O Despertar



  Sentado sobre uma escada em formato de espiral em plena madrugada havia um menino, com cabelos rebeldes, e anatomia muito semelhante ao seu pai, o famoso Harry Potter. O garoto parecia nervoso e feliz, uma mistura bem curiosa. Seu nome era Alvo Severo Potter, com olhos esverdeados herdados de sua avó paterna, ao amanhecer ele estaria indo para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, afinal já havia completado 11 anos, e estava preparado para atravessar a plataforma 9 1/2, as fortes e escuras olheiras em seus olhos não o impediam de ficar acordado imaginando como seria Hogwarts, como seria quando chegasse lá, e entrasse para a Gri..., então lhe ocorria que talvez ele pudesse ir para Sonserina, onde todos os mais terríveis bruxos foram.
  "Bem... se você for pra Sonserina, pelo menos Rose terá algum saco de pancadas para treinar" - frenquentemente Ronald Weasley, melhor amigo de seu pai, exagerava nas piadas sobre Alvo e seu constante pedo pela Sonserina.
  Outro grande medo dele era de Trestálios, os animais invisíveis(ao menos para Alvo, que nunca vira a morte.) que puxavam as carroças de Hogwarts.
  -O que está fazendo acordado uma hora dessa, Al? - Perguntou uma voz doce e severa, bastante conhecida para Alvo, afinal era a voz de sua mãe, Ginevra.
  -Não consigo pegar no sono, amanhã irei pra Hogwarts, lembra? - falou Alvo, meio rouco.
  -Ér... Quando deixamos James em Hogwarts ano passado, ele não parecia nem um pouco nervoso, não sabia que você... - mas Alvo a interrompeu:
  -Mãe, você conhece meu irmão, é um brincalhão, nunca tem medo de nada, aliás, quando se tem certeza que vai pra Grifinória não é tão difícil assim, é?
  Ela fez um olhar severo para ele:
  -Alvo Severo, seu segundo nome...
  -Sim mãe, já conheço esse discurso... afinal por que papai venera tanto Snape? Pelo que sei ele o odiava. - Alvo revirou os olhos.
  -Ele tem seus motivos, bem, está amanhecendo, se arrume. - Então ela entrou no quarto.
  Alvo entrou em seu quarto, era um cômodo bastante bagunçado, pequeno, paredes brancas descascando, com prateleiras caídas, e uma guitarra flutuande girando ao redor de uma lampada elegante. Ele se vestiu com uma roupa trouxa, usava um terno preto e uma calça jeans bem acabada, então encarou sua varinha, 31 centímetros, feita com pena de dragão, era branca. Colocou-a no bolso e continuou, sentando-se no sofá para esperar os outros, ligou a televisão, que passava um programa sobre os recentes acontecimentos estranhos, como tempestades não previstas, e outras baboseiras que Alvo não prestou atenção porque estava preocupado demais com Hogwarts.
  Após alguns minutos(que para Alvo, pareciam séculos) desceu da escada uma menina ruiva e sorridente, pequena. Era a irmã de Alvo, Lílian, que parecia triste e zangada por não poder ir a Hogwarts esse ano, deduziu Alvo, afinal ano passado, quando ela tinha 9 anos, eles passaram pela mesma coisa.
  Mais alguns minutos se passaram, e um outro menino, um pouco maior que Alvo, e ainda mais parecido com seu pai que o garoto.
  -Então, preparado para o primeiro dia, Sonserino? - Alvo se levantou em direção ao irmão.
  -Cala a boca James!
  -O que foi? Não tem nada demais no primeiro ano, nem na Sonserina, mas dizem que o segundo filho a entrar na escola tem 75% de chance de entrar pra Sonserina. - riu James.
  -JAMES, CALADO! - Desceu um homem com feições maduras, cabelos rebeldes, e uma estranha cicatriz vermelha na testa, sim, Harry Potter.
  -Mas pai, estávamos só brincando! - resmungou James
  -Brincadeira e mentira são duas coisas distintas, aliás, sei muito bem quando meu filho está apavorado. - lançou-lhe um olhar rígido.
  -Pai, eu não quero ir pra Sonserina! - disse Alvo, preocupado. Harry o ignorou e seguiu em direção à porta. 
  -Gina! - Harry gritou, apressando sua esposa.
  -Mãe! - gritaram os três menores.
  -Já vou, já vou! - então desceu a última, uma mulher ruiva e sardenta, Gina.
  Saíram pela porta da frente e Alvo deu uma última olhada em sua casa, era em formato de um cone, mas feita de uma espécie de pedra rústica, muitas janelas redondas ao redor da casa. Todos entraram no carro trouxa e seguiram em direção a Londres, a viagem não foi das mais agradáveis com constantes brigas entre James e Alvo sobre a Sonserina, quando chegaram...
  A primeira vez que Alvo prestou atenção no tempo, a manhã estava revigorante e dourada naquela manhã, sim, dia primeiro de setembro. Então desceram e puseram as malas e suas corujas: Marvin, de James, e Lucius, de Alvo, em cima de um carrinho. Atravessaram a rua contentes sem reparar nas pessoas que olhavam horrorizadas paras as corujas, Lílian estava chorando.
  -Não vai demorar muito, e você também irá. - disse-lhe Harry.
  -Dois anos - fungou Lílian. - Quero ir agora!
  A família entrou em ziquezague para a barreira entre as plataformas nove e dez. Então James começou:
  -Como se sente? Pronto para a Sonserina?
