O ataque



Cap. 18: O ataque

“– Mestre, vamos iniciar o ataque! – Harry olha para o homenzinho com uma expressão de desdém.

– Paciência, Rabicho... logo nós estaremos nos divertindo com aqueles trouxas... Falando nisso, onde está Lúcius?

– Deve está a caminho, Milorde.

– Quando ele chegar iniciaremos o nosso lazer. O ataque não pode deixar sobreviventes. Isso será o suficiente para deixar a repugnante sangue-ruim em pânico... se dermos sorte, ela perde o bebê...

– Milorde, podemos iniciar o ataque. Hoje os Granger vão para o lugar onde já deveriam estar...”

Harry acorda de repente com a cicatriz latejando. O terror lhe invade as entranhas. Ele sonhara novamente com as atitudes de Voldemort, e dessas vez, o bruxo pretendia matar os pais de sua esposa.

O menino levanta-se com cuidado para não acordar Hermione, veste um robe e sai correndo para a sala de Dumbledore, esquecendo-se completamente das horas (eram 3h da manhã) e desdenhando da excelente idéia que seria vestir a capa de invisibilidade.

Para a “felicidade” de Harry, ele esbarra com...

– Professor, Snape?!

– Potter, o que você faz acordado a essa hora da madrugada? Creio que fazendo algo...

– Preciso falar com o professor Dumbledore! É urgente, eu tive outro sonho, como aquele no ano passado...

– Sinto dizer-lhe que o diretor está realizando uma missão da ordem... mas você pode me contar, ou não sou confiável o suficiente, Potter? – o professor tinha um irritante sorriso nos lábios.

– Voldemort está atacando os pais da Hermione! Eles vão morrer se ninguém agir logo!

– Ah, era isso... – disse Snape com um certo ar de desdém – O professor Dumbledore já soube disso, aliás é esta a missão que ele está realizando nesse momento.

Harry tranqüilizou-se um pouco. Provavelmente os Granger estivessem no QG da Ordem nesse exato momento, quem sabe desacordados, mas provavelmente vivos.

– Mas como ele soube disso?

– O professor Dumbledore tem seus meios de descobrir as coisas Potter. Não precisa de um moleque atrevido, petulante e arrogante para lhe atualizar... Potter, sinto dizer que você é extremamente parecido com seu pai, egocêntrico e que sempre se achava o maioral.

Depois do que tinha visto na penseira, quase não restou coragem a Harry para defender o pai, mas murmurou um “meu pai não era assim” quase imperceptível.

– Agora, gostaria que o senhor volta-se para o seu dormitório e deixe esses assuntos com gente que tenha experiência e maturidade.

Harry duvidava que alguém que descontava uma mágua que tinha do pai no filho pudesse ser considerado maduro, mas resolveu retornar para sua cama quentinha nos braços de sua morena.

Mais ou menos ás 7h da manhã, Harry foi acordado com bicadas leves de Edwirges que trazia na pata uma carta:


Sr. e Srª. Potter, Quarto de Godric, torre da Grifinória,


Prezados Potter, gostaria de vê-los na minha sala, hoje, as 9h e 30mins. Tenho noticias a lhes dar, receio não serem muito boas. Peço-lhes que sejam pontuais e não faltem. Enviei uma coruja para a Srtª. Virginia Weasley e ela também estará presente.


Atenciosamente,

Alvo P.W.B. Dumbledore, diretor da escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.


P.S.: Essa cerimônia toda é devido ao fato de dois funcionários do Ministério da Magia estarem presentes na minha sala nesse momento.


Harry releu a carta três vezes e achou melhor acordar Hermione:

– Mione, acorda. Temos que ir para o escritório de Dumbledore. Ele nos mandou uma coruja.

– Que? O Dumbledore? Que horas? – ao ouvir o nome do diretor, a garota deu um pulo e começou a se arrumar.

– Calma, querida, nas ainda temos duas horas e meia. A reunião é só 9h30mins. Mas na carta diz que a noticia não é das melhores...

De repente, Harry lembrou-se do sonho. Começou um aperto no estômago. E se algo de ruim tivesse acontecido com os pais da esposa? Como ela reagiria se lhe contasse o que acontecera noite passada? Achou melhor não dizer nada por enquanto.

