When The Rain Make Us Close Ou








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Capítulo 5 ou "When The Rain Makes Us Close Our Eyes"




-Marlene! – chamou Lilly baixinho – Mars, acorda!


Marlene resmungou e se virou na cama.


-Marlene McKinnon! Acorde! – a ruiva exclamou mais alto, ao que Marlene se esforçou para abrir os olhos


-Lils, me deixe dormir! – reclamou a morena – Está tão bom aqui! – ela inspirou o perfume que o travesseiro, e mesmo o lençol emanava


-Marlene, nós temos que ir para a aula! Temos aula de adivinhação!


-Lilly, eu estou exausta! Minha cabeça está pesando mil quilos! – argumentou Marlene fazendo biquinho – Minha noite ontem foi horrível! Eu realmente não quero levantar pra ir pra uma aula estúpida de adivinhação!


Lilly suspirou.


-Foi ruim assim? – perguntou a ruiva, ao que Marlene assentiu com um movimento de cabeça – Tá bom, Marlene! Falte! Mas, eu trarei algo para almoçarmos mais tarde e aí você terá de ir à aula do Slughorn.


-Obrigada, Lilly! Eu te amo! – respondeu Marlene, voltando a fechar os olhos


-Marlene! – chamou Lilly novamente


-Lilly! – disse Marlene, de má vontade


-Você tem que levantar!


-Por quê? Você acabou de falar que eu posso faltar na aula do Shepperd.


-Marlene, você está na cama do Black! Você precisa ir para o nosso dormitório! – a ruiva disse


Marlene sentou-se na cama de um salto.


-Na cama de quem? – gritou ela


-Shhh! Sua maluca! Fique quieta! – Lilly tapou a boca da amiga – Você está na cama do Sirius Black! Ele te encontrou ontem a noite, e como você desmaiou te trouxeram para cá. Tenha calma!


Marlene bateu na mão de Lilly, que tirou a mão da boca da garota.


-Ah meus deuses! Você está falando sério, Lilly?


-Sim, o que me faz pensar que há ainda mais explicações para serem dadas se você não se lembra disso. Mas, você deve aproveitar que ele está tomando o café-da-manhã, e fugir para o nosso dormitório. Vamos, garota.


-É. Acho que esse é um bom conselho! – Marlene se levantou rapidamente, mas sentiu uma tontura e caiu novamente na cama – Ouch! Minha cabeça!


-Eu não quero soar como uma chata mas, é nisso que dá se embebedar por aí! – disse Lilly puxando Marlene – Vamos! Você consegue!


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Marlene acordou em sua cama por volta das dez horas. Olhou para o teto. Suspirou. As lembranças da noite anterior a assolavam. Ou pelo menos parte delas. Ela não conseguia de se lembrar de nada, depois de ter se deixado cair em um corredor escuro.


Depois de fazer sua higiene matinal, Marlene decidiu ir até a cozinha pegar algo para comer.


Marlene se esgueirava de volta ao dormitório, com os bolsos cheios de guloseimas e uma garrafa de cerveja amanteigada, quando sentiu uma mão segurando seu braço firmemente.


Ela se virou e encontrou o olhar curioso de Sirius Black.


-Black! Quer dizer, Sirius! O que você está fazendo aqui? Não deveria estar na aula? – perguntou ela, surpresa com a presença do maroto


-Assim como você, não é? – perguntou ele, enquanto a arrastava até uma sala vazia


-O que você está fazendo, Sirius? – perguntou ela, ligeiramente irritada


-Eu só quero conversar.  – disse ele se sentando sobre uma mesa, e trancando a porta da sala com um aceno de varinha – Acho que eu mereço uma explicação sobre ontem a noite, não é mesmo?


Ela suspirou pesadamente, o olhar de Sirius sobre ela a estava deixando envergonhada.


-Olha, Sirius, eu não me lembro exatamente do que aconteceu ontem a noite. Eu nem mesmo saberia que foi você quem me levou para o dormitório se a Lilly não tivesse me contado.


