10 - O dia das bruxas



– O dia das bruxas.

– Adoro o dia das bruxas em Hogwarts, – Lily disse com um sorriso – é tão diferente do dia das bruxas dos trouxas...


                Hermione deu um sorriso de agradecimento a Rony e Harry, nunca se esqueceu do dia das bruxas daquele ano, e da primeira vez que teve amigos.


 


Draco não conseguiu acreditar em seus olhos quando viu que Harry e Rony continuavam em Hogwarts no dia seguinte, parecendo cansados, mas absolutamente felizes. De fato, na manhã seguinte Harry e Rony começaram a achar que o encontro com o cachorro de três cabeças fora uma excelente aventura e estavam prontos para outra.


 


– Estou tão orgulhoso de vocês! – Sirius disse fazendo Severo revirar os olhos e Tiago concordar veemente.


 


Entrementes Harry contou a Rony sobre o pacotinho que parecia ter sido levado de Gringotes para Hogwarts, e passaram muito tempo pensando no que poderia precisar de tanta proteção.


— Ou é uma coisa realmente valiosa ou realmente perigosa — falou Rony.


— Ou as duas — acrescentou Harry.


 


– Nesse caso as duas. – Frank disse pensativo – Se Voldemort conseguisse colocar as mãos nisso...


                Um arrepio subiu pela espinha de Lily ao ouvir aquilo, será que Voldemort era quem estava tentando roubar a pedra e por isso ela estava em Hogwarts?


 


Mas como só o que sabiam com certeza sobre o misterioso objeto era que media uns cinco centímetros de comprimento, não tinham muita possibilidade de adivinhar o seu conteúdo sem outras pistas.


Nem Neville nem Hermione mostraram o menor interesse pelo que estava sob os pés do cachorro e do alçapão. Neville só estava interessado em quando iria chegar perto do cachorro outra vez.


 


– Espero que nunca. – Alice disse passando a mão pelos cabelos de Neville.


 


Hermione agora se recusava a falar com Harry e Rony, mas era uma menina tão mandona e metida a saber de tudo que eles encararam sua atitude como um prêmio.


 


– Você devia ser realmente insuportável. – Gina disse olhando para Hermione com pena, não havia conhecido a amiga antes dela ser amiga de Rony e Harry.


– Muito obrigada, Gina. – Hermione respondeu irônica.


                Gina deu de ombros inocente.


 


Agora só o que realmente queriam era descobrir um jeito de se vingar do Draco, e para sua grande satisfação, a oportunidade chegou pelo correio mais ou menos uma semana depois.


Quando as corujas invadiram o salão como de costume, a atenção de todos foi atraída por um longo pacote carregado por seis corujonas. Harry sentiu tanta curiosidade quanto os outros para ver o que havia no pacote e se surpreendeu quando as corujas desceram planando e o largaram bem diante dele, derrubando o seu bacon no chão. Mal tinham se afastado quando outra coruja deixou cair uma carta em cima do pacote.


Harry abriu a carta primeiro, o que foi uma sorte, porque ela dizia:


“NÃO ABRA O PACOTE À MESA.


Ele contém a sua nova Nimbus 2000, mas não quero que todo o mundo saiba que você ganhou uma vassoura ou todos vão querer uma.


Olívio Wood vai esperá-lo hoje à noite às sete horas no campo de Quadribol para a sua primeira sessão de treinamento.


Professora Minerva McGonagall”.


 


– Não tem como não amar McGonagall. – Tiago disse sorrindo e pensando que tinha que se lembrar de dar um belo presente para ela.


– Fico em dúvida se ela está fazendo isso por Tiago ou pelo quadribol... – Remo comentou distraído.


– Provavelmente pelos dois. – Sirius disse sorrindo para Tiago. – Tiago é o aluno favorito dela, e ela é obcecada por quadribol.


                Severo ficou pensando em como era injusto que o aluno mais bagunceiro da escola fosse o favorito dos professores.


 


Harry teve dificuldade em esconder a alegria quando passou o bilhete para Rony ler.


— Uma Nimbus 2000! — Rony gemeu de inveja. — Eu nunca nem pus a mão em uma.


Os dois saíram depressa do salão, querendo desembrulhar a vassoura sozinhos antes da primeira aula, mas no meio do saguão de entrada encontraram o caminho barrado por Crabbe e Goyle.


Draco tirou o pacote de Harry e apalpou-o.


— É uma vassoura — falou, atirando-o de volta a Harry com uma expressão de inveja e despeito no rosto. — Você vai se ferrar desta vez, Potter, alunos do primeiro ano não podem ter vassouras.


Rony não conseguiu resistir.


— Não é uma vassoura velha qualquer, é uma Nimbus 2000. Que foi que você disse que tem em casa, Draco, uma Comet 260? — Rony riu para Harry — A Comet enche os olhos, mas não tem a mesma classe da Nimbus.


 


– Rony tem toda a razão. – Tiago disse sorrindo – A série Nimbus tem um balanço muito...


– Silêncio! – Remo apontou a varinha para silenciar Tiago.


