"Acho que fiz a coisa certa"



CHAPTER 15
"ACHO QUE FIZ A COISA CERTA"


Harry, Rony, Hermione e Gina, depois de um dia divertido e cansativo em Hogsmeade, foram em direção às carruagens que estariam levando os alunos de volta á Hogwarts.


Já eram seis da tarde, o céu escurecendo aos poucos avisava que ainda teriam um bom tempo para aproveitar antes do jantar.


Rony insistia incansavelmente para que eles ficassem mais um pouco para aproveitar o fim de semana, mesmo que Hermione sempre negasse.


- Porque não podemos ficar aqui mais um pouquinho? Depois vamos pra escola pela passagem da Dedos de Mel – pediu Rony manhosamente.


- Rony, já disse que temos que dar exemplo. Somos monitores! – disse Hermione se segurando pra não rir do ruivo.


- E quem se importa? Também somos adolescentes e namorados – disse Rony como se fosse obvio.


Hermione o encarou com os olhos brilhantes e lhe deu um selinho.


- Te amo sabia? – disse a morena com um sorriso.


- Sabia – disse Rony marotamente.


Harry e Gina ficaram quietos o tempo todo. Harry olhava de um lado para o  outro do vilarejo como se procurasse algo, olhava para trás suspeito e novamente para os lados. Gina observava isso preocupada. Ela, de certa forma, sabia que ele estava se sentindo vigiado.


- Quem é, Harry? – perguntou Gina aos sussurros.


- Como assim? – perguntou o moreno confuso.


- Sei que estamos sendo vigiados – disse Gina ao que Harry a encarou incrédulo – Quem é?


- Não sei, acho que é um dos Prize novamente.


De repente eles viram Hermione e Rony estancarem em seus lugares, olhando fixamente para um beco á esquerda.


- Vocês viram alguém? – perguntou Harry prontamente.


- Acho que eu vi uma pessoa ali – sussurrou Hermione.


Harry deu um passo na direção do beco mais sentiu uma mão delicada o segurando pelo pulso, impedindo-o de continuar.


- Harry... – começou Gina apreensiva.


- Só vou tirar uma duvida – disse Harry tirando a mão da namorada delicadamente de seu pulso, e indo a passos lentos para dentro do beco.


Rony pediu para que as meninas ficassem ali caso algo acontecesse, e foi atrás do amigo. Assim que chegou ao lado deste disse antes que o outro reclamasse:


- Não adianta reclamar cara, vamos de uma vez.


Harry bufou e eles adentraram o beco sem saída, puxando as varinhas de dentro das vestes e olhando para cada canto daquele beco escuro, frio e... Fedorento.


- Lumus – sussurrou Harry acendendo a varinha, sendo repetido por Rony.


Conseguiram ver alguns gatos revirando os lixos, ratos e baratas. Rony estremeceu quando viu alguns ossos ali.


- Como podem ter ossos humanos aqui? Por Merlin... – sussurrou o ruivo.


- O mundo bruxo não é uma coisa muito linda Weasley – disse uma voz arrastada a frente deles.


Eles apontaram a varinha iluminada na direção do dono da voz e, arqueando as sobrancelhas, exclamaram:


- Malfoy?


- Não, sou Lorde Voldemort disfarçado – disse Draco revirando os olhos – Essa é a primeira vez que agradeço o fato de vocês serem curiosos.


- O que você quer Malfoy? – perguntou Harry entediado.


- Lhe informar de algumas coisas, e sei que são de seu interesse – disse Malfoy sorrindo desdenhosamente, o que fez Harry e Rony se entreolharem – Sei que é descendente do titio Lian Anúbis, sei que ele está atrás de uma chave e sei também qual é, sei que se não entrega-la ele matará a Weasley e sei o porquê do Lord das Trevas não estar de atormentando esses dias.


Harry engasgou com a própria saliva ao ouvir isso tudo e Rony empalideceu, enquanto Malfoy balançava a cabeça negativamente.


- Desde quando? – perguntou Rony sussurrante.


