Capítulo 6



Quando ele desligou,virou-se para Dudley:
- Mande aprontar o meu carro.
- Sim, senhor. – Dudley não se mexeu.
- O que foi Dudley?
- Boa sorte, senhor. – Afastou-se, comovido, como se tivesse cometido um sacrilégio por ter saído de seu papel habitual.
- Vou encontrar nosso filho. – Gabriel falou secamente, olhando para o relógio. – Quero que você fique aqui.
- Não! – Ela o desafiava com o olhar.
- Marisa, não me faça ficar aborrecido com você...Agora não.Não estou certo do que vou encontrar pela frente e prefiro que fique fora disso, caso surja algum problema ou decepção.
- Quero ir com você...Tenho direito de saber o que vai acontecer.
- Ainda não sabemos se dessa vez é verdade.
- Mas se for...
- Se for, vai ser muito melhor você esperar aqui com calma e sensatez.Acredite, você ia se perturbar sem necessidade, se o que me disseram for verdade.
- O que falaram?
- A pessoa que telefonou disse que mora na casa de uma mulher que apareceu com uma criança que é a cara de James.Se for realmente o nosso James, está sendo bem tratado e está ótimo.
- Mas você falou sobre dinheiro.Eu ouvi.Quanto? Você disse.
- Ele vai encontrar comigo num bar,perto da casa onde James está.Quem ligou,sem dúvida, viu a oportunidade de ganhar um dinheiro fácil.Ele diz que não tem nada a ver com o seqüestro de James.Está apenas me passando a informação e só quer ser pago por ela.
- Oh,meu Deus. – Marisa murmurou,fechando os olhos,uma onde de tristeza inundou-a por dentro – Como podem fazer isso?
- É difícil para você entender,não é mesmo? A policia estava interceptando a ligação.O homem não esperava por isso.Mas dei-lhe minha palavra de que a policia não agiria.Ofereci uma recompensa por qualquer informação que me leve a descobrir o garoto e dar informação não é considerado crime.A policia não vai fazer nada contra ele.Os homens do inspetor vão ficar observando a distancia ate que eu dê o sinal.Só então é que eles vão se aproximar,quando tiverem certeza de que o homem que telefonou falou a verdade e que James realmente está nesse endereço.
- Deixe-me ir com você – Marisa implorava,segurando seu braço com as duas mãos e olhando-o com olhos suplicantes. – Quero ficar perto dele.
- Marisa, você não esta raciocinando direito.Pode haver uma cena desagradável com essa mulher.Deve ser doente,uma desequilibrada mental.Quando a policia chegar lá,Deus sabe que tipo de cena pode acontecer.
- James... – Marisa sussurrou,gaguejando.
- Ele não vai se machucar, eles não vão deixar.Nem a mulher vai se machucar...mas ela pode chorar,gritar e fazer escândalo antes que eles a tirem de dentro da casa e você não vai gostar disso vai?
- James vai ficar assustado.
- Uma policial feminina vai junto também.E um médico.James será poupado,não se preocupe.
Gabriel acariciou seu rosto com uma das mãos.
- Por favor Marisa,faça o que lhe peço e espere aqui.Se depender de mim, você terá James de volta,são e salvo.
Dudley voltou e Gabriel dirigiu-se a ele:
- Cuide da sra.Radley enquanto eu estiver fora.
- Sim, senhor. – Dudley fez um gesto significativo, como se estivesse pronto para qualquer contingência.
Gabriel foi até a porta enfiando-se no casaco escuro e pesado que Dudley segurava.
- A imprensa ainda está lá fora,senhor.
- Preciso afastar essa gente – Gabriel falou com uma careta de desagrado enquanto abria a porta.Olhou para Marisa rapidamente antes de afastar-se.Ela ouviu o barulho do motor do carro que se afastava.
- Quer alguma coisa,senhora? – Dudley era todo atenções e cuidados.
Negou com a cabeça,dirigindo-se de volta à biblioteca.O relógio dourado da parede batia suavemente,mostrando que já era tarde.A noite tinha caído.Dudley fechou as cortinas para evitar a brisa gelada do inverno e acendeu as luzes o que deu calor ao ambiente.
- Não quer nem uma xícara de chá? – Dudley perguntou,observando-a andar agitada pela sala.
- Acho que quero,quero sim,por favor.- Seria uma ocupação,algo para desviar seu espírito,daquela tragédia.
Dudley olhava ao redor,tentando descobrir algo que pudesse distraí-la,como se faz com uma criança que está triste ou emburrada.
