Os Snapes



Capítulo 3
Os Snapes


Rose Snape jogou o xale escuro sobre os ombros, aborrecida. Era uma mulher de pouco mais de trinta anos, trinta e cinco se muito, mas extremamente envelhecida. Vestia-se sempre de preto, e sua magreza aliada aos traços secos do rosto nada bonito, emoldurado por um cabelo grisalho desde seus vinte e poucos anos, conferia-lhe um ar de bruxa de contos de fada, reconhecível até mesmo por um trouxa. Jamais fora uma pessoa alegre, mas depois da morte do marido, em 1928, por uma galopante, tornara-se simplesmente incapaz de sorrir.
Guerra, gripe, pobreza, doenças... pragas que ela atribuía unicamente aos trouxas. Ela era exímia em poções, mas nenhuma de suas poções salvara a filha mais velha e o marido da tuberculose galopante. Doenças de trouxas, fruto da burrice dos trouxas. Ela ficara só com Demian, seu filho mais jovem, fraco, enfermiço, muito parecido com o marido, sem a força que ela tinha sem aparentar, oculta na sua figura seca como um galho.
E agora, que ele ia entrar para escola, depois do imenso sacrifício que ela fizera, depois de se mudar para Londres e trabalhar de sol a sol no Beco Diagonal como atendente da loja de Mademoiselle Malkin, ela ainda tinha que recolher o pequeno bastardinho que Ursula fizera o favor de deixar no mundo para que os outros criassem.
Se Ursula não a tivesse ajudado a conquistar Theobald Snape, por meio de poção de amor que elas haviam confeccionado juntas e que o fizera acreditar que Rose era tão bela quanto Ursula até o dia de sua morte, ela jamais iria àquele povoado para pegar o bastardinho. Ursula. Irresponsável, imprudente, idiota... quantas vezes ela lhe advertira que um bruxo pobre era mil vezes melhor que um trouxa rico, mas a pateta não a escutara... o resultado agora era que ela ia ter que viajar pela lareira até a casa de uma bruxa naquele povoado onde ambas haviam nascido e caminhar até o orfanato para pegar seu pupilo. Um menino provavelmente medíocre para a feitiçaria, contaminado pelo sangue trouxa do pai. 
Rose odiava os trouxas mais que qualquer coisa no mundo. Fizera um imenso sacrifício para que seu filho fosse alfabetizado por uma bruxa, longe do convívio de crianças trouxas, ela não o queria tolerando sangues ruins. Bom seria se aparecesse um bruxo que promovesse uma separação radical, que expulsasse todos os trouxas dos domínios bruxos para sempre. Mas bruxos assim eram raros, o último morrera mais de cento e cinqüenta anos antes, um dos muitos descendentes de Salazar Slytherin que de anos em anos se revelava para levar morte aos trouxas. 
- Venha, Demian – ela disse secamente, e o menino levantou-se de sua cadeira assustado. – vamos, pegue um pouco de pó de flu, precisamos pegar seu companheiro de escola.
Demian estava exultante. Nunca tivera amigos de verdade, agora teria um, filho de uma amiga de sua mãe, que haveria de ser também seu amigo. Ele fora criado entre trouxas, e se Demian estava certo, ensinaria a ele sobre os trouxas, como Demian o ensinaria sobre os bruxos. Atravessou a lareira, e do outro lado, viu uma mulher meio velha, que o olhou com paciência. Sua mãe saiu atrás dele e agradeceu por ter deixado que ela usasse a lareira polidamente, depois pegou sua mão e o conduziu pela rua, firmemente. Ele finalmente teria um amigo.

A coruja chegara numa quarta feira, Tom podia lembrar-se. Ele ficava o dia todo olhando para o céu, esperançoso, até que naquele dia, no começo de suas férias, ele viu o pontinho marrom no céu aproximando-se. A coruja pousou na mesa de pedra do pátio do orfanato, e ele olhou em volta, não achava bom que a vissem ali. Ele passou rapidamente o olhar pela carta, leu brevemente a lista de material e seus olhos fixaram-se no pequeno escudo com animais, onde se lia “Hogwarts” e um lema em latim. Satisfeito, ele sacou do bolso um toco de lápis e preencheu de qualquer forma, rapidamente, o formulário de matrícula, atando-o à perna da coruja, que saiu voando e sumiu no céu. O coração dele saltava no peito. Era verdade. Ele era um bruxo. Agora era esperar os tais Snapes. 
Eles chegaram pouco antes de uma semana do tempo previsto para ele entrar em aula, e ele estava nervoso, achando que não viriam, já se conformando com mais um ano naquela escola aborrecida, quando uma manhã uma das inspetoras procurou-o, com uma cara intrigada:
- Tom, meu filho, visita para você.
