Capítulo 5



Cap.5


 


“- Nunca... – Começou Luke com a voz trêmula de ódio – Nunca mais faça isso de novo.


Lílian prendeu a respiração ao ver a varinha nas mãos de Luke.”


 


Lílian tentou ver se alcançava a varinha, mas não conseguiu.


Luke por instinto havia pegado a varinha, mas não pretendia usá-la. Fizera aquilo somente para assustar Lílian, mas o que ocorreu a seguir saiu do controle.


Ao pegar a varinha, a raiva deveria ser tanta que Luke não havia medido as conseqüências que poderiam ocorrer. E foi quando saiu uma chama de sua varinha atingindo o braço de Lílian que Luke percebeu o perigo que havia sido sua brincadeira dar medo.


Lílian soltou um berro ao sentir seu braço queimar como nunca. Já se queimara antes, mas aquilo lhe causou uma dor indescritível. As lágrimas de dor brotaram nos olhos de Lílian ao mesmo tempo em que Luke se afastava da garota.


Luke olhava assustado para o que fizera e ao mesmo tempo arrependido.


- Potter, eu...


- Fica longe – mandou Lílian ao ver Luke se aproximar, as lágrimas teimavam em descer.


- Mas eu...


- EU MANDEI FICAR LONGE SEU BABACA! – Gritou Lílian agora irritada. A garota se afastou de Luke com um ar de nojo e ao se ver a uma distância que considerava segura, se virou e viu que o sonserino a encarava, aflito.


Novas lágrimas surgiram em seus olhos, mas ela não sabia se era por causa de qual dor estava chorando. A garota deu um riso irônico.


- Não finja se preocupar Zabine, eu não preciso de seu arrependimento – porém não conseguiu manter a voz irônica e no meio da frase a tristeza tomou conta de suas palavras -, eu nunca pensei que você pudesse ser tão covarde.


Luke observou Lílian se afastar segurando o braço contra o peito.


Toda a raiva que estivera sentindo não existia mais e no lugar dela um arrependimento sincero, ao contrário do que havia dito Lílian, tomou conta dele.


O garoto suspirou e voltou a andar para a Sala Comunal da Sonserina.


Ao entrar no aposento, viu Scorpius sentado sozinho no sofá lendo um livro.


Scorpius ergueu o rosto e viu o amigo. Sorriu para Luke, que tentou retribuir o sorriso, mas não conseguiu e ao invés disso fez uma careta.


- O que houve? – Perguntou Scorpius curioso.


Luke se encaminhou até onde o outro sonserino estava e sentou-se ao seu lado.


Encostou-se ao sofá e colocou as mãos no rosto.


- Eu fiz a maior merda da minha vida.


 


- Lily? Ei Lily – chamou Rose ao ver a prima sair da Ala Hospitalar.


- Ah... Oi Rose – cumprimentou Lílian sorrindo.


- Está tudo bem? – Rose parecia aflita.


- Não, estou ótima – disse Lílian tentando convencer a prima e se convencer.


- A tá! Que bom, pensei que você tivesse se machucado ou algo do tipo.


- Não! Está tudo perfeito – disse Lílian –, bem, eu tenho que ir. Até mais Rose.


- Até.


Rose viu a prima se afastar.


- Estranho... Se estava tudo bem, por que ela estava saindo da Ala Hospitalar?


 


Lílian andou quase correndo até sua Sala Comunal e entrou no dormitório.


Encostou-se a porta e respirou fundo. Olhou para o braço e viu a marca da queimadura que a enfermeira tentara tirar, mas que não fora possível. A enfermeira prometera que o machucado iria desaparecer, mas havia sido uma queimadura feia e de um feitiço bem poderoso.


Ao relembrar da cena que ocorrera mais cedo no corredor, Lílian estremeceu e seu queixo tremeu de leve.


A garota se encaminhou até a cama e sentou-se, apoiando-se no travesseiro. Sentiu que estava a ponto de chorar novamente.


Lílian olhou para o braço que não doía mais. Então por que diabos ela estava quase chorando?


- Babaca – sussurrou Lílian para si mesma ao lembrar-se do rosto cheio de fúria de Luke.


Algo pareceu entalar em sua garganta e ao sentir as lágrimas saírem de seus olhos, tinha certeza que fora um soluço que não havia saído, não tinha nada entalado. Lílian colocou o rosto sobre o travesseiro e deixou que o choro saísse sem impedir dessa vez.


Só não entendia como podia chorar por algo tão idiota.


 


- Você é um babaca – disse Scorpius quando ouviu o que acontecera.


Luke enterrou o rosto em uma almofada.


- Eu sei, eu sei. Não precisa repetir o que eu a ouvi dizer.


- Bom... Você mereceu.


- EU SEI TÁ LEGAL?!


- Eita, pretende me queimar também?


Luke lançou um olhar maquiavélico para Scorpius, mas logo depois suspirou triste. Scorpius, por mais que achasse que o amigo merecia, sentiu pena dele.


- Calma, Luke.


- Calma? Como eu posso ter calma? Eu fui um covarde! Um tremendo covarde babaca escroto... Tudo o que ela disse é verdade.


