DCAT



Capitulo 6 – DCAT


 


Harry e Gina voltaram para o castelo embaixo da capa. Perto da cabana do Hagrid, a ruiva saiu de debaixo da capa.


- Para onde você vai enquanto eu vou para aula? – perguntou a menina.


- Nesta  eu vou com você. Vou ficar com a capa. Quero ver a aula do Remo. – disse Harry. – Vai na frente que estou logo atrás de você.


- Como saberei onde você está se não posso te ver?


- Assim. – disse Harry colocando uma mão na cintura da menina. – desta forma ninguém percebe nada e você não me perde.


Os dois seguiram para a sala de DCAT, encontrando poucas pessoas pelo caminho, a maioria estava correndo para as aulas.


Gina chegou no momento que Remo fechava a porta.


- Srta Weasley, pensei que não viria para minha aula hoje. – disse o professor com um sorriso.


- Eu não perderia a sua aula por quase nada, professor. – respondeu a menina.


- Parece que hoje você ficará sozinha, já que a sua companheira Srta Lovegood está acompanhada.


- Não me importo. – disse ela, querendo dizer que assim era até melhor, indo para uma cadeira no fundo da sala.


Harry não se fez de rogado e se sentou ao lado da menina, de forma que ela percebesse que ele estava ali.


Sabendo que o professor tinha uma audição mais desenvolvida por causa da licantropia ele pensa em algo para poder conversar com a ruiva.


Gina sente que o moreno estava meio agitado e percebe que ele estava realizando feitiços. Primeiro viu um pergaminho sair de sua bolsa e parar na mesa entre eles, mais próximo dela. Depois a ponta da varinha dele apareceu sobre o pergaminho e um raio perolado saiu dela. Sua tinta começou a levitar e a abrir sendo derramada em cima da folha. Aos poucos a tinta voltou ao seu lugar e a pequena parte que caiu no pergaminho foi absorvida e desapareceu.


Harry tinha tirado essa idéia do diário. Assim ele poderia simplesmente pensar e isso apareceria no pergaminho, a ruiva respondia e depois nada mais estava no papel. Ninguém saberia o que estavam conversando.


Gina olhou para o pergaminho de novo e viu que começaram a aparecer palavras.


- “Não se assuste. Enfeiticei o pergaminho para podermos conversar. Você só tem que ler e escrever. Não parecerá que está falando sozinha.”


- “Que bom.”


- “A quanto tempo o Remo dá aula aqui?” – Harry percebeu que o lobisomem estava a mais que um ano ali, pela forma com que trata os alunos, e pelo que a ruiva lhe falou.


- “Não sei, mas tem bastante tempo. Ele deu aula para o Gui.”


Harry pensa na maldição do cargo, que começou quando Tom tentou a vaga, mas parece que teve mais coisa por trás disso, será que ele na verdade tinha vindo para Hogwarts para isso, não ele sabia que não conseguiria a vaga, então sua vinda foi para outra coisa. Ele tinha escondido a horcruxe aqui. Qual seria, a taça ou o diadema. Que diadema seria esse?


 


Enquanto isso Remo começou seu discurso sobre a importância dos NIEM’s para todos e uma leve apresentação do que aprenderiam neste ano. Ele ficou meio intrigado pelo fato da ruiva não estar prestando atenção nele, mas acreditou que ela estava pensando no Potter que ela conheceu. Ele precisava se lembrar de passar o recado da Lilian, para o convite ao Thor, como eles o estavam chamando agora.


- Bom antes de iniciarmos com os feitiços não-verbais, vou falar sobre uma criatura que não deu para falarmos ano passado, mas que felizmente não é cobrado nos NOM’s. Vou falar sobre dementadores. – disse o professor se virando para a louça e começando a escrever o dever que ele daria.


Ele preferia passar os deveres no começo da aula onde todos prestavam atenção nele, do que no final, assim nenhum aluno teria a chance de falar que não tinha escutado, como Sirius várias vezes fez.


 


-“Eu não aprendi sobre dementadores no quinto ano. Alias nunca vi isso como matéria. Tá certo que tive meus encontros com alguns deles, por isso tive que aprender por fora”


- “Por que você não aprendeu? O Prof. Sirius preferiu dar uma revisão na ultima semana ao invés de seguir o roteiro das aulas.”


 - “A minha professora do quinto ano acreditava que não precisávamos aprender essas coisas. Ela era do ministério e eles estavam com medo que Dumbledore estivesse treinando os alunos para tomar o poder, usando a desculpa de que tínhamos inventado sobre o retorno de Tom. Você deve saber que vivemos anos de paz, ao contrário daqui.”


