"Não somos tão horríveis quant



CHAPTER 1
"NÃO SOMOS TÃO HORRÍVEIS QUANTO PENSA" 


Feliz aniversário Harry!


Cara, estamos com saudades. Como se sente fazendo 16 anos? Estamos ficando um tanto velhos né? Mione sempre me bate quando digo isso, ela acha que não precisa ser lembrada... E Gina só disse que “Vou parar de ser gostosa só quando tiver meus fios brancos”... Essa minha irmã não toma jeito. Mais enfim, essa não é uma carta só minha, pois Mione e Gi também vão escrever um pouco aqui. Parabéns cara, tudo de bom e felicidades!


- Rony


Harry, parabéns!


E pensar que no primeiro ano eu te achava “metido á famoso” e você me achava uma “metida á sabe-tudo”! Se bem que eu sou sim um pouco metida, mais isso não vem ao caso, o que quero dizer é que eu te amo como um irmão que eu nunca tive (e que queria ter), mais nem por isso né? Só porque não somos irmãos de sangue não quer dizer que não podemos nos tratar como tais. Você é muito importante pra mim, felicidades!


- Mione


Gatinho dos olhos verdes e cabelos rebeldes,


Como vai? E sim, eu disse mesmo que só deixaria de ser gostosa quando tivesse os cabelos grisalhos, e pode ter certeza que vai demorar. E pensar que eu nem conseguia falar uma palavra com você quando mais nova, e a única carta que te mandei foi aquele mico (lê-se King-Kong) em forma de cartão que te mandei no segundo ano. Rio até hoje quando me lembro disso... Enfim, parabéns e felicidades hoje e sempre!


- Gina


PS.: Vamos te buscar ás cinco da tarde ouviu? E use o que está dentro da caixa, mais só veja quando estiver na hora. ATÉ MAIS!


 


Harry não sabia se ria ou se chorava, estava muito feliz com a carta dos amigos. Rony lhe chamando de velho, Mione mostrando o quanto gosta dele e Gina, a ruiva que o fazia rir sempre que estava triste, fazendo palhaçada... Eles com certeza eram as pessoas mais maravilhosas que ele teve chance de conhecer em 15 anos de vida.


Ele recebeu a carta ás dez da manhã (e a tal caixa que ele fez um esforço enorme pra não abrir), tem á lido sem parar á seis horas. Eram três horas de uma tarde ensolarada, quase brincando com seu humor. Estava tão feliz que nem os Dursleys conseguiram tira-lo do sério, o que os deixou um tanto nervosos.


Estava no parque perto da casa dos tios, no mesmo em que Duda e sua gangue batiam em crianças inocentes. Ele gostava de ir lá pra refletir.


Edwiges estava em uma árvore, o seguia desde que Sirius morrera. A coruja branca parecia sentir seus sentimentos. Sabia quando estava triste, com raiva... Sempre demonstrava carinha dando uma simples bicadinha em sua orelha ou em sua mão. Agora que Sirius morreu, ela sempre o seguia pra protegê-lo e pra que ele nunca se sentisse sozinho.


Sirius Black, seu padrinho. "Assassino" e "fugitivo" para os outros, mais pra ele simplesmente Sirius Black.


Ele prometeu pra si mesmo que não ficaria triste, mais também não se esqueceria do homem que o tratou como um filho, mesmo que por pouco tempo. Mais foi o tempo suficiente pra ele sentir o amor de um pai pelo filho, que ele nunca teve chance de sentir desde á morte dos pais á 15 anos atrás.


Sirius lhe fez sorrir e rir nos piores momentos, o fez abrir os olhos pra um novo mundo onde sempre vamos enfrentar o bem e o mal, o ensinou á descobrir quem são os verdadeiros amigos. Ele foi a pessoa mais importante de sua vida, e sempre vai ser.


Com esses pensamentos ele sorriu. Poucos momentos com Sirius Orion Black foram o suficiente para ele sentir como era ter um pai.


- Harry?


Ele guardou a carta e olhou para o dono da voz, que vinha em sua direção. Aparentemente sozinho.


- O que faz aqui Duda?


Duda coçou a cabeça parecendo nervoso, como se uma coisa estivesse entalada em sua garganta. Harry viu quando Duda pegou uma caixinha de dentro do bolso.


- Eu queria lhe entregar isso – disse Duda entregando a caixinha para Harry.


Harry olhou para o primo um tanto abismado e depois encarou a caixinha.


- O que é isso?


- Abra, só assim vai descobrir.


Harry ainda meio desconfiado abriu a caixinha verde-musgo e encontrou dois anéis dourados.


- Não vai me pedir em casamento né? – perguntou Harry ironicamente.


Duda riu e balançou a cabeça negativamente.


