O Comensal da Morte Misterioso



Capítulo 14
"O Comensal da Morte Misterioso"

O braço da garota não estava mais preso e não havia mais varinha apontada ameaçadoramente para seu corpo, em vez disso havia á sua frente uma parede de fogo provinda da cobra que antes rastejara no chão. Não entendia mais o que estava acontecendo, o fogo estava tomando conta do corredor, o feitiço da corda que prendia Harry e Rony tinha desaparecido e eles puxavam seu braço pra que saíssem daquele lugar, mas ela se petrificara no chão, assim como não conseguia pensar, não conseguia andar e menos ainda correr. Tudo ao seu redor estava girando, sabia que todos falavam com ela, mas não conseguia entender o quê eles diziam, suas vozes pareciam distantes, perdera o controle de seu corpo, o rosto ardia, o ambiente tinha movimentos descompassados...

- Mione... Mione... Acorda... Por favor...

Hermione abriu os olhos e viu o rosto de Rony próximo ao seu, e seus olhos pareciam preocupados. Ela ainda se sentia um pouco tonta, mas as coisas voltavam ao seu lugar.

- Está tudo bem? O que aconteceu? Vamos te levar ao hospital, vai ficar tudo bem... – Rony atropelava as palavras, e não dava tempo pra que entendesse o que se passava.
- Mais devagar Ron, o que está acontecendo? – Ela finalmente conseguira falar, e percebeu que estava do lado de fora do corredor que estivera antes. Agora se lembrara de tudo, Crabbe, , o ebuliçol, Harry, Draco, o fogo maldito... Seus olhos fizeram uma busca aguçada em todo seu campo de visão, mas eles não estavam lá! Draco e Harry não estavam... “O fogo maldito!”, tossiu duas ou três vezes, ainda sentia a fumaça em sua garganta.

- Você desmaiou, quando o Draco te soltou... Nós tentamos te puxar, mas não tinha jeito você continuava lá no chão. Eu te peguei no colo e trouxe pra fora, o fogo perdeu o controle e o Harry ficou lá dentro pra ajudar o Malfoy... E eu tenho que te levar pro hospital e comunicar os outros aurores.
- Eu não vou ao hospital! – Ela declarou com a voz firme – Estou bem! – Ela via a fumaça por baixo da porta – Há quanto tempo eles estão lá?
- Uns cinco ou dez minutos.
- E você ainda não foi lá? – Ela sentiu que sua mão estava vazia, não sentia mais a pedrinha de gelo entre seus dedos. – Onde está meu ebuliçol? E o seu? Chame os aurores... – Tudo vinha à sua cabaça de uma vez só.
- Com todo o fogo e a correria eu o soltei, por isso ainda não fiz a chamada... Eu não podia ir lá e te deixar aqui sozinha...
- Ronald Weasley, nós não sabemos o quê os comensais estão fazendo lá na sessão dos aurores, nem quantos são, se eles tomaram o lugar também pegaram os aurores que estavam lá... Isso quer dizer que eles estão em perigo... E o Harry e o Draco também, uma vez que o fogo maldito se espalha é difícil de controlar...

“Bombarda” alguém gritou, e os pedaços do que antes era uma porta voavam por todo o corredor abruptamente de modo que precisaram proteger o rosto com os braços para que não fossem atingidos. Em meio à fumaça saíram Harry e Draco carregando Crabbe pelos ombros, este estava em estado tonto e sua testa sangrava assim como o braço de Draco e ironicamente Harry estava ferido na cicatriz. Hermione correu ao encontro deles, analisando cada pedaço daquela cena, e percebeu que atrás da porta explodida o fogo não se apagara.

