Capítulo 4

Eu e Meu Melhor Amigo
Capítulo 4.

Dito e comprido. Harry cumprira a risca o que me disse: não nos desgrudamos um minuto seguir durante essa semana. Às vezes até que minha paciência acabava, mas me controlava. Afinal, ter Harry por perto sempre me deixava mais feliz e segura. Acho que pelo o sentimento que sinto por ele, como meu irmão mais velho, acabo por me sentir protegida. Mas não é o que as outras pessoas andam pensando. Pelos corredores é fácil de escutar que Harry e eu estamos juntos, nós aprendemos a ignorar.

 

Claro que com o Baile de Natal cada vez mais próximo era algo comum ouvir os professores comentarem sobre o comportamento que deveremos ter durante a festa. Saindo da área da etiqueta, não se escutava outra coisa nos dormitórios femininos além de vestidos, maquiagem e acompanhantes. Não me lembrava de todo esse alvoroço pelos outros Bailes de Natal ou de Inverno.

 

Enfim, acho que essa última semana não pode ser descrita com uma única frase ou palavra. Precisa ser descrita completamente, porque, sinceramente, não tem como contar algo sem puxar outra história...

 

Era quinta-feira, ou seja, faltavam apenas mais um ensaio para o Baile de Natal...

 

Lá estávamos de novo ensaiando para o Baile. Professora McGonagol estava cada vez mais exigente, como sempre ela fez aquilo discurso de macacos ou algo do tipo. Como uma pessoa normal pode chamar seus próprios alunos assim? Acho que a alto-estima de muitos foi abalada.

 

- Não quero ver vocês dançando como se tivessem dois pés esquerdos. – mais uma vez a professora reclamava.

 

Harry, Rony, Luna e eu estávamos no canto esquerdo da sala, o lugar que a professora menos olhava, ou seja, que ela menos reclamava com os alunos. Não que nós fossemos maus dançarinos e queremos fugir das criticas, pelo contrario, McGonagol costuma dar mais elogios a nós do que reclamações. Mas quem é que gosta de ficar escutando gritos em seu ouvido?

 

- Pobre Neville. – falei baixinho próximo ao ouvido de Harry. Ambos rimos com a situação do amigo.

 

- Ele sabe dançar, só precisava de uma boa acompanhante. – o moreno falou quando me rodopiou. – Porque Ginny não o acompanhou desta vez?

 

- Ela já tinha um par. – falei apoiando minhas mãos novamente em Harry.

 

- Posso saber quem é? – olhou-me nos olhos quando voltamos às posições iniciais.

 

- Melhor não. – encostei minha cabeça em seu ombro. Já não aquentava mais ouvir os gritos de McGonagol, ainda bem que faltavam poucos dias para o fim dessa tortura.

 

- Ainda bem que logo essa tortura vai acabar. – Rony falou quando passou próximo a nós.

 

- Eu quem diga. – concordei com ele.

 

- Até que gosto. – todos olhamos para Luna. – O que?

 

- Agora sei por que ela esta com Rony. – Harry sussurrou em meu ouvido.

 

- Eu ouvi. – Rony falou rodopiando Luna.

 

- Tudo bem, Ron. – não dei importância ao ruivo. – Ainda bem que isso ´tá acabando.

 

- Desculpe se não sou uma boa companhia. – Harry fingiu-se magoado.

 

A carinha que ele fez, fez-me abrir um enorme sorriso. Como um garoto de dezessete anos podia agir com um de quatro? Ainda rindo da carinha de garoto pidão deu um beijo em sua bochecha, ou melhor, queria ter dado em sua bochecha, mas acabou por ser em sua... Orelha! Ambos rimos, pois eu fiz uma cara de nojo e Harry ficou um pouco desorientado com o beijo em sua orelha.

 

- Na próxima vez me avise quando for me dar um beijo. – falou tampando a orelha com a mão.