– Obrigada, – Lily disse rindo enquanto Tiago continuava tentando falar levando a mão à garganta – já percebi que se deixar Tiago começar a falar de quadribol, ele não para mais.


 


— Que é que você entende disso Weasley? Você não poderia comprar nem a metade do cabo. Vai ver você e seus irmãos têm que economizar para comprar palha por palha.


Antes que Rony pudesse responder, o professor Flitwick apareceu ao lado de Draco.


— Não estão brigando, meninos, espero — falou com voz esganiçada.


— Potter recebeu uma vassoura, professor — disse Draco, depressa.


— Eu sei — respondeu o professor Flitwick, abrindo um grande sorriso para Harry. – A Professora Minerva me falou das circunstâncias especiais, Potter. E qual é o modelo?


— Uma Nimbus 2000, professor — informou Harry, lutando para não rir da expressão horrorizada no rosto de Draco. — E, para falar a verdade, foi graças ao Draco aqui que ganhei a vassoura — acrescentou.


Harry e Rony subiram as escadas sufocando o riso diante da raiva e confusões visíveis de Draco.


— É verdade — disse Harry, caindo na gargalhada, quando chegaram ao alto da escadaria de mármore. — Se ele não tivesse roubado o Lembrol do Neville eu não estaria no time.


— Então suponho que você ache que ganhou um prêmio por desobedecer ao regulamento? — Ouviu-se uma voz zangada logo atrás deles. Hermione subia com passos decididos a escadaria, olhando com desaprovação para o pacote nas mãos de Harry.


— Pensei que você não estava falando com a gente — comentou Harry.


— E, continue a não falar — falou Rony — está fazendo tanto bem a gente.
Hermione se afastou com o nariz empinado.


 


– Já sei, – Hermione disse resignada – eu era terrivelmente metida. – Hermione deu um sorriso constrangido. – Eu também acho.


 


Harry teve muita dificuldade em se concentrar nas aulas daquele dia. Seus pensamentos não paravam de vagar até o dormitório onde guardara a vassoura debaixo da cama, ou de se desviarem para o campo de Quadribol onde iria aprender a jogar. Jantou depressa à noite, sem ao menos reparar no que estava comendo e, em seguida, correu até o quarto com Rony para finalmente desembrulhar a Nimbus 2000.


— Uau! — suspirou Rony, quando a vassoura apareceu na cama de Harry.


Até Harry, que não entendia nada de vassouras e suas diferenças, achou que a Nimbus tinha uma aparência fantástica.


Aerodinâmica e reluzente com um cabo de mogno, a vassoura tinha uma longa cauda de palhas limpas e retas e a marca Nimbus 2000 escrita a ouro próximo ao punho.


 


                Tiago estava se esforçando tanto para falar que estava ficando roxo.


– Vai ficar mais fraco em alguns minutos. – Remo disse olhando para o amigo com pena.


 


Quando eram quase sete horas, Harry saiu do castelo e se dirigiu ao campo de Quadribol no lusco-fusco. Nunca estivera no estádio antes. Havia centenas de lugares em uma arquibancada em volta do campo de modo que os espectadores viam o que acontecia do alto. Em cada ponta do campo havia três balizas douradas com aros no topo lembraram a Harry os canudinhos de plástico que as crianças trouxas usavam para soprar bolinhas de sabão, só que tinham mais de 15 metros de altura.


 


– Nunca tinha pensado nisso. – Lily disse sorrindo para Harry.


 


Ansioso demais para esperar Olívio sem voar, Harry montou a vassoura e deu um impulso. Que sensação, ele mergulhou pelas balizas, subiu e desceu pelo campo. A Nimbus 2000 ia aonde ele queria ao menor toque.


— Ei, Potter, desça!


Olívio Wood chegara. Carregava uma grande caixa de madeira debaixo do braço. Harry pousou ao lado dele.


— Muito bom — comentou Olívio, os olhos brilhando. — Estou vendo o que foi que Minerva quis dizer... Você realmente tem um talento natural. Hoje à noite só vou lhe ensinar as regras do jogo, depois você vem aos treinos do time três vezes por semana.


 


– Três vezes? – Sirius riu – Tiago faz o time treinar pelo menos quatro vezes por semana.


 


Ele abriu a caixa. Dentro havia quatro bolas de tamanhos diferentes.


— Certo — disse Olívio. — O Quadribol é muito fácil de entender, mesmo que não seja fácil de jogar. Tem sete jogadores de cada lado. Três deles são artilheiros.


— Três artilheiros — Harry repetiu, enquanto Olívio apanhava uma bola muito vermelha do tamanho aproximado de uma bola de futebol.


— Esta bola se chama goles — explicou Olívio. — Os artilheiros atiram a goles um para o outro e tentam metê-la em um dos aros para marcar um gol. Dez pontos todas as vezes que a goles passa por um dos arcos. Está me acompanhando?


— Os artilheiros atiram a goles pelos aros para marcar pontos — repetiu Harry — Então é como um basquete com seis cestas e vassouras, não é?


