Dezoito.



Dezoito.


Lições do amor - o amor ensina mais do que se pode esperar.


Passou mais tempo do que de costume procurando alguma roupa que lhe servisse. Estava entrando no segundo mês de gestação e as mudanças em seu corpo eram constantes. Era inevitável não comer mais do que já fazia, agora que se alimentava por dois. E encontrar uma roupa adequada estava se tornando uma tarefa difícil No entanto, agradecia por sua barriga ainda não dar sinais de sua gravidez.


O único vestido que encontrara adequado para o dia era um em tom rosa claro. Mas ele estava incomodando um pouco na cintura. Se o usasse daquela forma, faria mal para ela e ao bebê. Então decidiu procurar pela mãe e pedir para que soltasse as pregas. Assim ficaria mais confortável. Entretanto, Susan ficaria curiosa com seu pedido. E aquele seria o momento apropriado para dar a notícia da gravidez.


Por muito tempo manteve aquele segredo escondido da mãe. Mas agora teria que lhe dizer a verdade, já que logo tudo ficaria evidente. E se a mãe recusasse em ajudá-la, tinha a estabilidade de seu emprego. Recebeu o primeiro salário, o que não foi muita coisa. Apenas a ajudou a comprar as vitaminas e as consultas médicas. Mas esforçava-se cada dia mais para ganhar mais. Até mesmo algumas aulas estava perdendo.


Com o tecido entre os dedos, apertando-o de forma nervosa, Hermione deixou o quarto. Sabia o quanto aquela conversa seria difícil. Sua mãe ficaria chocada, arrasada. Várias vezes alertara que não queria tal destino para a filha. E fora isso que ela lhe deu em recompensa. Desceu a escada, seguindo para a cozinha. Respirou fundo, criando coragem enquanto olhava a mãe preparando o café da manhã.


- Er... Mamãe...? – ela a chamou, e Susan virou-se para a filha com um sorriso nos lábios. – Será que podia soltar as pregas desse vestido? Está um pouco justo... – falou tremendo-se toda por dentro.


A mãe a mediu intrigada. Notara a diferença no comportamento da filha, e também em seu manequim, já que algumas das calças de Hermione tiveram as pregas arrancadas também.


- Claro. - concordou, tomando o tecido em mãos. - Mas porque isso agora, Hermione? Sempre tive que apertar suas roupas por ser tão magra.


- É que... Acho que encolheu. – falou vendo sua coragem ir para longe. – E não gosto de roupas justas.


- Impossível querida. - Susan riu, olhando para o vestido. - Lavo suas roupas junto com as minhas e de Rick. Se estivesse encolhido, as nossas também teriam. - olhou atenta para o corpo de Hermione. - Acho que você está dando uma engordadinha. O que nunca aconteceu antes.


A morena assentiu, e suspirou fundo. Estava com tanto medo que não se vira sentar ao lado da mãe, à mesa. Antes Susan pegara sua caixa de costura, e começara a fazer os ajustes que Hermione lhe pedira. Em silêncio a garota fitava a mãe. Ela estava tão despreocupada, sentimento que não duraria muito, pois agora estava disposta a contar tudo. Pelo seu filho teria coragem para encarar as acusações dela.


- Mamãe... Preciso lhe contar uma coisa.


- Diga. - apenas disse, mantendo a caixa de costura em seu colo enquanto começava a desfazer as pregas.


Hermione mordeu o lábio, e antes mesmo de começar a falar, seus olhos marejaram. Mas definitivamente, tinha que acabar com todo esse segredo. Precisava do apoio da mãe, já que Harry lhe virara as costas. Rejeitara além de si mesma, o filho que gerava.


- Sei que vai se magoar... – ela falou, e Susan a fitou. – Porque me avisou tanto, e eu fui ingênua. Acreditei em Harry, e em tudo que ele me dizia. E... Eu me entreguei a ele, pensando que me amava. – Hermione deixou as lágrimas caírem livres dos olhos, e baixou a cabeça. – Eu estou grávida, mamãe.