  -Não quero ir! Não quero ir a Sonserina!
  -James, dá um tempo! - pediu Gina.
  -Eu só disse que ele talvez fosse -Alvo o encarou, como se quisesse acusar o irmão por sua mentira. - Não vejo problema nisso. Ele talvez vá pra Sonse... - Por algum motivo James se calou, talvez pelo olhar severo de sua mãe, arriscou Alvo.
  -Ei, vocês vão escrever pra mim, não vão? - Perguntou Alvo, quando notou que seu irmão havia ido embora.
  -Todo dia, se você quiser. - respondeu Gina.
  -Todo dia não - replicou Alvo, depressa -James diz que a maioria dos alunos recebe carta de casa mais ou menos uma vez por mês.
  -Escrevemos para James três vezes por semana no ano passado - contestou Gina
  Novamente, Alvo se irritou com as constantes mentiras e brincadeiras que seu irmão fazia.
  Harry falou algo sobre James, mas Alvo só entendeu o final:
  -...Ele gosta de brincar, o seu irmão.
  Alvo correu em direção as plataformas 9 e 10, fez uma careta esperando um impacto, mas ele atravessou a parede, e lá estava ele, vendo o Expresso de Hogwarts.
  -Onde eles estão? - Perguntou Alvo, procurando pela família Weasley
  -Nós os acharemos. - Disse Gina. - Acho que são eles, Al.
  Quatro pessoas paradas ao lado do último vagão foram focadas, Hugo, Rose, Hermione e Rony Weasley.
  - Oi - disse Alvo.
  Harry e Rony começaram a falar sobre carros trouxas, mas Alvo não prestou atenção, se distraiu com uma menina de cabelos muito negros, face bem feita, um nariz meio impinado, e usava um cinto meio surrado e estranho, apesar disso era uma linda menina, julgou Alvo, tinha que lhe perguntar o nome, era um bom começo, pensou.
  Rony os puxou:
  -Se você não for pra Grifinória, nós o deserdaremos - ameaçou Rony -, mas não estou pressionando ninguém.
  -Rony!
  Alvo corou e suas pernas paralisaram só de pensar em ir para Sonserina, e não prestou atenção em mas nenhuma palavra, até que Rony apontou para um garotinho loiro e seu pai, muito parecidos se podia ver, Alvo já sabia de quem se tratava, eram os Malfoy, Draco Malfoy, o pai, fora rival escolar de seu pai, então, não pensou em simpatizar com seu filho, Escórpio.
  James apareceu e começou a falar sobre Teddy, e Victorie, mas Alvo não prestou atenção, se distraindo com o olhar da garota dentro do trem que acenou pra ele, corou.
  -São quase onze horas, é melhor embarcar.
  Alvo abraçou Gina.
  -Vejo vocês no natal. - Gina disse.
  -Tchau, Al - disse Harry, e o filho o abraçou. - Não esqueça que Hagrid o convidou para tomar chá na próxima sexta-feira. Não se meta com o Pirraça. Não duele com ninguém até aprender como se faz. Não deixe James te enrolar.
  -Mas, se eu for pra Sonserina?
  Harry se abaixou, parecia reparar nos olhos de Alvo:
  -Alvo Severo - Alvo já sabia o discurso mas por algum motivo quis escutar com entusiasmo uma última vez. - nós lhe demos o nome de dois diretores de Hogwarts. Um deles era da Sonserina, e provavelmente foi o homem mais corajoso que já conheci. - Harry alterou o discurso um pouco dessa vez.
  -Mas me diga...
  -...então, Sonserina terá ganhado um excelente estudante, não é mesmo? Não faz diferença pra nós, Al. Mas, se fizer pra você, poderá escolher Grifinória em vez de Sonserina. O Chapéu Seletor leva em consideração sua escolha.
  -Sério?
  -Levou Comigo.
  Alvo assombrou-se, entrou no trem que começou a se deslocar lentamente, ele teria que achar um lugar vago, foi procurando o vagão de Rose, mas... achou um vagão que ele queria, estava lá sentada a encantadora menina, e sozinha! Então ele entrou:
  -Posso sentar aqui? Sabe, já lotou o resto. - Mentiu Alvo
  -Claro. - ela pareceu corar.
  Ele colocou as malas com dificuldade as malas no maleiro, e sentou do lado da garota.
  -Então qual seu nome? - sorriu a garota.
  -Alvo, Alvo Potter, e você? - a garota ficou boquiaberta.
  -Filho de... de... Harry Potter? - ela parecia encantada. - Sou Lysander Scamander, prazer.
  -Ah, você é filha da Luna não é? - sorriu Alvo, que já conhecia a mãe da menina, meio maluca.
  -Sim, sou. - ela revirou os olhos. - Mas não sou do mesmo jeito que ela sabe? Acho que tem alguns parafusos faltando. - riu.
  -É, talvez. -Alvo riu - Quero dizer... é talvez você esteja certa... por... ér... - se constrangeu.
  A menina riu e corou. A atenção dos dois se virou para a porta quando um garoto loiro entrou, sim, Escórpio Malfoy entrou:
  -Ér... posso sentar? - Parecia ser uma pessoa de poucas palavras.
  -Sim - disse Lysander
  -Não - retrucou Alvo. - quero dizer, sim!
  Então ele sentou, e eles não trocaram uma palavra a viagem toda, compraram algumas guloseimas e chegaram, finalmente, HOGWARTS!
   

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