— O que é basquete? — perguntou Olívio curioso.


— Deixa pra lá — disse Harry na mesma hora.


— Agora, tem outro jogador, um para cada lado, que é chamado goleiro. Eu sou o goleiro da Grifinória. Tenho que voar em volta dos aros para impedir que o outro time marque pontos.


— Três artilheiros, um goleiro — disse Harry, que estava decidido a decorar tudo — E jogam uma goles, OK entendi. E essas para que servem? — Apontou para as três bolas restantes na caixa.


 


                Tiago fazia tanto esforço para falar que começava a emitir grunhidos indistintos.


 


— Vou lhe mostrar agora. Segure aqui.


Ele entregou um pequeno bastão a Harry, meio parecido com um bastão de beisebol.


— Vou lhe mostrar o que os balaços fazem. Essas duas aqui são os balaços.


E mostrou a Harry duas bolas iguais, pretas e ligeiramente menores do que a goles vermelha. Harry reparou que elas pareciam estar fazendo força para se livrar das correntes que as prendiam na caixa.


— Fique longe — Olívio preveniu Harry. Ele se curvou e soltou um dos balaços.


Na mesma hora, a bola preta saiu voando e em seguida desceu direto contra o rosto de Harry.


Harry golpeou-a como bastão para impedi-la de quebrar o seu nariz e mandou-a ziguezagueando para longe, ela passou veloz pelas cabeças deles e, em seguida, atirou-se contra Olívio, que mergulhou sobre ela e conseguiu imobilizá-la no chão.


— Está vendo? — Olívio ofegou, forçando o balaço indócil de volta à caixa e passando a correia para prendê-lo. — Os balaços voam pelo ar tentando derrubar os jogadores das vassouras. E por isso que tem dois batedores em cada time. Os gêmeos Weasley são os nossos. A função deles é proteger o time dos balaços e tentar rebatê-los para o outro time. Então, acha que guardou tudo?


— Três artilheiros tentam marcar pontos com a goles, o goleiro guarda as balizas e os batedores afastam os balaços do seu time. — Harry repetiu como um gravador.


— Muito bem.


— Hum... Os balaços já mataram alguém? — perguntou Harry, esperando parecer displicente.


— Nunca em Hogwarts. Já tivemos uns queixos quebrados, mas nada mais sério. Agora, o último membro da equipe é o apanhador: você. E você não tem que se preocupar com a goles nem com os balaços.


 


– Tem se os balaços forem quebrar seu pescoço. – Lily disse exasperada, achava quadribol perigoso demais para garotos de onze anos.


 


— A não ser que rachem a minha cabeça.


— Não se preocupe, os Weasley são uma parada para os balaços, quero dizer, eles parecem uns balaços humanos.


Olívio meteu a mão no caixote e tirou a quarta e última bola.


Comparada com a goles e os balaços, era pequenininha, mais ou menos do tamanho de uma noz. Era de ouro polido e tinha asinhas de prata que se agitavam.


— Este é o pomo de ouro, e é a bola mais importante de todas. É muito difícil de se apanhar porque é veloz e pouco visível. A função dos apanhadores é agarrá-la. Eles têm que se meter entre os artilheiros, batedores, balaços e a goles para agarrá-lo antes do apanhador do time contrário, porque o apanhador que agarra o pomo ganha para o seu time mais cento e cinquenta pontos, o que praticamente lhe dá a vitória. É por isso que os apanhadores levam tantas faltas. Um jogo de Quadribol só termina quando o pomo é apanhado, o que pode demorar uma eternidade. Acho que o recorde é três meses e precisaram arranjar substitutos para os jogadores poderem dormir um pouco — explicou Olívio — É isso aí alguma pergunta?


Harry sacudiu a cabeça. Compreendeu muito bem o que tinha de fazer. Fazer é que ia ser o problema.


 


– Tudo sempre parece mais fácil na teoria... – Lily disse com um suspiro.


 


— Não vamos praticar com o pomo — disse Olívio, guardando-o cuidadosamente de volta na caixa. — Está escuro demais e poderíamos perdê-lo. Vamos experimentar com outras bolas.


E tirou do bolso um saco de bolas comuns de golfe e alguns minutos depois ele e Harry estavam no ar, Olívio atirando as bolas com toda a força para todos os lados e Harry apanhando-as.


Harry não perdeu nenhuma, e Olívio ficou encantado. Passou-se meia hora, a noite chegou e eles não puderam continuar.


— Aquela taça de Quadribol terá o nosso nome este ano — disse Olívio feliz quando voltavam cansados ao castelo. — Eu não me espantaria se você se saísse melhor que Carlinhos, e ele poderia ter jogado na seleção da Inglaterra se não tivesse ido embora caçar dragões.


 


– Se fosse eu tinha escolhido o quadribol. – Tiago murmurou surpreso por conseguir falar algo coerente.


 


Talvez fosse porque agora andava muito ocupado com o treino de Quadribol três noites por semana além dos deveres de casa, mas Harry nem acreditou quando se deu conta de que já estava em Hogwarts havia dois meses. O castelo parecia mais sua casa do que a casa da tia na Rua dos Alfeneiros. As aulas, também, estavam se tornando cada dia mais interessantes, agora que dominara os conhecimentos básicos.


