Xilindró



Capítulo 2-Xilindró

A luz do sol vermelho já banhava os arredores serranos da casa dos Weasley.Ele descia pouco á pouco por trás das serras cobertas do manto verde da plantas silvestres, e os pássaros já iam repousar diante da cena.Um lago, que ali perto havia já não estava claro como antes.A cor da paixão o tomava conta, para mais tarde dar-lhe a aparência serena e calma de um véu aconchegante de solidão.

Por entre as árvores ele ficava escondido, bem dentro da floresta.Por ser tão secreto assim, era chamado de lago das ilusões.Isso tudo era fruto de uma antiga lendo que o rodeava, desde que foi descoberto por um casal que vivia em uma casa perto dali, á uns 10 anos.

Uma noite, o casal estava banhando-se lá, se beijando.Tudo parecia estar perfeito.
A noite era calma, com uma linda lua cheia, que refletia sua luz naquelas águas calmas.Os peixinhos nadavam sossegados, em harmonia, formando pequenos cardumes azuis, amarelos, verdes...todos com escamas extremamente brilhantes diante o Luar.

Então, no meio da calada, um brilho chamou a atenção do casal.
Pequenas luzinhas coloridas, umas azuis e outras rosas, entraram pelo território do lago, rodeando o casal.Tinham um brilho intenso e angelical.Por onde passavam, derramavam pequenas gotas de orvalho nas plantas, anunciando o chegar do amanhecer.Seus rastros pareciam um tecido de seda transparente, flutuando de maneira inacreditavelmente suave.
Até hoje ninguém sabe exatamente o que era.Muitos dizem que foi apenas uma ilusão de primavera, mas o que se sabe é que os dois amantes de sorte favorável foram abençoados nas almas.Por assim comentar-se de vizinho á amigo, de amigo á colegas, acredita-se que eram fadas do amor.Culpidos, a tem quem chame.Culpidos ou fadas, permanecem na floresta, no raiar do sol á noite calma e serena de primavera.
Daí o nome Lago das Ilusões.A quem acredite na lenda, a quem não, porém, todos o chamam assim.Inclusive Gina, que agora numa pedra daquele lago estava sentada, com a ponta do dedo na água morna.

Ela gostava de se isolar ali para pensar e refletir sobre sua vida.A longitude da sociedade era perfeita para isso, por isso que dali gostava.Ninguém a podia incomodar.Ali sim, se sentia protegida.Somente ela, a água e os pássaros e animais silvestres.
Ficou de pé encima da pedra.Estava descalça.Abaixou-se e pegou no lago uma pedrinha transparente, jogando-a longe.

-Quem ele pensa que é, para brincar assim comigo?Ele irá ver.Irei daqui á pouco naquele cafofo que ele chama de casa, para lhe dizer umas poucas e boa, naquela cara tatuada com aquele raio ridícula- dizia isso pulando de uma rocha á outra, nas pontas dos pés.
-Só porque ele é famoso, vive rodeado de mulheres e bom de quadribol...- ela suspirou e caiu sentada numa Rocha, aparentemente triste –Se eu conseguisse ser pelo menos um terço do que ele é...talvez alguém olhasse para mim algum dia.

Levantou-se de novo na pedra, pondo o pezinho na água.
-Bem, eu sou bonita.Se não fossem essas sardas...- olhou seu reflexo nas águas do lago –É...sou bonita.Talvez se eu me arruma-se um pouco mais, sem essas roupas surradas...É

Falou pulando da pedra para sair da floresta, mas neste momento, seu pé escorregou e ela caiu deitada na água.Depois de se posicionar de novo, ela tirou o cabelo molhado da frente dos olhos e falou:
-É.Um banho é um bom começo.





A Senhora Weasley, uma senhora muito distinta e agradável na sua extensa simplicidade, estava pondo os ingrediente na panela para preparar um belo Raccacione, comida de sua autoria, para servir a sua família no jantar.
Toda a mesa já estava posta na cozinha, com um belo arranjo de Jasmins enfeitando o vazio do centro.Os talheres ao lado dos pratos.Não havia mais ninguém na mesa, a não ser Fred e Jorge, que ali conversavam.
-Podemos pôr óleo de folhas de mandrágora nos lambedores dançantes.O que acha?

-Eu acho que estragaria tudo.Já imaginou se eles lambem a cara de uma pessoa?Ela desmaia.

-Bem deduzido, caro Fred.
A Senhora Weasley olha de tempo em tempo pela janela, com uma aparência preocupada, que intrigou os gêmeos.Pararam de falar sobre suas Gemialidades e mudaram o rumo de sua conversa.
-O Papai ainda não chegou.É estranho.Ele nunca se atrasa no trabalho.
-Talvez tenha acontecido algo.
-Também acho
A Senhora Weasley parou de olhar a janela e se virou para os Gêmeos com uma expressão de fúria.
-Vocês querem me de3ixar mais preocupada do que já estou?Se quiserem disponham, porém, ficaram sem comer por uma semana.
-Calma, não precisa ficar nervosa.Nos calamos.
-Sim.
Neste momento, a maçaneta se mexe e a porta se abre.Molly corre esperançosa, ver se era seu marido, porém era Gina que chegava.