- Não é! Dá pra você me escutar? – Pediu Scorpius vendo o desespero do amigo.


- O que foi? – Perguntou Luke parando de se xingar.


- Você sabe o que tem que fazer em uma hora dessas.


- Me queimar? – Perguntou Luke na dúvida.


- Mais é um trasgo mesmo!


- Depois do dia de hoje me sinto pior que a mosca que pousou no cocô do cavalo do bandido.


- Pára de exagero! Pense meu caro amigo, pense o que eu faria no seu lugar.


- Bem... Erh... – Luke pareceu refletir por um bom tempo, e depois que conseguiu chegar a resposta, seus olhos ficaram maiores que dois galeões. – NEM PENSAR! – Exclamou o garoto.


- Vai ter que!


- Não, não e não!


- Luke, sim!


- Ah Scorp! Isso contrariaria todos os meus valores.


- Eu estou pouco me ferrando para os seus valores.


- Claro! Não são seus!


- Tem razão. Os meus são melhores.


Luke suspirou e baixou a cabeça, resignado. O amigo estava certo.


- Está bem, está bem. Eu faço o que você sugerir.


 


 


- Foi aí que PIMBA!


Alvo que estivera viajando levou um susto e tremeu na cadeira.


- Alvo? – Chamou Hugo – Você está me ouvindo?


- Claro... Claro... Continue.


- Você está viajando.


- Claro que não. – Exclamou Alvo fingindo estar indignado.


- Está sim, besta – acusou Hugo e riu -, ninguém merece você viajando. Fica quase vesgo e baba.


- EU NÃO BABO! – Gritou Alvo passando a mão no queixo para verificar.


- Há! Babão – Hugo disse levando um tapa. – Ei! Babão feio! Senta!


- Vai tomar no...


- Oi – disse alguém atrás de Alvo o assustando e o fazendo parar no meio da frase.


Jhessi sorria para os dois garotos que pararam imediatamente de se xingar.


- Oi Wood – cumprimentou Alvo sorrindo galanteador, porém aquilo não pareceu afetar Jhessi.


- Como vocês estão? – Perguntou a garota sentando-se ao lado dos dois meninos. O trio se encontrava sentado nos degraus do castelo que davam para o jardim.


- Estamos ótimos – falou Hugo pelos dois -, e você?


- Também estou ótima.


- Cadê a Rose? – Perguntou Alvo olhando em volta.


- Ela disse que tinha que fazer uns deveres – disse Jhessi rindo. – Como se tivéssemos algum! Aposto que ela irá reler o livro de Aritmancia.


- Cruz credo – Alvo exclamou horrorizado -, menina estranha.


- Minha irmã – lembrou Hugo.


- Ops – brincou Alvo rindo.


Jhessi riu com o menino. Hugo apenas deu de ombros.


- Ela é maluca mesmo.


 


- That you were Romeo/ You were throwing pebbles/ 'Till my daddy said Stay away from Juliet/ And I was crying on the staircase/ Beggin' you Please don't go…


Rose sentiu alguém tapar seus olhos. A garota estremeceu de leve.


- E-e-eu não sei – gaguejou a ruiva.


Ao falar aquilo sentiu que a pessoa destampava seus olhos e sentava ao seu lado. Olhou e viu Scorpius sorrindo para ela. Aquilo fez com que seu coração desse um pulo e voltasse para o lugar.


- Oi – cumprimentou o sonserino.


- Olá. – Rose respondeu sorrindo.


- Faz o que na biblioteca? – Perguntou Scorpius.


- Estudando? – Rose disse incerta. Scorpius riu da garota.


- Não era não.


- O que não era?


- Você não estava estudando! – Acusou Scorpius.


- Estava sim! – Rose parecia ultrajada.


- Você estava cantando.


Rose sentiu que corava.


- Estava. – Concordou a garota.


- E muito bem, diga-se de passagem – falou Scorpius.


- Assim eu me acostumo mal. – Disse Rose baixinho, mais para si mesma.


- O que? – Perguntou Scorpius sem entender direito.


- Nada. – Se apressou a dizer, Rose.


- Fala – pediu Scorpius sorrindo de lado.


- Não, não. Não é nada – repetiu Rose corando mais ainda.


- Rose – chamou Scorpius e garota se virou. Scorpius segurou a mão da ruiva e olhou fundo nos seus olhos. – Por favor, me diz.


Rose sentiu a respiração ficar presa e quando viu já estava dizendo:


- Eu falei que assim eu fico mal acostumada.


Scorpius sorriu de maneira delicada e passou a mão pelo cabelo da garota.


- Se você quiser assim.


- Meu Merlin – murmurou Rose suspirando fazendo Scorpius sorrir.


“Com toda certeza, ele sabe conquistar uma garota” pensou Rose e deu graças a Merlin por não dizer aquilo em voz alta.


- Então, qual era a música que você estava cantando? – Perguntou Scorpius sentando-se mais perto de Rose.


- Hum... Love Story. Uma música trouxa.


- Canta?


- Como?


- Canta? Para eu ouvir? – Pediu Scorpius piscando – Por favor? – Completou o garoto fazendo cara de cachorro abandonado.