Quando saíram do quarto, Gina já os esperava na frente do quadro da menina, com quem mantinha uma agradável conversa:

– Vamos tomar café da manhã... Vocês receberam a carta do professor Dumbledore?

– Recebemos. – disse Harry de supetão. – Hermione, pega lá a carta... – O garoto resolvera contar para Gina o incidente da noite passada. Quando a esposa entrou no quarto, ele contou para a amiga todo o sonho.

– Isso é serio... Será que Dumbledore estava mesmo indo lá... ai!! – A ruiva teve sua frase cortada por um pisão de Harry no seu pé, indicando que Hermione regressara.

– Vamos? – indagou a morena. – Estou com fome. – e entregou a carta para Gina.

Tomaram café em silêncio e quando deu nove horas seguiram para a sala de Dumbledore, que os esperava no corredor da passagem secreta com um olhar cauteloso e triste.

– Vamos entrar. Cerveja amanteigada. – a passagem se abriu, os quatro entraram em silêncio e se sentaram em cadeiras conjuradas por Dumbledore. Cinco minutos depois, chegaram Andrômeda, Minerva e Snape. – Bem, creio que os professores aqui presentes sabem o motivo de vos ter convidado...Peço-lhes que mantenham a calma. Pois bem... ontem, mais ou menos ás 3h da manhã – Harry congelou, definitivamente tinha algo haver com o ataque aos Granger – Voldemort agiu novamente. Nós só conseguimos salvar uma pessoa... Hermione... seu pai, não resistiu ao crúcio lançado por Malfoy, ele está... morto.

O silêncio foi geral. Hermione desmaiou.

“– Eu realmente sinto muito, Helena, mas tenho que fazer uma viagem para a França. Você sabe, tenho que tratar do medalhão...

– Por favor, fica! Eu tenho a impressão de que nunca mais passaremos um tempo feliz depois de hoje... – Hermione conversava com Godric, mas não controlava as palavras que saiam de sua boca – Eu acho que nunca mais seremos felizes...

– Pare de falar besteiras, Helena... Eu voltarei brevemente. Nós dois e o nosso filhinho ainda teremos grandes alegrias pela frente. Nós ainda o veremos crescer, casar-se e ter filhos... aliás, ainda teremos outros filhos.

A morena estava com um aperto no coração. No fundo sabia que aquele casal estava fadado à morte. Teve pena dos dois, daqueles dois que nunca seriam felizes. O homem se aproximou dela, e quando estava colando seus lábios nos da garota..”

– Como assim não há bebê? – Dumbledore conversava com Madame Pomfrey – Mas ela não estava grávida?!

– Professor Dumbledore, ela nunca esteve grávida, fiz um feitiço ainda agorinha e concluí que a mocinha sequer perdeu a virgindade.

– Alvo, Minerva, Severus, preciso conversar com vocês. – era Andrômeda. A mulher resolvera abandonar seu plano de não contar para a Ordem o que sabia sobre a situação de Hermione – É muito importante. Podemos ir para a sua sala, Alvo? Harry e Gina ficarão aqui para consolar Hermione.

Os quatro saíram da enfermaria e Harry e Gina se aproximavam da cama na qual a morena estava deitada.

– Aguiazinha, descobriram tudo. Como você está se sentindo?

– Muito mal, Harry! Eu perdi meu pai! – a garota começou a chorar. Gina se aproximou da amiga e lhe deu um abraço.

– Eu realmente sinto muito, Mione. Tenho uma boa notícia, quem sabe te anime, sua mãe vem se recuperar aqui em Hogwarts, perto de ti. Depois, ela irá para o QG da Ordem.

Harry se aproximou da garota e lhe deu um beijo na boca. Depois Gina e Harry disseram palavras animadoras para Hermione.


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Rony via tudo em silêncio. Soube através de Andrômeda o que tinha acontecido na noite passada, mas não queria ver o casal Potter se “agarrando”. Saiu correndo e foi para a margem do lago da Lula Gigante. Estava ali havia uns cinco minutos quando Luna se aproximou dele.

