Draco Malfoy



Capítulo 13
Draco Malfoy

Ele nem a olhou, estava frio e imparcial como nunca, mas não lhe causou medo ou raiva, a decepção não deixou espaço pra qualquer outro sentimento.
- Não me ouviu idiota? Seu trabalho acabou, falei pra deixar-la comigo. Aliás pode ir, agora eu cuido de todos eles. – “Como ele pôde ter sido capaz? E ainda ri, tão cínico”, Hermione não conseguiu pronunciar uma palavra, sentia um nó na garganta, e não era só porque Octávio a estava apertando, era de indignação e angústia.
- Eu devia saber que você estava por trás disso Malfoy. Desde o princípio...
- Ah, cala a boca Potter! – Draco apontava a varinha pra todos eles, e ria desdenhosamente, porém ainda não tinha encarado a garota de frente, talvez ela estivesse evitando seus olhos ao máximo.

- Ora, Ora, Ora Draco, pensei que você tinha virado o bom moço do ministério, que não participa mais de revoluções – Wizard falava e apertava mais o pescoço de Hermione para que ninguém se aproximasse. – Como você disse mesmo? Ah, “Acabou... Fomos vencidos... Estamos errados... Devemos nos juntar a eles...” – O bruxo usava o tom de voz de quem está imitando e ridicularizando o outro. – Quase me fez enjoar.

Draco deu sua melhor gargalhada, como se toda aquela situação fosse muito engraçada, enquanto Harry e Rony imobilizados pela situação de Hermione tentavam tranqüilizar-la com o olhar, enquanto Geraldês apenas observava tudo com os olhos estatelados e cuidadosamente foi procurando algo em suas vestes.

- O que pensa que está fazendo? – Disse Draco violentamente na direção do Bruxo mais velho.
- Vamos manter a calma meu rapaz, eu só ia pegar meu lenço. – Montretòn pegou um lenço de linho âmbar, sacudiu-o e secou sua testa, tornando a guardar-lo nas finas vestes.
- É bom que não tente nenhuma gracinha velho – Draco apontou-lhe a varinha e murmurou algo, e logo Geraldês Montretòn virou pedra. – Eu já mencionei que não estou brincando?
- Com este truquezinho você não vai me convencer Draco Malfoy. Eu não vou entregar os meus prisioneiros. Eu os peguei. Eu fiquei encarregado de vigiar-los. Eu! Eu! Entendeu bem? Você está fora! Foi isto que deixou bem claro antes, sim eu estou a par de tudo o que você andou dizendo por aí. – Octávio disse, parecendo não acreditar que Draco estava de seu lado.
- Muito bom que esteja, pois minha missão era secreta até mesmo pra vocês! Ele prefere a mim. E me colocou pra vigiar o Potter e seus amiguinhos, me aproximar... Por que outro motivo um Malfoy se humilharia como assistente de uma sangue-ruim? – Neste momento ele virou pra Hermione, encostou a ponta da varinha no rosto da garota, e apertando um pouco deixou escapar seu meio riso desdenhoso olhando-a de cima a baixo com indiferença – Você não achou mesmo que eu tinha virado seu amiguinho, não é? Você é só uma sujeitinha de sangue sujo Granger, e quando Ele der a ordem, Eu terei imenso prazer em acabar com você. – O pescoço doía, a garganta tinha um nó imenso sufocando-a, mas nada se comparava àquela dor ao fim das palavras de Malfoy, ela se sentiu o mundo girar, estava tonta e sem sua permissão as lágrimas rolavam por seu rosto com amargura, não disse uma palavra se quer.
- Não encoste nela Malfoy, eu estou avisando – Rony dera um passo e Draco voltou a apontar a varinha á ele e Harry.
- Olhem só, o Weasleyzinho fala! Que coragem me enfrentar sem uma varinha, vamos ver o que acha disso... - Com um brusco movimento de varinha, uma cobra de fogo apareceu, pronta para atacar Rony e Harry. – Mais um passo ou palavra de qualquer um dos dois, e esta cobra ataca.
- Fogo Maldito! – Disse Octávio num sussurro.
- A diferença entre nós dois Crabbe, é que eu sei controlar meus feitiços. Você sempre foi um idiota, por isso que agora Ele mandou que Eu viesse buscar o Potter e seus amiguinhos. Confesso que foi muito esperto usando a poção polissuco, e sumindo pra que todos achassem que está morto! Mas eu sou Draco Malfoy, e a mim você não engana.
- Seu pai sempre foi o mais rico não é? Você sempre foi melhor bruxo... Superior! Como eu ia querer enganar o grandioso Draco? – falou com ironia.