Na manhã do Dia das Bruxas eles acordaram com um delicioso cheiro de abóbora assada que se espalhava pelos corredores. E, o que era ainda melhor, o Professor Flitwick anunciou na aula de Feitiços que, em sua opinião, os alunos estavam prontos para começar a fazer objetos voarem, uma coisa que andavam morrendo de vontade de experimentar desde que viram o professor fazer o sapo de Neville sair voando pela sala. O Professor Flitwick dividiu a turma em pares para praticar O parceiro de Harry foi Simas Finnigan (um alívio, porque Neville tinha tentado atrair sua atenção).


 


– O que você quer dizer com isso? – Alice perguntou a Harry ofendida.


– Que eu era um desastre. – Neville respondeu dando de ombros, – E ele tinha razão.


– Você só precisava de um pouco mais de autoconfiança. – Hermione disse sorrindo para o garoto.


 


Mas Rony teria que trabalhar com Hermione Granger. Era difícil dizer se era Rony ou Hermione que estava mais aborrecido com isso. Ela não falava com nenhum dos dois desde o dia em que a vassoura de Harry chegara.


— Agora, não se esqueçam daquele movimento com o pulso que praticamos! — falou esganiçado o Professor Flitwick, como sempre empoleirado no alto da pilha de livros. — Gira e sacode, lembrem-se, gira e sacode. E digam as palavras mágicas corretamente, é muito importante, também, lembrem-se do bruxo Barrufo, que disse "s" em vez de "f" e quando viu estava no chão com um búfalo em cima do peito.


 


– Isso definitivamente é uma mentira. – Sirius disse entre gargalhadas.


– Como você sabe? – Frank perguntou curioso, lembrava-se de Flitwick falando o mesmo no primeiro ano deles.


– Depois que Flitwick disse isso ficamos curiosos e tentamos de toda maneira e nenhum búfalo apareceu. – Remo disse rindo.


                Severo revirou os olhos.


 


Era muito difícil. Harry e Simas giraram e sacudiram o pulso, mas a pena que deviam mandar para o alto continuava parada em cima da mesa. Simas ficou tão impaciente que a empurrou com a varinha e tocou fogo nela. Harry teve que apagar o fogo com o chapéu.


Rony na mesa ao lado, não estava tendo muita sorte.


Vingardium lenviosa — ordenou, sacudindo os braços compridos como pás de moinho.


— Você está dizendo o feitiço errado — Harry ouviu Hermione corrigir aborrecida. — É ving-gar-dium levi-o-sa é bem pronunciado e longo.


— Diz você então, que é tão sabichona — retrucou Rony.


Hermione enrolou as mangas das vestes, bateu a varinha e disse:


— Vingardium leviosa.


A pena se ergueu da mesa e pairou a mais de um metro acima da cabeça deles.


— Ah, muito bem! — exclamou o professor Flitwich, batendo palmas. — Pessoal, olhe aqui, a Hermione Granger conseguiu!


Rony estava de muito mau humor na altura em que a aula terminou.


— Não admira que ninguém suporte ela — disse a Harry quando procuravam chegar ao corredor. — Francamente, ela é um pesadelo.


 


                Hermione suspirou triste, nunca havia se esquecido daquilo.


 


Alguém deu um esbarrão em Harry ao passar. Era Hermione.


Harry viu seu rosto de relance e ficou assustado ao ver que ela estava chorando.


— Acho que ela ouviu o que você disse.


— E daí! — mas pareceu meio sem graça. — Ela já deve ter reparado que não tem amigos.


Hermione não apareceu na aula seguinte e ninguém a viu a tarde inteira.


Ao descerem ao salão principal para a festa das bruxas, Harry e Rony ouviram Parvati contar à amiga Lilá que Hermione estava chorando no banheiro das meninas e queria que a deixassem em paz. Rony ficou ainda mais sem graça ao ouvir isso, mas no momento seguinte entraram no salão principal, onde as decorações do Dia das Bruxas tiraram Hermione de suas cabeças.


 


– Insensíveis. – Alice disse olhando de Harry para Rony com reprovação.


                Harry desviou o olhar e Rony escondeu o rosto no livro.


 


Mil morcegos vivos esvoaçavam nas paredes e no teto e outros mil mergulhavam sobre as mesas em nuvens negras e baixas, fazendo dançarem as velas dentro das abóboras. A comida apareceu de repente nos pratos de ouro, como acontecera no banquete de abertura das aulas.


Harry estava se servindo de uma batata assada em casca quando o Professor Quirrell entrou correndo no salão, o turbante torto na cabeça e o terror estampado no rosto. Todos olharam quando ele se aproximou da cadeira de Dumbledore, escorou-se na mesa e ofegou.


— Trasgo... Nas masmorras... Achei que devia lhe dizer. — Em seguida desabou no chão desmaiado. Houve um alvoroço. Foi preciso explodir várias bombinhas da ponta da varinha do Professor Dumbledore para as pessoas fazerem silêncio.


