O Chapéu Seletor
A porta abriu-se, e uma bruxa alta de cabelos  negros e vestes verde-esmeralda apareceu, os alunos ficaram  imediatamente quietos, como se percebessem que aquela não era uma pessoa  a quem deviam irritar.
- Alunos do primeiro ano, Professora  Minerva McConagall – informou Hagrid.
- Obrigado Hagrid, pode  deixar comigo agora. - A mulher respondeu gentilmente.
Ela  escancarou a porta, e eles entraram em um saguão tão grande como o de  gringotes. Iluminado por archotes flamejantes, o teto era tão alto que  nem podia se ver, e uma escada de mármore a frente os levava aos andares  superiores. Diêgo ouviu um barulho alto de conversa vindo de uma porta a  direita, o resto da escola devia estar reunido. A Professora Minerva  levou os alunos a uma pequena sala ao lado do saguão, os alunos se  agruparam meio nervosos.
- Bem-vindos a Hogwarts! O Banquete de  abertura começará daqui a pouco, mas antes disso, vocês farão a  cerimônia de seleção, que os dividirá entre as quatro casas. As casas  são Grifinória, Corvinal, Lufa-Lufa e Sonserina, essa seleção é muito  importante porque decidirá em qual casa vocês viverão pelos próximos  sete anos, e nessas casas vocês conhecerão amigos e companheiros para  viverem juntos neste mesmo tempo. Cada casa tem sua história e cada uma  produziu bruxos incríveis, enquanto estiverem em Hogwarts, cada acerto  seu dará pontos para as suas casas, enquanto os erros farão ela perder  pontos, a casa com o maior número de pontos no final do ano ganha a taça  das casas, uma grande honra. A Cerimônia começa daqui a pouco e será na  frente de toda a escola, eu sugiro que se preparem.
Ela deu um  olhar severo em um garoto com as vestes um pouco sujas.
- Por  favor esperem um pouco, eu já voltarei, fiquem em silêncio.
Diêgo estava mais nervoso do que nunca, faria um  teste na frente da escola inteira, isso para selecionar as casas. Nada  podia ser pior, não... mas poderia, e se mesmo se ele passasse no teste e  fosse pra Sonserina? No tempo em que ele passou no Beco Diagonal ouviu  comentários suficientes para fazâ-lo não querer ir pra essa casa.
-  O Próprio Você-sabe-quem foi de lá! - Disse uma velha bruxa que  comprara ingredientes para poções.
Os alunos esperaram  ansiosamente, até que depois de alguns minutos, a Professora Minerva  finalmente voltou.
- Agora façam fila e me sigam – Ela disse  severamente.
Meio nervosos os alunos fizeram o que ela pediu, a  seguiram até uma enorme porta de carvalho, ela abriu e eles entraram em  outro grande saguão.
E era enorme, Diêgo calculou que caberiam  cinco casas iguais a que ele morava dentro, iluminada por tochas nas  paredes, haviam quatro grandes mesas no centro onde vários alunos já  estavam sentados, e na extremidade uma mesa dourada onde ficavam os  professores. Diêgo observou o teto e ele era negro e salpicado de  estrelas, Cledevan cochichou pra ele que o teto era encantado para  parecer com o céu lá fora. Minerva levou os alunos até frente a mesa dos  professores, e ali eles aguardaram por alguns instantes enquanto  Minerva saia e voltava com um pequeno banquinho, ela colocou o banquinho  logo a frente dos alunos para que todos pudessem ver. Em cima do banco  ela colocou um pequeno chapéu negro e pontudo, o chapéu parecia velho e  acabado, havia alguns fios soltos. então, simplesmente um rasgo se abriu  no chapéu como uma boca, e ele começou a cantar:
Em tempos antigos, quando eu era novo
E  Hogwarts mal havia começado
Os fundadores dessa nobre escola
Achavam  que nunca se separariam:
Unidos por um objetivo comum,
Eles tinha  a mesma aspiração,
Fazer a melhor escola de magia do mundo
E  passaram todo o conhecimento deles.
'Juntos nós construímos e  ensinamos'
Os quatro bons amigos decidiram
E nunca sonharam que  eles
Seriam divididos algum dia,
Pois onde poderia haver amigos
Como  Slytherin e Gryffindor?
A não ser se fosse o segundo par
De  Hufflepuff e Ravenclaw?
Então como pode ter dado tão errado?
Como  pode tal amizade falhar?
Bem, eu estava lá e posso contar
Todo o  triste, pesaroso conto.
Disse Slytherin 'Nós ensinaremos apenas  aqueles
Cujo ancestral é puro'
Disse Ravenclaw 'Nós ensinaremos  aqueles
Cuja Inteligência é perfeita'
Disse Gryffindor 'Nós  ensinaremos todos aqueles
Com bravos atos em seu nome'
Disse  Hufflepuff 'Ensinarei a laia,
E os tratarei como iguais.'
