O noivado

Hermione acordou no dia seguinte com o seu despertador tocando, eram 6 e meia da manhã, tinha que correr para chegar a escola. Escovou os dentes, trocou de roupa e pegou o seu material antes de ir para o andar de baixo da casa, seu pai estava sentado na mesa da cozinha tomando o seu café da manhã.

- Bom dia minha filha! - ele deu um largo sorriso para ela.

A morena não disse nada, apenas pegou um pote no armário, aonde colocou cereal e leite.

- Não me diga que está me dando um tratamento de silêncio? – a observou enquanto se sentava na cadeira – Você não fazia isso desde que tinha 6 anos.

- Não estou te dando o tramamento do silêncio – suspirou pesadamente antes de, finalmente, falar – Apenas preciso absolver o que você está querendo me obrigar a fazer.

- Sei que parece ser uma coisa ruim – continuou – Mas daqui algum tempo você e Harry vão perceber que essa é a melhor coisa que podia lhes acontecer.

- Eu já disse que não quero falar sobre isso agora – pediu – Tudo que eu quero pensar é na minha prova de química.

- Já estou saindo para o trabalho, mais tarde nós conversamos então – ele se levantou – Boa sorte na sua prova, tenho certeza de que você vai se sair bem, como sempre.

- Obrigada! - disse antes que ele saísse pela porta da cozinha.

Hermione terminou de tomar o seu café da manhã e foi em direção ao seu carro. O colégio não ficava muito longe de casa, demorou menos de cinco minutos para chegar ao local.

Estacionou, como sempre, na vaga ao lado do carro de Harry, mas o amigo não estava parado esperando por ela como de costume.

Trancou a porta e começou a caminhar para dentro do prédio. Estava quase chegando à lanchonete quando viu um ruiva correndo em sua direção.

- Oi Mione! - ela disse – Que bom que eu te encontrei, estava mesmo querendo falar com você.

- Oi Gina! - sorriu para a outra – Também precisava falar com você. Quero que você entreviste o McLagen para a reportagem com os formandos no jornal da escola.

- Tem tanto gatinho no último ano e você me manda entrevistar o McLagen – ela fez uma careta – Que bela amiga você é Hermione.

- Foi a única pessoa que sobrou pra ser entrevistada – explicou – Faz esse favor para mim Gina? Pelos nossos anos de amizade.

- Tudo bem! - revirou os olhos – Vai ficar chato sair uma matéria no jornal com todos os formando e o McLagen não aparecer.

- Isso é verdade! - concordou com a cabeça – Mas, o que você tinha para falar comigo que era tão importante assim.

- Rony ligou para casa ontem a noite – estava com um enorme sorriso no rosto – E ele disse que vai chegar aqui em Windsor daqui há um mês.

Hermione ficou apenas encarando a amiga sem esboçar nenhum tipo de emoção ou reação.

- Você não vai falar nada sobre isso Mione? - perguntou – Pensei que você fosse ficar feliz em vê-lo depois de quatro anos.

- Ele passou os últimos três verões lá na Alemanha – lembrou – Por que decidiu voltar para cá logo agora?

- Ele disse que quer ver a família antes de ir para a faculdade – explicou – Mamãe ficou muito feliz com isso, se dependesse dela manteria todos os filhos na frente dos dois olhos dela sempre.

- Fico feliz pela sua mãe! - deu de ombros – Mas, não posso dizer o mesmo em relação a mim.

- Eu ainda não entendo – a ruiva suspirou pesadamente – Você, o Harry e o Rony eram super amigos e, de uma hora para outra os três pararam de se falar e meu irmão pediu para estudar fora.

Hermione suspirou pesadamente, passou quatro anos tentando esquecer aquela história, mas a fazia se lembrar do que tinha acontecido.

- É complicado Gina! - foi tudo que conseguiu falar – Quem sabe o seu irmão queira te explicar quando chegar.

- Aposto que teve alguma coisa a ver com o termino do namoro de vocês – colocou a mão no queixo, pensativa – E eu sempre achei que vocês dois fosse ser maduros os suficiente para continuarem amigos mesmo se terminassem algum dia.

Para a sorte da morena, ela não precisou falar mais nada. Nesse momento, Harry chegou e pôs a mão no seu ombro.

- Oi Mione! - deu um beijo no topo da cabeça da amiga – Oi Gina! Como você está? Fala para o seus pais que eu estou mandando um alô para eles.

- Pode deixar que eu falo – garantiu – Acho que eu já vou indo, quero dar um lida na matéria antes da prova.