Susan arregalou os olhos, surpresa com o que a filha dissera. A caixa de costura caiu de seu colo, derrubando todos os materiais e fazendo um grande eco pela cozinha. Nem mesmo o choro de Hermione fora o suficiente para poupá-la da decepção. Não queria acreditar no que ouvira. Que sua pequena Hermione estava grávida.


- É por isso que pediu para soltar as pregas de sua roupa? - perguntou com a voz embargada, vendo-a assentir. - Eu deveria ter desconfiado que tivesse algo de errado. Mas eu fui tão ingênua. Mais do que você... Como pôde Hermione? Será que não aprendeu o suficiente com a vida miserável que eu tive?


- Pensei que Harry fosse diferente. Mas fui tola por crer nisso. – a morena dissera entrecortadamente. – Me perdoe mamãe... Não queria decepcioná-la. E também não quero que uma criança inocente pague por minhas bobagens.


- Meu Deus. O que vamos fazer? - Susan perguntou para si mesma, passando a mão na face entre as lágrimas. - Harry a deixou? Por causa dessa criança? - questionou, olhando-a.


- Mais ou menos... – murmurou contendo o choro. – Ele acha que eu o enganava. Que eu tinha outro além dele. E então, terminou comigo. 


- Cretino. - Susan murmurou, respirando fundo. Assim como a filha, pensou que Harry fosse um bom rapaz. Mas também tinha se enganado. E abandonar Hermione nesse momento crítico lhe provava tal. - Eu não sei o que vamos fazer. Não temos condições financeiras para uma criança, Hermione. Por que não se cuidou?


Envergonhada a morena, baixou a cabeça outra vez. Por muito se culpara por isso, por não ter se prevenido. Mas agora não podia fazer mais nada.


- Desculpe... – apenas murmurou. O silêncio ficara preso ali entre as duas. Apenas o choro de Hermione se ouvia. Por minutos ficaram assim. -... Eu vou cuidar do meu bebê, sozinha, mamãe. Arranjarei um emprego, e faço o que for para ele ter um futuro bom. 


- As coisas não são tão simples assim, Hermione. - Susan replicou, olhando para a filha. - Como vai garantir um futuro bom pra essa criança se você não tem um? Deveria estar estudando, se dedicando para entrar em uma boa universidade. E não cuidando de uma criança. Você é nova demais para isso. E agora está condenada ao mesmo destino que o meu. Matar-se de trabalhar, esquecer da própria vida para dar algo de bom a alguém que precisa. Eu não queria isso pra você.


A culpa se abateu dentro do peito de Hermione. Vira por toda sua vida o quanto à mãe sofrera, suportando viver com seu pai. Porque assim como ela, engravidara cedo. E ainda via o quanto Susan se matava de trabalhar para que ela e o irmão tivessem uma vida confortável. Embora para eles faltassem muitas coisas.


Ela mesma não desejava uma vida assim. Mas agora era tarde para pensar nisso. Já amava a criança que esperava, e nada no mundo faria mudar tal sentimento. Esse amor apenas cresceria à medida que o bebê também. E sozinha ou não, não teria medo do que lhe reservava o destino.


- Se arrepende mamãe? Por que eu não me arrependo. Amo o meu bebê, e mesmo que eu tenha que abdicar dos meus sonhos em prol dele, eu o farei.


- Eu não disse que me arrependo. Mas você não sabe o quão difícil é isso. - suspirou. - Acha que se eu tivesse me concentrado em mim, você e o seu irmão não teriam uma vida melhor? Como acha que essa criança vai viver? Uma vida árdua e sofrida onde sequer vai conhecer o pai. Sequer sabe quem é o pai.


- Harry é o pai, mas meu filho não precisa saber que ele não o quis. Ninguém precisa saber mamãe. – Hermione falou, secando as lágrimas.


- E o que vai dizer quando essa criança perguntar pelo pai? - perguntou, erguendo uma sobrancelha.


- Vou mentir. Pra protegê-lo vou mentir. – a morena falou séria. – E você também vai.


Susan respirou fundo ante o olhar sério da filha. Não gostava de mentir. Tão pouco sabia mentir. Mas o pedido de Hermione diante de uma situação tão grave a fez mudar de idéia. Ela apenas assentiu, antes de se levantar.