Ele desceu as escadas do dormitório ansioso, iria conhecer os primeiros bruxos na sua vida. Gente da sua gente, como ele e sua mãe. Entrou na ante-sala da diretora do orfanato e bateu à porta, entrando assim que esta autorizou. Ele viu duas cadeiras na frente da mesa, e a as pessoas sentadas nelas viraram-se quando ele entrou. 
Foi um pouco decepcionante. A mulher não era sombria e com ar de poderosa como ele imaginara, mas magra e seca, com uma cara bastante mal humorada. E não trouxera o marido, mas um menino com uma cara ansiosa que o olhava rindo. Tom ficou sério e esperou que eles tomassem a iniciativa, como fora orientado pela sua mãe. A mulher torceu o rosto no que parecia bastante com um sorriso e ergueu-se vindo ao encontro de Tom:
- A última vez que eu o vi era um bebezinho... – disse com voz untuosa – como parece com a mãe, ainda bem, exceto pelos olhos... – ela pareceu um pouco descontente – nisso deve ter puxado ao pai. 
- Essa senhora disse que é sua tutora legal, Tom – disse a diretora, ainda não parecendo acreditar muito – você sabe algo sobre isso? – Tom, mudo, apenas balançou a cabeça. A diretora continuou – sua mãe deixou um documento assinado... veja – ela estendeu um papel para Tom, que olhou e assentiu, finalmente abrindo a boca:
- Minha mãe me deixou uma carta sobre isso... tia Mary me entregou – ele disse, parecendo tímido, apenas para que a diretora não desconfiasse da bruxa magricela.
- Aaaaah... – disse a diretora – na carta sua mãe falava de uma escola nova? – Tom apenas balançou a cabeça. A diretora refletiu por um instante e olhou para a mulher: - Essa escola... a senhora conhece?
- Perfeitamente – disse Rose Snape, um tanto secamente – eu e a mãe dele fomos colegas lá. Ela queria que o filho obtivesse a mesma educação. Matriculou-o antes mesmo de nascer como é costume entre – ela hesitou e a outra a olhou intrigada – entre as pessoas da família dela. Não quero seqüestrar o menino, apenas cumprir a promessa que fiz à mãe dele no leito de morte. Ele estará de volta nas férias... 
A diretora encarou desconfiada Rose Snape, que fazia um esforço sobre humano para não fazer um feitiço de convencimento, porque a droga da trouxa desconfiava justamente dela? Mas não foi necessário, depois de algum tempo, a mulher verificou o registro de instituições de ensino da Grã Bretanha e viu o nome de Hogwarts, a tal escola onde o menino iria estudar. Não dizia o endereço ou a localização exata, mas havia algo surpreendente:
- Essa escola é uma das mais antigas da Grã Bretanha – ela comentou – seu registro é um dos mais antigos... como nunca ouvi falar nela?
- É tradicional, porém não é muito conhecida – replicou Rose Snape entre dentes. 
- Bem... a senhora me desculpe. Vai levar Tom para Londres, é isso? Comprar o material... mas onde Tom vai arrumar dinheiro? Ele aqui estuda com o Material do orfanato...
- Minha mãe deixou algo num banco – interrompeu Tom – ela me disse na carta.
A diretora olhou-o incrédulo e votou seu olhar para Rose.
- Acho que deveria saber se a senhora tem o correspondente à quantia para pagar o trem para Londres... 
- Já temos transporte – disse a outra, impaciente. 
Durante todo o diálogo, Tom encarara o menino magro que o olhava da cadeira. Sorriu. Se ele também fosse ao colégio, podia ser uma companhia valiosa, que ia explicar como era ser bruxo, filho de bruxos. Quando eles se dirigiram ao dormitório, a mulher ia calada, mas o menino começou a puxar assunto com ele:
- Também vou a Hogwarts... – ele disse – vamos ser do mesmo ano, como sua mãe e minha mãe... será que vamos ficar na mesma casa? 
- Casa? – perguntou Tom intrigado
- Quieto, Demian – disse a mãe. 
Em pouco tempo, ela arrumou agilmente as coisas que Tom precisaria, descartando outras, como uma criada eficiente. 
- Essa calça curta... não vai querer usá-la em Hogwarts – ela disse – não combina com o uniforme.
- Mas... eu não tenho muitas roupas.
- Compraremos algumas, o que não falta é artigo de segunda mão no Beco Diagonal, coisas apropriadas... e essa caixa – ela estendeu as mãos ossudas para a caixa que Tom recebera da mãe e ele arrebatou-a, encarando a adulta que ficou surpresa
- Não – ele disse – essa caixa vai comigo, e ninguém pega nela... foi de minha mãe. 