Essas  diferenças causaram poucas discussão
Quando pela primeira vez vieram à  luz,
Pois cada um dos fundadores tinha
Uma casa em que podiam
Pegar  somente o que ele queriam, então,
De início, Slytherin
Pegou  somente bruxos de sangue puro
De grande astúcia, que nem a ele,
E  apenas aqueles com a mente afiada
Eram ensinados por Ravenclaw
Enquanto  os mais bravos e destemidos
Foram com o audacioso Gryffindor.
Boa  Hufflepuff, ela pegou o resto,
E ensinou a eles tudo que sabia,
No  entanto as casas e seus fundadores
Permaneceram com a amizade firme e  verdadeira.
Então Hogwarts trabalhou em harmonia
Por muitos  felizes anos
Mas então a discórdia cresceu entre nós
Alimentando  nossas falhas e medos.
E as casas, que como quatro pilares
Tinham  uma vez segurado nossa escola,
Agora se viraram uma contra a outra,
Divididas,  procuravam dominar.
E por um tempo parecia que a escola
Encontraria  um fim próximo,
O que com duelos e lutas
E a colisão de amigos  com amigos
E então veio a manhã
Em que o velho Slytherin partiu
E então a  luta morreu
Ele saiu bem magoado
E nunca, desde os quatros  fundadores
Que foram reduzidos a três,
Tiveram as casas unidas
Como  elas uma vez foram.
E agora o Chapéu Seletor está aqui
E todos  vocês sabem o porquê:
E selecionarei vocês nas casas
Porque é por  isso que eu estou aqui,
Mas esse ano eu irei mais longe,
Ouçam  atentamente a minha canção:
Mesmo que condenem, eu separarei vocês
Ainda  que eu ache isso errado,
Mas eu devo completar meu propósito
E  devo dividi-los em quatro todo ano
Ainda eu espero que seja qual for a  seleção
Não traga o fim que temo.
Oh, saiba os perigos, leia os  sinais,
A história de aviso mostra,
Que nossa Hogwarts está em  perigo
De externos, mortais inimigos
E nós devemos nos unir dentro  dela
Ou nós iremos nos despedaçar
Eu os falei, eu os avisei...
Agora  que a seleção comece.
Então o chapéu ficou quieto outra vez,  então eles só iriam experimentar o chapéu! Diêgo soltou um suspiro e  não se surpreendeu ao ver outros alunos fazerem o mesmo, a Professora  Minerva puxou um pequeno rolo de pergaminho e chamou:
- Agora  quando eu chamar seus nomes, sentem-se no banco e coloquem o chapéu, Ana  Brian!
Uma pequena garota morena adiantou-se, sentou-se  no banco e colocou o chapéu, depois de alguns instantes de silêncio, o  chapéu irradiou:
- Corvinal!
E vieram vivas e aplausos de  uma das mesas. Então depois de mais dois alunos em que um foi para  Sonserina e outro para Lufa-Lufa...
Logo em seguida foi Antonio  Cledevan...
- Grifinória! - Gritou o chapéu, Cledevan parecia  estar a beira de um ataque de nervos quando se juntou a mesa, Diêgo  olhou para trás e viu Jéssica olhar com preocupação o primo na mesa da  esquerda.
- Carla Luana!
Carla andou meio nervosa até a o  banco, sentou-se e colocou o chapéu, depois de quase uma eternidade o  chapéu finalmente gritou:
- Grifinória!
A mesa da extrema  esquerda aplaudiu e gritou intensamente, Carla Luana se dirigiu  rapidamente até a mesa, então logo em seguida...
- Diêgo  Damohill!
Chegou a hora da verdade – Pensou Diêgo, ele só não  queria ficar na Sonserina, sentou-se no banco e colocou o chapéu, que  cobriu os seus olhos, imediatamente o barulho do salão se extinguiu.
-  Hum... Muito interessante meu jovem... - Diêgo ouviu a voz do chapéu –  Vejo que há um grande talento... e Hum... Um instinto protetor e é  alguém que valoriza a amizade, mas também há uma ambição, uma forte  ambição...
- Sonserina não... Sonserina não... - pensou Diêgo  desesperadamente.
- Sonserina não é? - perguntou o chapéu –  Realmente, não é o lugar adequado pra você, então... 
-  Grifinória!
E Diêgo percebeu que ele gritara para todo o salão, a  mesa da extrema esquerda aplaudiu fervorosamente. Ele se dirigiu até  ela e sentou-se justamente ao lado de Carla que sorriu pra ele, Cledevan  estava de cabeça baixa logo na frente dele. Viram David Carley ir para  Sonserina e Felipe Finnigan ir para Corvinal, depois de mais alguns  chegou a vez de Jéssica. 
Ela sentou-se no banco e colocou o  chapéu, ela foi a que mais demorou, e quando o chapéu pareceu que ia  gritar a casa, ele fechou a boca e ficou por mais alguns instantes,  então finalmente...
- Grifinória!
Jéssica se dirigiu a  mesma mesa onde eles estavam, Diêgo, Carla e os outros alunos aplaudiram  com força, Cledevan deu um sorriso fraco a prima quando ela se sentou  ao lado dele.
- Eu pedi a ele para me pôr na Grifinória – Ela  disse – Eu não quero deixar você sozinho – Ela cutucou Cledevan no  braço.