- Fervere Bulicton – Ouviu Harry pronunciar em alto e bom som.
- Está tudo bem com vocês? – Hermione correu a perguntar e rasgando um pedaço de suas vestes, passou-o na cicatriz de Harry, pressionando cuidadosamente.
- Precisamos sair daqui! – Disse o amigo.
- Melhorou? – Perguntou Draco tentando mostrar falta de interesse, ela só confirmou com a cabeça sem encarar o rapaz, e direcionou o olhar á Rony. Sua face ardia, e todo aquele calor a fez ofegar, sem saber se aquilo que a aquecia era realmente provindo do fogo.
- Vamos rápido, fizemos uma barreira, mas acho que ela não vai agüentar por muito tempo. Temos que aparatar para a sessão dos aurores. – Disse Harry entregando as varinhas de Rony e Hermione.
- Não podemos aparatar – a garota retrucou, e recebeu olhares indagadores – Isto confundiria seu ebuliçol e faria com que os outros se perdessem. Uma vez chamado os outros, precisa-se permanecer nas mesmas coordenadas.
- Então alguém fica aqui com o meu ebuliçol para esperar os outros e explicar tudo, e eu vou ao encontro dos outros comensais.
- Você não pode Harry. Tente largar seu ebuliçol... Ele não sairá de sua mão. – Hermione explicou um tanto desesperada, ao mesmo tempo em que duas pedrinhas vinham rolando pelo chão, vindos da sala em chamas, e encostaram-se nos pés de Harry – Rony, são nossos ebuliçóis... Eles têm força atrativa... Harry vamos esperar os outros com você.
- Mas e o fogo? – Rony retrucou – Mione temos que sair daqui o mais rápido o possível, lembre-se dos outros aurores, cada segundo que passa um deles pode morrer.

Frestas de fogo começaram a vazar pela barreira invisível e começou a invadir o corredor, não tinha formas específicas como uns três meses atrás na sala precisa. Era como um caminho de chamas se formando pelo corredor.
- Conjurem seus patronos e lancem na direção do fogo. – Gritou Harry, que, ao mesmo tempo em que Draco, largou Crabbe. – Vamos, todos juntos!
- Façam o que ele está pedindo, os patronos juntos podem formar um escudo e segurar o fogo. – Hermione quis reforçar o que Harry tinha ordenado. – Esperem, precisamos tirar o Sr. Montretòn de lá, enquanto ele está em estado de pedra não acontece nada, mas e quando o feitiço acabar?
- Esse feitiço não acaba Hermione, eu menti. Depois retiramos ele e levamos pro St. Mungus.
- VAMOS TODOS! SEUS PATRONOS! – Harry gritou para que se apressassem, pois não podiam correr e se não fizessem algo logo o fogo os consumiria.
“Expecto Patronum” foi ouvido quatro vezes, mas os animais branco-prateados só saíram da ponta de três varinhas: o veado, o Cão Terrier e a lontra. Os quatro jovens estavam alinhados para controlar seus patronos, e a Draco deu dois passos para trás.
- DRACO! Precisamos do seu também... – Disse Hermione olhando pra trás para poder encarar-lo.
- EU NÃO CONSIGO! – Disse ele, e pela primeira vez em dias ela o viu com o olhar desesperado, a máscara de Draca Malfoy caíra e lá estava, como uma criança assustada e eram seus olhos que revelavam isto.
- Vamos... Tente!
- Eu não sei! Nunca fiz isso, nunca aprendi! – Ele retrucou. Hermione também deu alguns passos para trás, pra poder falar com o garoto.
- Hermione! Onde você vai? – Rony argumentou – Precisamos de você.
- Também precisamos do patrono do Draco pra formar um bom escudo! Eu vou ensinar-lo. Segurem o máximo que puderem. – ela respondeu.
- NÃO!

Rony se desconcentrou e seu patrono desapareceu, ficando apenas o de Harry fazendo com que o fogo o ultrapassasse, avançando com velocidade pelo corredor.

- Precisamos correr! – Rony se prontificou a afirmar.
- Não posso sair das minhas coordenadas.
- Ronald! Volte o seu patrono. – A garota ordenou.

O fogo continuava avançando e deixando um rastro avermelhado, e o patrono de Harry lutava para não ser engolido e tentava se colocar à frente como uma barreira, mas não estava adiantando e o garoto não saía do lugar. Diante da situação Hermione conjurou seu patrono para se juntar ao do melhor amigo. Apenas dois não surtiriam tanto efeito, o fogo se descontrolara demais após a quebra da primeira barreira, e agora ele se alastrava cada vez de maneira mais rápida e destruidora.
- RONALD! – Ela não conteve o grito. Logo o cachorro estava de volta à barreira, mas eles ainda não podiam deixar seus patronos sozinhos segurando as chamas para que os bruxos pudessem se afastar um pouco para não sofrerem queimaduras, ao pensar nas nestas Hermione olhou instintivamente ao rosto de Crabbe que estava no chão, ele desmaiara de pavor.