- Eu não virei a casaca Potter – disse Duda ainda rindo – Esses anéis pertenceram aos seus pais.


Harry sentiu os lábios se curvando, involuntariamente, em um sorriso.


- Porque está me dando então?


- Seu pai deu esse anel á sua mãe quando á pediu em namoro, mamãe me disse que isso aconteceu no meio do sétimo ano deles em Hogwarts. Mamãe me disse que nunca teve coragem de lhe entregar isso, pois é uma das únicas lembranças deles que ela tem. Mais ontem, quando você subiu pra dormir, ela me entregou essa caixinha e disse pra que te entregasse.


Harry não sabia o que pensar. Ficara abismado só do primo primeiramente ter dito o nome de sua escola, o que era quase uma ofensa aos tios. Ficou mais abismado ainda ao saber o quanto isso significava pra tia, então porque o trataram tão mal durante todos esses anos?


- Não sei o que dizer – disse Harry finalmente.


- Não precisa dizer nada, sei que está um tanto confuso com essa mudança de personalidade da minha mãe, só quero que saiba que não somos tão horríveis quanto pensa. Meu pai continua um saco com essas coisas, mais eu queria que me desculpasse por todos esses anos. Queria que nos tratássemos como primos, de verdade.


Harry certamente estava sem palavras, ele estava feliz sim, mais ainda atordoado.


Duda esticou a mão para o primo e ficou esperando por uma reação da parte do moreno. Harry se levantou, apertou a mão do primo e o puxou pra um abraço.


- Valeu cara – disse Harry antes dando tapinhas nas costas do “Grande D”.


- Parabéns.


- Obrigado.


Os dois se separaram e foram andando, conversando animadamente até a casa dos Dursleys, como nunca fizeram. E como nunca acharam que iam fazer pra falar a verdade.


Eles entraram na casa e deram de cara com Válter e Petúnia os encarando.


- Ér... Mãe, eu entreguei pra ele – disse Duda sem encara-los.


- Obrigada querido, poderia deixar-nos á sós com o Harry por um minuto? – disse Petúnia encarando os dois com os olhos brilhantes.


Duda deu dois tapinhas nas costas do primo e subiu as escadas. Harry sem entender se sentou na poltrona em frente aos tios.


- E então? – ele disse depois de uns segundos de silêncio.


- Gostaríamos de lhe entregar uma coisa – disse Petúnia pegando uma caixa retangular que estava em cima da mesa de canto, que Harry á pouco reparara, e entregou ao menino.


Harry abriu a caixa e sentiu uma lágrima caindo, sem conseguir segura-las mais.


- Essa caixa sua mãe guardava com ela, pra que quando você crescesse mais, a tivesse – disse Petúnia se sentando ao lado do moreno e pegando uma foto – Essa foto eu e sua mãe tiramos no aniversário de dez anos dela.


Na foto, Petúnia e Lilian estavam com bonitos vestidinhos com babados. O de Petúnia bege e o de Lilian rosa.


- Nessa foto, são os nossos pais. Carlos e Julia Evans, grandes pessoas posso dizer. Ensinaram-nos á gostar uma da outra, pois brigávamos muito... – Petúnia limpou uma lágrima e sorriu – Achei que gostaria de saber quem eram seus avós maternos, já que nunca os conheceu.


Na foto, um senhor de cabelos castanhos e olhos também castanhos abraçado com uma ruiva de olhos verde-esmeralda com a mão na barriga.


- Ela estava grávida de mim – disse Petúnia guardando a foto e pegando as outras duas que sobravam – Nessa, Sirius tirou quando você tinha acabado de nascer. E nessa, eu tirei no casamento dos seus pais.


Numa foto, Lilian estava sentada na cama de hospital com a cara vermelha, parecia ter chorado demais. Tiago estava sentado ao seu lado com o rosto também vermelho, acenando para o embrulhinho nos braços da esposa. Um embrulhinho de cabelos negros e bagunçados, olhos verde-esmeralda. Harry tentava pegar as mãos do pai com as pequenas mãozinhas e tinha um meigo sorriso banguela. A foto claro, era animada por ser bruxa.


Na outra, Tiago e Lilian com os braços entrelaçados e um tanto corados, Sirius e Lupin com cartazes atrás com os dizeres “FINALMENTE” e “ETERNAMENTE LIRIO E VEADINHO”. Tonks e uma morena riam abertamente.


- Quem é essa? – perguntou Harry apontando para a morena.


- É Marlene Mckinnon, parece que ela era casada com Sirius.


Harry arregalou os olhos. Como assim? Ele tem uma madrinha?


- Casada? Porque ele nunca me falou dela?