 

- Na próxima vez não vira seu rosto! – falei ainda rindo. – Se tivesse virado pro outro teria beijado-lhe nos lábios. - Harry me olhou de uma maneira estranha, uma maneira que fez com que meu rosto ardesse.

 

Tentei sustentar o olhar, mas de tão constrangida que estava, baixei meus olhos. Harry pegou meu queixo fazendo com o encare. Mais uma vez minhas pernas me trairão. Por Merlin! Quando vou me aprender a me controlar?

 

Forçada a olhá-lo, perdi-me em seus olhos verdes. Seus olhos estavam com algo diferente, talvez um brilho ou até mesmo pelo fato de estarmos em uma área um pouco escura da sala, não sei. Só sei que os olhos do moreno estavam diferentes.

 

Paramos de dançar; ficamos nos encarando. Minha boca começou a ficar seca, juntamente com todas as outras coisas que já estavam acontecendo comigo. Não demorou muito para minha garganta também ficar. De tempos em tempos sentia o hálito quente de Harry em meu rosto, tinha o gosto tão bom. Nossos rostos começaram a se aproximar, os olhos de Harry estavam fechados. Não sei como, mas meu rosto se inclinou de encontro com o do moreno.  Quando estávamos a poucos centímetros um do outro somos acordados pelos gritos de McGonagol.

 

- Não posso dizer muito bem a todos, mas vocês estão indo bem. – Harry e eu estávamos completamente vermelhos. – Podem ir para seus dormitórios.

 

Quando McGonagol terminou de falar, rapidamente me virei, peguei minha bolsa e sai correndo. Escutei Luna e Rony perguntando se estava tudo bem, não os respondi. Minhas pernas tomaram controle, fui levada as cegas pelo castelo. Mas só soube onde estava quando cheguei ao quadro da mulher gorda, falei a senha e entrei correndo na sala. Subi as escadas e logo entrei em meu quarto.

_ _ _ * _ _ _ * _ _ _ 

Lilá e Parvati ainda deveriam estar saindo do ensaio. Deitei em minha cama e fechei os olhos, os abri e depois os fechei. Coloquei a mão em meu rosto, tampando-o. Não tinha vontade de chorar, mas uma imensa vontade de rir.

 

- Acho que finalmente enlouqueci. – levantei-me e fui ao banheiro.

 

Tomei banho, depois joguei água fria em meu rosto. Mas ainda sim, a vontade de rir ainda não tinha sumido. Limpei o espelho embaçado e olhei minha imagem. Estava sorrindo, não sei porque, mas estava sorrindo. Troquei-me e entrei novamente no quarto. Parvati e Lilá começaram a fazer milhões de perguntas quando me virão, eu simplesmente as ignorei. Sai do quarto e fui para o Ginny, ela tinha que estar lá.

 

Já estava próximo das dez horas da noite, até Ginny tinha juízo o suficiente para não ficar andando pelo castelo depois das oito.  Parecia que a cada passo que dava o quarto das alunas do sexto ficava mais longe, comecei a acelerar. Esbarrei em algumas alunas, mas, por fim, cheguei ao quarto da ruiva.

 

Entrei no quarto sem cerimônia. Não me preocupei se tinha outras pessoas no quarto, apenas queria falar com Gina. Nem sei por que queria falar com ela, mas como nada estava normal comigo não me dei ao trabalho de querer saber o motivo. Entrando no quarto virei meu rosto em busca da ruiva, ela estava deitada em sua cama. Seu quarto ainda estava vazio, suas colegas deveriam estar no Salão Comunal.

 

Quando a ruiva me viu tomou um susto.

 

- O que você ´tá fazendo aqui, Mi?

 

- Não sei. – falei sorrindo.

 

- Você ´tá bem? – me olhou intrigada.

 

- Acho que sim. – falei me sentado ao sei lá na cama.

 

- O que aconteceu com você? – colocou a mãe em minha testa. – Comeu muito açúcar de novo?

 

- Não. – falei rapidamente.

