Almofadinhas, O Retorno! (*rss



_ E aí? Ele não falou mais nada? – Perguntou Lílian.

_ Não, e mesmo que falasse eu não te contaria, depois do que você me fez passar! – Responde Tiago.

_ Ai, Potter, como você é grosso! Eu só estava tentando ajudar.

_ Você sempre está, Lil.

_ E o que tem de mal nisso?

_ Tem de mal que eu lhe contei algo que não devia e que você traiu minha confiança.

_ Então somos dois, pois você também fez isso com Sirius.

_ Hum...

_ Mas voltando... Ele está muito estranho, não está?!

_ Estranho não! O que me parece é que ele voltou ao normal... E aparentemente não precisou da sua ajuda!

_ Nossa! Que grosseria, depois dessa eu vou até dormir! Tchau!

_ Lílian, não! Volte aqui!

Mas ela saiu andando decidida até a escada que levava ao dormitório das meninas.

_ Que tá pegando, hein?! – Perguntou Pedro quando ele e Lupin se aproximaram de Tiago.

_ Quê? – Perguntou Tiago. – Desde quando meus problemas com a Lílian são seus também?

_ Nossa calma Tiago. Por que você está arisco desse jeito? – Perguntou Lupin.

_ É... Acho que estou precisando de calma. Desculpe-me, Rabicho. Eu estou meio estressado, só!

_ Mas não é só com você, todo mundo parece estar na “flor da pele”. Almofadinhas uns dias atrás também estava assim. Daí hoje a Lílian e você. – Concluiu Pedro.

_ A Lílian ficou nervosa por causa de mim. Eu briguei com ela porque estou nervoso por causa do campeonato que vai começar amanhã. Tenho treinado demais... Estou um bagaço!

_ Imagino mesmo... Mas não se preocupe. Sonserina nunca te deu trabalho antes. – Diz Remo tentando consolar.

_ Eu sei, mas eu também estou preocupado com o Almofadinhas. E a Lílian fica me fazendo perguntas sobre ele e você sabe o que aconteceu da última vez que eu abri a minha boca.

_ Eu não sei! E o que está acontecendo com ele afinal? – Pergunta Pedro, perdido.

_ Ele está com problemas com garotas e o Pontas contou para a Lílian e ela foi falar com o Almofadinhas... – Esclareceu Remo.

_ É claro que ele se sentiu ofendido. – Captou a mensagem Pedro.

_ Pois é. Mas agora, ele aparentemente voltou ao normal. Mas isso é estranho, você não acha, Aluado?!

_ Muito.

E os dois se olharam intensamente como se lessem mutuamente seus pensamentos. Pedro os observou curioso, não era a primeira vez que ele ficava de fora dos acontecimentos e nada lhe era claramente explicado quando solicitado.


O jogo de quadribol no dia seguinte foi tranqüilo, como Remo previu! Depois houve uma grande festa no salão comunal. Lílian, em virtude do excelente trabalho do namorado em campo acabou compreendendo-o e perdoando-o, para maior felicidade de Tiago.

_ Onde está Sirius? – Perguntou Lílian.

_ Faço a menor idéia. Ele já é bem grandinho, acho que pode cuidar do próprio nariz! – Riu Tiago.

_ É, mas que ele evitou um bocado encontrar com a Angelina no jogo, como ele também tem feito durante as aulas e as refeições! – Cochichou Remo para Tiago.

_ Não vamos nos preocupar, vá. Hoje é dia de comemoração. E outra, ele sabe que somos seus amigos, e que se ele precisar estaremos aqui! Então vamos acreditar que ele nos procurará se precisar de nós! Está bem?! – Tiago cochichou de volta.

Mas logo o motivo dos cochichos pode ser avistado no salão comunal, rodeado pela garotas costumeiras, escolhendo, qual seria a da vez. Um comportamento muito natural dele. O que deixou os dois amigos (e até Lílian) bem mais sossegados.

Dali a poucos minutos já era possível vê-lo se atracando com um belo par de pernas, como Tiago cochichou quase que inaudívelmente para Remo, como medo que Lílian os escutasse.


Na manhã seguinte ele estava lá, alegre e do mesmo jeitinho de sempre após faturar um bom nome para seu famigerado “caderninho”! E, como ele mesmo pensava (e acreditava) curado da paixonite aguda, como ele sempre chamou zombando de todos.


Numa segunda-feira pela manhã (e como em todas as segundas-feiras) as primeiras aulas foram de poções. Nesta aula eles compartilhavam classe com os alunos da Corvinal. E, é claro, lá estava ela. Poucas bancadas a frente. À pedido do professor, não estava com a parceira habitual, tinha trocado por um garoto meio desastrado, que precisava de orientações especiais.

Sirius a olhava exatamente como antes, a desejava exatamente como antes e tinha certeza de que poderia tratá-la exatamente como antes. Mas a pergunta era: será que ela corresponderia?

Ele não era um total inconseqüente, sabia que havia a evitado por quase três semanas seguidas. Quando muito dizendo um “Bom Dia!” ao invés de “Oi!” simplesmente. E ela havia reparado isso, pois por um tempo o olhou estranhamente. Depois parou de olhar.

A verdade é que nem sabia o porquê de querer tanto que ela sentisse o mesmo. E que ela colaborasse para a volta da “relação” (como ela mesmo havia classificado) que havia entre os dois.

Fato é que no meio da aula, houve um reboliço quando todos estavam muito concentrados em seus caldeirões. O acontecido foi justamente na bancada à frente de Sirius: O parceiro desastrado de Angelina espatifou um vidro com pó-de-borboleta em cima de quase tudo que havia por lá. Ela, mais que astuta, foi ajudá-lo a limpar a bagunça quando acabou inalando um pouco do pó e começou a ter um ataque de tosse tão escandaloso que assustou a todos que estavam presentes. Sirius, vendo que ela estava começando a mudar de cor e perdendo as forças de tanto se engasgar, correu e a segurou pelos ombros antes que ela caísse no chão. Ele apoiou o corpo da garota (já sentado no chão) contra o dele e ficou segurando o seu rosto. O professor apareceu de repente no meio da confusão com um vidrinho que continha um líquido lilás e pingou 3 gotas nos lábios dela.

Aquela foi a pior cena que Sirius já havia presenciado. Angelina estava branca e tendo convulsões e quando ele viu o líquido escorrendo para o canto de sua boa ele se abaixou e sussurrou ao seu ouvido:

_ Vamos, Anjo! Lambe seus lábios.

De repente ela abriu os olhos, olhou para ele e fez o que ele pediu. Logo em seguida caiu desmaiada. Sirius ficou um instante olhando para ela, agora mole e fria, caída em seus braços, parecendo morta. Depois ele olhou para o professor como quem pede instruções do próximo passo e ele disse:

_ Deite-a no chão, já conjuarei uma maca e a levarei para a enfermaria. – E voltando para a classe...- Fiquem todos calmos, ela ficará bem.

Sirius seguiu as ordens do professor e logo uma maca apareceu embaixo do corpo de Angelina, que começou a flutuar ao lado do professor.

_ Evans, cuide da classe. E Denis Millfort... Conversaremos quando eu voltar! – Disse o professor á Lílian (que logo se postou a frente da classe) e depois ao parceiro desajeitado de Angelina.

_ Vamos turma! Vamos ser bonzinhos com a monitora aqui e continuar o exercício! – Disse Lílian arranco risos de todos, que enfim relaxaram.

Poucos minutos depois o professor voltou, mas sobre Angelina não fez nenhum pronunciamento, mas deu a Millfort uma detenção para que ficasse mais esperto, segundo ele.

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