- “Merlin. Que coisa. Mas como você descobriu sobre eles?”


- “Com o Professor Lupin.”


- “Quantos professores você teve?”


-“Somente seis. Um foi morto por Voldemort, um perdeu a memória tentando apagar a minha e do Rony, um pediu dispensa no fim do ano, um era um comensal disfarçado, que mantinha o verdadeiro em um malão, a idiota do ministério e o traidor que matou Dumbledore.”


- “Uau.”


 


- Acho que minha aula está distraindo a Srta Weasley. – disse o Remo. – ou Será que ela já sabe tudo sobre os dementadores? Você poderia nos falar sobre eles?


Gina ficou em pânico. Ela não sabia nada, e não queria ter uma detenção, ela ficaria longe do Thor. Mas no pergaminho começou a aparecer a reposta para a pergunta do professor e ela repetia, sem deixar que qualquer um percebesse que ela estava lendo.


- Dementadores são criaturas das trevas, que vivem principalmente onde houve um grande derramamento de sangue, como calabouços antigos e campos de batalhas. Eles se parecem como um homem encapuzado, bem maltrapilho, flutuando a alguns centímetros do chão de forma apavorante. Quando perto de um bruxo eles sugam a sua felicidade, sua principal fonte de energia, fazendo as pessoas achar que sempre será infeliz. Alguns chegam a relembrar seus piores momentos. E por fim tem o beijo, onde eles sugam as almas de suas vitimas deixando apenas uma casca vazia, pois as pessoas não morrem.


- Excelente explicação. Quinze pontos para a Grifinória. Os efeitos dos dementadores são fortes, principalmente para as algumas pessoas que já passaram por coisas muito ruins na vida. Os trouxas não os vêm, mas podem sentir seu efeitos. – disse o professor.


Gina sentiu Harry tremer quando escutou isso e tentou apertar sua mão, tentando passar apoio, mas só alcançou a coxa do moreno. O que deixou a menina corada.


- Atualmente o Ministério utiliza essas criaturas como Guardiões da Fortaleza de Azkaban. – disse Remo.


- “Bobagem. Eles já estão sobre o domínio de Voldemort.”


- Eles estão sobre domínio de Voldemort. – disse a menina espantada nem reparando que tinha falado o nome do bruxo, o que também espantou toda a sala.


- Como assim? – quis saber o professor.


- Eles são criaturas das trevas, certo? Então seria lógico que se aliassem a ele. E por que perder a posição com a prisão, eles podem ‘manter’ os comensais presos para a sociedade e libertam para viverem apenas como Comensais. – disse a menina por conta própria, recebendo elogios de Harry.


- Muito bom, Srta Weasley, mas infelizmente o ministério ainda confia neles. Você sabe como podemos combater os dementadores? – perguntou o professor.


No pergaminho apareceu somente “Patrono”.


- Podemos usar o Patrono.? – disse a ruiva meio que perguntando.


- Isso mesmo. Você sabe como ele é executado?  - perguntou o professor suspeitando que tinha algo errado com as respostas da menina. Pareciam mais de alguém que já teve contato com estes seres.


Mas uma vez o pergaminho salva a menina.


- Para se executar esse feitiço devemos nós concentrar em uma lembrança feliz. E Executar o feitiço dizendo “Expectro Patronus”.


- Mas quinze pontos. Você poderia demonstrar?


- “NÃO” – disse Harry.


- Posso. –disse a ruiva sem olhara para o papel.


- “Louca, é muito difícil esse feitiço, principalmente para a primeira vez.... Pede um tempo para que você possa concentrar e vá para frente da sala, mas longe do professor, diz que precisa de espaço para que todos possam ver que lá eu te ajudo.”


- Preciso de um tempo para me concentrar, você sabe, é bem difícil, principalmente para quem tem pouca experiência. – disse ela, recebendo a concordância do professor,ela foi para frente da sala e ficou longe do professor.


Se preparou para lançar o feitiço, mas ficou preocupada e não sabia bem o que fazer. Até que sentiu alguém a abraçar por trás com uma das mãos.


- Fique calma sou eu. – disse Harry no seu ouvido bem baixinho, causando um arrepio na menina que esperou que não fosse percebido pelo moreno. Infelizmente ele percebeu e abriu um enorme sorriso por baixo da capa. – Agora quero que você feche seus olhos e pense em algo que tenha te deixado bem feliz. Pode ser uma memória, um sonho, um desejo. Deixe que ele tome todo o seu corpo, sua alma e sua magia. Esqueça tudo, professor, a turma, esqueça tudo, aqui tem somente você e minha voz. Quando sentir pronta diga de forma clara e forte o Feitiço que te passei.