Sirius desviou o olhar do dela pela primeira vez. Então ela não se lembrava de tê-lo beijado, pensou ele.


-Bom, você acabou deixando escapar ontem a noite que brigou com o seu namoradinho professor. Eu acho que você pode me explicar isso. Eu não vou contar a ninguém. Eu ainda quero ser seu amigo, Marlene.


Marlene mordeu o lábio inferior. Como gostaria de lembrar de tudo que acontecera na noite anterior! O que exatamente ela teria contado à Sirius? E como?


-Ele não é meu namorado, Sirius. – ela começou em voz muito baixa, escorregando para uma cadeira próxima – Eu vou te contar tudo. Mas você deve prometer que não vai me censurar – pois a Lilly já faz isso muito bem, obrigada –, tentará ser compreensivo e não vai tomar nenhuma atitude precipitada.


-Estou ouvindo. – respondeu ele, sentando-se sobre a mesa em frente à Marlene


-Prometa, Sirius. Por favor.


-Tá bem, Marlene, eu prometo.


Ela contou tudo desde o primeiro beijo no sábado até o momento em que se lembrava da noite de domingo. Tentou não ser muito detalhista, mas Sirius continuava a interrogá-la. Em certo ponto, ela não conseguiu deter as lágrimas. A dor da rejeição era forte demais. Sirius colocou a cabeça da garota em seu colo e acariciou seu cabelo enquanto ela acabava a narrativa.


As emoções de Sirius eram demasiado controversas. Ele não queria de modo algum que Marlene se envolvesse com Richard, mas por outro lado, tinha raiva dele por tê-la rejeitado. Vê-la sofrendo, o fazia sofrer. Sirius mentia para si mesmo, dizia que era o sentimento de solidariedade com a amiga que fazia isso com ele.


-E posso saber por que você não me contou nada disso antes? Quer dizer, o James sabia, a Lilly sabia...


-Eu não queria te magoar, Sirius. – disse ela ainda com a cabeça pousada em seu colo – Depois da quase briga entre você e o Richard na sexta, eu achei que você ficaria furioso comigo e acabaria arrumando uma briga de verdade com ele.


-Eu não vou dizer que não estou furioso, Marlene. Nem que eu não gostaria de ir até a sala daquele playboyzinho metido a besta e quebrar a cara dele. Mas gostaria que você tivesse me contado. Eu daria um jeito de me controlar. E sabe, você confiou no James. Por que é tão difícil confiar em mim? – ele ergueu o rosto dela para encará-la.


-Me desculpe.


-Desculpas aceitas. – ele fez um esforço para sorrir – Melhor irmos agora, ainda tenho algumas coisas para fazer. – ele balançou a varinha, e a porta destrancou-se


A garota levantou-se agilmente e secou as lágrimas.


-Obrigada, Sirius. – ela agradeceu e se encaminhou para sair da sala


-Marlene... – ele chamou, e ela se virou para encará-lo novamente – Você está com uma cara péssima!


Ela riu e mostrou a língua para ele.


-Ah, temos treino de quadribol hoje a noite. O James tá meio obcecado com o primeiro jogo da temporada.


-Tá bom. Obrigada por avisar. – a garota estava satisfeita com a oportunidade de descontar sua frustração na goles – Ah, por favor, Sirius. Conte tudo para o James. Eu realmente não quero ficar repetindo isso umas dez vezes.


-Claro. – ele concordou e ela sumiu por entre a porta aberta


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Depois do almoço, Lilly rebocou Marlene até a aula de Poções.


Justamente quando entravam na sala, deram um encontrão com Severo Snape. Ele olhou esperançoso para Lilly, e ela se esforçou muito para permanecer séria e não olhar para a cara dele. Tal fato não deixou Lilly de muito bom humor durante o resto da tarde.


Marlene reclamava constantemente de sua forte dor de cabeça.