O moreno esperou a outra desaparecer na curva do corredor antes de se virar para Hermione.

- Eu preciso falar uma coisa com você agora – segurou o braço dela – Vamos até a lanchonete um minuto.

Haviam vários alunos sentados conversando. Eles conseguiram pegar uma as poucas mesas que estava vazia, bem em frente a janela.

- Eu queria falar com você sobre o que aconteceu ontem de noite – começou a falar calmamente.

- Nem me fale sobre isso – o interrompeu – Acho que nossos pais ficaram completamente malucos, deve ser o excesso de trabalho.

- Quando cheguei em casa tive mais uma discussão com o meu pai, disse que não me casaria de jeito nenhum, não importa o que ele falasse – suspirou pesadamente – Então ele ameaçou vender a nossa casa na Brown, se a gente não se aceitar se casar.

- Essa não Harry! - colocou as mãos na cabeça – Não tem mais tempo de conseguirmos um alojamento perto do campus, tudo já deve estar ocupado.

- Mas eu disse que não tinha medo dela fazer isso – continuou – Imaginava que ele só estivesse blefando.

- Eu espero mesmo! -fingiu-se de brava – Não estou com vontade de morar debaixo da ponte.

- Nunca vamos saber se ele estava falando a verdade ou não – não conseguiu encarar a amiga – Então a Lizzie acabou ouvindo a conversa.

- O que você quer dizer com isso? - sabia que esse não deveria ser um bom sinal.

- Ela ficou totalmente feliz com a idéia da gente se casar e vai começar a providenciar tudo – continuou – Não tinha como eu dizer não depois disso.

- Quer dizer que nós vamos ter mesmo que nos casar? - apoiou a mão no queixo – Essa não!

- É claro que eu tive que estipular as minhas condições – nesse momento o sinal da primeira aula tocou – A gente conversa depois da prova. Quem terminar primeiro vem encontrar o outro aqui a lanchonete.

Por cerca de meia hora, Hermione não conseguiu pensar direito na prova que estava na sua frente, só conseguia pensar naquele casamento que agora iria mesmo acontecer. Viu que o moreno saiu antes dela, o jeito agora era esvaziar a mente e pensar somente nas ligações do carbono.

Assim que entregou a prova para o professor, saiu correndo em direção a lanchonete. Mas, no caminho, acabou esbarrando com outra pessoa.

- Olá Hermione! - era a professora McGonagal que dava aula de língua inglesa e era a supervisora do jornal da escola – Imagino que a senhorita Lovergood tenha falado com você.

- Ela falou sim! - concordou com a cabeça – Eu vou mandar toda a reportagem com os formandos para o seu e-mail ainda hoje a noite – garantiu.

- Certo, estarei esperando – concordou com a cabeça – Também quero saber se você já escolheu a sua substituta para ser a editora do jornal.

A morena ficou mexendo na alça da mochila nervosamente, com tudo que tinha acontecido na noite anterior não teve tempo de pensar nisso.

- Eu pensei muito sobre isso! - mentiu, agora teria que escolher um nome rapidamente – Eu decidi nomear a Luna como minha substituta.

- Certo! - anotou alguma coisa na sua prancheta – Vou esperar o seu e-mail hoje de noite.

Concordou antes de seguir o seu caminho. Harry estava sentado exatamente no mesmo lugar de antes e sorriu assim que a viu.

- Que bom que você chegou – disse assim que a garota sentou-se ao seu lado – Confesso que pensei que você iria terminar a prova bem antes de mim.

- Então que já podemos continuar a conversar – pediu – Quais foram as condições que você pediu para o seu pai?

- Acho melhor a gente não conversar aqui! - se levantou – Alguém pode ouvir a nossa conversa e antes do almoço todos vão saber que a gente vai se casar.

- Ela estremeceu ao ouví-lo falar isso. Iria demorar um tempo para se acostumar com a idéia de que iria casar com o seu melhor amigo.

Caminharam juntos até o estacionamento dos alunos e pararam em frente ao carro do garoto.

- Vamos lá! - abriu a porta do passageiro para que a morena entrasse.

- Aonde você está querendo me levar? - o olhou desconfiada – Pensei que a gente só fosse conversar no estacionamento.

- Não se preocupe Mione, eu não vou te seqüestrar – tinha um sorriso divertido nos lábios – Só pensei que poderíamos conversar em um outro lugar.

- Certo! - deu de ombros antes de entrar no carro – Mas depois temos que voltar para a escola. Não quero deixar o meu carro aqui.