— Monitores — disse ele com voz grave e retumbante —, levem os alunos de suas casas de volta aos dormitórios, imediatamente!


Era com Percy mesmo.


— Me acompanhem! Fiquem juntos, alunos do primeiro ano! Não precisam ter medo do trasgo se seguirem as minhas ordens! Agora fiquem bem atrás de mim. Abram caminho para os alunos do primeiro ano passarem! Com licença, sou o monitor!


 


– Hermione não sabe sobre o trasgo. – Lily disse preocupada segurando a mão de Tiago.


 


— Como é que um trasgo pode entrar? — perguntou Harry enquanto subiam a escadaria.


— Não me pergunte, dizem que eles são bem burros — respondeu Rony — Vai ver o Pirraça deixou ele entrar para pregar uma peça no Dia das Bruxas.


Eles passaram por diferentes grupos de pessoas que se apressavam em diferentes direções. Enquanto lutavam para passar por um bolinho de alunos de Lufa-Lufa, Harry de repente agarrou o braço de Rony.


— Acabei de me lembrar da Hermione.


— O que tem ela?


— Ela não sabe que tem um trasgo aqui.


Rony mordeu o lábio.


— Ah, está bem — falou ríspido. — Mas é melhor Percy não ver a gente.


 


– Não, – Lily disse nervosa – o melhor é avisar ao Percy e aos professores!


 


Abaixando-se, eles se misturaram aos alunos da Lufa-Lufa que iam à direção contrária, escapuliram por um lado deserto do corredor e correram para os banheiros das meninas. Tinham acabado de virar um canto quando ouviram passos apressados atrás deles.


— Percy! — sibilou Rony, puxando Harry para trás de um enorme grifo de pedra.


Espiando para os lados, no entanto, viram não Percy, mas Snape. Ele atravessou o corredor e desapareceu de vista.


— Que é que ele está fazendo? — cochichou Harry, — Por que não está lá embaixo com os outros professores?


 


– De fato essa é uma ótima pergunta. – Sirius disse encarando Severo ameaçador.


– Não tenho como saber, Black. – Severo respondeu irritado – Não está acontecendo agora.


 


— Não me pergunte.


O mais silenciosamente possível, eles se esgueiraram pelo próximo corredor nas pegadas de Snape.


— Ele está indo para o terceiro andar — disse Harry, mas Rony levantou a mão.


 


– Está indo pegar a pedra para seu mestre, Ranhoso? – Sirius disse encarando Snape.


– Sirius, – Tiago chamou em voz baixa – lembre-se do que pedi.


                Sirius bufou e cruzou os braços, mas não falou mais nada.


 


— Você está sentindo um cheiro?


Harry fungou e um fedor horrível invadiu suas narinas, uma mistura de meias velhas e banheiro público que parece que nunca é limpo.


E em seguida ouviram um grunhido baixo e passadas de pés gigantescos. Rony apontou no fim do corredor, à esquerda, alguma coisa enorme estava vindo em sentido contrário. Eles se encolheram no escuro e procuraram ver o que era quando a coisa passou por um trecho iluminado pelo luar.


Era uma visão medonha. Quase quatro metros de altura, a pele cinzenta e baça, o corpanzil cheio de calombos como um pedregulho e uma cabecinha no alto, que mais parecia um coco. Tinha pernas curtas, grossas como um tronco de árvore e pés chatos e calosos. Segurava um enorme bastão de madeira, que arrastava pelo chão, porque seus braços eram compridíssimos.


O trasgo parou próximo a uma porta e espiou para dentro.


Abanou as longas orelhas, tentando fazer a cabeça minúscula pensar, depois entrou devagar na sala.


— A chave está na porta — murmurou Harry — Podíamos trancá-lo lá dentro.


— Boa ideia — concordou Rony, nervoso.


Eles se esgueiraram até a porta aberta, as bocas secas, rezando para o trasgo não resolver sair naquele instante. Com um grande salto, Harry conseguiu agarrar a chave, bater a porta e trancá-la seguramente.


— Pronto!


Afogueados com a vitória, começaram a correr de volta pelo corredor, mas ao chegarem num canto ouviram uma coisa que fez seus corações pararem, um grito alto e enregelante, e vinha da sala que tinham acabado de trancar.


— Ah, não — exclamou Rony, pálido como o barão Sangrento.


 


– Eles trancaram você com um trasgo? – Alice perguntou a Hermione, espantada.


– Eles não sabiam que eu estava lá. – Hermione disse defendendo Harry e Rony.


 


— Vêm do banheiro das meninas.


— Hermione!— disseram os dois juntos.


Era a última coisa que queriam fazer, mas que escolha tinham?


Dando meia-volta, correram até a porta e giraram a chave, atrapalhados de tanto pânico. Harry escancarou a porta e entraram correndo.


Hermione estava encolhida contra a parede oposta, parecendo prestes a desmaiar. O trasgo avançava para ela, derrubando as pias que estavam na parede em seu caminho.