-Ouch! Parece que um balaço atingiu minha cabeça! – reclamou novamente a morena, enquanto picava caudas de salamandra


-Por Morgana, Marlene! Eu já ouvi você falar dessa sua cabeça umas quinhentas vezes! Não estou nem conseguindo me concentrar na poção com você resmungando a cada dois minutos! – retorquiu Lilly azeda


-Ah, me desculpe, Lilly! Que mau humor! – exclamou Marlene


Lilly suspirou.


-Bom, Marlene, você pode ir à ala hospitalar e pegar uma poção. – disse Lilly tentando ser mais paciente


-Ah, não mesmo! Madame Pomfrey fica passando sermão toda vez que apareço lá. Não importa se eu fui atacada pela lula gigante, ela sempre tem uma boa bronca para dar!


-Então faça a poção você mesma! Aproveite que estamos na aula do Slughorn. Acabe logo esse veneno e diga a ele se pode preparar mais uma poção de que você precisa.


-Lilly, você bem que podia fazer isso por mim! – pediu Marlene rapidamente – Você sabe um monte de poções de cor e consegue fazê-las muito bem sempre! E além do mais, Slug te adora!


Lilly revirou os olhos, mas depois de Marlene insistir um pouco, ela aceitou.


Slughorn obviamente concordou que Lilly fizesse outra poção depois de ver mais uma vez a perfeita poção do veneno das labaredas que a estudante preparara. Porém, bisbilhoteiro como era, ficou ao lado de Lilly enquanto esta preparava a poção e fez uma porção de perguntas.


-Qual poção a senhorita fará?


-Uma poção para curar dores de cabeça.


-Vai usar folhas de belladonna?


-Sim, professor.


-Sabe, vou lhe contar um segredinho, Lilly, coloque algumas raspas de uma boa barra de chocolate! O efeito da poção é muito melhor! – cochichou ele animado


-Acabei a minha poção, professor. – disse Marlene colocando um pouco da sua poção em um frasquinho e passando-o para Slughorn.


-Muito bem, Srta McKinnon, muito bem. Vejo que fazer dupla com a Lilly aqui nas minhas aulas, tem lhe ajudado bastante. – observou o professor gorducho com um sorriso


-Ah, claro. Observar a Lilly trabalhando ajuda bastante. – respondeu Marlene guardando suas coisas e observando a poção que a ruiva estava preparando


-Você anda com dores de cabeça, Lilly, querida? – perguntou o professor, demonstrando preocupação com sua aluna favorita


-Não, professor. Esta poção é para a Lene aqui. Ela está com muita dor de cabeça hoje. – disse a ruiva, concentrada em medir os ingredientes


-Sério, srta McKinnon? Espero que não seja nada grave, hein? – disse ele focando em Marlene os grandes olhos redondos – Não seria prudente passar na ala hospitalar para ser examinada?


-Ah, não, professor! De jeito nenhum! Isso é só stress! – respondeu Marlene prontamente


-Ah, vocês jovens sempre com tantos motivos para se estressar! – riu-se o professor – Provas, crises de identidade, corações quebrados... Seria algum desses o seu caso, Srta McKinnon? Talvez um coração partido, han?


-Ora, professor, claro que não! – exclamou ela, arregalando os olhos. Do jeito que Slughorn era, até a manhã seguinte, até Dumbledore estaria pensando, ou melhor, sabendo que Marlene estava com o coração aos pedaços.


-Muito bem, muito bem. Não vou insistir, senhorita. – ele deu uma piscadela para Marlene e se afastou para inspecionar os trabalhos dos outros alunos


-É melhor você torcer para ele não comentar nada na sala dos professores. – disse Lilly quase terminando a poção


-Eu sei. – suspirou Marlene


Lilly acabou a poção e encheu alguns frasquinhos para Marlene:


-Guarde nas suas coisas. Assim você terá à mão quando precisar. E tome logo um!


-Obrigada, Lilly! Muito obrigada! – agradeceu a morena, pegando um frasquinho e sorvendo todo o seu conteúdo


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Marlene deu um impulso com a sua vassoura fazendo-a subir vários metros acima do chão.