 

Ginny ficou alguns minutos olhando fixamente para mim. O sorriso em meu rosto ainda não tinha sumido, parecia que ele estava colado. Acho que deveria estar com uma cara de psicopata.

 

- O que aconteceu no ensaio? – perguntou baixinho.

 

- Nada de mais. – comecei a me acalmar. Merlin, como era bom sentir os músculos de minhas bochechas relaxarem. – Apenas ficamos dançando.

 

- Apenas dançaram? – levantou umas das sobrancelhas vermelhas.

 

- Bem... – finalmente o sorriso sumira de minha face, agora dei espaço para enrubescimento. – Ao longo do ensaio aconteceu algo.

 

- O que? – sua expressão não mudou.

 

- Ron começou a conversar conosco...

 

- Hermione, pula a introdução!

 

- Certo. Harry ficou chateado com algo que disse, melhor, fingiu. Ai para desculpar-me fui dar-lhe um beijo. – a ruiva me interrompera novamente.

 

- Sabia! – sorriu abertamente. – Vocês se beijaram!

 

- Não! – falei acanhada. – Quando fui dar um beijo na bochecha de Harry, ele virou o rosto e acabei por beijar sua orelha.

 

- Nossa, vocês são estranhos.

 

- Você quer que eu diga ou não o que aconteceu?

 

- Tudo bem.

 

- Enfim, depois do beijo... – coloquei a mão no queixo tanto me lembrar o acontecera. Quando me lembrei fiquei vermelha dos pés a cabeça. – Harry olhou-me de um modo bem diferente do costumeiro. – tomei um pouco de ar. – E, se não fosse por McGonagol, acho que teríamos nos beijo.

 

- Quer dizer... Sem selinhos? – olhei assustada para Gina.

 

- Co-como? – pisquei algumas vezes.

 

- Descobri quem era a tal garota misteriosa. –piscou para mim. – Seu segredo esta a salvo comigo.

 

- Mas como? Onde? QUANDO? – me desesperei.

 

- Herms, calma. – falou dando pouco caso. – Ninguém mais sabe além de mim. Certifiquei-me disso.

 

- Como conseguiu? – falei vencida.

 

- Tenho meus meios. – piscou para mim. – Enfim, quando ia me contar?

 

- De preferência? Nunca.

 

Meu mundo acabou de desabar. Se algo que nem Harry e eu conversamos ou comentamos, Ginny descobriu... Imagina se algo que estávamos quase para fazer na frente quase todo o sétimo ano? Merlin! Muito obrigada por ter dado o dom do resmungo para a Professora McGonagol!

 

- Certo. Obrigada por confiar em mim. – falou por fim. – Mas o que você queria comigo?

 

- Agora nem sei mais. – falei deitando-me na cama da outra. – Acho que era pra falar sobre o que ´tava quase pra acontecer no ensaio.

 

- Ou melhor, sobre o que você esta sentido? – deitou-se ao meu lado e me encarou.

 

- Não sei. – coloquei o travesseiro em meu rosto. – Não sei mais de nada.

 

Algo inusitado aconteceu, Ginny tirou o travesseiro delicadamente do meu rosto e sorriu.

 

- Sabe se apaixonar por alguém próximo é normal. – falou calmamente. – Ainda mais se for pelo seu melhor amigo. – piscou para mim.

 

- Mas eu não disse que... – com o olhar que a Gina me lançou, calei-me.

 

- Tudo bem, vamos ao ponto principal. – sentou-se na cama e eu a acompanhei. – Você não sabe se sente algo a mais ou não por Harry?

 

Fiquei alguns minutos calada, pensando em minha resposta. Era fato que ao menor toque de Harry minha pele queimava e quando estamos próximos muitas coisas acontecem. Mas também... Melhor não sei o outro porém! Não sei dizer o que estou sentido nesse momento. Não sei se é só porque estamos nesse clima natalino... Ou se é por que... Por que...

