Nascimentos



_ Como assim sumiram? – disse Rony, disparando escada a cima, com os outros.
_ Há uns 15 minutos, as patroas apareceram, encharcadas. Eu perguntei se tudo bem e elas disseram que sim. Pediram-me que fosse preparar um chá, que elas iriam se deitar. Quando eu estava voltando, passei pela sala e as crianças haviam sumido! – disse ela.
_ Gina! – chamou Harry.
Mas quando ele abriu a porta do quarto deles, estava igual a quando ele havia chegado.
Eles foram até a sala das crianças e viram: estava tudo molhado.
_ Elas saíram com as crianças! – disse Dino.
_ Opa! – disse Neville.
_ Ai! Opa por quê? – disse Simas.
_ Isso não é água! – disse Draco, abaixado no chão.
_ Então o que é? – perguntou Marie.
_ Liquido amniótico! – disseram Draco e Neville.
Os seis dispararam escada a baixo, com Marie nos calcanhares.
_ Marie, mande um aviso a nossos pais para que eles venham para cá! E mande um patrono ao hospital. Assim que as acharmos, enviamos uma mensagem! – disse Rony.
_ Como vocês vão achá-las? – perguntou a moça.
_ Elas foram para a floresta, com certeza! – disseram os seis.
Eles saíram pela porta dos fundos em direção a floresta que se iniciava por lá. A chuva era forte, o vento também... Mas nem isso os desanimava.
_ ROSSEEEEEEE!
_ ALVVVOOOOO! TIAAGGOOOOOO!
_ MELYSSSSSSSAAAAA!
_ SCORPIOOOUUUSSSSSS!
_ LUCCCAAA! SARAAAAHHH!
_ TAYLOOOORRRR! KATIIEEEEEEEEE!
Eles chamavam, mas dificilmente seriam ouvidos e principalmente, ouviriam resposta. Foi ai que pensaram.
_ Funcionou uma vez! Tem que funcionar agora! – disseram eles.
Eles pararam no meio da floresta, fecharam os olhos e esvaziaram a mente.
“PPPPPPAAAAAAAAAIIIIIIIIIIEEEE!”
A conhecida voz dentro da cabeça deles. Eles foram a seguindo, seguindo seus instintos.
Passaram por poças, lama, troncos, tudo o que se possa imaginar. Conforme a voz diminuía, eles sabiam estar se aproximando.
Logo, chegaram a uma clareira, em que a chuva não castigava tanto, mas ainda sim...
_ ROSSEEEEEEE!
_ ALVVVOOOOO! TIAAGGOOOOOO!
_ MELYSSSSSSSAAAAA!
_ SCORPIOOOUUUSSSSSS!
_ LUCCCAAA! SARAAAAHHH!
_ TAYLOOOORRRR! KATIIEEEEEEEEE!
_ PPPPPPAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIEEEEEEEEEEE!
Eles se viraram e viram as crianças, encharcadas, saindo de dentro do que parecia uma caverna.
Eles as pegaram no colo e abraçaram, com todo o coração.
_ Pai, a mamãe ta dodói! – disse Taylor.
Eles entraram na caverna e viram, as seis em um canto, molhadas e tremendo.
_ Meninas! – disseram eles, correndo para perto delas.
Eles fizeram um feitiço, as secando. Quando relaram a mão nelas, perceberam que estavam queimando em febre.
_ Rony... O bebê! – sussurrou Mione.
Eles tomaram-nas nos braços, pediram às crianças que se segurassem neles, e antes de aparatar, enviaram a mensagem:
“Encontrem-nos no hospital!”
**************************************
NO HOSPITAL...
Fazia 45 minutos que eles haviam aparatado lá. As meninas tinham sido levadas para dentro pela equipe de resgate, que chegará junto deles.
Na sala de espera, estavam os seis, as crianças, seus pais e todos os Weasley. Os seis estavam em um canto, muito quietos, sem falar com ninguém. Os adultos e os Weasley estavam conversando entre si e as crianças estavam encarando os pais.