- Concentre-se numa lembrança feliz. – Hermione teve que buscar os olhos azuis acinzentados para gritar.
- Eu já tentei... Não consigo! Não sai patrono.
- Vamos Malfoy! Precisa ser uma lembrança bem forte. Eu sei que você deve ter alguma. – Ele prosseguia insistindo.
- Pode ser curta?
- A força de uma lembrança não se mede por sua extensão de tempo, e sim pelo sentimento que ela provoca em você.
- Mesmo que seja o tempo de um beijo?

Ela não queria acreditar no que estava ouvindo. Mas acreditava e isto aumentava a força de seu patrono. A barreira seria vencida.
- Anda Malfoy!
- Você não me respondeu! – Ela apenas o olhou como se pedisse ajuda o mais rápido possível. – “Expecto patronum” – nada aconteceu – “Expecto patronum” – uma luzinha apareceu na ponta da varinha. Não dava mais tempo para esperar, agora mesmo que o ebuliçol se confundisse Harry teria que sair de lá, eles precisariam fugir o mais rápido possível ou seriam atingidos pelo fogo. Os três patronos não conseguiam mais segurar toda aquela tensão e se manterem juntos, e as chamas escapuliam pelas frestas entre um patrono e outro. Hermione já sentia o cansaço tomar conta de suas forças, e sabia que seu patrono estava fraquejando, logo desapareceria... Não podia deixar que isso acontecesse, e o fogo continuava insistindo incansavelmente sem cessar. As chamas que escapavam chegavam tão perto do trio que fazia o rosto arder e o calor deixava o pulmão sufocado. Era uma questão de segundos para a barreira patronal ser rompida. A garota olhou para Draco mais uma vez e quando voltou a olhar pra frente um jorro de chamas veio em sua direção e seu patrono estava desaparecendo... Era questão de segundos... 5... 4... 3... 2... - “Expecto Patronum” – Um pássaro branco-pratedo com asas maiores do que seu corpo passou acima da cabeça dela em direção ao fogo, e com as asas batendo conseguia dar conta de todo o espaço de cima do corredor. No mesmo instante a lontra de Hermione reacendeu e o fogo não encontrava mais espaço para jorrar. As frestas haviam acabado, pois a ave misteriosa de um novo Malfoy de olhos brilhantes pairava acima dos outros animais. Palavras não foram necessárias para explicitar a alegria vindoura da chefa da sessão F.A.L.E.
O fogo, apesar de furiosa atrás da uma barreira patronal, não conseguia passar, nem chamas nem o extremo calor provindo delas.

- Está certo, agora ordenem que seus patronos permaneçam onde estão, e abaixem a varinha devagar – Harry ordenou sem deixar espaço para questionamentos. – Todos juntos... Um... Dois... Ordem aos seus patronos, três... Agora!

Os quatro abaixaram suas varinhas ao mesmo tempo e lá continuaram os patronos, brilhando e barrando as chamas. Todos se entre olharam com ar de triunfo e um riso contido nos lábios.

- Agora escutem, não podemos mais perder tempo, como não tem outro jeito preciso ficar aqui esperando os outros, você terão que ir até a sessão dos aurores. – Harry proclamou em tom de líder. – Mas sejam cautelosos, sabemos o quanto eles são perigosos.
- Mas... – A jovem começou, pois temia deixar o amigo sozinho.
- Mione, agora é uma questão de vida ou morte, o mundo bruxo está em perigo... Não tentem detê-los sozinhos, vejam quantos têm, e ganhem tempo até que eu leve todos pra lá. – Enquanto Draco ainda estava desnorteado com o que acabara de fazer, e olhando o brilho dos patronos parecendo ainda não acreditar no que fizera, Rony e Hermione hesitaram – Hey... Este é o melhor a fazer, não se preocupem comigo e se forem aparatar, não vão para tão perto da sessão, tentem ficar um pouco distantes, e se aproximem cautelosamente. Vocês só precisam ganhar tempo até eu chegar. Não deixem que saia da sala. Agora vão!