 


– Você não tinha que enfrentar um trasgo! – Lily disse nervosa escondendo o rosto no peito de Tiago. – Isso é muito perigoso para um menino de onze anos. – Ela disse aflita.


                Harry que não via como poderia responder a isso apenas indicou que Rony continuasse a ler.


 


— Distraia ele!— Harry pediu desesperado a Rony, e, agarrando uma torneira, atirou-a com toda a força contra a parede.


O trasgo parou a um metro de Hermione. Virou-se com lentidão, piscando sem entender, procurou ver que barulho era aquele. Seus olhinhos malvados viram Harry. Ele hesitou, em seguida partiu para cima de Harry, erguendo o bastão.


— Oi cabeça de ervilha! — berrou Rony do outro lado do banheiro, e atirou contra ele um cano de metal. O trasgo nem pareceu sentir o cano bater no seu ombro, mas ouviu o berro e parou outra vez, virando o focinho feio para Rony, e dando a Harry tempo para correr em volta dele.


— Vamos, corra, corra! — Harry gritou para Hermione, tentando puxá-la na direção da porta, mas ela não conseguia se mexer continuava achatada contra a parede, a boca aberta de terror.


Os gritos e os ecos pareciam estar deixando o trasgo enlouquecido. Ele rugiu de novo e avançou para Rony que estava mais perto e não tinha jeito de escapar.


Harry então fez uma coisa que era ao mesmo tempo muito corajosa e muito idiota tomou impulso e deu um salto conseguindo abraçar o pescoço do trasgo pelas costas.


 


– Realmente, muito idiota. – Remo disse nervoso – Vocês podiam usar as varinhas.


– Ainda não sabíamos feitiços o suficiente para isso. – Rony disse sério.


– Eu sabia, – Hermione disse cabisbaixa – mas tinha congelado...


 


O trasgo não sentiu Harry pendurar-se ali, mas até um trasgo percebe quando se espeta um pedaço comprido de pau dentro da narina, e a varinha de Harry ainda estava na mão quando ele saltou e entrou direto na narina do trasgo.


Urrando de dor, o trasgo se virou e brandiu o bastão, enquanto Harry continuava agarrado nele tentando escapar da morte, a qualquer instante, o trasgo ia arrancá-lo do pescoço ou dar-lhe uma tremenda porretada.


Hermione afundara no chão de tanto medo, Rony puxou a própria varinha sem saber o que ia fazer, ouviu-se gritando o primeiro feitiço que e veio a cabeça: Vingardium leviosa!


 


– Por que o feitiço de levitação? – Tiago disse irritado.


– Tinha sido o último que eu tinha ouvido. – Rony disse tentando se defender.


– Mas você nem ao menos conseguiu executá-lo! – Frank disse preocupado.


 


Na mesma hora o bastão voou da mão do trasgo, ergueu-se no ar, foi subindo, subindo, virou-se lentamente e caiu, com um barulho feio, na cabeça do seu dono. O trasgo cambaleou e, em seguida, caiu de cara no chão, com um baque que fez o banheiro todo sacudir.


Harry se levantou. Tremia sem fôlego. Rony continuava parado com a varinha no ar, espantado com o que fizera.


Foi Hermione quem falou primeiro.


— Ele está... Morto?


— Acho que não — respondeu Harry. — Acho que só perdeu os sentidos.


Ele se abaixou e puxou a varinha da narina do trasgo. Estava suja de uma coisa que parecia uma cola grumosa.


— Eca... Meleca de trasgo.


E limpou a varinha nas calças do trasgo.


De repente o barulho de portas batendo e passos pesados fizeram os três erguerem a cabeça. Não haviam percebido a confusão que tinham aprontado, mas com certeza alguém lá embaixo ouvira a pancadaria e os urros do trasgo. Um instante depois a Professora Minerva adentrou o banheiro, seguida de perto por Filch e Quirrell, que fechava a fila. Quirrell deu uma espiada no trasgo, soltou um gemidinho e sentou-se depressa em um vaso sanitário, apertando o peito. Filch debruçou-se sobre o trasgo. A Professora Minerva ficou olhando para Rony e Harry. Harry nunca a vira tão zangada. Seus lábios estavam brancos. A esperança de ganhar cinquenta pontos para Grifinória desapareceu logo da cabeça de Harry.


 


– Talvez não cinquenta pontos... – Tiago disse dando de ombros – Mas ela não vai ser injusta, vocês derrotaram um trasgo no primeiro ano.


 


— O que é que vocês estavam pensando? — perguntou a Professora Minerva, com uma fúria reprimida na voz, Harry olhou para Rony, que continuava parado com a varinha no ar. — Vocês tiveram sorte de não serem mortos. Por que é que não estão no dormitório?


Filch lançou a Harry um olhar rápido e penetrante. Harry olhou para o chão. Desejou que Rony baixasse a varinha. Então se ouviu uma vozinha que veio das sombras.


— Por favor, Professora, Minerva, eles vieram me procurar.


— Senhorita Granger!