-Muito bem.  Agora eu quero que vocês, artilheiros, pratiquem as novas jogadas. Enquanto isso, vocês, batedores, ficarão mais abaixo, rebatendo os balaços continuamente entre vocês mesmos. Goleiro, em sua posição! – James gritava as ordens, empolgado


O treino foi muito cansativo, mas pelo menos Marlene sentia-se muito melhor. Estava quase tão empolgada quanto James. Nem a fina garoa diminuía a sua agitação.


A garota voava veloz de um lado a outro do campo, acompanhada de Sirius e Dean Firth, o outro artilheiro.


Quando James apitou, sinalizando o fim do treino, Marlene ainda ficou no campo um bom tempo, treinando arremessos nos altos aros.


Sentia-se cheia de energia.


Apenas quando a chuva se intensificou, ela resolveu parar e ir para o vestiário.


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Marlene entrou no vestiário cantarolando uma música trouxa.


Ouviu então o barulho de uma ducha ligada.


Deu de ombros, achando que deveria ser alguma ducha defeituosa. Todos já deveriam ter voltado ao castelo.


Qual não foi sua surpresa quando ao fechar a porta de seu armário, viu um Sirius atônito, apenas de toalha.


Marlene sentiu o rosto queimar de vergonha, e a boca entreaberta de choque.


O maroto estava com os olhos arregalados, tão surpreso quanto ela.


-O que você tá fazendo aqui, Marlene? – perguntou o garoto


A garota demorou alguns segundos para processar o que Sirius dissera. Tentando não olhar para o corpo dele, apenas para seu rosto, respondeu:


-Eu estou me trocando, né? Eu estava treinando.


-Você estava treinando até agora? Nessa chuva? – ele disse surpreso, dando um passo para a frente. Porém, com esse simples passo, a toalha soltou-se e caiu no chão - Ops!


Marlene deu um gritinho e levou ambas as mãos aos olhos.


-Pegue logo essa droga de toalha, Sirius Black!


Sirius riu do embaraço de Marlene. A surpresa do encontro já havia passado.


-Marlene, relaxa. Eu já prendi a toalha. – disse ele, depois de enrolar a toalha na cintura novamente, se aproximando de Marlene e puxando as mãos do rosto da garota, que ainda mantinha os olhos apertados – Marlene, me ver sem camisa não vai matar você, eu garanto.


-Engraçadinho. – resmungou ela ainda com os olhos fechados – Você não está simplesmente sem camisa! Está sem roupa alguma!


-Ah, pobre Marlene, a inocente. – ele zombou - Será que é tentação demais para você abrir os olhos e me ver? Você pode resistir a mim, Marlene?


-Não seja ridículo, Sirius! Resistir! – retrucou a morena, sem abrir os olhos por nem um segundo – Não é culpa minha que você acha que tá no banheiro da sua casa, e não no vestiário do time.


Sirius empurrou Marlene pelos ombros, de forma que essa ficasse encostada nos armários.


-Sirius, por que você não vai pôr uma roupa e deixar de me infernizar? – perguntou ela, irritada – Ficar de olhos fechados muito tempo quando não estamos dormindo, incomoda!


-Então abra os olhos! – sugeriu ele, com uma risadinha maliciosa – Não precisa ter medo... – ele puxou uma das mãos da garota e colocou em sua barriga. Ela rapidamente tentou puxar a mão de volta, mas ele a segurou.


-Sirius, por que você não vai atrás de alguma das suas fãs, hein? Tenho certeza que elas ficarão muito mais satisfeitas do que eu com essa ceninha que você está fazendo! Eu não quero te ver sem roupa, Sirius! E você está me matando de vergonha!


O rapaz riu.


-Eu não sabia que você era tão tímida. – zombou ele – Vamos fazer assim, quando você abrir os olhos e falar comigo direito, eu deixo de fazer “ceninha”, como você disse.


-Ótimo. Basta você se vestir que eu abrirei meus olhos!


