Capítulo 7



Eu e Meu Melhor Amigo
Capítulo 7.



- Então, futura perdedora? – Parva ti falou me interrompendo.


 


- Não vou perder. – falei calmamente pegando uma garfada. – Nunca perco uma aposta.


 


- Não cante vitoria antes do tempo. Ainda temos o Baile. – Lilá entrou na conversa.


 


- Se vocês estão tentando fazer algum tipo de manipulação mental, perdem seu tempo. Não vai adiantar. – sorri vitoriosa.


 


- Calma Granger.


 


- Temos tempo. – Lilá finalizou.


 


- Se vocês dizem. – dei de ombros. – Os dois galeões mais fáceis que já ganhei.


 


- Por quê? – uma voz grossa nos interrompeu. – Posso me juntar a vocês?


 


- Cla-claro. – quando não podia gaguejar; gaguejei.


 


- Oi Harry. – falaram quando ele se sentou ao meu lado.


 


- E então, como assim dois galeões? – perguntou virando-se para mim.


 


- Coisas de mulher. – sorri torto tentando mudar o assunto.


 


- O que quer dizer que mesmo que insista, vocês não vão me falar, certo?


 


- Certo. – todas respondemos.


 


Ficamos em silencio logo após. Ninguém falou nada. Pelo visto eu era a única que não tinha comido nada, por isso voltei minha atenção apenas para meu prato. Se éramos para ficar em silencio, pelo menos não queria ficar sem fazer nada.


 


- Bem, nós vamos indo. – Lilá falou finalmente.


 


- Temos adivinhação. – acho que elas gostam de terminar a fala da outra.


 


- Não foi antes do almoço? – Harry perguntou.


 


- Sim, mas esse ano também estamos na turma avançada. – Parvati falou cheio de si.


 


- Nossa... Que bom pra vocês. – ia falar outra coisa, mas Harry me lançou um olhar de censura.


 


- Obrigada. – falaram juntas e se levantaram da mesa. – Até. – despediram-se tomando seu rumo.


 


Com a saída das duas o silencio voltou. Ficar em silencio com Harry não era constrangedor como com outras pessoas. Mas, não sei, neste momento fiquei um pouco constrangida. Acho que foi o fato dele ter ficado me encarando enquanto eu mastigava.


 


- Algo de errado? – perguntei e ele negou com um balançar de cabeça.


 


Mas uma vez o silencio. Certo, isso já tava ficando chato. Tudo bem que ficar em silencio é bom, mas existem lugares para isso e, podem ter certeza, um salão cheio de alunos rindo e conversando não é o lugar.


 


- Certo, o que você quer? – virei para encará-lo.


 


- Nada. – dei de ombros.


 


- Potter, Potter. – ele sorriu. – Sabe que o conheço muito bem. Diga-me, o que se passa? – coloquei minhas mãos sobre as deles.


 


- Acredite, não é nada. – tirou suas mãos de debaixo das minhas. – Por hora, pelo menos.


 


- Aha! Sabia que estava escondendo algo! – sorrir vitoriosa.


 


- Certo, parabéns. – falou para me calar. – Tem o quarto tempo livre?


 


- Dependi. – falei sinicamente. – O que você quer? – mordi meu lábio inferior.


 


- Você quem sabe. – dei de ombros e levantou-se.


 


Assim com o conhecia, ele também me conhecia e, temo dizer que, extremamente bem. Harry sabe todos os meus defeitos e mesmo eles sendo bobos, sempre diz que eles me fazem ser a sua Mione que tanto adora.


 


Enfim, dentre tantos defeitos ele sabe que a curiosidade é um dos maiores que tenho. Ele estava jogando comigo e eu sempre caio.


 


- Tudo bem. – soltei um muxoxo e me levantei. – Tenho Runas agora.


 


 - Isso é um não? – levantou as sobrancelhas me encarando.


 


- Talvez. – aproximei-me. – Mais uma vez: o que você quer? – ele copiou meus movimentos e com a aproximação de ambos; nossos corpos se chocaram.