_ É culpa de vocês! – disse Tiago.
Os meninos se viraram fitando os filhos, assim como todos.
_ Tiago... Meu querido... – começou a dizer Molly.
_ Estava tudo bem até vocês chegarem! – disse Scorpious.
_ A gente tava feliz! Se vocês não tivessem vindo isso não estaria acontecendo! – berrou Alvo.
_ Nos estaríamos em casa, assistindo TV, brincando juntos, com os bebês seguros! – gritou Luca.
As meninas estavam chorando, e os meninos estavam começando a chorar.
Os rapazes se ajoelharam ao lado dos filhos, e os abraçaram, sendo correspondidos.
_ E-e-e-eu to com medo! – disse Mel.
_ Eu sei gnominha! Eu também estou! – disse Neville, beijando o topo da cabeça da filha.
_ Com licença. – disse a enfermeira, saindo pela porta da emergência.
_ Pois não! – disse Rony se levantando com Rose no colo.
_ Os srs. Poderiam me acompanhar, por favor. – disse a enfermeira, apontando a porta.
Os meninos concordaram, e se viraram aos filhos:
_ A gente já volta! – disse Dino, saindo com os meninos.
Quando adentraram, viram a cena que, de acordo com Rony, ele nunca pensou ver: as meninas estavam deitadas na cama tremendo, chorando e falando frases desconexadas.
Eles correram até o lado delas, se ajoelhando na cama.
_ Elas estão ardendo em febre, srs. - disse a médica - Se não fizemos o parto logo, podemos perder muito!
_ Gina, você vai ter que fazer força! - disse Harry.
_ NÃO!! SOZINHAS DE NOVO NÃO!- berravam e choravam as seis.
_ Elas estão tendo alucinações! - disse a médica.
_ Luna, por Merlin! - disse Neville.
_ Eu não vou fazer isso sozinha de novo! - diziam elas - Eu não agüento.
_ Vocês não estão sozinhas! - diziam eles, ao lado delas - Nos estamos aqui com vocês!
Elas tremiam da cabeça aos pés, e choravam.
_ Por favor! - sussurraram eles - Senão além dos bebês, vamos perder vocês! E eu não vou agüentar ficar sem a pessoa que eu mais amo no mundo... VOCÊ! Então faz força!
O olhar delas se encontrou com o deles. Enquanto o delas era de medo, de desespero, o deles era de incentivo e preocupação.
_ You say all right, you say ok, when you try to make me fell better! All right always, you say ok. (N/A: Homenagem a Ra, que ama essa música!)

Naquele momento, eles fizeram à única coisa que acreditavam ser lógica: se inclinaram e as beijaram. Um beijo não tão caloroso, mais cheio de amor, aquele amor de LONGA data.
_ Vocês adoravam essa música, o que ela dizia. Agora, a gente cumpre isso. A gente está dizendo que vai ficar tudo bem! – disseram eles ao ouvido delas.
Elas não mais tremiam, nem se debatiam, de modo que eles conseguiram toma-las nos braços.
_ Onde é a sala? – perguntou Harry.
A medica os guiou e eles passaram pela recepção.
_ MÃE! – gritaram as crianças, correndo para o lado deles.
_ Eu quero o Scorp junto comigo! – disse Pansy.
_ Eles podem ir junto? – meio que pediu meio que impôs Draco.
A medica, vendo que não tinha jeito, autorizou. Logo, eles já estavam dentro da sala.
Os meninos se sentaram nas camas, encostados na cabeceira, e encaixaram as meninas entre suas pernas, de modo que elas conseguissem ficar em posição para dar a luz.
As crianças sentaram ao lado deles, abraçando a barriga das mães. Os rapazes tomaram a mão delas, e apertaram com força, dando toda a força que podiam.
_ Bom, já conhecem o esquema: quando eu contar, vocês empurram. Essas são minhas assistentes. Muito bem, 1... 2... 3... JÁ! – disse a medica.