Gina fez o que foi pedido, mas não conseguiu esquecer que ele a abraçava. Aos poucos uma imagem veio a sua mente. Ela estava com o uniforme de quadribol em uma festa na torre, eles parecem que ganharam a taça, que estava com o seu irmão. E quando a porta se abre revelando Thor, que parecia meio preocupado, mas ela avança para ele dizendo que tinham ganho, então eles se beijam. Um beijo mágico.


- EXPECTRO PATRONUS. – disse a menina com um enorme sorriso na cara.


De sua varinha saiu uma luz perolada. E pouco depois pode ser visto um cavalo trotando pela sala, deixando a todos impressionados. A menina sentiu uma fraqueza e só não caiu por que Harry a segurou pela cintura, sendo assim ninguém notou isso.


- Muito bem, Srta Weasley, cinqüenta pontos para a Grifinória, pela perfeição do feitiço. São poucos os que conseguem realizar esse feitiço antes de completar a maioridade. – disse o professor.


- Mas Professor, executar o Patrono em um ambiente fechado, sem a presença dos dementadores e diferente de lançá-lo contra um, sentindo seus efeitos. – disse a menina sem graça, deixando tanto o professor quanto Harry orgulhosos.


- Mais um motivo para os pontos, a sua consciência. Pode se sentar.


Ela se afastou de Harry mas ele acabou mais uma vez colocando a mão na sua cintura para dar apoio a ela.


Remo pediu para que os outros tentassem o feitiço. E dispensou a turma pouco antes do fim da aula, para poder falar com a ruiva sem atrasá-la para a próxima aula, já que como Gina tinha falado e muito difícil lançar o feitiço, ainda mais para principiantes e esses poucos minutos não iriam prejudicar ninguém.


- Srta Weasley, gostaria de uma palavrinha com você. – disse o professor.


- Parece que todos os professores querem falar com você hoje. – disse um menino da Lufalufa que também fazia poções.


Gina nem ligou para ele. Estava mais interessada em saber se Thor ia permanecer ali. Quando todos os alunos saíram o professor voltou para a menina.


- Devo parabenizar pelo ótimo Patrono. – disse ele. – mas gostaria de saber quem te falou sobre eles? Foi um de seus irmãos? Que memória você usou para poder gerar um patrono tão forte?


- Acho que isso é pessoal, professor. Me desculpe. Mas não foi uma lembrança, foi algo mais parecida com um sonho, algo que nunca vivenciei, mas que parecia ser real. – disse ela.- Não foi nenhum dos meus irmãos. Foi um amigo.


- O mesmo que passou a aula do seu lado. E sussurrou as instruções para vocês?


- Sim, fui eu. – disse Harry saindo da capa.


- Então o patrono é seu? – perguntou ele.


- Não é dela mesma. O meu sempre foi diferente desde meus treze anos. – disse o moreno para chocar o professor.


- E quem te ensinou? E por quê? – perguntou o professor o que a ruiva queria dizer.


- Foi um lobisomem amigo meu. – disse o moreno para ver a reação dele. – eu tive alguns problemas com eles quando estava no terceiro ano. Eles me afetam muito.


- Quando vocês tiveram oportunidade de falar sobre o patrono? – perguntou o professor.


- Durante a aula. – respondeu o moreno, Gina estava mais que feliz que não era o foca ali. – Não vou falar como, Professor.


- Bom. Deixamos a aula para lá,Thor. Tiago e Lilian pediram para repassar um convite para que vocês dois jantem com eles hoje, no escritório do Tiago, às 8 horas. Já que Lilian pouco usa o das masmorras. Eles querem conversar com você.


- O que acha, ruiva? - perguntou Harry para ela.


- Se não tiver muitos deveres para fazer. – disse ela para fazer charme.


- Não seja por isso. Você esta dispensada dos deveres de hoje. – disse o professor.


- Você poderia me arrumar mais desses jantares. – disse baixinho a ruiva, na intenção de que o professor não ouvisse.


- Eu vou fingir que não ouvi, pela maravilhosa demonstração na aula. – disse o professor deixando a menina corada. – mas acho que está na hora de sua próxima aula.


- Vamos. - disse o menino se cobrindo com a capa e pegando novamente na cintura da ruiva para segui-la.


Remo ficou abismado com a semelhança entre os dois e seus companheiros professores na época de namoro no colégio.


 


- Você vai me acompanhar na próxima aula? – perguntou a ruiva em um corredor vazio.


- Não, preciso ver uma coisa que pensei durante a aula. – disse o moreno em tom meu triste. – tenho que me preparar para enfrentar o Tom e não posso ficar te distraindo como na aula de hoje, nem sempre vou poder te ajudar.