 

- estou apaixonada por Harry. – sussurrei baixinho.

 

- O que disse?

 

Um pequeno sorriso foi se formando eu meu rosto. Ótimo! Finalmente descobri o porquê todas aquelas sensações, mas ao mesmo tempo... Quando me livre de algo me aparece outra coisa. Tudo bem, admito que posso sentir algo diferente por Harry. Algo que vá além da amizade, mas... Como vou conseguir confirmar esse sentimento? Como vou saber se, e só somente se, sou correspondida? Ao caso de estiver apaixonada por ele?

 

Merlin, você e Cisa capricharam no meu destino, não? Acho que vocês estavam desocupados quando viram a minha ficha! Essa é a única explicação para tanta confusão que acontece comigo.

 

- Gina. – falei olhando para a ruiva. – Você precisa me ajudar.

 

- Com...?

 

- Você tem que me prometer que tudo que for dito nesse quarto nunca sairá!

 

- Mas tem as meninas que podem chegar a qualquer momento. – antes que a ruiva pudesse dizer algo mais, lancei um feitiço na porta. – O que você fez?

 

- Só garanti que ninguém nos atrapalhe. – sorri. – Agora, prometa!

 

- Tudo bem, prometo.

 

- Acho que estou apaixonada por Harry. – falei baixinho.

 

A ruiva demorou uns estantes para assimilar o que ouvira, fiquei olhando- a apreensiva. Passou alguns minutos e ela não esboçara nenhuma reação. Por Merlin, será que isso é tão repugnante assim?

 

- Ginny? – olhei para ela preocupada. Ela só levantou o rosto para mim.

 

- Porque você demorou tanto?! – soltou.

 

- Perdão?

 

- Hermione, isso que você acabou de me contar. Todos já sabem! – sorriu.

 

- Gina, isso é sério. Não é mais uma brincadeira.

 

- Eu sei que não. – deitou-se na cama. – Mas o que você quer que eu faça?

 

- Não sei. Aconselhe-me, é isso que amigos fazem.

 

- Eu não sei o que te falar. – olhou-me. – Mas se você quer tanto o conselho, vá ao seu melhor amigo. – minha paciência se esgotou.

 

- Tudo bem. – levantei-me. – Se você não quer me ajudar, irei me virar sozinha.

 

- Mione, deixe de ser dramática. – falou quando estava a poucos metros da porta. – Mas, sinceramente, o que você quer que eu faça?

 

- Tem razão, eu sou a única que pode ajeitar isso, não? – olhei para Gina e ela me respondeu com um aceno de cabeça.  – Mas como vou poder ajeitar as coisas sem que estrague a minha amizade com Harry?

 

- Boa pergunta. – decepcionei-me novamente.

 

- Acho que falar com uma parede ou com você é a mesma coisa. – confessei.

 

- Obrigada pela parte que me toca.

 

- Mas como poder ter certeza de meus sentimentos sem que no final eu acabe com tudo?

 

- Se você estiver querendo um referencial de vida, tome Ron ou eu.  Somos duas pessoas que apostamos tudo em nossos relacionamentos.

 

- E se no final eu perder o meu melhor amigo? – olhei para ela chorosa.

 

- Um melhor amigo ou um grande amor? – essa pergunta me fez ficar pensando por bons minutos.

 

Certo que se, ao final de tudo, eu não fosse correspondida por Harry, nossa amizade não iria mais ser a mesa. Mas e se desse tudo certo? E se Harry corresponder a meus sentimos?  Tenho que me arriscar! Do mesmo modo que me arrisquei quando decide viver nesse mundo bruxo.

 

- Você esta certa, ruiva. – ela me olhou intrigada. – Eu tenho que me arriscar. – sorri.

 

- Muito melhor que uma parede, não?

 

- Muito melhor. – a abracei.

 

- O que vai fazer agora?

 

- Irei me arriscar. – pisquei para a ruiva e sai do quarto.