- Gostaria de assistir televisão, senhora?
Quase sorriu ao ouvir a pergunta.Resolveu concordar e mergulhou numa poltrona grande e macia,revestida de brocado estampado.
Dudley foi ate onde estava o aparelho.
- Que canal,senhora?
- Qualquer um. – respondeu,desinteressada.
Ele ligou e aparelho e ficou atrás dela.
- Vou trazer seu chá.
Olhava as imagens sem perceber o que via.Pouco a pouco,foi tomando consciência de que era um programa infantil.Uma aranha preta estava pulando para cima e para baixo num pedaço de arame.
Marisa via sem ouvir.Seus olhos registravam as imagens, mas seu pensamento estava ausente;
Sobressaltou-se ao som dos passos de Dudley que voltava.Seus movimentos nervosos traíam seu estado de espírito.
Ele colocou a bandeja perto dela.
- A sra.Dudley achou que gostaria de comer um pedaço de bolo,madame.
Era um bolo de frutas secas cuja visão provocou um arrepio em Marisa,que ela tentou disfarçar.
- Quanta gentileza! Parece muito bom.
- O bolo de frutas dela é excelente. – Dudley concordou,servindo-lhe o chá – Ela estava pensando se o pequeno James tem alguma preferência para ela poder providenciar...no caso dele...
Marisa engoliu em seco.
- Ele gosta de quase tudo,desde que seja simples.Nao gosta de comida sofisticada ou temperada demais.
- Quase nenhuma criança gosta,não é mesmo?
-Também não gosta muito de legumes.As vezes ele come ervilhas,cenouras,mas espinafre e repolho de jeito nenhum.
- Ele gosta de pão-de-ló ? A sra.Dudley faz um muito gostoso.
- James adora.
Dudley parecia satisfeito,em pé,ao lado de Marisa,ereto,inteiramente decidido a cuidar dela, de acordo com as ordens do patrão.
Marisa colocou um pedaço de bolo na boca.Pareceu-lhe pó de fuligem.Mastigava pensando em como fazer Dudley se retirar sem ser indelicada.
Fellizmente o telefone tocou.Dudley foi atender e ouviu-o dizer que não havia ninguém em casa.Quando ele voltou ela tinha escondido o pedaço de bolo atrás da almofada.Dudley olhou satisfeito para o prato.
- Outro pedaço, madame?
- Não,obrigada.Estava uma delicia,mas não sinto fome.
- Mais chá,então?
- Obrigada.
- A sra.Dudley estava pensando em qual seria o quarto do pequeno James.
- Quarto? – Marisa espantou-se.Não dava para preocupar-se com isso agora. – Acho que podemos pensar nisso mais tarde.
- Ele vai precisar de um berço,senhora.
- Está no nosso apartamento – Só então Marisa percebeu que ainda não tinha pensado em seu futuro.Tinha estado muito ocupada e ansiosa para perceber que as coisas já não seriam mais as mesmas.
Não era preciso pensar duas vezes para descobrir quais seriam os planos de Gabriel.Ele não deixaria que ela levasse seu filho para fora daquela casa.E ela? Será que queria isso?
Tentou afastar essa idéia.Resolveria tudo isso depois,quando o drama tivesse terminado.No momento a única coisa que lhe importava era trazer James de volta.
- E aonde será que ele poderia dormir esta noite,senhora?
- Comigo! – falou,decidida.
Dudley ficou chocado.
- É claro!
Marisa estava cansada da companhia do mordomo.Queria ficar sozinha, esperar com toda paciência que conseguisse reunir e toda energia para a chegada de James.
- Acho que vou tentar dormir – mentiu – Poderia desligar a televisão, Dudley?
- É claro, senhora. – Obedeceu quase tão aliviado quanto ela.
Marisa deitou-se com a cabeça sobre a almofada e Dudley caminhou sem faze ruído ate a porta como se ela já estivesse dormindo, deixando a luz fraca do abajur espalhando um circulo de luz do outro lado da biblioteca,apagando todas as outras luzes.Saiu fechando a porta e o lugar mergulhou num silêncio profundo.Com os olhos pesados,Marisa olhava a mancha de luz na parede.Tinha dormido muito pouco na noite anterior.Seu corpo estava dolorido de cansaço e ele acabou por mergulhar numa espécie de torpor.Deu um salto assustado quando o relógio de parede bateu as horas.Olhou para ele.Horrorizada,constatou que já fazia uma hora que Gabriel tinha saído.