-Gina, você demo...- mas então viu o estado de calamidade em que Gina estava –Ginevra Weasley!Olhe só como você está.Olhe para suas roupas.Parece que você caiu em uma piscina.
-Bem, na verdade foi um lago- disse pegando uma maçã da fruteira –O papai ainda não chegou?
-Não- respondeu Fred.

-Não o vemos desde quando ele saiu para trabalhar- falou Jorge.
-Estou começando a ficar preocupada- falou Molly olhando para a janela.Então se virou para Gina, com uma cara zangada –E você trate de subir para o seu quarto e trocar de Roupa antes que pega uma pneumonia.
-Está bem, está bem, mãe.Já estou subindo- disse ela dando uma mordida na maçã e subindo as escadarias da casa, em direção ao seu quarto, para tomar um banho e trocar de roupa.





Arthur voltava para casa, depois daquele dia estressante.Além de perder o seu emprego, que era uma grande parte de sua vida, ele ainda estava sob suspeita de fraude, com um tribunal a enfrentar e com risco de ir preso para Azkaban, a temível prisão dos bruxos, como um criminoso a solta.Aquilo era demais para um homem.Algo do tipo que feria toda a honra de qualquer um que estivesse passando pela experiência que ele estava.Sentia-se um fracassado, um inútil.Como tudo aquilo poderia estar acontecendo com ele?Logo ele que não fazia mal á ninguém.Era errado, era injusto.Era como se estivesse matando-o por dentro, e não quisessem que sobrasse um só pedaço de sua alma.
Precisava esquecer tudo aquilo, precisava se afogar em alguma coisa que o fizesse esquecer.Talvez uma cerveja amanteigada.Não.Era muito fraca.Precisava de algo realmente forte.Foi quando se lembrou que uma vez um amigo lhe tinha comentado que as bebidas trouxas eram incomuns.Estava decidido.
No caminho de sua casa, existia um bar trouxa sempre muito popular.O Copo Fundo.Entrou com cautela, estranhando tudo aquilo.Se sentou num banco próximo á um balcão, e ficou olhando uma placa que ficava na parede, tentando escolher algo para tomar.Sua sorte era sempre sair com dinheiro trouxa no bolso.
Um homem apareceu no balcão e se dirigiu ao Sr.Weasley.
-O que vai querer beber senhor?
Arthur ficou olhando, sem se decidir, até que falou:
-Ahn..Isque?
-O senhor quer dizer, wiske?
-É.É isso sim, obrigado.
-De nada.
Ele saiu e voltou depois de um instante com uma garrafa e um copo na mão.
-Aqui está.
-Muito obrigado- ele disse abrindo a garrafa e depositando a bebida no copo com gelo.
Ele estava meio apreensivo antes de beber, até que criou coragem e de uma vez só virou o copo na boca e bebeu tudo.

Aquilo era muito forte, mas ele achou delicioso também.Pegou a garrafa e bebeu mais um copo, e assim foram 3, 4, 5 e 6 copos.
Sua cabeça estava girando, ele estava tonto, mas se sentia bem.Sentia-se tudo, como se nada tivesse fronteiras.
Pegou o dinheiro do bolso e pôs no balcão, dizendo ao garçom:
-Toma.Ta tudo aí.
Ele se levantou do banco, cambaleando em direção á rua.Todos o olhavam estranho.Uns com medo, outros reprovando-o.
-Que foi?Tô pelado por acaso?- ele gritou com as pessoas com uma voz bêbada e arrastada –Aqui não tem nada para ver...vão embora.
Ele caminhava na rua, e era assim que tratava todos que o olhava.Resmungava e gritava coisas do tipo "Sou anormal?" ou "Não se cansam de assistir a miséria de um chefe de família?".
Todos dele se esquivavam.Ninguém tinha coragem de enfrentar um bêbado.
Ele gritava para todos ouviram, pelas ruas sujas de Londres, em plena noite.Até que de uma casa, um homem gritou"Cala a boca, seu bêbado vagabundo.Vá para casa".
Arthur ficou irritado com isso.Chutou o portão da casa para entrar, até que duas pessoa puxaram seu braço.
Eram dois homens que usavam uniformes e quepes.Eram altos.
-O que você pensa que está fazendo?- perguntou o que aparentava ser mais novo.
-Me solte, seu trouxa idiota.
-Você me chamou de quê?
-Trouxa idiota.
-Olhe, nós somos autoridades, policiais.
-Não me importa.
-O senhor vai me desculpar, mas passará a noite no xilindró.
Os policiais algemaram as mãos de Arthur e o levaram empurrando á delegacia.
-Esperem, para onde vocês estão me levando?Me soltem, me larguem- disse esperneando para que o largassem.
E assim foi o bêbado Weasley, na mão de policiais trouxas, desaparecendo, ficando oculto na noite londrina afora.




N/A: Esperem que tenham gostado deste capítulo, e mandem reviews.Agora tenho um e-mail para minhas reviews: [email protected] ou vocês podem mandar por aqui mesmo.
Em muitos capítulos, muita água ainda vai rolar.Não percam

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