- É claro que iremos voltar – garantiu – Afinal, eu preciso buscar a Lizzie aqui ou ela me mata.

Ele dirigiu até o parque que ficava na saída da cidade. Aquele sempre foi o lugar favorito dos dois desde pequenos quando Lilian Potter os levava para brincar quase todos os dias. Foi no balanço do parquinho que Harry a “pediu” em casamento, e embaixo de uma dessas árvores que deram o seu primeiro beijo, é claro que foi somente para testarem como era.

Sentaram-se em frente ao rio Tamisa. Gostavam de pensar que essa era a prova de que Londres não era tão longe de lá e fazia com que Windsor não fosse uma cidade tão “pequena” assim.

- Eu disse para o meu pai que só me casaria com você sob algumas condições e tinha certeza de que você iria concordar comigo – explicou – Nós nos casamos e vamos para a Brown juntos, mas só teremos que ficar obrigatoriamente casados durante um ano. Depois disso, se algum de nós se apaixonar por outra pessoa, poderemos nos separar para ficar com essa outra pessoa.

- E ele aceitou essa condição? - achou isso um pouco estranho – Quero dizer, se nos separarmos, você não terá a maior parte das ações.

- Ele aceitou, com tanto que assinemos um contrato pré-nupcial dizendo que mesmo separados seremos, os dois, os donos dos 75% das ações – completou – Isso, é claro, depois que tivermos o nosso bebê, pois ele, como nosso herdeiro, será o maior acionista um dia.

- Por mim parece justo! - deu de ombros, embora a idéia de ter um bebê em breve a assustasse um pouco.

- Então parece que agora somos noivos – deu um pequeno sorriso. Então ele a ajudou a se levantar e ajoelhou na sua frente.

- O que você está fazendo? - não precisava se olhar no espelho para saber que seu rosto está totalmente vermelho, sua sorte era que não tinha ninguém passando naquele momento.

- Quero fazer isso direito! - explicou segurando a mão dela e a levando, rapidamente, ao seus lábios – Hermione Jane Granger, você aceita ser a minha esposa, mesmo que seja somente para termos um filho e depois de um ano podermos nos divorciar?

- É claro que eu aceito! - disse isso muito rápido – Será que agora você pode se levantar, alguém pode passar por aqui.

- Tudo bem! - suspirou pesadamente – Antigamente você se divertia mais com as minhas brincadeiras.

- Acho que as suas brincadeiras eram menos vergonhosas antigamente – revirou os olhos.

Eles se abraçaram e ficaram nessa posição por algum tempo. Só se separaram quando celular do moreno tocou.

- É a Lizzie! - disse depois que olhou o número no identificador de chamadas – Fala, minha irmãzinha favorita – deu um enorme sorriso depois que atendeu a ligação – Eu estou aqui com a Mione – fez uma careta, provavelmente e menina estava reclamando de alguma coisa – Tudo bem, me espera ai que eu já estou chegando.

- Deixa eu adivinhar! - colocou a mão no queixo, fingindo-se de pensativa, assim que o amigo desligou o celular – A Lizzie terminou a prova e está reclamando por que você não está lá para levá-la para casa.

- Exatamente! - balançou a cabeça afirmativamente – E você vive dizendo que queria ter uma irmã. Vou te dizer uma coisa, irmãs mais novas só servem para explorar a sua carteira de habilitação.

- Você diz isso agora, mas sei que, no fundo, você ama a Lizzie – não pode deixar de rir, já tinha perdido a conta do número de brigas entre os dois que ela presenciou – Só quero ver como ela vai fazer ano que vem quando você não estiver mais aqui em Windsor. E ela só vai ter idade para tirar a carteira de motorista no ano que vem.

- Eu não estou nem ai! - deu de ombros – Desde que ela não me faça sair lá dos Estados Unidos para vir buscá-la na escola.

- Eu não duvido de nada vindo da Lizzie – comentou – Mas, vamos embora antes que ela ligue de novo.

Ele estacionou o carro no mesmo lugar aonde tinha parado mais cedo, ao lado de Hermione.

- Ela disse que estaria no campo de futebol - falou enquanto dava a volta no prédio – Espero que ela esteja lá mesmo. Não vou ficar procurando pela minha querida irmãzinha.

- Eu vou até lá com você! - avisou enquanto o seguia.

Assim que chegaram ao local viram Lizzie beijando o garoto loiro que estava com as mãos no seu cabelo preto.

- Não acredito que ela tem coragem de ficar beijando esse loiro azedo em público – Harry fez uma careta.