- Preciso pensar em uma solução pra isso. - murmurou, recolhendo seus materiais de costura.


- Uma solução? – Hermione indagou, respirando rapidamente.


- É, Hermione. Uma solução. - respondeu impaciente. - Isso é um assunto grave.


 


**


Seus passos eram firmes e rápidos pelos corredores do colégio. Seu sangue fervia de raiva e ódio após a notícia que ouvira. Não podia acreditar que Harry foi capaz de fazer isso tão descaradamente ao ponto de ser visto entrando em uma sala vazia com uma garota. Independente de quem fosse estava pronta para armar um escândalo. Harry era apenas seu. Lutou para consegui-lo de volta e não aceitaria que outra garota a ameaçasse novamente.


Sem se importar com quem estivesse na sala, Gina entrou. Sua entrada furiosa e inesperada fizera com que o moreno recuasse da loira. Os vestígios de batom e os lábios inchados indicavam que eles não estavam ali para estudar. Era claro que eles usavam a sala para "amassos".


- Gina? O que faz aqui? - o moreno perguntou, olhando da loira para a ruiva. De certa forma sentia-se tranquilo. Gina e ele não tinham nenhum relacionamento e não lhe devia satisfações.


- Eu quem lhe faço essa pergunta! O que está fazendo aqui com essa vagabunda?! – a ruiva indagou aos berros.


- Quem pensa que é pra falar assim de mim? - Meredith perguntou, não engolindo a ofensa feita.


- Quer parar de gritar? - Harry perguntou, erguendo uma sobrancelha para a ruiva. - O colégio todo vai ouvir seus berros. E acho que está óbvio o que eu faço aqui com ela.


Gina bufou e lançou um olhar furioso ao moreno. Em seguida fora na direção de Meredith e a fitou ainda mais possessa. Com um movimento rápido e surpreendente a ruiva, agarrou-se nos fios louros e compridos da outra. Arrastando-a para fora da sala.


Meredith saíra aos berros, assim como a ruiva que proferia insultos. Mas a loira não deixou por barato. Agarrou-se também aos cabelos de Gina, derrubando-a no chão. As duas rolaram pelo corredor, disputando o prêmio do momento. Harry Potter. O moreno estava parado a porta, apenas observando sem saber o que fazer. E não demorou muito para que curiosos surgissem no local.


No entanto, ele precisava fazer alguma coisa. E parecia ser o único a fazer, já que os outros incentivavam aquela briga. Tudo isso só iria parar quando uma das garotas ficasse gravemente ferida. Então se aproveitou que Gina estava por cima e a retirou dali, mantendo a ruiva em seus braços que fazia menção de avançar para nova briga.


- Me solta, Harry. Eu vou acabar com essa safada! – Gina exclamou se debatendo, enquanto Meredith se levantava com a ajuda de outras pessoas. Harry levou a ruiva para fora, e então quando estava bem longe a soltou. – Seu cretino! – ela bradou, esmurrando-o.


- Cretino? - Harry perguntou, olhando-a. Segurou as mãos de Gina. - Você arma o maior barraco no colégio, machuca uma garota que não te fez nada e eu sou o cretino?


- Não fez nada? Não seja cínico. Nós estamos juntos, e não vou tolerar uma traição! – ela disse ofegante, ajeitando os cabelos. – Vocês dois estavam se agarrando...


- Espera ai. Como é que é? - o moreno a interrompeu, rindo. - Desde quando estamos juntos? Pensei que você tinha deixado isso bem claro ontem à noite quando fui procurá-la. Eu nunca disse que tinha um relacionamento sério com você.


- Mas não tinha o direito de sair beijando qualquer uma. Eu exijo que seja fiel a mim, Harry. Exijo respeito. – Gina quase gritou bem rente a ele.


- E o que eu exijo da sua parte, Gina? Isso não conta? - questionou também irritado. - Ou será que é tão egoísta assim a ponto de pensar em si mesma? Porque ontem, quando fui procurá-la, você simplesmente me deu as costas.