- Mas... Eu... Está bem – Rose se deu por vencida -, mas eu canto mal!


- Duvido muito.


Rose suspirou e começou a cantar a música:


- We were both young
When I first saw you
I closed my eyes
And the flashback starts
I'm standing there
On a balcony in summer air

I see the lights
See the party the ball gowns
I see you make your way
Through the crowd
And say Hello
Little did I know

That you were Romeo
You were throwing pebbles
'Till my daddy said Stay away from Juliet
And I was crying on the staircase
Beggin' you Please don't go

And I said

Romeo take me
Somewhere we can be alone
I'll be waiting
All that's left to do is run
You'll be the Prince
And I'll be the Princess
It's a Love Story
Baby just say Yes

So I sneak out
To the garden to see you
We keep quiet
Cause were dead if they knew
So close your eyes
Just keep this down for a little while

Cause you were Romeo
I was a Scarlett Letter
And my daddy said Stay away from Juliet
But you were everything to me
And I was beggin' you Please don't go

And I said

Romeo take me
Somewhere we can be alone
I'll be waiting
All that's left to do is run
You'll be the Prince
And I'll be the Princess
It's a Love Story
Baby just say Yes

Romeo save me
They're trying to tell me how to feel
This love is difficult
But it's real
Don't be afraid
We'll make it out of this mess
It's a Love Story
Baby just say Yes

I got tired of waiting
Wonderin' if you were ever comin' around
My faith in you was fading
When I met you on the outskirts of town

And I said

Romeo save me
I've been feelin' so alone
I keep waiting for you
But you never come
Is this in my head?
I don't know what to think
He knelt to the ground
And pulled out a ring

And says

Marry me Juliet
You never have to be alone
I love you
And that's all I really know
I talked to your dad
Go pick out a white dress
It's a Love Story
Baby just say Yes

Oh oh
Oh oh oh

Cause we were both young
When I first saw you


 


Ao terminar de cantar, Rose parou e fitou Scorpius que encarava a garota de maneira profunda.


- Erh... Terminou – disse a garota corando -, eu disse que cantava mal.


Scorpius não respondeu, apenas passou o dedo pelo cabelo de Rose. A garota assustou-se com o toque.


- Scorpius?! Eu...


- Shh... – Pediu Scorpius passando os dedos agora pela bochecha de Rose.


A garota sentiu a frase que ia dizer, morrer quando o garoto começou a se aproximar. A respiração de Scorpius era calma, diferente da respiração de Rose que estava falhando.


Rose fechou os olhos quando viu Scorpius a apenas centímetros dela.


 


Scorpius apenas não conseguia mais agüentar não beijar aquela garota. Ouvira-a cantar e achara a cena mais bela que já havia visto na vida. Não suportava mais o suspense de como seria ter os lábios daquela garota juntos ao seu, por isso foi se aproximando lentamente, para não assustar Rose. Como a ruiva não pareceu fazer objeção não parou até que selou seus lábios em um simples selinho.


E pode finalmente ver como era beijar a ruiva, e constatou que estivera errado. Era muito melhor do que imaginara.


 


Rose sentia-se completamente fora de si. Primeiro, estava beijando em uma biblioteca. Segundo, estava beijando um Malfoy. Terceiro, sabia que aquilo era como uma sentença de morte. E o pior? Não ligava. Não ligava para nada. Talvez tenha sido por isso que passou os braços pelo pescoço do loiro e o puxou mais para perto.


 


Ao sentir que Rose correspondia ao beijo, Scorpius a puxou para mais perto de si, e aproveitou a deixa para aprofundar o beijo. Sentiu quando a garota passou os braços em volta dele e com isso, passou seus braços pela cintura da ruiva.


Scorpius já namorara antes, já ficara com muitas garotas, mas tinha que admitir, aquele havia sido o melhor beijo de todos, era uma mistura de emoções junto com o gosto do beijo de Rose, que era doce e quente.


 


Rose já havia ficado com alguns garotos, mas aquele garoto mexia com ela. Ele era doce e seus lábios frios se encaixavam perfeitamente aos seus. Com toda certeza ele já havia treinado demais seus beijos porque eram perfeitos.


Foi quando lembrou que precisava de ar para respirar, que Rose se tocou de outro fato muito mais importante do que isso.


- Scorpius – disse Rose, ofegante -, eu não posso fazer isso. Não podemos.


 


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N/A: Eu sou má, eu sei, mas o capítulo acaba aí! ;D Esperem pelo sexto! Espero que gostem do capítulo! Comentem pessoal! E os próximos capítulos terão muuuuita Lily e Luke pra quem gosta!!!!!! Hehehe E a respeito da Lily e do Luke, eu tenho uma novidade, pretendo fazer uma Fic só sobre eles dois! Talvez seja uma história diferente, mas e aí? Gostaram!? ;D Me avisem pra eu saber se eu faço.


Agradecimentos:


Júlia Griebeler, Sarah Vega, Luh_Lovegood, Leeh Malfoy, patrícia.melo M.M Potter


 


Beijos,


Cecília Potter ;****

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