Não havia mais margem para discussões. Os três encarregados da missão caminharam na direção do fim do corredor, combinaram para onde iriam e aparataram para um corredor antes da sala da sessão dos aurores da qual apenas Rony tivera contato há mais ou menos um mês atrás quando fizera o teste, e hoje quando soube que tinha sido aceito.

- Antes de entrar na sala precisamos de um plano – Hermione cochichou aos outros.
- Vocês só precisam me seguir. – Rony declarou se colocando a frente.
- Por quê? – a pergunta veio de Draco que se colocara a frente de Rony para encarar-lo.
- Porque eu sou o único que conhece as entradas da sala. E não se esqueça que eu sou um Auror. Estou mais preparado para esse tipo de coisa.
- Mais preparado do que um ex-comensal da morte?
- Eu combati gente do seu tipo por um ano inteiro e sobrevivi.
- Às sombras de outras pessoas qualquer um sobreviveria.
- O que você está querendo insinuar?
- Será que eu preciso dizer? – Eles iam se aproximando um do outro de maneira ameaçadora. Até que Hermione postou-se entre os dois.
- Parem já com isso! – Não gritou, mas ordenou com firmeza, num sussurro. Mas o barulho que fez com que eles parassem foi outro, passos maciços se aproximavam cada vez mais para perto deles. Agora não poderiam mais falar, qualquer barulho seria suspeito e os denunciaria podendo custar a vida de um deles. Era nítido que os passos pertenciam apenas a uma pessoa e isso facilitava as coisas, os três empunharam suas varinhas deixando-as à frente de seus rostos, esperando o momento certo. Passo a passo o nervosismo ia aumentando e lado a lado eles se entre olhavam, mal podiam identificar os rostos no escuro, mas Hermione notava com nitidez o brilho dos olhos de Draco e Rony, ambos indiferentes um ao outro, porém com extrema necessidade de lhe chamar atenção.

Os passos pararam, estava na hora, e os segundos entre o fim dos passos e o “expelliarmus” triplo, só deram tempo para respirar fundo. A ação foi muito rápida e quando ela se deu conta de tudo que tinha acontecido o jovem comensal da morte já estava amarrado por uma corda enfeitiçada e no chão.

- É melhor não gritar nem tentar algo. Você está em desvantagem. – Com a varinha apontada para o comensal Draco deu a ordem.

- Ora, ora, ora... Se não é Draco Malfoy, o mais novo capacho do ministério. – o comensal replicou entre risos abafados por uma máscara.

Draco ficou inquieto e reagiu à provocação levantando a mão em menção de dar um soco no homem amarrado que ria tão implacavelmente. Hermione postou-se a frente dele.

- Não! Não reaja às provocações Draco.
- Agora também recebe ordens de uma sangue ruim Draco?
- Cala a Boca – As palavras vieram acompanhadas de um soco silenciador.
- Ronald! Os dois! Quietos... Há outras prioridades agora. Temos coisas pra descobrir. – Hermione foi rápida em apartar qualquer briga que pudesse surgir. – Por que vocês invadiram a sala dos aurores? O que vocês estão procurando? Quantos vieram? – As perguntas não estavam se atropelando, mas cada uma era respondida com o silêncio do comensal da morte rendido. – Você não está colaborando! Vamos recomeçar. Quem mandou vocês até aqui?

Por mais que ela tentasse, ele permanecia calado e desdenhoso às suas perguntas, fator que ia aumentado nitidamente a raiva e adrenalina de Draco e Rony, a garota chamou-os no canto para que não fossem ouvidos, sabia que precisavam de um plano, pois precisavam entrar na sala, poderia haver aurores feridos.

