malfoy mandasse ela fazer uma coisa dessas, não teria como fugir teria que cumprir.

_Você sabe que se eu mandar, você terá que fazer. Mas por enquanto é só um aviso, se você aprontar mais alguma coisa, pequena, já sabe que o castigo vai ser bem pior do que imagina.

_Tudo bem, eu não faço mais nada, se, e somente se, você não fizer mais nada também, eu não posso ficar parada enquanto você agride todos que aparecem na sua frente.

_Eu não preciso prometer nada, apenas você tem que prometer.

_Eu prometo. –Gina gritou, aborrecida. –Mas você bem que poderia também parar de me deixar nervosa, quem sabe assim eu não te agrediria mais.

_Eu só queria ouvir você prometendo, o resto é resto. Não vou parar de fazer nada.

Malfoy saiu da sala rapidamente, deixando para trás uma Gina paralisada, estupefata. Era incrível como a cada dia o sonserino conseguia surpreende-la mais. As coisas estavam ficando ruins para seu lado, e sabia que todas as coisas que Malfoy estava pensando eram ruins o bastante para marca-la para sempre, seja como humilhação ou qualquer outra besteira que faria. Só não entendia ainda o por quê do garoto ainda não ter pedido nada, ele poderia estar esperando uma hora certa para que as coisas ficassem piores do que poderiam.

Gina balançou sua cabeça, tentando afastar os pensamentos ruins de sua cabeça. Depois de recuperar seus movimentos, ela saiu da sala e foi para o Salão Principal, onde o jantar já devia estar servido á algum tempo.

_Onde você estava? –perguntou Mione para Gina, assim que ela sentou-se na cadeira de frente a Neville.

_Eu tive um contratempo.

_Que tipo de contratempo? –indagou Rony.

_Do tipo que não interessa a ninguém.

_O que está acontecendo com você, Gin? Anda tão explosiva, não podemos falar mais nada.

_Onde está a Mel? –Gina mudou de assunto.

_Ela foi te procurar. –foi Harry quem respondeu.

_Então você está aqui, não é? Fui de procurar, mocinha, que droga. –Mel resmungou enquanto sentava-se ao lado de Gina.

_Desculpa, eu não poderia adivinhar que já estavam fazendo até buscas para me encontrar.

_Engraçadinha.

Gina deu um sorriso aberto à amiga. Todos eles comeram o mais rápido que podiam, assim como todos os outros alunos do castelo, pois queriam ouvir logo o que Dumbledore tinha de tão importante para lhes dizer.

Quando o último talher foi colocado na mesa, e todos já estavam satisfeitos, Dumbledore se levantou e abriu os braços como de costume.

_Queridos alunos e alunas de Hogwarts, os chamei aqui essa noite porque tenho um aviso muito importante para lhes dar. Fiquem tranqüilos, pois as novidades são muito boas e tenho certeza de que vocês irão adorar.

Correu um burburinho animado por todo o Salão, ainda bem que as notícias não era ruins.

_Eu gostaria de lhes comunicar que, depois de muita conversa com Joshua Funnyman, eu decidi abrir mais uma vez as portas da nossa querida Hogwarts para acolher outra escola e sediar um novo Baile. –o salão estourou com o barulho de todos falando ao mesmo tempo, entusiasmados com o tal baile. Dumbledore ergueu as mãos pedindo silêncio. -O Sr. Funnyman dirige uma escola Australiana, chamada Frienshire. Nós tomamos essa decisão, porque queremos fortificar nossos laços de amizade, tanto entre as direções das escolas como entre os alunos. Os tempos estão difíceis, não podemos desperdiçar nenhuma fonte de ajuda, e quanto mais pessoas conhecermos, mais serão as chances de vitória. Para isso, claro, teremos que reforçar nossos próprios laços e acabar com as rixas internas da nossa própria instituição. É muito importante que todos vocês estejam dispostos a ceder, para que possam se relacionar melhor.