Enquanto os dois conversavam, sempre atentos para que Rony e Harry não reagissem, estes estavam paralisados para que a cobra de fogo não se aproximasse, e para que Hermione não fosse enfeitiçada. “Mentindo... Mentindo... O tempo todo ele estava mentindo... Não bastava ganhar minha confiança, também precisava me beijar, me fazer sentir segura... Tudo! Tudo fazia parte do plano! E o Rony... Eu o traí...”.

----------------------------------------------Flash Back 1--------------------------------------------

- Ainda bem que você voltou... Você sabe que não sou muito de escrever cartas, e já estava ficando difícil... – Disse Rony que estava deitado na grama ao lado de Hermione.
- Ron, como vai ser agora? Quero dizer, não estamos de férias, não vamos voltar pra Hogwarts. Eu não sei o que fazer. E se escolhermos errado? O que vai ser da nossa vida agora?
- Não me importa se a escolha profissional vai estar certa ou errada, vou estar feliz se estiver do seu lado, esta é a única escolha que eu me importo.
- Ah Ron... Você é um grande bobo... – Ele a olhou como se questionasse algo – Sim... É um bobo, demorou muito tempo pra perceber que não vive sem mim.
- Não acha que está muito convencida?
- Só um pouquinho... – Os dois riam um para o outro, e tirando os pássaros e a água do lago, tudo fazia silêncio indicando a paz daquele verão.
- Só porque sabe que é a pessoa mais importante da minha vida?
---------------------------------------------- Fim de Flash Back 1----------------------------------

“A pessoa mais importante da minha vida” – Estas palavras juntamente com a voz de Rony não saiam da cabeça da garota, pensava como tinha sido capaz de se interessar por outra pessoa... Não era qualquer pessoa... Era Draco Malfoy, e isto piorava as coisas, se ao menos o interesse tivesse desaparecido, mas estar se sentindo arrasada e com o coração despedaçado, era a maior evidência de que ele estava em cada pedaço quebrado.

----------------------------------------------Flash Back 2--------------------------------------------

- Não adianta tentar se esconder... Eu sempre vou achar vocês – Disse Harry em meio a um sorriso sincero de quem achava muita graça. Hermione apenas sorria, e Rony tentava aparentar alguém muito bravo.
- Harry, você sempre precisa chegar nessas horas? – Rony mais resmungou do que falou.
- Que horas? – Harry se fez de desentendido. – Ah, quando você está beijando a minha melhor amiga? – A garota sentiu seu rosto corar, mas achava graça da situação.
- Ela não é só a sua melhor amiga, também é a minha, também é garota que eu amo, e é namorada do cara mais feliz do mundo. Ah, o sr. não se esqueça que vive por aí agarrando a MINHA IRMÃ.
- Que também é minha amiga, a garota que eu amo, e minha namorada...
- Vocês são muito infantis... – Hermione disse entre uma gargalhada e outra, e em geral o clima não poderia ser outro, todos riam se olhando, o mundo inteiro parecia ter muito mais graça quando os três estavam juntos. A felicidade foi maior quando Gina chegou.
- Posso saber o que é tão engraçado? – Chegou dizendo com firmeza.
- Nós somos infantis – Disse Harry rindo e apontando de si mesmo para Rony.
- Isto não é novidade. – Ela também entrou na brincadeira, mas Harry fingiu estar bravo.
- Então você acha isso mesmo?
- Sim, eu acho! – Gina sempre tinha firmeza na voz.
- Ótimo, por que então não procura alguém mais maduro sra. Potter? – Harry disse a encarando.
- Porque.. Ah... Harry... Sra. Potter?
- Sim... Assim que a gente se casar você vai ser a sra. Potter. – Gina abriu o maior de seus sorrisos e logo os dois estavam abraçados e aos beijos.
- Hey Harry, você poderia não fazer isto na minha frente? – Dizia Rony, mas o amigo parecia não dar ouvidos.
- Você vai ter que se acostumar Ron – Disse Hermione num meio riso carinhoso. Os dois se beijaram.
- Como eu demorei tanto tempo pra perceber que te amo? Mione, eu fui tão idiota.
- É foi mesmo... – Ela continuava sorrindo.
- Se um dia eu for um idiota de novo você pode me enfeitiçar. Ou então me bate.
- Pode deixar isto comigo – Disse Harry.
- Então vamos combinar que se eu for um idiota de novo e perder a Hermione por isso você pode me bater. Não quero dar espaço pra nenhum “Victor Krum”. Ah, eu posso te bater se você for um idiota com minha irmã?
- Eu sei me defender Ronald. Posso bater no Harry sozinha.
- Mas isso não vai acontecer – Declarou o rapaz. E todos estavam felizes no cenário perfeito, e passaram a tarde lá, fazendo nada, deitados na grama olhando um para o outro, lá estavam presentes dois casais e uma felicidade sem tamanho.