 


Com isso minhas mãos começaram a suar, minhas pernas ficaram bambas, diabretes enfurecidos estavam voando desorientadamente em minha barriga... Enfim, todos aqueles sentimentos que Harry James Potter me faz sentir quando ficamos tão... Próximos.


 


- Tenho treino hoje. – encostou sua testa a minha. – Se você for, vai descobrir.


 


- Tudo bem. – falei um pouco receosa. Ele me olhou assustado.


 


- Quem é você é o que fez com a minha Mione? – afastou-se de mim, cessando todo o meu nervosismo.


 


- Não sei por que não larga os estudos e vira comediante. – reaproximou-se, mas não tanto para fazer com que tudo aquilo voltasse. – A professora ainda esta em 200 a.C e me empolguei um pouco e estou em 100 a.C. Estou 100 anos na frente, acho que posso me dar a esse luxo. – peguei sua mão e o arrastei para fora do castelo.


 


- Isso é bem típico seu. – sorriu e me abraçou pelos ombros.


 


Enquanto caminhávamos pelos corredores era bem visível o clima natalino, afinal, estávamos em dezembro, poucos dias para o Natal. Hagrid já tinha pego alguns galhos e os arrumados em guirlandas e arranjos por todas as paredes. Fadinhas voavam envolta dos galhos e, claro que não seria Natal sem eles, os visgos já estavam a vista e os alunos estavam bem atentos, escolhendo suas vitimas.


 


Estava tão preocupada que nem percebia que o Natal se aproximava e que o Baile era... Amanhã!


 


- Olhos abertos, Granger. Não quero vê-la aos beijos com qualquer um. – sorri. Como se algum garoto em sã consciência iria enfrentar Harry.


 


- Hagrid caprichou esse ano. – falei admirando os enfeites.


 


- Digamos que ele teve uma pequena ajuda da professora Sprout e do professor Flitwik.


 


- Isso explica muita coisa. – sorrimos e finalmente saímos do castelo.


 


Quando coloquei meu primeiro pé para fora de Hogwarts me arrependi no mesmo instante. O castelo é enfeitiçado para que não fique muito frio no inverno e com isso não estava com a minha capa, estava apenas com meu pulôver por cima da minha camisa de botão.


 


- O que foi? – Harry perguntou quando sentiu meus tremores. – Com frio? – assenti com a cabeça, ele sorriu. – Vem cá. – abriu sua capa, abraçou-me fazendo com que ambos fossemos cobertos pela capa.


 


- Devemos estar parecendo um monstro corcunda de duas cabeças. – Harry riu abertamente.


 


Caminhamos assim até entrarmos no vestuário. Entrando lá, Harry tirou sua capa, deixando sua capa comigo. O que, para dizer a verdade, me consolou um pouco. Se não o tinha comigo, pelo menos tinha seu cheiro. Merlin, como o cheiro dele era bom e eu fiquei lá, me intoxicando com seu perfume.


 


Quando acordei dos meus devaneios olhei para os lados e não o encontrei; olhei para seu armário, estava aberto. Ele, provavelmente, foi se trocar e, bem, as minhas suspeitas foram concluídas quando ele saiu por detrás de uma cortina. Fiquei um tanto quanto surpresa por vê-lo sem camisa, só com a calça e as botas, nesse frio que estava fazendo.


 


Acho que ele acabou percebendo que eu não tirava os olhos deles...


 


- Algum problema? – eu tinha a certeza de que ele estava olhando para mim, mas não consegui controlar o vermelho que surgiu em meu rosto. Ótimo, cada vez mais patética.


 


- Er... Er... – vamos Hermione. Você consegue escrever um metro de pergaminho, mas não consegue inventar uma desculpa?!


 


- Sou todo ouvidos. – sorri maroto aproximando-se.


 


Será que ele não percebeu que estava sem camisa? E que eu era apenas uma garota? Pelo jeito que ele continuou andando, acho que não. Por todos os caras ai de cima! Vocês só devem gostar muito de ver nessas situações, não?


 


- O que pensa que esta fazendo? – foi o que consegui criar em pouco tempo.