“Mas esse não será um Baile como o que aconteceu no Torneio Tribruxo, mas será um Baile de Máscaras. –o barulho no Salão voltou, a agitação tomou conta de todos e dessa vez foi mais difícil fazer os alunos ficarem quietos. –Essa decisão colabora, e muito, para nosso intuito. A única regra que vocês terão que cumprir é: não serem reconhecidos. Como de costume, apenas os alunos do quarto ano para cima poderão comparecer ao Baile, por medidas de segurança, mas não fiquem tristes, pupilos, pois vocês terão outras atividades para que possam se divertir também.

“O tema do Baile será: os grandes bruxos da história. Cada um deve vir representando um personagem importante da história, e não se preocupem se vocês encontrarem alguém igual a você, isso realmente não tem importância. Só não se esqueçam de suas máscaras, ou será bem difícil não ser reconhecido, e também não precisam vir acompanhados ao Baile. Dentro de alguns dias colocaremos no mural o dia de visita á Hogsmead, onde poderão comprar as fantasias, a data do baile, e a data da chegada da escola. Por hoje é só isso, podem se recolher.”

_Você ouviu isso, Gina? –Mel perguntou eufórica. -Vai ser demais, eu queria ter participado do Baile de Inverno, mas não pude porque ninguém me convidou, mas você veio, não é? Que sorte, vai ser demais.

_Calma, Mel, é só um Baile de Máscaras. –Mione interrompeu, fazendo uma careta. –Sabe de uma coisa, eu acho que Dumbledore está fazendo isso pela Gina.

_Por mim? Imagina, Mione, é impossível.

_Não é impossível, Gin, até que a Mione tem razão. –Harry opinou. –Se você não pode sair e procurar seu grande amor, então seu grande amor pode vir até você. Quer dizer, o Dumbledore pode estar querendo te ajudar à conhecer mais pessoas, afinal, acho que eles não virão apenas para o Baile.

_Eu também acho, Harry. Maninha, aproveite a oportunidade que Dumbledore está te dando.

_Eu não acho isso realmente possível, Rony, mas é claro que vou aproveitar para conhecer novas pessoas.

_Eu vou te ajudar nisso. –falou Mel.

_Obrigada, vocês são sempre tão prestativos comigo. Muito, muito obrigada.

_Não é nada, estamos sempre aqui, para o que der e vier.

Os cinco subiram as escadarias abarrotadas de alunos. Naquela noite eles conversaram sobre de quem gostariam de ir vestidos. Assim como o resto dos alunos de Hogwarts…


O vento uivava no alto da torre, assombrando os alunos mais assustados, mas Gina realmente não tinha medo de ventos fortes. Ela estava sentada no peitoril da janela, balançando suas pernas periodicamente. O vento batia em suas costas, mas ela parecia anestesiada, pois não sentia mais nada. Ela estava pensando em qual personagem da história iria fantasiada, eram tantas as bruxas que admirava, que era até difícil escolher uma em especial.

A personagem que mais lhe chamava a atenção era uma de quem sua mãe sempre contava uma história, ela era uma sangue-puro, filha do rei de Grinfoord, um reino muito problemático, onde existiam muitos conflitos internos, e quase todas as famílias se odiavam. Mirian era uma criança esperta, que adorava passear pelos campos do reino, e fazia muitas amizades com os filhos dos subordinados à coroa. A garota fazia coisas estranhas, como o resto de sua família. Um certo dia, Mirian ficou com muita raiva e quebrou um grande vaso que adornava a Sala do Rei. Nesse dia estavam presentes todas as pessoas importantes do reino. Phaladeus, o mago, resolveu pedir ao rei que pudesse passar algum tempo com sua filha, pois suspeitava que ela fosse uma bruxa. O rei, que também era um bruxo, deixou que Phaladeus a levasse. Durante 10 longos anos, o mago ensinou tudo sobre magia à menina. Quando Mirian voltou ao reino, controlava completamente seus poderes, e vinha provida de uma varinha, feita da madeira da árvore da avelã. A menina que tinha na época apenas 15 anos, teve que assumir o trono, junto com sua mãe, pois seu pai estava muito doente, e faleceu apenas uma semana depois de sua volta. Mirian, então, começou a governar o reino com muita sabedoria, e usou da magia para melhorar as condições lamentáveis da população. Ela conseguiu acabar com as brigas internas da população, e inventou muitos feitiços e poções que foram de fundamental importância para o legado bruxo na Terra.