---------------------------------------------- Fim de Flash Back 1----------------------------------

“Como eu fui capaz de trair-lo? Eu sou uma víbora bem pior do que qualquer fogo maldito, esteja na forma que estiver. Nenhum Victor Krum apareceu, o nome dele é Draco Malfoy, que não é um jogador de quadribol famoso, é um espião traidor, um falso que não merece consideração, como eu pude ser tão burra? E agora Rony em Harry também estão em perigo”, seus pensamentos ferviam e a amargura tomou conta da garota e não conseguia pensar num jeito de escapar, estava a ponto de mal conseguir respirar e a discussão continuava.

- Antes disfarçado, sem mostrar minha cara, do que sendo humilhado seguindo ordens de uma sujeitinha de sangue ruim.
- Toda recompensa requer um pouco de sacrifício. E isso serviu pra aumentar meu ódio, minha vontade de me vingar. Por meus pais presos, por minha mansão, pela humilhação e pelo Lorde.
- Prove! Prove que você não se transformou num babaca do ministério.

Hermione ouviu a palavra sair da boca de Draco Malfoy, e logo Harry estava curvado e se contorcendo. O feitiço durou pouco, mas foi o suficiente para entusiasmar Octávio que ria sadicamente, e Draco repetiu a dose, agora em Rony... “Crucio”. Harry estava se levantando, e aqueles cinco segundos horrorizaram a os sentidos da garota, estava ouvindo e vendo Rony se contorcer e gritar. A sensação de tontura voltou, quando o braço do rapaz que a segurava começou a tremer, logo o corpo todo também, ele respirou fundo, afrouxou a garota deixando-a se soltar, e se transformou em Crabbe. O rapaz não era o mesmo, tinha mais maldade no olhar e toda a parte direita do corpo estava enrugada e vermelha pelas queimaduras. A liberdade de Hermione durou pouco, pois assim que se soltou de Crabbe, Draco segurou seu braço com a firmeza de sempre.

- Aonde pensa que vai Granger? – Disse do costumeiro modo desdenhoso.
- Eu te odeio Malfoy!
- Você quer que eu chore? Vocês são patéticos. – O desdém voltara.
- Mais patético do que seguir um líder morto? – Harry gritou ofegando.
- Quem te disse que tudo isso é pelo Lorde, Potter? – Crabbe não tomara mais a poção polissuco, e agora mostrava também sua face queimada por feridas permanentes.
- Vamos logo levar essa gente pra Ele, e nos juntar aos outros. – Disse Draco conjurando uma corda, dando a ordem para que Crabbe amarrasse Harry e Rony juntos – A Sangue ruim fica comigo, pra garantir que eles não tentarão nada. – E dizendo isto segurou um pouco mais forte o braço da garota e tornou a pressionar a ponta da varinha em seu rosto.
- Ei Draco, o que vamos fazer com o velho?
- Eu tinha me esquecido dele... Fica vigiando, logo o feitiço de pedra acaba, ele sabe de muita coisa e pode ir contar aos outros. Eu levo estes aqui. – Respondeu ele. – Ah, me dê as varinhas. Ou melhor... As destrua. Não terão mais serventia depois que Ele cuidar deles.
- Quem é ele? – Perguntou Rony.
- Já já você vai saber, Weasley – Disse Crabbe rindo.

Hermione percebeu que Harry e Rony cochicharam uma ou duas vezes, e faziam sinais com os olhos e com a cabeça, discretamente. “Espero que eles tenham algum plano... Se não tiverem eu preciso pensar em algo.” Ela continuava apertando o ebuliçol em sua mão, mas temia o que aconteceria se dissesse as palavras, pois estas precisavam ser ditas em voz alta. Agora não temia mais por si mesma, depois de ver Rony e Harry gritando sob efeito do ‘Crucio’ temia por eles. Talvez a culpa de estarem nesta situação fosse dela, ela uniu as peças e foi contar a todos, ela confiou em Draco, sem perceber que ele estava fingindo uma mudança o tempo todo... As coisas realmente pareciam acabadas, mas precisava pensar em algo... “Não consigo... Não consigo...”, uma raiva imensa tomou conta da garota, raiva de si mesma e raiva de Draco. Se não pensasse em algo logo, sabe-se lá o que o tal grupo de comensais fariam... Pensava que por estar muito aborrecidos tratariam de matar-los sem pensar duas vezes. Era hora de reverter a situação, mas como?