 


- Perdão? – levantou uma das sobrancelhas intrigado. Graças a Morgana ele parou.


 


- Por acaso esta louco? – levantei-me. – Esta um frio de congelar lá fora e você ai vestido... vestido... – as palavras me faltaram. Bem, não é todo dia que a gente pode ver o resultado de anos de Quadribol de Harry Potter, certo? – Assim! – fale por fim.


 


- Assim? – ele olhou para si próprio e acho que finalmente entendeu o que quis dizer. – Certo. – sorriu olhando para minha cara. – Enfeiticei os uniformes para se adaptarem ao clima. Posso treinar vestindo apenas isso que vou me sentir aquecido.


 


Fiquei alguns estantes em silencio. Fechei os olhos, respirei fundo e voltei a me sentar. Continuei de olhos fechados e voltei ao foco normal. Reabrindo os olhos foquei o chão, não queria perder o controle que demorei tanto a recuperar.


 


- Tudo bem, Mione?


 


- Excelente. – falei antes que ele começasse a se aproximar. – Agora, se não se importa, vista sua camisa, sim? – falei no meu melhor ar de indiferença.


 


- Você é quem manda. – piscou para mim e vestiu aquela bendita camisa.


 


Agora, quando ele sentou-se ao meu lado, tudo estava bem, melhor do que antes. Encostei minha cabeça em seu ombro e fechei os olhos. Não existia lugar onde me sentisse melhor do que perto de Harry e comecei a me lembrar dos bons momentos que passamos juntos e com Rony.


 


Sete anos de uma amizade bem louca. Louca, sim. Oras uma pessoa normal não arriscaria sua vida como nos três arriscamos... Cada momento que passei que Harry estava gravado e quando me veio à lembrança dos nossos últimos momentos um tremor passou por mim. Tudo culpa das reações que sempre me causavam.


 


- Nossa, você deve estar com frio mesmo. – olhou para meu rosto. – Esta com o rosto vermelho e tremendo. – levantou-se e pegou sua capa. – Vista essa aqui, também é enfeitiçada. – peguei a capa vermelha e me senti bem mais aquecida.


 


- Obrigada. – esse foi pra vocês ai de cima! Obrigada por não terem me dedurado. – Quando os outros vão chegar? – perguntei ajeitando a capa em mim.


 


- Já chegaram, estão no campo me esperando. – fiquei ainda mais vermelha. – Tem certeza que esta bem? Esta cada vez mais vermelha. – colocou a mão em minha testa.


 


- Estou ótima. – tirei rapidamente sua mão dali. – Acho melhor você ir logo.


 


- Tudo bem. - e em questão de segundos saímos do vestiário e entramos no campo verde de Quadribol.


 


Assim que Ginny viu a minha cara exibiu um sorriso de orelha a orelha. Não precisava ler mentes para sabe o porquê daquele sorriso. Ela, Ron e o restante do time ficaram olhando para nós com olhares nem um pouco discretos. O que me fez ficar ainda mais vermelha.


 


- Nossa Hermione, nuca pensei que... – a ruiva falou quando chegou ao meu lado.


 


- Nem pense em terminar essa frase. – a repreende. – Antes que você pense em algo absurdo vou esclarecer suas idéias: não aconteceu nada.  – falei num fôlego só.


 


- Certo, certo. – falou tentando me acalmar. – Se você diz, eu acredito. – sorriu e chegou mais perto de mim. – Mas não aconteceu nada?


 


- Bem...


 


- Sabia! – soltou gritinhos. – Conte-me tudo! – pedi para calar-se. – Certo, o que aconteceu?


 


- Nada que vá abalar o mundo, mas... – tinha certeza que estava atingindo outro nível de vermelho. – tive a oportunidade de ver o resultado de tantos anos de Quadribol. – Giny ficou perplexa e então tive que lhe explicar. – Antes que pense besteira... Ele apareceu sem camisa.


 


- Acho que agora sei por que você esta com a capa dele.


 


- Não! – rodei os olhos. – Seus uniformes não enfeitiçados? – ela assentiu. – Sai do castelo sem minha capa e Harry me emprestou a sua antes que virasse picolé.