- Isso não vem ao caso, sabe disso. Não é motivo. Você nunca conversou comigo, isso é desnecessário. – ela argumentou. – E não muda o fato de você ser um idiota!


- Então não venha armar barraco quando me encontrar com uma garota. - sibilou entre dentes. - Porque eu não serei obrigado a fazer apenas suas necessidades e esquecer-se das minhas. Eu mudei Gina. Sou uma pessoa diferente. E é bom que aceite isso.


Ele a olhou feio, e então saíra depressa voltando pra dentro do colégio. Iria ver se Meredith estava bem, e quem sabe convidá-la para sair. Precisava mesmo esquecer-se de tudo, e principalmente precisava se livrar de Gina. A ruiva tremera de raiva, apertando as mãos em punhos. Isso não ficaria assim. Ela reverteria à situação e teria Harry apenas para ela.


**


Assim que prepararam o lanche, as meninas subiram para o quarto. Aquela seria mais uma noite em que as amigas passariam juntas. Onde poderiam conversar sobre qualquer coisa. Principalmente sobre os problemas que rondava as duas no momento. Sentaram-se na cama do quarto de Katie, enquanto serviam-se de batata frita e refrigerante.


- Eu não sei se você já sabe disso. Mas acho melhor saber por mim do que por outra pessoa. - Katie disse, olhando para a amiga. - Quando você foi pro trabalho depois do intervalo, Gina armou um barraco no colégio. Porque encontrou Harry em uma sala com Meredith Dorfman.


O semblante de Hermione se tornara sério, o sorriso que se desenhava em seus lábios sumira rapidamente. Ela devolvera a batata frita para dentro da bacia, e bebera um gole de seu refrigerante. Era duro ouvir tais coisas, mas não esperava mais nada de Harry. Ele era livre para fazer o que quiser.


- Eu não sabia... Ninguém do colégio passou na lanchonete hoje, e eu estava tão ocupada, pensando em tudo... – suspirou fundo. – Eu contei pra minha que vou ter um bebê.


- Você contou? - Katie perguntou surpresa. - E como foi? O que ela disse?


- Ficou magoada. Comparou nossas vidas e o que vai ser daqui pra frente. Eu a desapontei muito, Katie. E mamãe agora está diferente comigo. Mal nos falamos hoje. – Hermione falou um pouco triste. – E ela disse que vai encontrar uma solução. E estou com medo do que ela pode pensar em fazer. Afinal, não quero comprometer Harry.


- Não sabe o quão aliviada que fiquei depois que dei aquele tapa em Harry. - a garota suspirou sorridente. - Mas sua mãe levou um grande choque com a notícia. É só questão de tempo pra que ela volte a falar com você. Não tem nada que um bebê não resolva.


- Espero que seja assim. Estou ansiosa pra ver meu bebê, ainda vai demorar tanto. Mas já penso muito nele. Em como ele vai ser, com quem vai se parecer... – falou sonhadora, e o sorriso voltou aos seus lábios. – Queria que tivesse os olhos “dele”. São tão bonitos.


- Quanto a isso tenho que concordar. - a garota disse, após pegar uma batata. - Porém, se for uma menina eu acho que poderia se parecer com você. Principalmente o seu cabelo, que é lindo.


- Lindo? – Hermione indagou e riu. – Não é nada lindo... Mas, eu queria mesmo uma menina. Poder vesti-la de rosa, e comprar bonecas.


- Pelo visto ela vai ser muito mimada. Olha só, nós falando de uma menina e nem sabemos se realmente vai ser. - Katie riu, assim como a amiga. - Mas já pensou nos nomes?


- Ainda não. Gosto de alguns, mas... Eu não sei, é tão difícil! – a morena falou sorrindo. – Talvez se você me ajudasse, fosse mais fácil.


- Eu? Quanta honra. - ela se ajoelhou na cama, deixando que seus cabelos lisos caíssem em seu rosto. Era evidente o entusiasmo pelo seu sorriso. - Eu não sei. Gosto de tantos. Tenho preferências por nomes diferentes, já que o meu é comum. - riu. - Mas gosto de Sophie, Megan, Micaela, Rebeca...


