Enfim



Hermione saiu correndo pela calçada, esbarrando em todo mundo, com uma super velocidade, sem olhar pra trás. Wilfred foi atrás dela, após lançar um olhar furioso para Ron, mas não logrou alcançá-la. Ron quase ia indo também, mas Ammy, pressentindo isso, colou-o na cadeira com um feitiço disfarçado.


— Desfaz isso, eu quero ir atrás dela! – ele grunhiu para a garota, baixinho. – Se não for agora, ela não vai querer me ver nunca mais, nem pintado de ouro.


— Você ficou louco? Quer pôr tudo a perder? – Ammy questionou, inclinando-se sobre a mesa para sussurrar-lhe isso ao ouvido, friamente. – Eu não vim até aqui, arrisquei minha vida e agora a minha amizade com a minha prima para você dar pra trás na última hora. Nenhum dos dois vai sair daqui enquanto não pegarmos aquele cara.


Rony aquietou-se e Ammy desfez o feitiço, mas ele ainda olhava perigosamente para o lado em que Hermione desaparecera. Um garçom ruivo e barbudo aproximou-se e colocou um papel na mesa na frente de Ron. “Se você desgrudar essa bunda daí antes da hora eu te mato”, estava escrito. Era George e esse fora o disfarce encontrado por ele para conseguir ficar por perto. Ron suspirou e continuou a representação.


Eles ficaram ainda um tempo no restaurante, conversando animadamente como um casal apaixonado. Depois se ergueram, Ron deu o braço a Ammy e eles foram se afastando lentamente para o lado menos movimentado. Harry, Petter e George (este agora vestido normalmente) os seguiam atentamente a alguma distância.


— Ah, foi tão legal hoje, amor... eu estava com saudade... – disse Ammy, audivelmente; era parte da peça. Ron, distraído, não respondia. Ammy deu-lhe uma canelada.


— Ah, é. Que bom que sua perna melhorou – ele disse, esfregando o lugar em que o salto de Ammya lhe atingira. – Agora podemos repetir com frequência.


— E aquela história daquele cara, que você tinha falado? – ela fez um tom preocupado.


— O maluco da loira? Não sei... Afinal, eram só ameaças mesmo – eles tinham chegado a uma rua que cruzava com um beco. Pararam. – Não tenha medo dele, Ammy. Eu te protejo – ele beijou a mão dela.


— O chato é só a Hermione ter visto a gente – ela acrescentou de improviso, aproveitando para proteger a prima. Ron engasgou.


— Dane-se ela – ele respondeu, com a língua pesada como chumbo. – Já me encheu. Me beija – ele pediu. Ammy riu e beijou o rosto dele.


— Amanhã – exclamou, risonha, e afastou-se alegremente. Ron foi indo para o outro lado, lentamente. Ammy entrou no beco, aguçando os sentidos. Estava na metade desse quando sentiu um vulto atrás de si. Virou-se de pronto.




— Sectu... – começou o rapaz, com a varinha apontada para Ammya. Mas imediatamente sua voz foi abafada por quatro vozes potentes masculina com um “Estupefaça!”, um “Impedimenta!”, um “Levicorpus!” e um “Expelliarmus” (adivinha de quem!), seguidos do “Incarcerous!” soprano de Ammy.


— Foi fácil, hein? – comentou Petter, aproximando-se do rapaz desacordado. Harry recolheu a varinha dele e guardou-a.


— Ele não era tão esperto quanto pensávamos – concluiu.


— Ou é porque é muito jovem – sugeriu Pit.


— É porque ele viu a Ammy e pensou: é a mulher perfeita, claro que é dela que o cara gosta. Mas não sabia que o Ron é burro... – George brincou, aproximando-se da namorada, por quem estava mais caído a cada dia, e enlaçando-a pela cintura. Ron aproximou-se de Poldek também.


— Eu achei que ia ter vontade de picá-lo todinho quando o encontrasse – comentou. – Mas se quer saber, apesar da raivam agora eu tenho pena. Tão novo e já estragado...


— Não é o primeiro que vemos assim. Crabbe, Goyle, Malfoy... lembram? – comentou Ammya, olhando Harry e Ron.


— É. Infelizmente – concordou Harry.


— Mas agora eu tenho coisas mais importantes para pensar – disse Ron. – Eu quero a Hermione de volta. Logo e pra nunca mais perder – falou.


— É... vai ser duro, cara... – comentou George. – Se quiser, eu tenho uma linha de poções do amor, para todas as intensidades. Faço pela metade do preço pra você, pra ninguém dizer que eu sou um insensível com os apaixonados.


— Não, obrigado – recusou Ron, com um meio sorriso. – Vocês levam ele pra junto da Vitorinha dele? Eu tenho mais o que fazer – e Ron se afastou, acabrunhado, pensando numa forma de desfazer toda aquela confusão.


 

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