– Por que você está triste? – sua voz demonstrava uma paciência e uma compreensão incomum. Rony, então, se sentiu à vontade para conversar com ela.

– Eu queria tanto apoiar o casamento da Mione com o Harry, mas toda vez que eu a vejo, me dá uma vontade de agarrá-la... eu gosto dela.

Luna olhou para o infinito com um olhar de profunda melancolia - “como seria bom se ele pudesse me amar.” - pensou a menina - “mas eu ainda vou conquistá-lo...”

– Rony, você não fez nada contra os dois, fez?

Hesitante, o ruivo contou o que havia combinado com Draco.

– Pois eu acho que você deveria contar tudo para eles e tentar recuperar a amizade de vocês. Com a ajuda deles, fica mais fácil de você superar.

– E se eles ficarem com raiva de mim? E se não quiserem mais minha amizade?

– Eles vão te aceitar, Rony. Vocês foram amigos por longos 5 anos. Isso vai fazer a diferença.

– Valeu pela força, Luna, valeu mesmo. Você é realmente a única pessoa com quem eu posso conversar sobre esse assunto. Eu realmente quero ter a amizade deles de volta, e com a sua ajuda... – o garoto abraçou a amiga, que não resistiu.

Eles se beijaram.

Quando percebeu o que fez, a garota saiu correndo, deixando para trás um Rony com cara de idiota.


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– Ela é Helena! Ela tem o medalhão! – disse Andrômeda. – Ela nunca esteve grávida do Harry, mas eu tinha que achar um modo de evitar que Voldemort suspeitasse de algo. Draco Malfoy seria bem útil como espião. Se todos achassem que ela estava grávida, evitaria fofocas.

– Mas Andrômeda, você pode tê-los impedido de serem felizes. – disse Minerva.

– Não, eles realmente se amam. Harry é descendente de Godric e Hermione é Helena. Eles tinham uma ligação muito forte desde que nasceram. Agora, o que nos resta é encontrar o outro medalhão e junta-los, dando a Harry a vitória sobre Voldemort, desse modo, a lenda vai se cumprir e Helena e Godric serão novamente um.- Disse Dumbledore. – Eu entendo suas razões, Andrômeda, e fico feliz que esteja protegendo Hermione até agora. Se ela morrer, o medalhão se perderá novamente no tempo e retornará apenas em outra reencarnação de Helena. E novamente nós perderíamos a chance de derrotar Voldemort.

– Professor, mas a vida da garota está em perigo, afinal de contas, o Lorde das Trevas pensa que ela está grávida do Potter.

– Para isso eu estava me mantendo observadora e só saia de perto da garota quando ela estava perto de Harry, Severus. -Respondeu Andrômeda – Como Dumbledore bem sabe, sou metamorfomaga e às vezes me transfigurava em algum aluno.

– Essa descoberta irá mudar bruscamente o rumo dessa guerra... e como irá! – comentou Minerva. – Mas pelo que você disse, Andrômeda, teria alguma chance da Hermione ter tido um desses sonhos estranhos hoje, quando ela desmaiou, não é? – A professora parecia um tanto feliz por descobrir que sua aluna mais responsável não havia deixado de ser sua aluna mais responsável.

– Tem razão! Vamos lá, falar com ela... – respondeu Andrômeda.

Os quatro integrantes da Ordem voltaram para a ala hospitalar.


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–Hermione, querida, você não teve algum daqueles sonhos? – perguntou uma ansiosa Minerva, ignorando o fato de a menina estar um tanto abalada com a morte do pai.

Soluçante, ela respondeu:

– Tive. Godric foi para a França tratar de alguns negócios sobre o medalhão, e, creio eu, foi logo antes dele ter partido o pingente em dois dando um para mim, quer dizer, Helena.

–Hum... Harry, pegue aquele livro que lhe presenteei no seu aniversário.

– Sim, Professora Andrômeda. – disse Harry, parecendo um pouco confuso, não tivera mais tempo para ler o livro todo.

Quando o garoto retornou, com o diário em mãos, entregou-o a Dumbledore. Um sorriso se iluminou na face do velho bruxo.

– O tempo irá voltar e nos explicar tudo!!!

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