- Lian me visitou nas férias sabe... – começou Draco a contar, se se encostando à parede e se lembrando daquele dia estranho – Ele perguntou se eu conhecia alguém de sobrenome Potter. Disse que conhecia Harry Potter, mais que o odeio tanto que se essa guerra toda não rolasse, eu mesmo já teria o matado – com isso, o loiro encarou Harry com um olha mortal que foi retribuído do mesmo jeito – E perguntei o porquê dele vir perguntar logo pra mim e ele disse que pelo meu pai ser um Comensal da Morte eu deveria conhecer muitas “famílias importantes”. E que o fato de estar perto de você todos os dias, mesmo contra a minha vontade, ele achou útil.


 


- Fico grato em saber que você o odeia – disse Lian com um sorriso satisfeito – Porque eu preciso muito de sua ajuda jovem Malfoy.


- O que você quer? – perguntou Draco desconfiado.


- Quero que tire as proteções do Expresso de Hogwarts e que confunda o Chapéu Seletor – disse o outro sem rodeios.


- Você ficou maluco? Tem noção do quão difícil isso vai ser? – exclamou Draco de olhos arregalados.


- Ora Draco, pelo o que eu saiba um Malfoy gosta de um desafio assim como um Potter gosta de uma aventura perigosa não? – disse Lian franzindo o cenho – Afinal, o que você tem a perder? Ganharia créditos com o seu querido Lorde e nós dois sairíamos recompensados nisso tudo.


Draco ainda o olhou desconfiado e antes de dar as costas e ir até a janela da sala de estar de sua casa, olhando as nuvens cinzas que cobriam o céu avisando que logo uma chuva forte cairia.


O loiro voltou seu olhar para o homem que estava de braços cruzados esperando uma resposta e, mesmo relutante, afirmou com a cabeça ao que Lian sorriu parecendo mais satisfeito ainda com isso.


- Tenho certeza que não irei me arrepender – disse Lian andando até o garoto e apertando seu ombro com um olhar cumplice – E nem você.


 


Se olhar matasse Draco Malfoy tinha certeza que já estaria no chão agonizando de dor enquanto era queimado vivo. Harry lhe mandava um olhar tão fulminante, que por um momento pensou ver as íris vermelhas de Voldemort acendendo seus olhos verdes esmeralda.


Rony tinha o punho cerrado se segurando para não pular no pescoço do loiro e o fazer sangrar.


Ele viu, agradecido, que os dois não iriam falar nada enquanto ele não terminasse a história toda.


- Enfim... Milorde descobriu isso e me perguntou tudo sobre Lian Anúbis, não que não o conhecesse, mais para confirmar se ele estava mesmo vivo já que tinha sido morto no século 12 junto com o irmão – continuou Draco se perguntando quando iria acabar aquela conversa, mais tinha que contar tudo... Não queria ter concordado com ela, mais era inevitável – Ele descobriu sozinho que você era o descendente de Anúbis, por causa de sua “força em batalha”.


“Milorde teve o desejo de que Lian se aliasse á ele, mais se conteve quando viu que Anúbis já tinha começado um plano com os trigêmeos Prize e não queria interferir por enquanto. Ele esperou até o momento certo e, quando viu que você estava em coma chamou Lian para uma reunião com ele para que ele pudesse propor essa aliança, Lian primeiramente não concordou já que teria que seguir as ordens do mestre, mais quando Milorde disse que eles teriam o mesmo poder ele concordou prontamente.”


“Milorde tem ficado distante pelo fato de esperar o momento certo pra atacar, e esse momento certo vai ser á qualquer hora e qualquer dia. Ele anda planejando muitas coisas contra você e o velho cad... Tá, DUMBLEDORE, feliz? Enfim... Ele tem tramado muitas coisas contra você e DUMBLEDORE e por isso anda sumido.”


Harry crispou os lábios, se segurando para não gritar um palavrão. Rony estava mais pálido que Malfoy que tinha uma palidez natural, e soltava aqueles gemidinhos de medo que sempre lhe escapavam quando eram mais jovens.


- E porque você está me contando tudo isso Malfoy? – perguntou Harry parecendo mais calmo. Mais muito confuso.