Hermione conseguira finalmente se levantar.


— Sai procurando o trasgo porque achei que podia enfrentá-lo sozinha. Sabe, já li tudo sobre trasgos.


Rony deixou a varinha cair. Hermione Granger, contando uma mentira deslavada a um professor?


— Se eles não tivessem me encontrado eu estaria morta agora.


 


– Acho que você não precisava mentir assim. – Lily disse depois de se recuperar do susto de saber que seu filho enfrentou um trasgo aos onze anos.


– Se ela falasse a verdade, McGonagall brigaria com eles por não terem avisado a um professor. – Tiago disse sorrindo.


 


— Harry enfiou a varinha na narina do trasgo e Rony derrubou ele com o próprio bastão. Não tiveram tempo de chamar ninguém. O trasgo ia acabar comigo quando eles chegaram.


Harry e Rony tentaram fingir que a história não era novidade para eles.


— Bem... Nesse caso... — disse a Professora Minerva encarando os três —, senhorita Granger, que bobagem, como pôde pensar em enfrentar um trasgo montanhês sozinha?


Hermione baixou a cabeça. Harry perdera a fala. Hermione era a última pessoa do mundo que desobedeceria ao regulamento e ali estava fingindo que desobedecera, para tirá-los de uma enrascada.


Era o mesmo que o Snape começar a distribuir balinhas.


 


– Com certeza não a mesma coisa. – Hermione disse ligeiramente ofendida.


– Ela tem o coração no lugar. – Alice disse sorrindo para Hermione – Não faria vocês serem punidos depois de salvarem a vida dela.


                Severo não conseguia entender, por que ser punida se podia por a culpa em outra pessoa.


 


— Hermione Granger, Grifinória vai perder cinco pontos por isso — disse a Professora Minerva. — Estou muito desapontada. Se não estiver machucada é melhor ir embora para a torre de Grifinória. Os alunos estão acabando de festejar o Dia das Bruxas em suas casas.


Hermione se retirou.


A Professora Minerva virou-se para Harry e Rony.


— Bem, eu continuo achando que vocês tiveram sorte, mas não há muitos alunos do primeiro ano que pudessem enfrentar um trasgo montanhês adulto. Cada um de vocês ganha cinco pontos para Grifinória. O Professor Dumbledore será informado. Podem ir.


Eles saíram depressa do banheiro e não falaram nada até subirem dois andares. Foi um alivio se afastarem do fedor do trasgo, para não falar do resto.


— Devíamos ter ganho mais de dez pontos — resmungou Rony.


— Cinco, você quer dizer, depois de descontar os pontos que Hermione perdeu.


— Foi legal ela ter-nos tirado do aperto — admitiu Rony — Mas não se esqueça, salvamos a vida dela.


— Talvez ela não precisasse ser salva se não tivéssemos trancado a coisa com ela — lembrou Harry.


 


– Provavelmente daria no mesmo. – Sirius disse dando de ombros – O trasgo já tinha entrado no banheiro, vocês não obrigaram que ele entrasse.


– Mas trancamos ele lá com ela. – Rony disse dando de ombros.


– Ele ia encontra-la lá de qualquer maneira. – Tiago disse encerrando o assunto.


 


Tinham chegado ao retrato da Mulher Gorda.


— Focinho de porco — disseram e entraram.


A sala comunal estava cheia e barulhenta. Todo o mundo estava comendo o jantar que fora mandado para lá. Hermione, porém, estava parada sozinha do lado da porta, esperando por eles.


Houve um silêncio constrangido. Depois, sem se olharem, todos disseram "Obrigado" e correram para apanhar os pratos.


Mas daquele momento em diante, Hermione Granger tornou-se amiga dos dois. Há coisas que não se pode fazer junto sem acabar gostando um do outro, e derrubar um trasgo montanhês de quase quatro metros de altura é uma dessas coisas.


 


– Então foi assim que se tornaram amigos? – Gina perguntou rindo. – Vocês nunca me contaram isso.


– Acho que tínhamos muitas coisas na cabeça para lembrar de contar isso. – Rony disse rindo.


– Se lembrar que enfrentaram um trasgo não é importante, – Lily disse abismada – me pergunto o que é...


– Pode-se dizer que em certos momentos eu preferia ter que enfrentar um trasgo de novo. – Harry disse suspirando.


                Lily encarou Harry nervosa, se o garoto preferia enfrentar trasgos, como teria sido sua vida?


                Hermione pegou o livro da mão de Rony e abriu no próximo capítulo.


– Capítulo XI – Quadribol.