- Iuhu! - Disse Cledevan fracamente.
Depois de  vários alunos, em que finalmente Minerva terminou com Zeeb Mark da  Lufa-Lufa, a Professora pegou o chapéu e o banco e saiu enquanto o  professor Dumbledore ficava de pé, o murmúrio da sala acabou  instantaneamente.
- Bem vindos! Bem vindos a mais um ano em  Hogwarts! - Ele disse alegremente – Mas, antes de ficarmos bêbados de  tanto comer deste delicioso banquete, eu tenho de dizer algumas  palavrinhas... Rabo de porco! Focinho! Destabocado! Carambolas!  Obrigado.
Diêgo não sabia se ria ou aplaudia, fez os dois, Todos  os alunos aplaudiram, então Jéssica falou:
- Não vai querer as  batatas?
Diêgo quase caiu pra trás de susto, os pratos que  estavam anteriormente vazios sobre as mesas estava agora cheios, cheios  de tudo que Diêgo simplesmente amava, tortas, carnes, doces e várias  coisas. Diêgo encheu seu prato e comeu sem cerimônia alguma. Depois de  alguns instantes em que ele terminou, veio a sobremesa, e os pratos  limparam-se magicamente dando lugar a bolos, sorvetes e doces. Enquanto  Diêgo comia, sentiu uma arrepio correndo a espinha, olhou para trás e  levou um susto, só não gritou porque estava de boca cheia.
Um  Homem com um casaco pairava sobre o ar, ele era meio transparente e  prateado. Era um fantasma.
- Nicolas de Mimsy-Porpington às suas  ordens – Ele disse – Sou o fantasma residente da torre da Grifinória.
-  É o Nick-quase-sem-cabeça – Disse um garoto de cabelos rebeldes ao lado  de Diêgo.
- Quase-sem-cabeça? - Como alguém pode ser quase sem  cabeça? - Diêgo perguntou.
- Mais uma vez senhor Potter, o senhor  mostra a sensibilidade de um trasgo montanhês. - O fantasma disse  bravo, então, colocou a mão no ouvido e puxou, a cabeça caiu para o lado  como uma tampa, mas não caiu porque estava presa por uns 2 centímetros  de pele.
- É assim que alguém fica Quase-sem-cabeça, agora se me  dão licença, eu tenho uma conversa a ter com o barão sangrento.
Então  o fantasma saiu em direção a mesa da Sonserina.
- Não liga pra  ele – Disse o garoto – Sou Tiago Potter, você é...
- Diêgo  Damohill, prazer.
- Nome estranho...
- É, já ouvi muito isso.
Logo depois, o  Professor Dumbledore levantou-se, o barulho de conversa do salão acabou  quase imediatamente.
- Bem, agora que já degustamos de outro  magnífico banquete, peço uns poucos momentos de sua atenção para os  nossos usuais avisos início de ano - disse Dumbledore. - Alunos do  primeiro ano devem saber que a floresta do terreno é
terminantemente  proibida para alunos. E uns poucos de nossos alunos mais velhos devem  estar sabendo agora também – Tiago e outros três garotos trocaram  sorrisos - Sr. Filch, o zelador, me pediu, pelo que ele me disse é a  quadracentécima qüinquagésima sétima vez, para lembrá-los que mágica não  é permitida nos corredores entre classes, nem um monte de outras  coisas, todas podem ser checadas na extensa lista que agora fica fixada  na porta do escritório do Sr. Filch. Devo dizer aos alunos, que aqueles  que quiserem ir para o time de quadribol das suas casas, deverão  apresentar o seu nome ao diretor de cada casa... Agora... Se vocês  puderem se levantar, as nossas camas nos esperam, tenham uma boa noite  de sono!
Todos levantaram-se, os alunos do primeiro ano da  Grifinória seguiram um monitor, que se chamava Remo Lupin até umas  escadas, ele tinha estranhas cicatrizes no rosto e roupas gastas.  Passaram por mais alguns corredores, e quando Diêgo achou que nunca  iriam chegar, eles pararam em frente a um retrato de uma mulher gorda.
-  Testrálio! - disse Lupin.
- Horríveis com certeza! - A mulher  respondeu e então o quadro girou dando lugar a uma enorme abertura, um  pequeno corredor os conduziu até uma enorme sala.
- Aqui é o salão comunal da Grifinória – Lupin  disse – A vontade, por aquela escada fica o dormitório dos meninos, e  daquele lado o dormitório das meninas.
Diêgo subiu as escadas  junto com Cledevan, as suas coisas estavam junto a uma cama. Diêgo  deitou-se e viu Cledevan se deitar com certa fúria no colchão.
-  Sou uma decepção, minha mãe vai me matar!
- Relaxa – Disse Diêgo –  Você tem é que se mostrar orgulhoso por estar na Grifinória! Coragem!
-  haha, iuhu! - Cledevan agitou o braço para cima lentamente – Boa noite.
Agora  que Diêgo percebeu o quanto estava cansado, quando se deitou e fechou  os olhos, adormeceu quase instantaneamente.
--- Fim do Quinto Capítulo ---
                    
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