Sim, essa seria a sua escolhida, adorava ouvir sua mãe contando aquela história, com riqueza de detalhes. Gina era parente muito distante de Mirian, que também era ruiva e tinha muitas sardas no rosto branco. E além do mais, sua mãe possuía o vestido que Mirian usara no dia em que assumira o trono, como princesa de Grinfoord, assim não precisaria gastar dinheiro para comprar um vestido.

_GINAAAAAA! –Mel gritou, depois de ficar muito tempo chamando a amiga, sem resposta.

_Oi Mel, o que foi?

_Nossa, foi difícil chamar sua atenção, que horror, estou a duas horas te chamando. –Mel reclamou, jogando-se em sua cama.

_Ah, desculpe, eu estava pensando em qual personagem da história vou vestida.

_Já se decidiu?

_Já. –Gina desceu do peitoril da janela e em seguida fechou-a.

_Me conta? –Mel sentou na cama, curiosa.

_Não, te conto depois que receber minha fantasia.

_Ah, agora me lembrei, era por isso que estava te chamando. Foram colocadas no mural as datas, finalmente.

_Sério? E quais são?

_Bom, vamos a Hogsmead semana que vêm, no sábado. Frienshire vai chegar dia 23 de dezembro e vai ficar até dia 26. E o baile vai ser no dia 24, com início às 10 horas da noite.

_Obrigada por me avisar.

_De nada.

_Sabe, pensei que iria para casa nesse Natal, precisava conversar com a mamãe sobre tudo isso que está acontecendo, afinal, esse negócio de maldição foi feito para ela.

_Não se preocupe, acho que sua mãe não te esclarecia mais do que Dumbledore, afinal, a maldição foi feita para ela, mas atingindo você.

_É, você tem razão.

_Como sempre! –Mel estufou o peito, pomposa.

_Chata. –Gina jogou um travesseiro na cara da amiga e assim começou uma grande guerra de travesseiros no quarto do quinto ano da grifinória.


Gina estava completamente atrasada, precisava terminar de se arrumar rapidamente, pois senão perderia o primeiro passeio para Hogsmead. Ela colocou suas luvas e saiu correndo Salão abaixo. Desceu as escadarias, atravessou o Salão. Correu tanto que seu peito ardia.

_Seu nome? –perguntou Filch.

_Virgínia Weasley.

O zelador deu uma olhada pela lista de alunos.

_Pode ir.

Gina correu mais um pouco, precisava pegar uma carruagem o mais rápido possível. Era ruim ter horário certo para as carruagens saíram, pois sempre tiveram toda a liberdade de ir andando até o vilarejo, mas, como medida de precaução, eles decidiram usar um meio de transporte, pois assim os alunos não ficariam tão expostos.
Gina abriu a porta de uma carruagem e sentou-se apressadamente. No mesmo instante ela começou a se mover.

Gina recostou no assento do banco marrom. Quando olhou para o lado viu que a carruagem não estava vazia, mas continha um ser não muito agradável.

_O que está indo fazer em Hogsmead, pequena? –Malfoy perguntou, debochado. –Pelo que sei você não tem dinheiro nem para comer, como acha que vai comprar uma fantasia?

_Não enche, Malfoy. –Gina virou a cara, ela era a pessoa mais azarada do universo, pois sempre esbarrava naquele idiota do Malfoy.

_Já sei. Você vai comprar uma fronha, assim você vai fantasiada de Elfa doméstica. Seria uma boa opção, acho que estaria dentro do orçamento dos Weasley, uma fronha não é tão cara. Os Elfos são seres muito importantes da história.
Gina ficou calada, aquele idiota não merecia respostas.