 


- Ei! Vocês duas ai! – Rony gritou. – Gina, venha pro treino! Mione, pode sentar-se com a Luna!


 


E assim o fizemos. Gina foi para o centro do campo junto com os outros e eu fui ao encontro de Luna, a loira me recebeu com um sorriso e como eu esperava ela também estava com idéias erradas sobre o que aconteceu. Então, mais uma vez tive que explicar tudo para que não ficasse um duvida si quer.


 


- E ele falou que poderia ficar apenas de calça se quisesse? E que ainda iria lhe mostrar algo no treino?


 


- Sim. – falei simplesmente e foi quando reparei na pergunta. – Uou. – sussurrei.


 


- Pois é: Uou. – sorriu olhando para Ron. – Nunca pensei isso do Harry.


 


- Mas porque você pensou isso? Quero dizer... Nem Giny pensou nisso. – estava completamente confusa com tudo. Será que Harry se insinuara para mim e fui lenta o suficiente para não perceber?


 


- Sabe, você não é a primeira garota que já ficou sozinha com alguém no vestiário. – a loira estava ficando tão vermelha quanto imaginava que estava minutos atrás.


 


- Claro que sei disso. – olhei mais uma vez para ela e meus olhos se arregalaram. – Não me diga que...


 


- Sim, foi no mês passado. – ela já não olhava mais para mim, estava muito ocupada olhando para seus pés. – Por isso que achei que vocês... Sabe.


 


- Sei. – estava estupefata com que descobri. – Isso que dizer que Harry se insinuou para mim?


 


- Não sei. – final voltou a me encarar. – Vocês sempre tiveram um tipo de relacionamento que não amizade e nem namoro. Não sei dizer o que ele quis fazer com aquilo. – deu de ombros.


 


E assim se encerrou aquele assunto, pelo menos por hora, pois tinha certeza que Gina iria me bombardear com perguntas sobre o que ocorra. Afinal, ela não tivera tempo de ouvir a historia detalhadamente como Luna.


 


Luna e eu ficamos em silencio por alguns momentos, apenas olhando o time da grifinoria treinar. Tenho o orgulho de dizer que desde o nosso terceiro ano nunca perdemos uma taça. Isso é motivo para o prof.Snape sempre enrugar o nariz quando ouvi algo sobre quadribol.


 


Giny aproximou-se de nós quando Harry parara o treino para dar instruções aos batedores.


 


- E então, quando vai me contar os detalhes sórdidos?


 


- Não tem nenhum detalhe sórdido. – rodei os olhos.


 


- Se eu fingir que acredito você me conta depois?


 


- Se eu fingir que teve você me deixa em paz? – retruquei um pouco exaltada.


 


Mas antes que a ruiva tivesse a chance de me retribuir a gentileza o sinal tocou indicando o final do quarto tempo.


 


- Você vem Luna? – perguntei já alguns degraus abaixo.


 


- Não, tenho o quinto tempo livre também. Vou ficar para ver o resto do treino. – sorriu.


 


- Isso me fez lembrar que as quintas você tem aula de Runas... – a ruiva colocou a mão debaixo do queixo, juntando suas idéias. Eu, percebendo isso, não esperei ela terminar o raciocínio e me mandei para dentro do castelo. Depois devolveria a capa de Harry.


 


Enquanto estava saindo do campo pude ouvir Rony e Harry me chamando, querendo saber o porquê estava correndo e, mais ao longe, pode ver Gina ficar da cor de seu uniforme quando descobriu que tinha fugido da aula e dela.


 


Ainda olhando para trás entrei no castelo, mas fui impedida de continuar quando esbarrei em algo. Não imaginam o tamanho da minha raiva quando vejo que Chang que cruzou o meu caminho.


 


- Não saber olhar por onde anda? – perguntou recolhendo seu material.


 


- Não consigo ver pessoas tão pequenas. – ela me olhou irritadíssima e quando viu que estava vestida com a capa de Harry... Bem, para ser mais pratica vamos colocar assim: Se a Chang fosse um dragão, ela iria soltar fogo pelas narinas.