- Para meninos eu gosto de Brian, Adam, e... Oliver. – Hermione falou. – São nomes simples, não quero nada muito exagerado. E adorei suas sugestões, principalmente Rebeca. É um nome lindo.


Katie sorriu e recomeçou a falar, e por mais que estivesse interessada no assunto, Hermione não conseguia parar de pensar em Harry, e no que houvera mais cedo no colégio. E de todo estranhava muito o comportamento do moreno, mas devida a conversa que os dois tiveram recentemente, ela julgou-o confuso. O que acabava fazendo-o a decidir-se por escolhas erradas.


- O que você acha? - Katie perguntou após seu falatório. Porém, não recebera nenhuma resposta de Hermione. Apenas percebera que ela estava perdida em pensamentos. - Hermione? - estalou os dedos diante do rosto da amiga, que despertou no momento. - Eu não devia ter contado sobre a briga. - lamentou entre um suspiro.


- Não... Tá tudo bem. Eu não me importo com isso. – Hermione dissera, suspirando também. Pegara um pouco das batatas e colocara na boca.


Katie apenas assentiu, retomando seu assunto sobre bebês. Semanas atrás tivera repulsa por eles quando acompanhara a amiga até uma consulta médica. Mas agora, que acompanhava a gravidez de Hermione por perto, começava a sentir-se eufórica com isso. Tanto que sempre fizera questão de ajudá-la com o que quer que fosse.


- E tem uma loja nova pra bebês que abriu no centro. Se quiser podemos ir lá, um dia que você tiver uma folguinha no trabalho. - dizia sorridente.


- Podemos ir sim, quando eu tiver uma folga. – a morena assentiu, mesmo sabendo que iria até a loja apenas para olhar e para não chatear Katie. Percebera o quanto ela estava empolgada, e sua alegria de certa forma a contagiava. 


- Eu sei que é difícil, mas se anima Mione. - Katie sorriu. - Quando você ver o rostinho desse bebê, tudo vai mudar. E tenho certeza de que será pra melhor.


Hermione esboçou um sorriso. Queria pensar como a amiga, e por mais que fosse positiva, a vida lhe teimava em ensinar o contrário. Talvez não estivesse tão preparada para o que viria. Sendo que não contava com muito apoio.


**


O som da campainha fizera com que o moreno interrompesse o filme. Contrariado, revirou os olhos ao se levantar. Estava sozinho em casa, já que os pais viajaram até uma cidade que não ficava muito longe dali. James tivera um caso de última hora e Lily decidira acompanhá-lo, depositando um pouco de confiança em Harry. Algo que fizera o moreno jurar que se comportaria bem em sua ausência.


Caminhou até a porta, abrindo-a. Seus olhos avaliaram a ruiva diante de si dos pés a cabeça. E um sorriso cínico surgiu em seus lábios, enquanto se encostava ao vão da porta.


- Se veio até aqui armar barraco, perdeu seu tempo. Estou sozinho. - Harry disse com ironia.


- Não vim armar barraco. Vim pra conversarmos... – Gina falou sorrindo sedutora. – Não me convida pra entrar? – perguntou olhando-o intensamente.


- Você disse conversar? - perguntou um tanto surpreso, vendo-a assentir. Ele apenas recuou, deixando a passagem livre para que Gina entrasse. Deveria lhe dar uma oportunidade. Afinal, quem sabe ela se arrependera do escândalo que fez mais cedo no colégio.


A ruiva entrara sem deixar de exibir o sorriso nos lábios. Estava satisfeita com a primeira parte do seu plano cumprida. Porque pensou que Harry não iria querer vê-la. A segunda parte trataria de por em prática. Iria seduzi-lo até o momento em que ele não poderia resistir.


- Eu pensei bem no que eu fiz... – ela falou se virando para o moreno assim que ele fechara a porta. – E agi mal com você.


- Fico feliz que tenha pensado sobre isso. - comentou sarcástico, caminhando até o sofá e se sentando. - Porque graças ao seu autocontrole, seremos o assunto de todo o colégio por semanas.