Rose assentiu calada e olhou o garoto... bem filho de Ursula, o mesmo rosto bonito, o mesmo queixo insolente... a mesma autoridade nas palavras, que a antiga colega tinha. Pois bem, o temperamento em nada ajudara Ursula. Ela lucrava mais deixando o menino em paz. Ele seria bom, ela pressentiu, bom em tudo que fizesse, muito melhor que seu filho, que nem parecia filho dela, tão fraco e medroso era. Continuou a arrumar as coisas dele em silêncio, e seguiu com ele em silêncio até a casa da bruxa que lhe emprestara a lareira para a viagem. Explicou-lhe brevemente o uso do pó de flu, e ele pareceu realmente encantado com aquilo, o que não era de se espantar vindo de alguém criado no meios dos trouxas. O filho dela demonstrou-lhe o uso e ele riu quando o menino desapareceu. 
- Sua vez, Tom. – ele riu de forma meio cínica. Parecia que pressentia que ela achava que ele ia ter medo. Quase toda criança parecia ter medo de usar flu pela primeira vez. Ele jogou o pó na lareira e disse confiante e sem medo:
- Beco Diagonal – desapareceu dentro da lareira com o mesmo sorriso. Rose teve um sentimento adverso. No fundo não apreciara muito o filho da falecida amiga.
- Até breve, Lucy – ela disse para a mulher da casa e desapareceu ela mesma lareira adentro.

Demian estava ansioso para conquistar a confiança de Tom, por isso falava sem parar. Quando este saiu pela ladeira de sua casa, ele ficou olhando-o com uma reverência silenciosa, como se o menino tivesse algo para dizer-lhe de especial. Aquilo incomodava um pouco Tom. Ele disse:
- Interessante, isso.
- Pó de flu?
- É – disse com ar entediado – é sempre assim que se viaja?
- Na verdade não. Tem outros jeitos... – nesse momento, a mãe do menino saiu da lareira e disse:
- Vamos, Tom, temos muito a fazer... sua mãe te deixou uma chave de Gringotes?
O menino anuiu em silêncio, ela podia ter sido amiga de sua mãe, mas ele não gostava nadinha do jeito de Rose Snape. Ela levou as duas crianças para a rua, os Snapes moravam em pleno Beco Diagonal, num lugar que lembrava um sótão, em cima de uma loja de doces. Eram gente muito pobre, Tom podia perceber. Ele começou a achar tudo diferente e impressionante, o mais longe que tivera ido na vida fora a uma outra cidade em um piquenique do orfanato, quando tinha oito anos. 
- Aqui é Londres? – ele perguntou ao menino.
- É. Mas é a Londres dos bruxos, aqui você não vai ver nenhum trouxa. Pararam em frente a uma construção alta.
- Aqui é o Gringotes, Tom... vamos ver o que sua mãe deixou no seu cofre.
Entraram no banco, e foram levados por duendes (é, são duendes sim – disse Demian feliz por ver o colega impressionado) até o cofre da mãe de Tom. Não era um cofre muito impressionante, logo nos túneis mais altos, onde ficavam os menores, quase nichos. O duende abriu o cofre com a chave de Tom e ele olhou dentro. Havia algumas moedas, que Rose Snape olhou por cima do ombro. Ela disse que deveriam contar, para racionar quanto ele poderia gastar por ano. Depois de explicar rapidamente ao menino como funcionava o dinheiro bruxo, sob o olhar reprovador do Duende que não pretendia perder tempo com clientes desinformados, Rose Snape contou eficientemente o dinheiro e disse:
- Quinze Galeões, quarenta sicles e vinte e seis nuques, é o que você vai poder gastar por ano. Economize, porque não é nenhuma fábula, menino. 
Eles saíram e ela o levou pelo Beco Diagonal, sempre impressionado, cumprindo todo o roteiro de compras. Ela lhe explicou que conseguiria desconto nas vestes, o que o livraria de usar roupas de segunda mão, ela trabalhava na loja, não? Os livros do primeiro ano não eram tão caros, mas ela comprou para as duas crianças livros usados, que haviam pertencido a ex-estudantes. Ele olhou insatisfeito para a capa meio gasta de seu livro de poções. 
- Não reclame – disse a mulher, quase lendo o seu pensamento. – economizamos em livros por consideração ao dinheiro de tua mãe... ela não o ganhou de forma fácil. Agora só faltam as varinhas. 
- Mãe – disse Demian – não vamos ter bichos?
- Nem Tom nem nós temos dinheiro para isso. 
- É uma pena. Adoraria ter uma coruja. 
- Podemos os dois dividir uma coruja? – perguntou Tom para a mulher. Ela olhou-o de forma diferente. 
- Você e Demian não brigariam?
- Não. 