Elas deram um berro quando empurraram, e os rapazes sentiram seus dedos formigarem com o aperto que elas deram, mais ainda sim, continuaram a falar frases de incentivo, enquanto as crianças se agarravam às mães, “passando” forças para elas.
E foi indo assim. Quase 20 minutos nisso. A cada instante, os rapazes sentiam que a febre delas aumentava, e as medicas também percebiam, pois tentavam adiantar o maximo possível tudo. Até que:
_ Mais um empurrão e eles saem! - diziam as médicas.
_ VAI MAMÃE! - berravam as crianças, ao lado delas.
_ Vai amor! - diziam os rapazes.
_ AAAAAAAHHHHHHH! - elas gritaram, se contorcendo e...
_ BUÁÁÁ!
Um misto de alegria e choque passou no corpo dos seis. De baixo dos panos, apareceram seis bebês, sujos de sangue e tudo o mais, mas a coisa mais perfeita na visão deles.
A maior alegria foi ver um pipizinho (para Rony, Dino e Neville) ou a falta deste (para Harry, Draco e Simas).
_Nasceu Mione! O nosso filho! Agora nos somos uma família de verdade! – disse Rony, rindo e chorando, enquanto beijava o topo da cabeça dela.
Os olhos deles estavam marejados e o sorriso era enorme. As seis choravam, riam, queimavam de febre, alucinavam (no momento TODAS viam gnomos!), enquanto as crianças pulavam e comemoravam.
_ Aqui estão eles! – disseram as medicas, colocando os bebês no colo delas. Aquilo foi a ultima coisa que elas viram, antes de tudo ficar preto e elas “ouvirem”:
_ MÃE?
_ AMOR?
********************
Os olhos começaram a se abrir lentamente, tentando se acostumar à claridade. Estava em uma cama macia, mas não sentia mais o peito de um certo ruivo atrás dela (N/A: deve ser mais legal deitar no peito dele do que no travesseiro! :P).
Sentia uma pressão sobre o tórax, e vários cabelos ruivos espalhados por este. Lá estava sua pequena Rose, dormindo tranqüila. Com todo o cuidado que possuía, se sentou, sem acordar a menina, e a arrumou. Logo após, foi prestar atenção ao local.
Estava dentro de um biombo, na cama, com Rose. Lembrou-se de tudo: a briga, Rony, a floresta, o hospital, seu bebê nascendo... SEU BEBÊ!
Quando se virou para tentar sair da cama, se deparou com a cena mais linda do mundo: Rony estava sentado na poltrona, com um embrulho azul nos braços, com um sorriso enorme para ela. De dentro do embrulho, ela via vários cabelos ruivos como os de Rony (N/A: se deram bem os dois na loteria genética... Nasceram ruivos! ;P), com os olhos castanhos semi-abertos, e as mãozinhas buscando algo no ar.
_ Bom dia dorminhoca! – disse Rony, sem diminuir o sorriso – Não gostaria de “conhecer” o nosso filho?
A garota fez que sim com a cabeça e o ruivo pai se levantou, levando o ruivo filho nos braços, e se sentou ao lado dela.
_ Eu te “apresento” Hugo Ronald Weasley! – disse ele, colocando o bebê nos braços dela.
Ela se virou, incrédula para ele, que sorria. Como ele havia descoberto que ela queria esse nome? Será que ele...
Mas seus pensamentos foram interrompidos por um movimento de uma certa ruivinha a seus pés. Rose acordará, e agora, engatinhava até o colo do pai, para logo depois, abraçar os pais e o recém nascido irmãozinho.
_ Bem vindos Hugo, Lílian, Corbin, Ashley, Filipe e Gabrielle! – disse Rony, momentos antes de abrir o biombo, enquanto outros cinco se abriam, revelando outras cinco família recém completas com crianças felizes, pais abobalhados e mães... Bom, é difícil dizer né!

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