- Eles estão namorando há seis meses – deu de ombros – Eu acho fofo os dois juntos.

- Ele é três anos mais velho que ela e ano que vem vai para a Universidade de Londres e só vai ver a minha irmã uma vez por mês – lembrou – Acredite em mim, esse namoro não vai durar muito.

- Sei que você não gosto do Malfoy, Harry – revirou os olhos – Mas ele está fazendo a Lizzie feliz. Não tente acabar com isso por causa de uma rixa.

Harry e Draco Malfoy desde a pré-escola quando eles ficaram em times diferentes no jogo de queimado, a partir desse momento competiram todas as coisas, principalmente nos esportes. A última vez foi para saber qual dos dois seria o capitão do time de futebol da escola, que foi vencido pelo moreno.

No momento em que Lizzie se separou, um pouco, do namorado, viu que os dois estavam lá.

- Mione! - saiu correndo em direção a amiga – Fiquei sabendo que você e o Harry vão se casar, fiquei muito feliz quando soube.

- Será que você pode falar baixo! - o de olhos verdes reclamou – Somente as nossas famílias sabem disso, por enquanto.

- Potter! Granger! - agora Draco se aproximou de onde eles estavam – Fiquei sabendo que vocês dois finalmente vocês decidiram admitir que são apaixonados um pelo outros há anos e vão se casar.

- Você contou para ele Lizzie? - reclamou enquanto encarava a irmã.

- Não tenho segredos com o meu namorado! - o abraçou e deu um beijo nele – E não se preocupe, ele não vai sair por ai espalhando para todo mundo.

- É verdade Potter! - levantou as duas mãos em rendição – Pode confiar em mim.

- Acho melhor irmos embora Lizzie! - segurou o braço da garota fazendo com que se afastasse o máximo possível do loiro.

- Ligo para você mais tarde para combinarmos o cinema de amanhã – avisou se despedindo dela.

- Tudo bem! - tentou beijá-lo, mas já estava sendo arrastada pelo irmão em direção a estacionamento.

Pararam em frente aos dois carros e Harry voltou a olhar feio para Lizzie.

- Você deveria ficar feliz por eu não ter contado ao Draco que o casamento de vocês dois é arranjado – continuou – Aliais, não sei como é que ele pode acreditar que vocês dois sempre foram apaixonados um pelo outro.

- Isso prova que o seu namorado é um completo desequilibrado – explicou – Deveria terminar logo com ele.

- Muito engraçado irmãozinho - revirou os olhos – Mione! Você vai lá para casa com a gente agora, não é?

- Não posso Lizzie! - respondeu – Tenho que terminar de organizar a matéria com os veteranos e mandar para a professora McGonagal.

- Você pode fazer isso lá em casa! - sugeriu – Assim eu te ajudo a se arrumar para o jantar de noivado de hoje a noite.

- Que jantar de noivado? - virou-se para Harry nesse momento.

- Pelo jeito meu irmãozinho esqueceu de te contar sobre isso – revirou os olhos – Foi minha idéia, é claro e papai disse que iria falar com o seu pai hoje e os dois vão direto lá para casa depois do trabalho.

- Tudo bem, eu vou – Lizzie sempre teve um grande poder de persuasão sob todos e ninguém entendia o por que – Mas eu preciso passar em casa para deixar o meu carro, pegar os arquivos com a entrevista e uma roupa.

- Ótimo, eu vou com você no seu carro e o Harry vai seguindo a gente – avisou – Isso me lembra que eu tenho que te entregar o arquivo com a entrevista do Harry.

- Só assim para você me convencer a fazer essa entrevista – ele reclamou – Não acredito que você fez isso comigo.

- Eu disse que sempre tenho o meu jeito – jogou um beijo para ele antes de entrar no carro – Vamos Liz.

Assim que chegaram a casa dos Granger, Lizzie acompanhou a amiga até o lado de dentro para procurar um vestido bonito para ela usar. Encontrou um preto de alças enquanto a outra pegava todo o material que tinha da reportagem. Em seguida, foram encontrar Harry do lado de fora.

- Você pode terminar o seu trabalho no meu computador Mione – o moreno avisou enquanto abria a porta do quarto.

- Obrigada Harry! - sorriu se sentado na cadeira em frente a maquina.

Pegou a entrevista o pedaço da reportagem que estava com a amiga e pegou a mensagem que Gina tinha acabado de enviar, por fim, teve que fazer a última entrevista consigo mesmo, pois não encontrou Luna na escola. Terminou de juntar tudo e logo mandou tudo para o e-mail da professora de inglês.