 


- O que pensa que esta fazendo vestida nisso? – agarrou uma manga da capa.


 


- Harry me emprestou. Esqueci da minha capa e lá fora o tempo estava congelante. – respondi que extrema educação o que, até pra mim, foi uma surpresa.


 


- Que virasse um iglu! – ela estava soltando ar pelo nariz como se fosse um touro.


 


- Chang, por favor. Sem cenas de ciúmes, sim? – sorri colocando minhas mãos em seu ombro. – Vocês terminaram.


 


- Uma relação só acaba quando os dois dizem que acabou. – falou de uma maneira que pude jurar que era uma ameaça.


 


- Ainda bem que temos meio caminho andado, não? – falei sorridente e tomei meu rumo para a aula de aritmância. Quando cruzei o corredor pude ouvir os gritos de inconformidade da outra, o que fez com que o meu sorriso aumentasse. Não tinha nada melhor do que provocar Cho Chang.


 


Tirei a capa vermelha de Harry por dois simples motivos. Primeiro, não precisava mais de algo para me aquecer e segundo, a capa muito atenção.


 


A aula de Aritmância foi, como sempre, ótima. Nosso professor, o senhor Hengs, sabe nós passar o que é necessário sem nos expor uma longa história sobre e ao mesmo tempo nós deixar sempre querendo mais para saber.


 


Algumas leituras, exercícios e a aula acabara. Normalmente ficaria um pouco triste por uma aula tão boa ter acabado, mas nossa última aula era defesa contra as artes das trevas, ou seja, terminaria minhas aulas com meus dois melhores amigos e após um dia de aulas terei mais duas horas dançando com Harry, o que torço com todas as minhas forcas, que nada dê errado.


 


Saindo da sala de aula junto com o mar de alunos sinto meu braço ser puxado me tirando de perto dos outros. Primeiro pensei que poderia ser a Chang querendo me dar medo, mas me lembrei que ela tinha aula do outro lado no castelo. Ai me veio à mente que talvez pudesse ser um certo moreno de olhos verdes, mas toda e qualquer imagem que tivera foram estragadas quando vi os cabelos ruivos e olhos verdes de Gina.


 


- Agora você vai me contar o que ´tá acontecendo. – falou quando chegamos a um corredor vazio.


 


- O que está acontecendo que você não sabe, Ginny? – olhei meio chorosa para ela. – Diga-me e irei lhe contar o que falta.


 


- Tudo bem? Nunca vi você reagir assim? – colocou um braço ao redor de meus ombros.


 


- Só cansei de todos ficarem me enchendo a paciência sobre Harry. – cruzei os braços. – Poxa, se eu gosto dele o problema é meu certo? Se ele gosta de mim o problema é dele! Só envolvi nós dois, ninguém mais. – abracei Ginny ao final. Ela não falou nada apenas ficou lá, me abraçando.


 


- Eu sei que isso é o contrario que você queria, mas... – olhou receosa para mim. – Você quer compartilhar suas emoções comigo? Afinal, sou ou não sua melhor amiga aqui, nesse mundo de loucos? – sorri em resposta a ela.


 


- Você, mais do que ninguém tem que saber o que ´tá acontecendo. Afinal, você é Gina Weasley a menina mais fofoqueira que conheço.


 


- Ainda bem que seu universo social é bem reduzido. – ela sorriu. – Vamos! Temos só dez minutos para você me contar o que aconteceu e ainda tenho que lhe dar uma luz!


 


E tomada pelo incentivo da ruiva comecei a contar tudo, pior que contei tudo mesmo. O que sentia quando ele chegava perigosamente perto de mim, o que acontece em todas nossas aulas de dança e o que aconteceu antes do treino. Demorou só alguns instantes para que Giny me respondesse, o que achei ótimo, não estava muito a fim de esperar.