- Imperio – o feitiço saiu da varinha de Draco – Agora ele faz tudo que eu quiser.
- Não está usando muitas maldições imperdoáveis numa só noite Malfoy? – Rony recomeçou as provocações – Primeiro o Crucio, agora imperio... Qual será a próxima? E contra quem?
- Você tinha uma idéia melhor Weasley? Ou só está com medo da maldição da morte ser pra você?
- Parem já com isto...
- Não seria novidade você usar uma maldição imperdoável pra me atacar. Primeiro no sexto ano enfeitiçando Madame Rosmerta, e no fim das contas, quem saiu ferido? Agora a menos de uma hora eu nem preciso mencionar não é mesmo? Não adianta ser do ministério e agir como um desses aí. – Rony não queria parar, e isto era preocupante, pois sempre que ele estava com raiva ou magoado parecia cego diante dos fatos.
- E o que você faria? Iria implorar pra que ele obedecesse? Ou preferiria chorar? – Os dois estavam cara a cara, as respirações ofegantes “Eles nunca vão parar...”
- Escutem aqui, os dois! Nós estamos do mesmo lado... – ela começou
- Tem gente aqui que não sabe disso...
- Ronald Weasley e Draco Malfoy! Se vocês querem agir como dois trasgos é melhor que me saiam daqui e me deixem terminar isto sozinha. Não sei se vocês se lembram, mas estamos aqui por um motivo muito importante, e não para ficar nos agredindo por rixinhas bobas e infantis do passado! – Ela falava com firmeza e levava as mãos à cintura, por um momento achava que tinha encarnado em si a própria sra. Weasley - Rony eu sei que foi horrível o que o Draco fez lá agora a pouco com você e com o Harry, mas ele precisava disfarçar, e Draco é natural que o Rony esteja com os dois pés atrás com o seu comportamento que muda a cada segundo... Mas nós três precisamos pensar na melhor solução para o problema agora, porque de algum modo precisamos entrar naquela sala sem sermos mortos.
- É melhor não contar com isso!

Yaxley chegara repentinamente sem que ambos tivessem percebido, e antes que ela pudesse raciocinar uma batalha começara no corredor atraindo os outros comensais da morte para o local. Em tese a batalha estava em sete comensais da morte, entre eles Thor Rowle, Selwyn, Travers, Jugson e Yaxley contra o trio e o jovem comensal desconhecido que agora tendo sido dominado pela Maldição imperio estava a serviço das vontades de Draco. Eles estavam em desvantagem e precisavam resistir. Todos os feitiços já lidos vinham à cabeça de Hermione e a dúvida ficava por qual usar. Os raios voavam sobre suas cabeças, seus ombros, sempre sendo errados por poucos milímetros.

Mais comensais da morte começaram a sair da sala dos aurores para entrar na batalha, e agora a desvantagem era muito grande, havia novos comensais, parecia que após a morte de Voldemort mais bruxos quiseram se aliar às suas causas. Em geral eram bruxos jovens, alguns até teriam largado Hogwarts para seguir esta causa, e não parava de entrar comensais na batalha, de modo que quando Hermione pôde se dar conta já estava cercada por eles, junto com os dois companheiros de missão e o misterioso comensal enfeitiçado. Agora claramente ela pôde notar que eram o centro de um círculo de comensais da morte.

- Venham só quem se juntou aos grandes justiceiros, a sangue ruim e o traidor do sangue... Mas onde está o grandíssimo herói, aquele que diz ter matado o bruxo dos bruxos? – Travers começou com as típicas provocações feitas pelos comensais da morte antes de fazer qualquer coisa.
- Ele deve estar escondido – Gritou entre risos Jugson, este estava do outro lado do círculo.
- O seu Herói deixou vocês sozinhos? Grande Herói é Harry Potter! – As provocações continuavam da parte dos comensais, e o sangue de Hermione fervia para responder e estuporar todos aqueles bruxos, mas Draco cochichava discretamente a ela e a Rony que não deveriam responder, isto era muito prudente devido à quantidade de comensais que os cercavam. Os risos prosseguiram junto de ofensas e provocações vindas deles, e observando bem, a garota notou que apenas o comensal enfeitiçado por Draco é que estava usando máscara, os demais tinham o rosto limpo. “Enrolar o máximo de tempo sem morrer... Ganhar tempo sem morrer... Não é tão difícil Hermione... Tente”, ela pensava, pensava, pensava e os pensamentos a atormentavam, não sabia o quê dizer, nem como...