 

Quando abri a porta as duas outras meninas que Gina dividia o quarto, caíram ao chão. Não me importei, passei por cima delas e fui sorridente para meu quarto. Mas no meio do caminho decidi-me por ficar sentada na frente da lareira. Hoje estava fazendo mais frio que os anteriores, nada melhor do que ficar quentinha antes de dormir e quem sabe me encontrar com um certo alguém?

 

Descendo as escadas pode ouvir as risadas de Rony e Harry, meus pelos se levantaram. Toda aquela alto-confiança que estava sentido, sumiu. Não me deixei abater, continuei descendo as escadas. Claro que não ia me declarar a Harry hoje, mas a insegurança me dominou quando finalmente cheguei ao Salão Comunal.

 

Harry e Rony me cumprimentaram com um sorriso, eu retribui. Caminhei mais um pouco e sentei-me ao lado de Ron no sofá, do lado oposto a Harry. Era melhor manter uma distancia segura.

 

Quando me sentei ao lado de Ron e Harry, eles não pararam a conversa. O que achei ótimo, pois não estava a fim de ter uma conversa constrangedora com Harry. Alem de não chamar a atenção para mim. Mas essa minha invisibilidade não durou muito tempo, pois Rony logo percebeu que eu estava presente e me cumprimenta.

 

- Boa noite, Srta. Granger.

 

- Boa. - olhei para Harry; nossos olhos se cruzaram e minhas bochechas arderam loucamente.

 

- Porque saiu que nem uma fugitiva do ensaio? - o ruivo perguntou rindo.

 

- Esqueci que não rinha dado comida a Bichento. - falei ainda olhando para o moreno.

 

Para meu espanto Harry falou algo, ele tinha se mantido em silencio desde que cheguei. Quando ele começou a falar ele tirou seus olhos do tapete.

 

- Quando você saiu, McGonagol organizou a entrada dos casais. - falou sem dar muita importância ao assunto. - E só pra constar; somos o quarto casal. - voltou a encarar qualquer coisa que, aparentemente, era mais importante que a conversa com seus amigos.

 

- Posso saber em qual posição você e a Luna ficaram? - vir-me-ei para Rony. Era óbvio que Harry não queria conversa.

 

- Décimo sexto. - falou encabulado, mas tinha um tom de felicidade em sua voz.

 

- E porque ficamos entre os primeiros casais? - perguntei para Harry e acho que ele entendeu, pois tirou sua atenção para não seu o que e ficou em mim e Rony.

 

- Aparentemente McGonagol acha somos um dos melhores dançarinos. - soltou um sorriso irônico. - Alem de sermos um pouco famosos. Se e que me entende. - ele piscou para mim; mordi meu lábio inferior para rir de nervoso.

 

- Como assim "famosos"? - perguntei tentando sair dessa situação constrangedora.

 

- Pode-se dizer tanto pelo nosso passado como pelo nosso presente. - ele falou “pelo nosso presente." sussurrando para mim. Acho que foi por isso que Rony não comentou nada sobre o presente.

 

- Mas eu faço parte desse passado! - Ron estava, realmente, irritado.

 

- Mas não e só isso. Todos falam que Harry e eu temos um caso. - minha boa começou a criar vida própria. - O que tem de mais querer agradar ao publico? - perguntei dando de ombros.

 

- Ta aí algo que sempre quis saber. - Harry e eu olhamos para o ruivo. - Porque todos falam isso? E nunca que eu e Mione estamos juntos?

 

- Rony, você esta comprometido com Luna. - falei como se não fosse óbvio.

 

- Harry também já foi, mas ninguém deixou de comentar!

 

- Hermione sempre anda comigo.

 

- Comigo também! - Rony estava ficando da cor dos seus cabelos.

 

- A casos quer que as pessoas achem que esta traindo a Luna? - perguntei seria.

 

- Na-não! - estava completamente constrangido. - Só queria saber por que todos falam tanto sobre vocês. - falou baixinho.