 


- O que posso dizer a você... – colocou a mão no queixo. – Você sabe que mesmo sendo um equivoco, poderemos estar certas? – assenti. – Tudo bem. Respire fundo, porque o que tenho a lhe dizer é muito importante. – prendi minha respiração não porque ela me mandou, mas porque estava extremamente nervosa. – Amanhã, naquele Baile, você vai dar vários motivos ao Potter, além do que já tem, para querer ficar com você! – sorriu abertamente para mim e não pude de deixar sorrir também. Era isso que queria e que vou fazer!


 


- Harry James Potter, se prepare. Porque, amanha você vai ser meu!


 


- Isso aê, garota! – olhou para seu relógio. – Bem, melhor irmos ou iremos perder as aulas. Tchau, Mi. – virou-se. – Ah e não se preocupe. Seu vestido será um desses motivos. – sorriu e finalmente sai para sua aula, assim como eu.


 


_ _ _  * _ _ _ * _ _ _


 


- Onde esteve?


 


- Aritmancia. – falei tentando recuperar o fôlego.


 


- Saiu correndo do campo que nem me deu chance de me despedir.


 


- Sinto, mas tinha que ir para aula e... – pegou a capa de sua bolsa. – Muito obrigada. – estende a peca e ele não fez menção de pega-la.


 


- Se fosse você ficaria com ela. – falou olhando para a capa.


 


- Por quê? – comecei a guardá-la na bolsa.


 


- Vai precisar dela mais tarde. Lembre-se que não lhe mostrei o porquê de ter ido para o treino. – piscou para mim e entrou na sala.


 


Eu fiquei lá, parecendo uma boba, parada olhando para a porta. Graças a Merlin que voltei ao mundo rápido o suficiente para não levar uma detenção do professor Snape. Entrei na sala e logo encontrei a cabeleira ruiva de Rony e a morena de Harry. Sentei-me ao lado de Rony e comecei meu ritual: pergaminho, pena, livro e atenção total ao professor.


- Boa tarde.  Separem-se em grupos de quatro. – curto e grosso, como sempre.


 


E assim os grupos foram formados. Meu grupo? Eu, Ron, Harry e Neville. Senti pena dele quando vi que ficou sobrando...


 


- E agora acho que esperam que tenhamos uma aula pratica, certo? Errado. Vocês terão que fazer um pergaminho de 50 cm sobre as maldições imperdoáveis até o final da aula. – sentou-se em sua mesa. – Boa sorte e podem começar.


 


E foi assim que a aula de DCAT se resumiu. Todos ficaram com as cabeças baixas, concentrados em suas redações, pois sabiam que se não fizessem um bom trabalho pontos seriam tiradas da grifinoria. Nunca pensei que 50 minutos demorassem tanto a passar, mas quando final tocou o sinal finalizando essa sexta-feira de aulas, não pude ficar mais feliz.


 


Todos colocaram suas redações na mesa do professor e saíram eufóricos. Tínhamos uma hora até que se iniciasse a aula com a Profa. McGonagall o que fez com que nossa alegria aumentasse.


 


- Aonde pensa que vai? – Harry segurou meu braço antes que eu conseguisse sair da sala.


 


- Descansar um pouco antes do ensaio. – falei como se não fosse óbvio.


 


- Você vem comigo. – sorriu maroto.


 


- Vai me mostrar o porquê que fui ao treino, não é? – ele assentiu e me arrastou até o campo de quadribol.


 


Quando senti o vento frio invadir meu corpo coloquei a capa de Harry e tudo ficou quentinho, santo feitiço térmico. Caminhamos até o centro do campo e ficamos lá nos encarando.


 


- Bem, onda esta a surpresa?


 


- Pensei que fosse suficiente para você. – dei um leve suco em seu ombro. – Você confia em mim, não é?


 


- Claro.


 


- Então, agora feche seus olhos. – e assim o fiz. – E nem pense em abrir. – sussurrou em meu ouvido, fazendo todos os pelos do meu pescoço se levantarem.


 


E eu fiquei de olhos fechados como ele me pedira, nenhuma espiadinha. Ele me pediu para sentar e eu sentei em algo que se parecia uma cadeira bem fina. Depois passei meus braços ao seu redor como me recomendara e aos poucos fui sentindo que ar ficava mais frio...