-Como você é teimosa, Marlene! – disse Sirius, incrédulo – Só vou me vestir depois que você parar com essa frescurinha. Não acredito que você tá quase colocando um feitiço de cola nos olhos só porque eu estou de toalha. Metade das garotas dessa escola, comprariam óculos e binóculos para enxergar melhor se me vissem só de toalha. Isso sem contar o que elas iam querer fazer...


-Então está bem claro que eu não faço parte dessa metade! – exclamou ela, fazendo mais força para puxar a mão que Sirius mantinha pressionada contra sua barriga


Sirius aproximou-se mais de Marlene, o corpo a poucos centímetros do dela. Ele pegou a outra mão da garota e a colocou sobre seu peito. Marlene franziu a testa, sem forças para competir com Sirius.


-Será mesmo? – sussurrou ele próximo ao ouvido da bruxa – Será que você é tão invulnerável como diz, Marlene McKinnon?


Marlene se arrepiou involuntariamente, o que não passou despercebido por Sirius.


-Você ficou arrepiada assim quando estava com o Wentworth? – perguntou o maroto, roçando os lábios na curva do pescoço de Marlene – Eu acho que você está com medo de abrir os olhos e acabar esquecendo aquele professor idiota.


-O que você ganha me provocando assim? – perguntou Marlene, enfraquecida


-Abra os olhos. – pediu ele, inabalável, o lábio roçando a orelha de Marlene.


Marlene estava prestes a ceder, quando uma outra voz masculina pronunciou-se à entrada do vestiário:


-Marlene? Você está aí? Eu soube que você estava com dores de cabeça! – anunciou a voz – Eu te procurei, me disseram que você estava treinando! Vamos conversar!


-Richard! – sussurrou Marlene, abrindo os olhos no momento exato em que o professor apareceu na ponta do corredor


A surpresa de Sirius com a presença do outro homem ali, nada era comparada ao choque que trespassava o rosto de Richard. Seus olhos vagavam de Sirius de toalha, com as mãos de Marlene apoiadas em seu peito nu, aos rostos dos estudantes.


Por um momento, o tempo pareceu congelar naquela cena.


-Rick, não é o que... – Marlene virou o rosto para falar com o professor, mas Sirius a interrompeu:


-É exatamente o que você está pensando, Wentworth. – disse o maroto e, no instante seguinte, beijou Marlene, puxando-a pela cintura, sem dar chance de resistência à garota


Richard tentava controlar cada músculo de seu corpo para sair dali e não pular em Sirius e espancá-lo até que este nunca mais fosse capaz de agarrar ninguém.


-Parece que você encontrou um bom remédio para sua dor de cabeça. – falou Richard antes de se virar e sair para a chuva, sem olhar para trás


Sirius não queria largar Marlene, suas mãos apertadas firmemente à cintura dela, enquanto explorava sua boca. A toalha pendia solta entre os dois, tendo se soltado uma vez mais quando Sirius puxou Marlene para si.


Marlene simplesmente não conseguia pensar. Envolvida por Sirius, não conseguia focar a mente em coisa alguma, a não ser ficar ainda mais próxima dele.


O rapaz desgrudou os lábios dos dela.


-Acho que agora não há problema se você quiser ficar de olhos fechados. – disse ele sorrindo


Ela piscou algumas vezes, tentando colocar os pensamentos em ordem.


-Você não presta, Sirius Black. – ela afirmou observando as pontas do cabelo de Sirius, que pingavam, deixando sua pele úmida e seu perfume ainda mais impregnante


-Ele não te merecia, Marlene. – Sirius passou a mão pelos longos cabelos de Marlene – Eu só estava te ajudando, acredite.


-Era para você ser meu amigo. – suspirou ela


-Eu sou. Mas qual o mal de ter um pouco mais que isso às vezes? – ele disse e beijou de leve os lábios da garota


Ela o empurrou.


-Pára, Sirius. Se você quiser, seremos amigos. Só. Não serei mais um brinquedinho seu. – ela disse – E agora, vá colocar alguma roupa!


-Você faz a amizade valer à pena. – ele respondeu, com um sorriso estampado no rosto – Vou me vestir.