- Ele não disse por que não queria, e sim pela segurança dela. Depois do desastre em outubro, Sirius foi preso e acusado da morte de seus pais. Então pela segurança de Marlene, antes que Sirius fosse preso pediu para dar umas ultimas palavras com Marlene, ele pediu pra que ela fosse para bem longe. Ela não aceitou mais depois de muita insistência ela fugiu do país.


- E... Você sabe onde ela está? – perguntou Harry curioso.


- Infelizmente não... Desculpe – Petúnia apertou o ombro do sobrinho lhe dando força ao ver a cara triste que ele fez. Ela pegou um caderno que tinha dentro na caixa e sorriu – Seus pais compraram esse caderno-diário para que você o usasse sempre, para se abrir para você mesmo nos piores e melhores momentos. Seus pais escreveram um texto para você na primeira folha, leia depois.


Harry pegou o caderno e o cheirou, para Válter foi uma coisa estranha, mais Petúnia entendeu. Tinha o perfume doce de Lilian no caderno todo, cheiro de flores, especificamente lírios. A capa do caderno era preta, mais continha fotos nela dando uma personalizada bem legal. Ele abriu o caderno, vendo o texto que a tia tinha citado, mais resolveu que o leria depois.


- Tem mais uma coisa – disse Válter finalmente, sem aquela voz ríspida.


- Tem? – perguntaram os dois apreensivos.


- Sim... Marlene me deixou uma coisa, para que entregasse á você – Válter pegou uma caixinha no bolso interno do blusão que usava e entregou ao sobrinho.


Harry abriu a caixinha vermelha e sorriu, era um cordão de prata com um pingente de raio.


- Obrigado... – Harry sentiu seus olhos começarem a arder avisando que novas lágrimas iam rolar – Isso é mais que especial pra mim, ter algumas lembranças de meus pais. Nem sei como agradecer!


- Pois eu sei... – disse Válter se levantando e indo até a frente do sobrinho que o olhou apreensivo pelo o que viria, mais o tio sorriu – Agradeceria se me perdoasse por tudo que eu já te fiz. Pode ter certeza que tudo vai mudar daqui pra frente.


Harry limpou as lágrimas e sorriu, foi abraçar o tio. Válter primeiro ficou sem reação, mais depois sorriu e apertou o sobrinho no abraço. Petúnia também estava um tanto emocionada, eles que sempre brigaram como animais.


- Vai abraçar sua tia que parece que está se segurando ali – disse Válter rindo.


Harry se separou do tio e abraçou fortemente a tia, que lhe afagou os cabelos.


- Eu nem sei como te agradecer – disse Harry ainda abraçado na tia – Te amo tia.


Petúnia deu um soluço e riu alegre.


- Também te amo querido.


 


***


Harry já estava de banho tomado, eram quatro e meia da tarde. Com toalha na cintura, ele foi para o quarto e finalmente pôde abrir a caixa misteriosa que os amigos lhe mandaram.


Ele riu, era uma fantasia de Drácula. Capa preta (que pra sua desgraça lembrou Snape), uma camisa social vinho, uma calça social e um sapato social preto. Ele colocou a roupa imaginando o que os amigos estariam aprontando e, quando estava pra tampar a caixa para guarda-la viu que tinha um bilhete. Ele o pegou e viu a letra de Hermione.


 


Aponte a varinha para o cabelo e fale “Cabelus Momentus” e aponte para a boca e diga “Mordida aqui, mordida lá, meus dentes afiados devem ficar”. Não ligue... Quem inventou isso foi a Gina pra zoar com você.


 


Harry riu. Fez o que a amiga-irmã pediu e foi ver o resultado no espelho do banheiro. Seu cabelo estava bem arrumado e os dentes afiados pareciam de vampiro. Agora ele entendeu, era pra lhe dar um ar realmente vampiresco.


- Eles pensam em tudo... – ele disse pra si mesmo.


Voltou para o quarto para arrumar o malão quando ouviu a campainha.


- HARRY, SEUS AMIGOS! – ele ouviu a voz da tia.


- JÁ ESTOU INDO! – ele gritou de volta.


Ele guardou o resto das coisas no malão e foi para a sala. Estava Rony, Hermione e Gina conversando com os tios e o primo de Harry, uma conversa animada.


- Olá querido – disse Petúnia sorridente.


- Pelo visto você ficou bem na fantasia – disse Hermione.


- Mais um pouco e eu corria pensando ser um vampiro de verdade – disse Rony sorrindo marotamente.


- Um vampiro bem bonitinho pra falar a verdade, tem algo errado... Normalmente eles são horríveis, mais você é exceção – disse Gina arqueando as sobrancelhas em divertimento e rindo com os outros quando Harry corou.


- Vocês não prestam mesmo – disse Harry sorrindo com o canto da boca.