_Você podia ir fantasiada de Randel Winche. –Draco provocou. Randel havia morrido apedrejada, pois tinha roubado um pão para comer, porque há muito tempo não tinha casa e não se alimentava.

_Malfoy, eu queria que você engolisse sua língua e morresse engasgado com ela. Você não presta, idiota. Como pode haver no mundo um ser tão sem coração? –Gina havia ficado realmente brava com a sugestão do garoto, ela não era morta de fome, e nunca roubaria, nem que fosse para comer.

_Eu tenho coração. –Malfoy disse, docemente, só para irritar a garota.

_Mas aposto que nunca o usou. Você sabe o que é se importar com alguém, gostar de alguém, amar? Claro que não sabe, porque cobras não tem compaixão, não se importam com ninguém, apenas são bichos que se arrastam por aí causando repugnância nas pessoas. Você é exatamente assim, você não tem amigos, ninguém gosta de você. Eu tenho até pena de você, Malfoy. PENA! –Gina enfatizou.

_Eu não preciso de pena. Eu não preciso de nada que você pobres precisavam, é o único jeito de continuar vivendo, não é? Eu te amo, ó Merlin, mesmo que eu morra de fome ao seu lado, sempre vou te amar! Patético. –Malfoy disse imitando uma garota apaixonada.

_Não vou perder meu tempo com você, se quer saber. Você não merece.

Gina ficou calada, olhando para um Aldo, enquanto Malfoy olhava para o outro lado, assim que a carruagem começou a para, Gina saltou e correu até o Centro da cidade de Hogsmead, onde se encontraria com seus amigos.

O dia foi muito proveitoso, eles se divertiram muito. Todos foram comprar suas fantasias, mas ninguém disse o que vestiria, tudo era um grande segredo ainda. Talvez Harry e Rony já tivessem partilhado esse segredo, mas de resto, ninguém fazia nem idéia de qual personagem cada um iria.

Ao entardecer voltaram para Hogwarts, cheios de doces e garrafas de cerveja amanteigada, e passaram muito tempo especulando como seria o Baile de Máscaras.

N/A: Nhaaaa... ta vendo, é só ameaçar que aparecem os meus leitores fantasmas, agora a lei é essa, sem comentários, sem próximo cap! E vcs naum sabem o que estão perdendo, são 18 páginas no próximo cap, ou seja, o maior que escrevi, ta muito legal. Bom, rapidinho, vou agradecer à um pessoal: Kakazinha (atualizei, atualizei, nhaaa, está aqui, mas vc jah leu esse cap, entaum, vai lá aonde posto minha fic q tem o cap 8) Manu (ainda não vou contar nada, beijões) Amanhda (adoro qdo começam a gostar de D/G por minha causa, fico muito feliz, e vê se comenta, hein?!) Almofadinhas Black (naum esqueci de vc, vou passar na sua fc assim que der) A Dóris Evans Potter (se vc continuar me elogiando desse jeito acho que consigo terminar a fic aqui, e eu gosto mais do ff.net do que daqui, sei lá, o povo é mais legal.) Bruna B. Rodrigues (nhaaa, adorando sua fic, te mando o e-mail prometido assim que possível XD) Anne Malfoy (ahhh, preciso ler os outros caps da sua fic, vou ler, juro) T Johns (heheh, vê-los juntos, num vai ser taum fácil assim) Isadora (nhaaa, gostou da capa? Que bom, acho q é o que mais gosto na fic, jah percebeu as paisagens no fundo, são as quatro estações, 1 ano, a maldição, bom, se vc e os outros continuarem a comenta naum vou para a fic, Bj) aluada R.L (gostei do seu nick, amo o aluado, meu preferido, naum vou deixar....... nhaaaaa.......)

Bom, quanto mais comentários, mais rápido o próximo cap.

Beijões para todo mundo Malu

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