O segundo sonho



Ambos foram dormir, com a cabeça pulsando de tantas dúvidas. Por que aquele medalhão pertenceria a Hermione? Harry realmente não conseguia compreender. Logo adormeceu.



“Harry viu-se transportado para um belo salão. Ouviu uma doce melodia tocada em um piano, atrás de um véu negro. Ele atravessou o véu e viu uma mulher tocando. Ela estava toda de preto e usava um chapéu com um véu que lhe cobria completamente a face, da mesma cor que o resto de suas vestes. Suas mão tocavam as teclas como plumas e o garoto notou algo em seu busto. Uma pálida luz azul emanava de dentro de seu vestido. De súbito, uma porta se abriu e entrou lá um homem loiro, com olhos vermelhos e pupilas que lembravam os olhos de uma cobra. A mulher parou de tocar. Instantaneamente, a luz que emanava de dentro de suas vestes parou de brilhar. O homem se aproximou da mulher e disse:

- Minha cara Helena, me diga... – sua voz sôo fria e sibilante, mas foi interronpida pela voz ríspida da mulher.

- O que queres Salazar? – respondeu ela com outra pergunta.

- Minha Bela, tu sabes tão bem quanto eu o que eu mais quero de vos neste momento... cadê o teu lado do medalhão?

- Tolo... eu nunca o entregaria a vos.

- Que não seja por isso. Se não é por bem, que seja por mal.

Salazar conjurou uma espada e encostou-a na nuca da moça, que ainda estava voltada para o piano.

Os olhos dela começaram a brilhar, e logo em seguida, um medalhão começou a flutuar, ainda em seu pescoço. Ele soltava uma luz azul pálida, como a que Harry vira momentos atrás. O garoto não precisou se esforçar muito para perceber que esse medalhão era igual ao de Hermione. Com a voz rouca, a jovem disse:

- Esse medalhão a mim pertence

Eternamente a mim pertencerá

Verá as passagens dos séculos

E somente uma dona terá.

Dito isso, o medalhão simplesmente se dissipou no ar. O homem então, atordoado com o que se passara, falou:

- Acho bom falares para onde mandaste aquele medalhão, se não quiserdes que uma outra pessoa sofra as conseqüências de teus atos... – ele se voltou para um lado da sala que (Harry não sabia como não havia percebido) tinha um berço.

Num gesto automático, a moça se levantou de um pulo e caminhou até ficar a menos de dois metros de Salazar. De repente, ela começou a rir. Ainda naquele riso irônico, disse:

- Você realmente acha que eu deixaria meu filho, o descendente de Godric em um mesmo lugar em que você estivesse?

O homem se aproximou do berço. Não havia absolutamente nada lá dentro, exceto alguns panos e lençóis:

- Você foi muito esperta, Helena. Pena que usou essa esperteza com a pessoa errada.

Aproximou-se da mulher, que se mostrava imponente e corajosa e lhe enfiou a espada no ventre.”



- Harry, por Merlin, acorda!

Assustado, o menino viu Hermione sussurrando, nervosa em seu ouvido para que ele acordasse.

- O que foi Mione? – perguntou o garoto, assustado, dando um pulo da cama para o chão.

- Vem cá! – ela o puxou pela mão para o corredor deserto.

Quando chegaram lá, ela abriu o robe e mostrou o medalhão, que iluminou todo o escuro corredor. A luz era muito forte, e provavelmente Hermione não lhe mostrara no quarto para não acordar Rony:

- O que está acontecendo, Mione?

Harry estava assustado e entrou em pânico total quando a menina desmaiou em seus braços.

Ele não pensou duas vezes. Correu até o quarto das meninas. Teria que pedir a ajuda de Gina. Colocou a namorada na dela e foi acordar a ruiva:

- Gina, acorda, por favor!

- O que foi Harry? – a menina estava sonolenta e parecia ainda não ter despertado.

- A Mione desmaiou.

- Não, Harry. Ela só ta dormindo. Assim como eu tava a poucos minutos, antes de você me acordar e do mesmo jeito que era para você estar.

- Ela desmaiou no corredor! Foi me procurar porque o medalhão dela estava brilhando.

As palavra “desmaiou”, “medalhão” e “brilhando” em uma mesma frase surtiram rápido efeito na amiga:

- Como é que é?

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