Gina estava com uma fantasia um tanto... Sexy, pensava Harry. Ela estava com uma roupa de policial trouxa, provavelmente Hermione que lhe dera. Uma blusa decotada de manga curta e um tanto apertada, azul com o símbolo do FBI. Um short preto. Um all star também preto e ela tinha o cabelo flamejante solto e enrolado, com uma maquiagem leve e um batom vermelho. Uma coisa lhe chamou a atenção também...


- Porque os dentes afiados? – perguntou Harry quando viu os dentinhos que nem o dele.


- Toda vampira tem fama de sexy, então...


- Então você quis ser uma policial-vampira?


- Isso aí, mais eu continuo preferindo um vampilicial ou talvez polipira – disse Gina rindo – E o que achou do meu novo feitiço?


- Hilário – disse Harry acompanhando-a nas risadas.


Hermione estava com a roupa da Tinker Bell, pra quem não sabe é a Sininho de Peter Pan. Um vestido de uma alça, até um pouco a cima dos joelhos, verde. O cabelo castanho preso em um coque, mais ela deixou uma franja na testa. Também usava uma maquiagem leve e uma sapatilha branca.


- Mione tá uma gracinha né? – perguntou Rony sorrindo pra morena.


- Ah, cala boca soldadinho de chumbo – disse Hermione revirando os olhos, mais com as bochechas levemente coradas.


- Soldadinho de chumbo não, militar – disse Rony estufando o peito.


Rony estava com a tradicional roupa de exército. Verde-musgo com detalhes preto e verde claro. A única coisa que ele mudou foi que ele usava um boné preto e um tênis branco.


- O boné e o tênis foram ideias da Gi – disse Rony.


- Se ele fosse com o uniforme completo as pessoas sairiam correndo pensando ser uma guerra!


- Pessoas? – perguntou Harry curioso.


- Gina! – repreenderam Rony e Hermione.


- Tenho que fazer outra mudança no seu visual Drácula – disse Gina sem dar atenção ao que aconteceu, pegou a varinha e apontou para o rosto de Harry – Eyes Red.


Harry por um momento viu tudo embaçado, piscou os olhos mais continuava tudo embaçado.


- O que você fez? – ele perguntou.


Gina tirou os óculos de Harry e os colocou na estante. Apontou a varinha novamente para o rosto dele.


- Palidus.


Harry sentiu um frio instantâneo por alguns segundos mais depois se sentiu quente novamente.


- Por Merlin, agora eu sinto medo – disse Rony arregalando os olhos.


- Se eu não te conhecesse, correria agora – disse Hermione.


- Ah, fala sério que ele ficaria bem de vampiro – disse Gina sorrindo marotamente – Ficou legal sim, só fiz mais umas coisas pra deixar mais legal ainda seu visual.


- Mais...


- Depois você vê Sr. Potter, agora vamos que estamos atrasados – disse Gina puxando Harry pra fora da casa – Até mais senhor e Sra. Dursley, tchau Duda.


- Divirtam-se! – disse Petúnia antes de Rony e Hermione fecharem a porta.


- Gostou do nosso transporte? – perguntou Hermione animada.


- WOW! – disse Harry com a boca em formato de “O” – Andar em uma limusine não estava em meus planos...


- Mais agora está, entre logo – disse Rony empurrando o menino para dentro da limusine, quando as meninas entraram na limusine – Pode ir Lupin!


- Lupin? – disse Harry rindo.


- E aí Harry! Ficou incrível de Drácula – disse Lupin rindo.


- Onde vocês estão me levando? Por Merlin!


- Deixa de ser curioso, tome umas cervejas amanteigadas e fique quieto. Daqui a pouco chegamos – disse Lupin dando partida na limusine e levantando voo com o carro.

***
Já falei que sou péssima pra inventar feitiços? Pois é, sou péssima pra inventar feitiços *-* Enfim, minha primeira fic e o primeiro capitulo. Gostaram? Õ/ Aceito sugestões e espero os comentários (Y)! Só uma brexa do próximo capitulo:

PROXIMO CAPITULO: "Ás goles que virão, e aos balaços que rebateremos"


- Estamos onde acho que estamos? – ele perguntou sorrindo.


- Aham, legal né? – disse Hermione entusiasmada – Agradeça á Gina quando chegarmos ao nosso destino.


Harry olhou para Gina que piscou pra ele e sorriu, dançando com o irmão.


Eles estavam simplesmente sobrevoando as ruas de Nova York! Harry vibrou quando viram a tão famosa Estatua da Liberdade.

Até a próxima :D 

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Comentários (2)

  • Bárbara JR.

    Aaah, que legal KK' Valeu Isa (=

    2011-09-19
  • Isabella C.

    CARA! AMEIII! Você tem o dom!!! AMEI AMEI AMEI AMEI! Já está salvo nos meus favoritos *----------

    2011-09-12
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