 

- Prometo, - Harry falou. - que assim que descobrir; você será primeiro a saber.

 

- E porque não eu? - perguntei em um tom infantil.

 

- Porque, eu tenho certeza, você será quem vai descobrir. - sorriu e eu retribui.

 

O assunto morreu. Tentamos começar uma nova conversa, mas nunca passávamos de mais do que duas frases. Acho que quando cada conversa começava e terminava ficamos cada vez com mais sono. Rony foi o primeiro a provar a minha teoria, pois ele foi o primeiro de nos três que subiu para dormir. Aproveitando o espaço livre de Rony deixou, deitei-me no sofá. Quando estava a beira de cair no sono, sinto minhas pernas serem levantadas e repousarem em algo quente e um pouco mais elevado. Abro meus olhos e vejo Harry.

 

- Oi. - falei um pouco rouca.

 

- Oi. - ele me responde sorrindo.

 

Encaramos-nos ate eu bocejar.

 

Ele riu; ia chutá-lo, mas o moreno puxou-me pelas pernas, fazendo-me parar a centímetros de seu rosto. Encaramos-nos por alguns segundos ate eu começar a falar.

 

- Ótima maneira de não ficar em uma saia justa. - falei fazendo-o acordar.

 

- Como? - piscou algumas vezes.

 

- Falando que quem descobriria seria eu. - mordi meu lábio inferior.

 

- Ah, sim. - deu sorriso de canto. - Mas do jeito que você é curiosa você vai acabar descobrindo.

 

Mais uma vez o silencio caiu sobre nos. Ainda estávamos próximos, minhas mãos estavam ao lado do meu corpo, segurando-o. Harry ainda mantinha as mãos sobre elas. De tempos em tempos sentia o hálito de Harry em meu rosto, que por sinal era muito bom.

 

Como um ser pode ter tantas qualidades?!

 

Merlin, realmente, me ama!

 

Harry soltou o ar cansando, fazendo-me asfixiar com seu hálito quente.

 

- Boa noite, minha pequena. - ele falou se levantando.

 

- Sua pequena? - perguntei sorrindo.

 

- Isso mesmo. - ele falou se aproximando de mim e colando sua testa a minha. - Só minha. - beijou-me na bochecha. - Boa noite e bons sonhos.

 

- Boa. - falei ainda em transe.

 

Fiquei olhando-o subir os degraus da escada. Certifiquei-me que ele não mais me via ou me escutava. Quando ouvi o barulho da porta fechando coloquei uma almofada em meu rosto e sufoquei um grito. Um sorriso bobo se perdeu em meus lábios, mas ouço passos e me recomponho imediatamente.

 

- Calma Mi. - ouço a voz de Gina e me acalmo. - Sou só eu; pode continuar com a comemoração.

 

- Co-como? - perguntei um pouco confusa. - Do que esta falando?

 

- Quando você vai falar pra ele? - perguntou colando as mãos na cintura. Ele ficou igualzinha a Sra. Weasley.

 

- Falar o que? Pra quem?

 

- O que esta escrita em néon na sua cara! - sentou-se ao meu lado.

 

Continuei olhando-a sem entender sobre o que ela estava falando. Melhor fingindo, por que eu sabia perfeitamente sobre o que Ginevra Molly Weasley estava se referindo. Ela soltou o ar cansando e voltou a falar.

 

- Mione, já faz uma semana que eu descobrir. - pegou minhas mãos. - E você confirmou tudo hoje quando entrou no meu quarto e agora. - falou gentil.

 

Fiquei alguns minutos calada. Era óbvio que Ginny já tinha sacado tudo, não adiantaria nada ficar negando para ela. Afinal, eu tinha mais a ganhar do que perder admitindo para ela.

 

- Tudo bem. - falei finalmente. - Você venceu.