- Pelo que vocês estão lutando? – Perguntou tentando parecer segura e calma.
- O quê você está fazendo? – Draco falou entre os dentes, só pra que a garota escutasse.
- Tentando ganhar tempo – foi Rony quem respondeu, e fez isso no mesmo tom de Draco.
- Vejam! Eles falam! – as risadas prosseguiam – Vocês são patéticos, parecem elfos assustados.
- Se a intenção era ofender, não deu certo.
- Como é? Repete Sangue ruim! – A afirmação dela irritou Thor Rowle.
- Não ligo que me comparem com um elfo! Acho que os elfos são criaturas incríveis. Eles têm poder o suficiente para acabar com qualquer um que se atreva a cruzar o caminho deles, porém são dignos demais para acabar com qualquer que seja a pessoa. Vocês sabiam... – “O que eu estou fazendo? Estou falando de elfos para comensais... Grande plano... Harry cadê você?”, ela assumiu sua característica principal de estudiosa nata, deixando a voz num tom explicativo de quem tem muita informação acumulada, o jeito Hermione de explicar as coisas – a obediência elfica não é aos bruxos, e sim às suas próprias leis... “Harry, cadê você?”
- Chega, chega... – Todos tinham a expressão de horror por não entende o que ela dizia. – Nunca ouvi tanta coisa absurda.
- Mais absurdo do que seguir um lord que não existe mais? – Draco tomou a frente.
- Vocês não sabem por quem lutamos. Voldemort – a palavra ainda causava arrepios nos que estavam por perto – Deixem de ser patéticos. Voldemort está morto, mas eu não estou! – as palavras saíram em alto e bom som da boca de Greyback que saía da sala e abria passagem entre os outros do círculo. – Vejo que vocês já conheceram meus lobinhos... – Ele passou o olho pelos quatro, estranhou ao olhar que um de seus comensais estava ao lado de Hermione, mas não foi só isso que lhe causou espanto, seus olhos que sempre pareciam famintos procuravam outra coisa. – Harry Potter! Onde está o Grandiosíssimo Harry Potter? Eu esperava mais dele... Ele me decepcionou muito, primeiro eu achei que ele ficaria aqui defendendo a sala dos aurores, mas me enganei, agora quando acho que o encontrarei novamente, ele mandou os amiguinhos... Francamente, é muita decepção pra uma só noite, eu esperava mais do grande Potter, o herói dos Bruxos.

- Não irei mais decepciona-lo Greyback! – Harry finalmente chegara com os outros aurores e a batalha recomeçou. Raios luminosos voavam para todos os lados e o misterioso sempre estava próximo a Hermione.
A garota olhou a sua volta, todos duelavam, Harry com Greyback, Rony com Thor, Draco com um comensal alto de cabelos encaracolados “como ele consegue duelar e controlar a maldição imperius desse mascarado?”, Quim com Travers, Percy com Jugson, o Sr. Weasley com Yaxley, e ela começara agora a duelar com Selwyn, enquanto o mascarado corria de um lado para o outro, mas sempre ficava na sua linha de visão.
Os feitiços jogados eram sempre controlados dos dois lados do duelo e Selwyn recuou e saiu do campo de visão da Garota, ela tentou levantar a cabeça e as pontas dos pés para tentar continuar o duelo, mas um comensal desconhecido a atacou fazendo com que ela tivesse que se defender. “Estupefaça”, não precisou pronunciar o feitiço e o jovem já estava no chão, a garota se virou e deu de cara com a varinha de Selwyn a menos que dois metros de distância, e rapidamente no intervalo de um riso desdenhoso ele pronunciou as palavras na direção da garota.
- AVADA KEDAVRA!




N/A: Gente, mil perdões pela demora! Tivemos tantos problemas tanto para escrever quanto para postar este capítulo... Pedimos muitas desculpas a todos que estavam acompanhando... Esperamos que a espera tenha valido a pena.

Milhões de beijos, das irmãs Fasi.

PS¹: O que acharam da nova capa? Preferem a outra?
PS²: Agora o número de comentários dobrou, ou seja, a entrega de cap. é mediante 20.

Boa leitura!

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