- Eu sinto muito, Harry. Excedi-me... Por isso vim aqui para esclarecermos os fatos. – Gina falou e mordera o lábio, brilhantes e rosados. – Eu gosto muito de você, e queria exclusividade enquanto estivermos juntos.


- Exclusividade? - indagou confuso, franzindo o cenho.


- Exatamente. Você é só meu querido. Eu não divido nada, muito menos dividiria você. – foi direta ao assunto, se aproximando dele. – O que me diz hum? – emendou, passando o dedo sobre o peitoral dele, enquanto roçava os lábios aos masculinos.


- Gina... - Harry murmurou, vendo-a sentar em seu colo. Não tinha muita capacidade para levar aquela provocação adiante. Ainda mais depois do que ela dissera. - Já falamos sobre isso...


Ela não lhe dera ouvidos e continuou com suas carícias. Os olhos dela nunca se desviavam dos dele, e ela se divertia em seduzi-lo. Deixou a boca de Harry, e fora beijar o pescoço do moreno, aspirando ainda seu perfume.


O moreno fechou os olhos, respirando fundo. E bastara questão de segundos para que a imagem de Hermione lhe viesse em mente. Era sempre assim quando estava com Gina. O desejo de que fosse a morena ali era tanto, que o fazia ceder aos seus instintos. E quando se dava por si, já estava beijando-a. Como fizera naquele momento.


Gina reprimiu um sorriso vitorioso entre o beijo. Harry sempre excedia aos seus desejos. Bastava apenas uma provocação ou outra para que o tivesse apenas para si novamente. E não demorara muito para que as peças de roupa começassem a ser tiradas, jazendo ao chão. O moreno ofegou, sentindo-a beijar seu pescoço de forma audaciosa enquanto lhe acariciava o peitoral. Céus, como ele queria que fosse...


- Mione. - murmurou entre um suspiro e outro.


A ruiva parara o beijo, e arregalara os olhos. Não podia acreditar no que ouvira, e a raiva começara a brotar em seu peito. Hermione não a deixava em paz nem nesses momentos! Harry abriu os olhos, e fitou a garota em seus braços. Não era a ex-namorada.


- O que você disse? – Gina indagou irritada.


Harry suspirou fundo, um pouco frustrado por seus pensamentos que o traíram novamente. Estava decepcionado por se deparar com Gina ali. E sabia que agira de forma errada ao chamá-la pelo nome da ex.


- Nada. - meneou a cabeça negativamente, aproximando sua boca à da ruiva para mais um beijo. Na esperança de que ela esquecesse o que aconteceu.


O beijo a pegara de surpresa, e ficara maravilhada com o ardor que Harry depositava nele. Era algo superficial, ele sabia, mas para Gina isso bastava. Não nutria nada além de desejo físico por ela, então não poderia lhe dar mais sentimentos. Com amor fora com Hermione, ninguém mais. 




N/A: Aí agora esse é o capítulo que todo mundo volta a xingar o Harry.

Desistimos de tentar explicar as coisas. kkk

Só vamos repetir o que já dissemos várias vezes.

O Harry vai sofrer e vai se arrepender por tudo o que fez. 

Afinal, o nome da fic é LIÇÕES DO AMOR. Ele vai levar uma lição para ter outra lição. xD

Isso foi complexo. kkkk

Ah vocês entenderam o que queriamos dizer. 

Continuem comentando para que o próximo capítulo venha logo. xD

Beijo das autoras.

 N/A: Aí agora esse é o capítulo que todo mundo volta a xingar o Harry.


Desistimos de tentar explicar as coisas. kkk

Só vamos repetir o que já dissemos várias vezes.

O Harry vai sofrer e vai se arrepender por tudo o que fez. 

Afinal, o nome da fic é LIÇÕES DO AMOR. Ele vai levar uma lição para ter outra lição. xD

Isso foi complexo. kkkk

Ah vocês entenderam o que queriamos dizer. 

Continuem comentando para que o próximo capítulo venha logo. xD



Beijo das autoras.

18/12/2010.

 

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