 


- Pode abrir os olhos. – falou finalmente.


 


Quando abri meus olhos só não cai porque estava agarrada a Harry. Cisa! Ele era louco! Sabia que morria de medo de altura e mesmo assim me colocou em uma vassoura.


 


- Quer me matar? – ele negou com a cabeça.


 


- Só quero que você perca seu medo bobo de altura.


 


- Não é medo... É só insegurança. – ele me olhou fundo. – Tudo bem, é medo.


 


- Se lembra que disse que confiava em mim. Vou lhe dar o privilégio de aprender a voar em uma vassoura comigo.


 


Relutei por alguns segundos, mas acabei cedendo. Sabia que se tinha Harry ao meu lado nada de mal poderia acontecer e foi assim que me deixei ser levada por ele pelos ares. Em poucos instantes já estava me acostumando à idéia de ter deixado a segurança da terra firme, mas o que me desapontou foi que percebi que estávamos voltando ao chão.


 


- Porque fez isso? – perguntei quando chegamos ao campo.


 


- Agora é sua vez de tentar sozinha. – estendeu a vassoura para mim eu a peguei, mas fiquei sem saber o que fazer. – Vamos lá, você já teve aulas básicas de vôo. Lembra-se, não é? – respondi que sim e me coloquei na posição de vôo. – Ótimo. Você sabe que a Firebolt é uma das vassouras mais rápidas, então dê um leve impulso. – e assim o fiz e senti meus pés abandonarem o chão. – Excelente. – ele sorriu em resposta. – Tente ir mais para cima. – por incrível que pareça não fiquei nem um pouco com medo. – Perfeito.  Agora tente fazer círculos para direita e depois esquerda.


 


Em poucos minutos conseguia fazer giros e círculos no ar sem um pingo de medo, mas não queria abusar da minha boa sorte. Então, logo que me vi satisfeita voltei ao chão, ao lado de Harry.


 


- Agora você fez juiz ao nome de melhor apanhador da escola. – sorri devolvendo a vassoura.


 


- E você ao nome de melhor aluna. – pegou a vassoura e me abraçou. – Parabéns, você foi ótima.


 


- Você que é um ótimo professor. – separamo-nos. – Ainda temos vinte minutos, acho melhor irmos logo. Não queremos ver McGonagall nervosa. – Harry riu e concordou, mas antes pediu que passássemos no vestiário da grifinoria para poder guardar sua capa e sua vassoura.


 


Ele passou pelas cortinas e eu fiquei lá fora, não queria que a cena de mais cedo se repetisse. Então fiquei lá fora, admirando o verde e me lembrando da maravilhosa sensação de liberdade quando estava voando. Realmente valera a pena ter fugido da aula. Duvidava muito que se outro tivesse lhe oferecido a aula não teria aceitado, mas fora Harry, a pessoa que confiava sua vida.


 


- Tudo pronto. – falou me abraçando pelas costas e interrompendo meus pensamentos. – Vamos? – assenti e fomos a nossa última para do dia: ensaio para o Baile de Natal... Que será amanhã...


 


 Se já tinha um numero bem razoável de acontecimentos em meu corpo quando Harry ficava tão próximo de mim, imaginem sabendo que amanhã seria tudo ou nada e que passaria quatro horas dançando ao seu lado?


 


Espero que eu consiga passar por essa ilesa desse final de semana... De preferência acompanhada.



_ _ _*_ _ _*_ _ _

N/A: Olá pessoainhas do meu coração!


Demorei, né?


Mas culpa também é da FeB q morreu e depois voltou... ´Tá eu tbm ´tô de férias e uma coisa leva a outra e... Enfim, sei q demorei! Mas tenho um boa noticia pra vcs! A fic ´tá terminada!


Sim, acabei a fic *-*


Não vou falar quantos caps tem, só de maldade :)



Então, vamos COMENTAR, né?


Pq quanto mais coments, mais caps!



Obrigada a todos q comentaram ;D E quem ainda não o fez coment! Mesmo q seja pra xingar a fic /o/

Bjus e até :**

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