Em seguida foi começar a se arrumar, ou melhor, virou a boneca pessoal e em tamanho real de Lizzie, esse era o passatempo preferido da garota. Já estava escurecendo quando ficou pronta.

- Será que agora eu posso falar com a Mione? - o moreno começou a reclamar do outro lado da porta.

- De maneira nenhuma! - respondeu – Da azar o noivo ver a noiva vestida antes do jantar de noivado.

- Sempre pensei que fosse só antes do casamento! - comentou em seguida.

- Deixa ele entrar Lizzie! - Hermione disse – Está ai fora há horas.

- Tudo bem! - concordou, contra a vontade, dando espaço para que ele entrasse – Se precisarem de mim estou lá em baixo ajudando a minha mãe. Vou deixar os “pombinhos” a sós.

Esperou até que a irmã estivesse bem longe para se sentar na beirada da cama e segurar a mão da amiga, na sua frente.

- Você está linda Mione! - foi tudo que ele conseguiu dizer.

- Obrigada! - ela se sentiu seu rosto esquentar de vergonha – Somente a Lizzie para me fazer usar tanta maquiagem assim.

- Se isso te ajuda, você fica linda até sem maquiagem – completou – Sempre foi a garota mais linda de toda a cidade Windsor.

- Para com isso Harry! - deu um tapa na perna dela – Já disse para você parar de me elogiar assim.

- Tudo bem, eu paro – acabou aceitando – Afinal, não foi por isso que eu vim aqui, foi para te pedir desculpas.

- Para me pedir desculpas? - o olhou desconfiada – Você não fez nada para me magoar.

- Eu só aceitei que a gente se casasse sem te perguntar antes! - continuou – Acho que eu fiz isso meio que no impulso e não pensei o que você poderia estar sentindo sobre isso.

- Tudo bem Harry, eu não estou com raiva de você por isso – garantiu – Acho que eu teria feito a mesma coisa se estivesse no seu lugar.

Cerca de meia hora depois todos estavam reunidos em frente a mesa da sala para poderem começar a jantar. Antes disso, o senhor Potter se levantou pedindo a atenção de todos.

- Quero fazer um brinde ao casamento de Harry e Hermione – disse levantando o copo – Que essa união possa trazer muitas alegrias a família e, principalmente, a Granger & Potter.

Todos ergueram os copos também concordando com o brinde.

- Quero que você saiba que fiquei muito feliz em saber desse casamento – foi a vez de Lilian Potter falar – Tenho certeza de que vocês vão ter bebês lindos.

- Obrigada tia Lilian! - a morena disse, não estava conseguindo encarar nenhuma das pessoas na sua frente – Isso é muito importante para gente. Não é mesmo Harry?

- Claro! - concordou – Estamos muito felizes com isso.

Assim que eles terminaram o jantar tomaram a sobremesa, sorvete de chocolate e, depois, ficaram algum tempo conversando. Já estava bem tarde quando Hermione e seu pai foram embora para casa.

- O que você acha de vir aqui para casa amanhã? - Harry estava se despedindo da amiga do lado de fora da casa – A gente pode passar o dia conversando. Quem sabe podemos ir ao cinema depois do almoço.

- Por mim parece ser uma boa idéia! - concordou – Eu te ligo amanhã de manhã assim que eu acordar.

- Perfeito! - deu um pequeno sorriso – Eu estava pensando, você poderia trazer o seu livro e física, assim podemos começar a estudar para a prova de segunda-feira.

- Já deveria imagina que você tinha segundas intensões em me chamar para cá! - revirou os olhos – Mas tudo bem Harry, eu tiro as suas dúvidas em física. Afinal, é para isso que servem as amigas.

- Boa noite Mione! - deu um beijo na testa dela – Até amanhã.

- Até! - acenou antes de entrar no carro do pai.

Não demorou muito para eles estarem em casa e entrarem pela porta da sala de estar.

- Acho que eu já vou indo dormir! - Hermione disse – Estou morrendo de sono, foi um dia muito cheio.

- Espera Hermione! - o homem a chamou, fazendo com que parasse no meio da escada – Só queria que você soubesse que eu estou muito orgulhoso de você. Sei que nenhum dos dois queria esse casamento, mas aceitaram para o bem das suas famílias.

- Eu sei pai! - deu um fraco sorriso – Talvez seja mesmo uma coisa boa, no final das contas.

Ela terminou de subir as escadas e entrou no seu quarto. Caiu na cama e não demorou muito para cair na inconsciência.

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