- Claro. – disse ela meio decepcionada.


- Mas temos hoje o jantar com meus pais, não se esqueça. – disse ele passando a mão no rosto dela.


- Tá bom. - disse a menina. – me encontre na entrada da torre.


A menina se dirigiu para as estufas e Harry foi para a torre da Corvinal. O diadema só pode ser da Rowena Ravenclaw.


Harry sabia onde ficava a entrada para a sala comunal da Corvinal, mas não sabia a senha ou o modo como abrir a porta. Chegando no local, ele para e fica admirando o local, nunca tinha ido até lá nem mesmo enquanto se relacionava com a Cho. O guardião da entrada era uma escultura.


- Que beleza. Não sei como entrar. – disse o menino.


 Na mesma hora uma porta se formou na sua frente, como tinha acontecido com a gárgula na frente da sala do diretor. Via ver eram os seus poderes que abriam as portas quando falava. ‘Bom saber’, pensou.


Logo que entrou viu algo que despertou seu interesse, era uma estatua da fundadora. E em sua cabeça esta o diadema. Exatamente como a sombra que ele viu.


- Mas como Tom ficou sabendo de sua localização, se nem mesmo Dumbledore sabia. Já que ele não sabia que essa podia ser uma horcruxe. – expressou seu pensamento em voz alta, já que não tinha nenhuma alma viva ali.


- Ele me enganou. – disse uma alma morta, a Dama Cinzenta. – estou esperando a mais de cinqüenta anos que alguém descobrisse isso, Harry Potter.


- Você se lembra de mim?


- Sim todos os fantasmas lembram. Não fomos afetados pela magia de Voldemort, apesar de não sabermos o que foi. Deixe contar a historia toda para que possa tirar esse peso das minas costas. – disse ela. – E assim poderei reparar dois erros com a minha mãe. Sim, Rowena era minha mãe. Quando viva me chamava Helena. Você sabe tão bem quanto eu que o jovem Tom era um garoto bonito e que fazia você confiar nele muito fácil, ele era agradável e gentil comigo. Então ele me pediu para que contasse a minha historia. Ai eu contei que era a filha da fundadora, mas não possuía a inteligência de minha mãe, e ela tinha colocado feitiços em seu diadema que a aumentavam mais. Roubei o e fugi para a Albânia, onde fui encontrada pelo Barão Sangrento, que era meu pretendente. Depois de uma discussão ele acabou me matando e com remorso se suicidou, viemos os dois parar aqui em Hogwarts. Claro que eu tinha escondido o diadema. Ele permaneceu lá até que o Tom me convenceu a contar onde tinha escondido, sabe ele me disse que era para recuperar e devolver para a escola de minha mãe.


- Tom era realmente muito persuasivo, eu mesmo fui enganado por ele. Mas juro por tudo que é mais sagrado que eu recuperarei o diadema para você.


- Obrigada, Thor. – disse ela com um sorriso. – sabia que podia confiar em você. Espero que esse segredo fique entre nós dois.


- Não tem o por quê compartilhá-lo. Só direi que achei junto com os outros. O resto mais ninguém precisa ficar sabendo, já basta o que eu sabia. Obrigado por confiar em mim. – Disse ele retribuindo o sorriso.


Ao se despedirem a Dama se aproximou e deu um beijo no rosto do garoto e saiu voando pela escola, estaria corada se fantasmas corassem.


Harry estava feliz. Tinha conseguido mais uma aliada na escola, e conseguiu descobrir sobre um objeto que ele tinha usado como horcruxe e que ainda estava com Voldemort. Agora ele ia se preparar para o jantar com seus pais e Gina. Não podia decepcionar ninguém.


Foi para a Sala Precisa e tomou um banho e se arrumou pensando na ruivinha. Faltando poucos minutos para o horário marcado ele foi esperar Gina em frente a Madame Gorda. Ficou coberto com a capa. Não queria que ninguém o visse ainda. Quando o quadro girou e ele sentiu o perfume da ruiva ele tirou a capa.


- Oi, Gina. Você está muito bonita. – disse ele dando um beijo, mais uma vez no encontro da bochecha com a boca.


- Você também não esta muito atrás. Você conseguiria um fã clube rapidinho aqui. – disse ela corando e vendo ele corar.


- Nem me fale disso. Já tive que aturar um que tinha mal humor. Hora me amava, Hora odiava. Mas vamos logo. Senão aqueles dois são capazes de nos caçar pela escola toda. – disse ele. – E você sabe que eles têm um mapa completo do castelo.


 


 


 


 


 


 

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