Ele se afastou de Marlene e a toalha caiu no chão novamente.


Ela olhou para o teto, mas não fechou os olhos desta vez.


-Idiota! – murmurou ela, encarando a pintura do teto


Sirius gargalhou, e correu para pegar suas roupas e vesti-las.


Alguns minutos depois, eles estavam voltando para o castelo, Sirius de ótimo humor, nem se importando de encharcar-se na chuva. Marlene não conseguia entender muito bem tudo que havia acontecido, mas resolveu não pensar demais, para não complicar as coisas.


Chegando ao dormitório feminino, tomou um longo banho e deitou-se na cama, exausta.


Lilly, Dorcas e Emmeline apareceram, sentando-se na beira da cama.


-Por que você demorou tanto? Soubemos que o treino acabou há um tempão! – disse Emmeline curiosa


Marlene riu e contou tudo para as garotas.


-E você fechou os olhos quando a toalha caiu? – perguntou Dorcas, chocada – Como você é boba, Marlene! Não sabe aproveitar a própria sorte!


-Marlene, o Sirius é um dos caras mais cobiçados desse castelo! – disse Emmeline se jogando ao lado de Marlene na cama – E quando você vê ele sem roupa no vestiário, com vocês sozinhos, a sua reação é fechar os olhos? Você deve mesmo estar a fim do Richard! Ou tão na fossa que não quer nem aproveitar essas oportunidades!


-Falando em Richard, ele deve ter ficado super magoado de ver você e o Sirius juntos! Ele tinha ido atrás de você, Lene, ele estava preocupado. – comentou Lilly, séria


-Bom, pelo menos um ponto positivo nisso! – Emmeline continuava animada – Está na cara que ele deve ter ficado com ciúmes! Isso sem contar que ele vai perceber que se ele não te quer, tem quem queira!


-Ah, Emms, o que seria de mim sem você para me consolar com essa sua delicadeza? – ironizou Marlene, com um sorriso – Mas para ser honesta, não sei se foi certo deixar o Sirius me beijar daquele jeito. Ele conseguiu o que ele queria, é claro. Porém, eu estou mesmo a fim do Richard. Não sei o que pode acontecer, agora que dei uma brechinha para o Sirius.


-Isso ia acontecer cedo ou tarde, Mars. – disse Lilly – O Sirius não ia desistir de você tão facilmente. Você foi a primeira a não cair na lábia dele logo de cara. E hoje ele aproveitou seu momento de fraqueza. Só isso.


-Você tem sorte, Mars. Sirius e Richard. Uau. – comentou Dorcas, rindo


-Bom, chega, né? Vamos dormir! Amanhã temos aula bem cedo! E a senhorita Marlene não faltará dois dias seguidos nas aulas da manhã! – a ruiva ralhou com as amigas, fazendo uma careta brava, digna de uma mãe


Emmeline se esparramou na cama de Marlene, brincando, mas Lilly a obrigou a ir para a sua cama.


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Bom, atualizadíssima!


Espero que gostem desse capítulo! Tem um pouquinho de comédia, e o romance disfarçado. O Sirius adora uma provocação, né... Richard se sentindo traído, coitadinho. E a Marlene cada vez mais perdida... (:


O próximo vai ter um pouquinho de ação, um momentozinho de tédio e depois voltamos pra ação, romance, comédia e tal...


Também procurarei desenvolver a desintoxicação da Lilly! Quer dizer, vou começar a trabalhar essa mudança de sentimentos dela em relação aos marotos.


A demora aí entre as postagens se deve ao começo das minhas aulas na faculdade. Tá um pouquinho corrido, ainda não me adaptei direito. Mas as coisas vão se ajeitando e eu vou postando aos poucos! \o/


Quero agradecer de coração às meninas que comentaram! Muito obrigada, mesmo! É sempre bom receber comentários, saber o que as pessoas estão achando do que nós estamos escrevendo, se estamos indo bem! Que bom que vocês estão gostando! Continuem lendo, hein!


Beeeijo.

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