                                                                  ~~ x ~~  

 


Olá leitores queridos. Estou adorando escrever essa história e receber os comentários de vocês!!
Guilherme L: Ahhh, são sete livros, alguns deles tem mais de 500 páginas, não dá para lembrar do nome de todos os capítulos!! hehe. Se eu parasse a cada frase a história ia ficar chata... Prefiro escolher um ponto interessante e desenvolver, e em outros escrever uma reação ou um comentário. Já vi fics que paravam para comentar cada coisa boba...
Gi Molly Weasley: Vou ver se posto duas vezes por semana, mas não garanto nada. Quanto ao Tiago, ele não era apanhador. A JK deu uma entrevista (que agora não consigo achar) dizendo que ele era artilheiro. O pomo com o qual ele está brincando em ODF ele roubou de um treino, eu acho. Mas de qualquer forma, talvez ele tenha jogado de apanhador para substituir alguém algum dia... (como Gina substitui Harry em ODF)
Mary Lilian Potter: Às vezes precisamos de alguma coisa engraçada para relaxar a tensão dos capítulos. hahaha, achei que seria interessante ver a Lily dançando a dança da galinha em cima de uma mesa.
JuanZ: Me diverti escrevendo essa parte, fico feliz que tenha achado boa. Também vi essa entrevista dela falando que ele era artilheiro...
LULU789: Vou tentar postar dois por semana, mas não garanto nada. Já tenho os próximos livros planejados, já escrevi sobre a morte de Sirius por exemplo... Por que é o mais difícil para mim... Mas pode ter certeza de que eles vão fazer muitas piadas com lobinhos em RDM.
Clenery Aingremont: Não precisa se desculpar, o importante é que não me abandonou!! Quando eu tinha uns dez anos e estava na quarta série fui à bienal do livro, todos os meus amigos compraram vários livros, eu não comprei nada, até o último estande onde encontrei CDF que era o que mais queria na vida (tinha sido lançado a pouco tempo), minha professora falou que eu não conseguiria ler, que era muito grande para mim. Ignorei ela e comprei mesmo assim. Uma semana depois levei o livro para a escola, entreguei para ela e disse que já tinha lido e ela podia abrir em qualquer parte que eu saberia dizer o que estava acontecendo. Ela abriu na parte em que eles estão na cozinha pegando comida para Sirius e Wink está bêbada, nunca esqueci. Sempre fui muito apegada a Sirius, me apaixonei por ele quando tinha nove anos... Por isso nunca superei a morte dele.


Mais um capítulo para vocês e para todos os outros que estão lendo e não comentam! Por favor, comentem, nem que seja para dizer oi, gosto de conhecer meus leitores, saber o que pensam.
Até o próximo.

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Comentários (9)

  • Marcus Gino Potter

    Muito bom sua fic, parábens mesmo. Pensa em fazer EdP e RdM ainda? Seria muito legal.

    2017-11-10
  • Stehcec

    Muito bom!Estou adorandoCada cap. é melhor q o outro!Doida pra chegar na CS logo!E eu nao consigo nem odiar nem amar o snape! 

    2014-02-27
  • Gi Molly Weasley

    Li, reli e li de novo pq <3 <3 ,3 to amando!

    2013-11-14
  • Stéfany Evans Potter

    continuaaaaaa por favor, está muito perfeita.

    2013-11-13
  • LuLu Weasley Potter

    CAPITULO MA - RA - VI - LHO - SO...SERIO QUE O TIAGO NÃO ERA APANHADOR??? NUUUSSS...SEMPRE PENSEI QUE ERA...VC SABE NO QUE A NOSSA QUERIDA LILY TRABALHOU ANTES DE MORRER???SEMPRE TIVE ESSA CURIOSIDADE, MAS NUNCA ACHEI NADA QUE FALASSE ALGO...ACHO QUE  Arthur lacerda ESTA CERTO...ACHO QUE VC VAI TER QUE ARRANJAR UM CALMANTE DE TARJE PRETA OU UMA POÇÃO CALMANTE PRINCIPALMENTE PARA A LILY E PARA A ALICE, PRA QUANDO CHEGAR OS ULTIMOS CAP'S...CORRENDO O RISCO DE SER REPETITIVA EU DIGO MAIS UMA VEZ...VC É UMA AUTORA INCRIVEL, NÃO DESISTA DE SUA FIC ELA TA CADA VEZ MAIS MARAVILHOSA... 

    2013-11-12
  • Luiza Snape

    aaaah continua vai!!!

    2013-11-12
  • Arthur lacerda

    Parabéns por mais esse capítulo.É bom você arranjar calmantes,alguns personagens irão precisar a partir dos próximos capítulo.ahaha.Até o próximo.   

    2013-11-11
  • Karine Daniele da Silva

    aaah ta tão boom de ler *-* quero mais, muiiito mais kkk

    2013-11-11
  • Clenery Aingremont

    Eu também adoro ler livros grandes. Os primeiros que li foram da saga Harry Potter. Eu conheço Harry Potter desde que me entendo por gente, mas faz apenas 1 ou 2 anos que eu decidi ler a saga e me apaixonei completamente pela leitura. Não que eu já não fosse apaixonada por livros, mas eu não lia frequentemente. Eu concordo com você: é chato quando uma fanfic de "Lendo" para a cada frase. A leitura fica chata e desgastante, mas também fica chata quando o autor inventa de fazer um dos adultos perder a paciência e colocar "Silêncio" em todo mundo. Porque aí fica só o livro. Tem que saber equilibrar (como você está fazendo)!

    2013-11-11
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