- Sabe Malfoy você enganou todo mundo direitinho. Se fazendo passar por comensal da morte arrependido... – Harry começou encarando Draco com cautela.
- Só não conseguiu enganar a mim! – Disse Rony – Eu sempre soube que uma hora a sua máscara ia cair.
- Andem logo, nós não tenho tempo pra conversinhas. – Gritou Crabbe empurrando os dois e fazendo-os tropeçar um no outro.
- Esperem, esse tal Ele vai nos matar não é mesmo? – Rony falou sem demonstrar emoção.
- Não tenha dúvida disso Wealey. – O loiro falou em uma gargalhada prazerosa.
- Então eu mereço um ultimo desejo!
- Você merece que eu te mate! Mas eu ainda não estou autorizado a fazer isto! Sorte a sua... Por enquanto. Agora vamos! Crabbe, fique aí com o velho, ele não pode escapar. Você é capaz de fazer isto? – Draco encarava o colega ameaçadoramente como nos tempos de escola, intimidando-o e fazendo-o mudar de opinião.
- Por favor me deixe escrever uma carta pra minha mãe.
- O quê?
- Sim... Ela vai ficar muito triste quando souber que eu morri... Eu queria pelo menos me despedir – “Mas quê diabos ele está fazendo?” – Sabe? Tenho tanta coisa pra dizer que ainda não foi dito. Também preciso escrever uma carta pro papai, tenho que dizer que não foi culpa dele, ele foi um ótimo pai, mas as pessoas morrem. – “Mas é claro... Ele está tentando ganhar tempo, Harry deve ter um plano” – Harry, você lembra quando a gente se conheceu? Nossa... Eu nunca tinha comido tanto doce na minha vida.
- Aquela foi a primeira vez que eu vi a Gina... Eu também queria escrever uma carta pra ela. – “Ai meu Deus... Não! Eles não têm um plano, o Harry também está improvisando...”
- E quando a Hermione entrou no nosso vagão? – Lembrou Rony, “ele está me convidando a improvisar também... Pense em alguma coisa... Pense em alguma coisa que não seja Draco Malfoy e o ódio que você sente por ele... Pense em alguma coisa” – Mione você era a garota mais estranha que eu já tinha visto. Naquele dia eu nunca ia imaginar que você seria a mulher da minha vida, bem... E agora eu não me imagino amando outra pessoa...
- Já chega! Chega de falação e lembrancinhas, tudo isso está me enjoando. Andem logo, eu não tenho tempo pra perder... – Draco gritou no ímpeto de sua cólera.

Agora as coisas pareciam ainda mais impossíveis de se resolver, não adiantou ganhar tempo, pois ela não conseguira pensar num plano, e pelo jeito os meninos também não. Teria que tentar um feitiço sem varinha, ou dizer as palavras do ebuliçol, mas o medo de acontecer algo com Rony ou Harry não a deixava tentar algo, e sabia que eles também não tentariam nada, pois ela estava nas mãos de Draco. Aí estava a solução, pensou a garota, “quando sairmos dessa sessão tento me soltar desse Garoto e então eles podem fazer algo sem se preocupar comigo”, Hermione sabia que seria arriscado, mas estaria atraindo o risco pra si mesma, Malfoy sozinho aumentava as chances de fuga, mas como se soltaria das mãos firmes dele é que a garota não sabia.

- Se vai nos levar então eu seja logo. – Hermione disse, tentando não parecer aflita, e de maneira sutil fazia sinas para os amigos com os olhos, rezando pra que eles entendessem que deveria sair dali pra deixar o impostor em desvantagem, pois mesmo ele estando com uma varinha não conseguiria enfeitiçar todos de uma vez só, “será que ele conseguiria?”, agora era preciso tentar, arriscar tudo ou logo estariam nas mãos de não se sabe quantos comensais da morte em busca de vingança.
- Quanta coragem Granger... Mas vamos ver quanto tempo ela dura diante dos outros. – Crabbe ria enquanto dizia isto, e seu rosto desfigurado causava em Hermione grande ânsia e incômodo.
- Todo mundo morre um dia, não me importa que seja hoje. – Ela continuava tentando aparentar frieza.
- É mesmo? Porque eu posso resolver isto agora mesmo! – Ele respondeu apontando-lhe a varinha bruscamente.
- Não encoste nela! – Gritaram Harry e Rony em sintonia.

Neste momento a cobra de fogo que estava rastejando no chão colocou-se no caminho entre Crabbe e Hermione.

- Mione... Corre! – Draco sussurrou em seu ouvido.
- O quê? – não acreditara no que estava ouvindo.
- AGORA!

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N/A. Obrigada pelas solicitações de capítulo... Esperamos que este continue correspondendo às espectativas... Novamente a regra está valendo, os novos comentários serão contados a partir do dia 3/11/2008, numa conta até 10.
Desculpem-nos a demora, um pqno problema com net não nos permitia colocar o cap. ON. Enfim... Esperamos que todos gostem...

█BOA LEITURA█

Beijos, Irmãs Fasi

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