- Então dá para comprar uma, que não seja muito vistosa – ela disse, entrando na loja com os meninos. O atendente mostrava a grande variedade de corujas para Tom e Demian. Repentinamente Tom parou. Algo chamou sua atenção, um sussurro, ele podia sentir, vindo do canto da loja. Sem que o vendedor ou Rose e Demian percebesse, ele foi até lá. O som saía de um ovo visível sob algo enroscado numa caixa de vidro com furos. Era um balbucio ininteligível. Subitamente, algo na gaiola estranha que continha o ovo se mexeu. Tom levou um susto quando viu uma cobra negra abrir os olhos e erguer a cabeça, e ele podia jurar que ela tinha dito:
- Um que fala nossa língua. 
O atendente veio correndo e o puxou dali.
- Meu filho, cuidado... essa é uma mamba negra, nós a mantemos aqui porque alguns bruxos a compram... mas alguém da sua idade não ia querer uma dessa. 
Tom afastou-se intrigado, olhando a cobra, que tornou a baixar a cabeça, com os olhos fixos nele. Não foi o único que percebeu o interessa da cobra. Rose passou a olhar de um para o outro discretamente, até o momento em que saíram da loja com uma coruja parda e pequena. Não esqueceria esse incidente. Rumaram para a tradicional Olivaras.
O Sr. Olivaras pai instruía o jovem Olivaras filho, um rapaz magro de dezenove anos, formado Hogwarts há dois anos. O rapaz já confeccionava varinhas magistralmente, aprendera ainda menino o ofício com o pai, mas só agora passava ao balcão para atender os clientes. Quando a sineta tocou, eles sorriram em par jovialmente para Rose Snape e os meninos. Olivaras pai disse:
- Rose... parece que foi ontem que vendi tua primeira varinha, lembra? – Tom viu o primeiro sorriso sincero aparecer no rosto da Srª Snape. – Corda de Coração de Dragão, 27 centímetros, bem flexível, corpo de bétula... e o que temos aqui? Seu filho?
- É, Demian meu filho único...o outro é de Ursula – o homem teve um lampejo.
- Ah, sim sua grande amiga... ela...
- Morreu – disse o menino, que olhava para o homem, sério .
- Ah, pequeno, sinto muito... – o menino não disse nada. Olivaras filho achou melhor adiantar-se e deixar que o pai atendesse o outro menino. Procurando ser agradável, trouxe várias varinhas para o menino experimentar. Nada aconteceu. Até que ele trouxe uma varinha comprida e pouco flexível, que passou ao menino. 
Ele a agitou no ar com uma cara displicente e uma trilha de faíscas esverdeadas se desprendeu dela. O rapaz sorriu.
- Pai... encontramos comprador para uma das fênix perdidas...
- O pai olhou com interesse. Aquelas duas varinhas na sua opinião, tinham sido as melhores que o filho confeccionara, ainda aos doze anos, assim que aprendera o ofício, em suas primeira férias de Hogwarts. Temperamentais, pareciam ter vontade própria... há muito tempo gostaria de vender uma delas, mas aquelas duas varinhas eram estranhas... pareciam ter uma ambição própria. O rapaz olhou para o pai e sorriu:
- Quanto tempo será que vamos levar para desencalhar a outra? Menino, você deve ser especial... essa varinha não é para qualquer um. 
“E eu não sou qualquer um” – pensou Tom, olhando feliz para o artefato. Agitou-a novamente no ar e sorriu. Era divertido ser bruxo. Ele achava que ia gostar.
Quando estavam com todo material comprado, voltaram ao sobrado e Rose deu aos meninos o que comer, observando o filho de Ursula com mais atenção. Ela se enganara... ele não seria um imprestável para feitiçaria, se sua intuição estava certa, era melhor incentivar a amizade entre ele e Demian, que ela podia jurar que seria um bruxo no máximo mediano, como fora Theobald. Perto de Tom, Demian poderia sempre se dar bem, o garoto era inteligente e provavelmente talentoso. Fora bom ter cumprido a promessa, e levá-lo para casa uma semana antes de embarcarem para a escola. Fora excelente.

À noite, Tom e Demian conversavam, deitados próximos, Tom numa cama de armar que Rose conjurara. Trocavam idéias sobre vida, e Tom soube que Demian era quase tão recluso quanto ele fora no orfanato, e poucas vezes saíra do Beco Diagonal, mas sabia demais sobre vida bruxa, costumes, tudo que ele ainda não dominava, mas em breve não seria segredo para ele. Quando o menino adormeceu, Tom virou de lado, olhando o céu intensamente estrelado do lado de fora. Ele sabia que não era qualquer um... seria grande, Olivaras dissera isso. Seria muito grande, quem sabe o maior de todos? Com esses pensamentos estranhos para alguém tão jovem, cheio dessa ambição juvenil, adormeceu. 
Lá fora Londres dormia. Tom sorriu no sono. Em algum lugar uma voz sussurrante que apenas ele entenderia, silvou: 
- Um que fala nossa língua... anda sobre dois pés, mas é como um de nós.

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