 

Fiquei esperando uma reação explosiva da ruiva, mas ela me surpreendeu em simples ficar sorrindo. Nossa pra uma pessoa que praticamente já planejou todo o meu casamento com Harry, Ginny estava bem calma.

 

- Não vai fazer nada? - perguntei intrigada. - Não vai gritar e sai contando para todos?

 

- Não, porque o faria? - perguntou ainda sorrindo. - Se você só me contou porque eu meio que ti obriguei, porque eu ia sair falando para todos algo que você quer em segredo?

 

- Não quero manter em segredo por muito tempo. - falei um pouco acanhada.

 

- E isso aí, Granger! - ela sorriu abertamente.

 

- Mas antes que você ficar fantasiando as coisas. - falei e o sorriso da outra se desfez.

 

- O que você vai me falar?

 

- Só o que cansei de falar: Harry e eu não estamos juntos. - falei um pouco tristonha.

 

- Você quis dizer ainda, não? - Gina falou me animando.

 

- Isso mesmo. - sorri. - Ainda.

 

- Mione, eu sei quer você não quer que muitas pessoas fiquem sabendo... Mas tem duas pessoas que precisam saber disso. Tanto por direito como uma forma de ajuda.

 

- Tudo bem. - falei derrotada. Não seria justo Ginny ficar sabendo e eles não. - Podemos falar sim para Rony e Luna.

 

- Você vai ver, comigo e Luna ao seu lado, o Sr. Potter logo estará em suas mãos. O que não esta muito longe de acontecer. Porque tanto ele como você tem um letreiro em néon escrito em letras maiúsculas que um esta apaixonado pelo outro.

 

- Esta tão óbvio assim. Quer dizer, eu sou tão obvia assim?

 

- Sinceramente? Sim. - baixei minha cabeça como em sinal de derrota e Ginny notou. - Mas calma, Mi. Do jeito que o Harry e lerdo pra essas coisas ele nem deve ter notado.

 

- Não sei se isso era para Me acalmar ou não.

 

- Não sei pra todo esse drama. O Potter já e seu, só falta um empurrãozinho de fora. - piscou para mim.

 

- Não sei o que esperar disso tudo. - meus ombros muxaram.

 

- Pois pode esperar que o Potter será seu namorado, pois uma vez que Gina Weasley fala algo, ela não descasa ate consegui - lá!

 

Acho que com o meu bocejo a bola da Gina diminuiu um pouco.

 

- Sabe Ginny, eu realmente estou bem cansada. - soltei outro bocejo. - Então amanha nos continuamos com essa conversa.

 

Ela se levantou.

 

 - Amanha veremos com qual vestido você ira ao baile.

 

- Mas eu já tenho um vestido.

 

- Exatamente. Se for preciso iremos remodelá-lo, mas como tenho fé no seu bom gosto. - ela me examinou. - Espero que você tenha escolhido um vestido que valorize seu corpo e sua cor. - não sei como, mas Ginny consegue me surpreender cada vez mais.

 

- Tudo bem então. - dei de ombros e comecei a subir as escadas. - Boa noite, Ginny. -gritei já perto do fim da escada.

 

- 'Noite. - ouvi sua resposta.

_ _ _ * _ _ _ * _ _ _ 

N/A: Oie! Demorei mais postei /o/
Gente... Eu ´tô sofendo! Eu não quero que a minha fic vire um clichê! Isso é meu dificil, já que quase tudo nesse mundo já é clichê... Acho qua até ser diferente é clichê .-.
Enfim...
O cap 5 ´tá pronto e o sexto ´tá no meio do caminho...
Então... COMENTEM!
Assim o cap sai mais rápido ;D

Obrigada por todos o coments e quem ainda não comentou; comente! Não mata ;D

Ah, sim...!
Cap sem revisão e tem umas partes que eu escrevi no meu Ipod... Então, pode ter umas coisas erradas =B

 E o cap 5 é narrado pelo Harry...
Acho que assim instigo vocês a comentar... :)

Bjus :**

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