- Nem eu sei Potter, por mim você que se desse mal... Mais uma pessoa muito importante pra mim me pediu isso, e não vou contraria-la – disse Malfoy pegando algo no bolso o que fez os dois meninos ficarem em posição de ataque o que fez o loiro rir – Vocês acham mesmo que vou ataca-los? Não, obrigado. Tenho coisas mais importantes pra fazer.


O loiro se aproximou dos dois e encarou o moreno, que o encarava meio desconfiado e meio curioso.


- Estenda a mão Potter – pediu Draco o menos raivosamente que conseguiu.


Harry estendeu a mão, sem entender de onde veio tanta confiança no cara que ele odeia á 15 anos.


Draco dobrou o papelzinho que tirou do bolso e colocou na mão de Harry e, dando dois tapinhas no rosto do moreno e do ruivo, saiu dali com as mãos no bolso da calça.


Harry fechou a mão antes que o papelzinho voasse e o guardou no bolso, depois veria o que era aquilo.


Ele e Rony olharam na direção em que Draco tinha ido a pouco tempo, mais se surpreenderam quando viram que já estavam sozinhos ali.


- O que foi exatamente isso? – perguntou Rony recuperando a voz.


- Nem eu sei – disse Harry coçando a cabeça e suspirando – Vamos? As meninas devem ficar doidas quando virem o Malfoy sair daqui a gente não.


Rony afirmou e foi andando com Harry até onde as meninas estavam, em silêncio. Cada um em seus próprios pensamentos até que foram interrompidos por dois montinhos pequenos os abraçando pelo pescoço enquanto ouviam perguntas na metade.


- O que ele...


- Porque estão...


- O que aconte...


- Porque não...


- EI! – exclamaram os dois – Uma de cada vez!


- Desculpe... – disseram as duas corando.


- O que ele fez? – perguntou Hermione primeiro.


- Nada demais – disse Rony.


- Porque estão tão pálidos então? – perguntou Gina insistente.


- Algumas coisas – respondeu Harry arqueando as sobrancelhas.


- O que aconteceu, fala a verdade! – pediu Hermione se irritando.


- Aqui não é um bom lugar – disse Rony bufando.


- Porque não dizem a verdade? Tem ninguém aqui... – disse Gina estressada.


- Elas conseguiram perguntar tudo mesmo... – disse Harry revirando os olhos – Quando chegarmos à escola, vamos pra Sala Precisa que a gente conta tudo beleza?


As duas assentiram e eles foram para a Dedos de Mel para irem para a escola pela passagem, as carruagens já tinham ido embora sem eles.


Draco encarava os quatro de longe sem que percebessem e suspirou, dando um pequeno sorriso.


- Acho que fiz a coisa certa.


**************************************
Peraí... O Malfoy tá ficando bonzinho? *O*' Não sei de onde eu tive essa ideia mirabolante... Acho que me inspirei em várias outras fics que eu já li, sempre li uma ou outra em que o Malfoy ajudava os outros e eu acho isso lindo pra um personagem que todos tem um certo "ódio". Coisa que eu acho que os fãs de Harry Potter não tem, fico até besta com isso >< 
Mais e aí, gostaram do capítulo? :D

UM BEIJO E UM QUEIJO

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Comentários (3)

  • Vivikasc

    CARA EU AMO O DRACO, E ELE APARECER BOM FOI PERFEITO *-* Só falta essa tal pessoa ser a Astoria e eu vou te amar eternamente minha cara shaushaushau! capitulo 10 meeeesmo, amey de paixon *-*.

    2011-11-17
  • Bárbara JR.

    Triste realidade ver sua fic acabando vivi T.T

    2011-11-17
  • vivi couto

    Você, como sempre minha car, se superou... ameii esse capitulo, ta DIVINO... OMG, o Malafoy bonzinho?, tudo bem que eu tbm pus ele de bom na minha, mais tipo, que 10!!! não sei se vc viu, mais conclui a fic e postei uma continuação, aparece por lá tá?? beijinhos. http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=41194  http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=41794

    2011-11-17
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