O que ele estaria fazendo? Por que não tinha voltado ainda? Levantou-se do sofá,tirou a almofada do lugar e olhou o pedaço de bolo esmagado sob ela.
Como se livraria daquilo? Cuidadosamente catou as migalhas com a mão e saiu do quarto escondendo a mão de lado para que Dudley não a visse,caso tivesse perambulando pelo hall.
Jogou o bolo no vaso do lavabo,lavou-se e penteou os cabelos,fazendo um tremendo esforço para sentir-se bem.Quando desceu novamente,Dudley estava no hall,parado,como se fosse uma das peças de mobília daquele ambiente.
- Quer alguma coisa,senhora?
- Você tem a hora certa?
- Seis horas.Gostaria de tomar um drinque?
- É uma boa idéia,pode me trazer um,por favor – Qualquer coisa para que ele se retirasse e a deixasse a sós.
Dudley queria evitar que ela se sentisse mal, que ficasse pensando só em James, ou preocupada com a demora de Gabriel.Por isso,para distraí-la, fazia-lhe perguntas todo o tempo.Mas nesse exato momento ela só conseguia pensar em como seria bom atirar-lhe uma almofada para que ele sossegasse e a deixasse sozinha.
Como que adivinhando seus pensamentos, Dudley retirou-se levando a bandeja, mas voltou logo depois com um drinque numa coqueteleira de prata.Serviu e ficou esperando que ela provasse e aprovasse sua obra-de-arte.
O barulho de um carro chegando fez a mão de Marisa tremer,derramando o coquetel sobre sua saia.Dudley aproximou-se para limpar,mas ela afastou-o e saiu correndo chegando lá fora antes mesmo que o carro parasse.
Deixou a porta inteiramente aberta atrás de si e ficou olhando as luzes do carro vindo em sua direção.Sentia medo e alegria,ao mesmo tempo, de que o carro se aproximasse.
O coração de Marisa parou.
- James! – Sua voz saía com dificuldade.
Ela desceu os degraus soluçando,as lagrimas fartas em seu rosto.Gabriel depositou em seus braços abertos uma figurinha empacotada.Marisa agarrou James,apertando-o e cobrindo de beijos e lágrimas.
Gabriel colocou os braços ao redor dela, reconduzindo-a para dentro da casa.Os flashes explodiam atrás deles como se fossem fogos de artifícios.Marisa estava tão emocionada que nem percebeu o que se passava.Gabriel entrou,apressado,junto com ela e o menino, fechando a porta atrás deles.
- Malditos fotógrafos – falou para Dudley – tentaram subir no carro quando atravessamos os portões.
James estava embrulhado num enorme cobertor de pele.Marisa tirou-o lá de dentro.Com o rostinho sonolento e intrigado olhava para a mãe.Um pijama azul e minúsculos chinelos de pele com um urso aplicado na parte de cima.
- Mamãe. – No meio de seu sono veio a alegria do reconhecimento.
Marisa também tentou sorrir para ele,mas não conseguiu.
Tentava reter as lagrimas que lhe caiam aos borbotões dos olhos,mas era impossível.Elas vinham do fundo de seu coração,não podia dominá-las.
Não queria perturbar James criando um clima exageradamente emotivo.Poderia ficar impressionado por vê-la chorar.Tinha que parar! Quando James desapareceu, ela tinha conseguido se controlar e não havia chorado, mas agora as lágrimas rolavam como verdadeiras cascatas.
- Está na hora desse garotinho ir para a cama – Gabriel falou ao lado dela – Você vai me deixar levá-lo para cima?
Marisa assentiu com a cabeça,os braços apertados ao redor de James.Nessa noite,não o entregaria para ninguém mais a não ser para o próprio pai.
- Ele estava dormindo num sofá.Está muito cansado.
James bocejou,ficando com a boquinha meio aberta,do jeito que as crianças costumam fazer.Marisa o olhava,sorrindo entre lágrimas.Gabriel e Dudley trocaram um olhar e sorriram também.Atrás deles,parada na porta,a sra.Dudley observava a cena com as mãos cruzadas,com contida emoção.
Marisa subiu as escadas e colocou James em sua própria cama.
Com os olhinhos fechados ele virou o rosto,levantando o travesseiro na sua posição favorita.
Marisa ficou ao lado dele,olhando-o atentamente.Era o momento mais bonito que ela jamais havia vivido.Podia ficar assim a noite inteira escutando o som compassado da respiração de James.Gabriel tocou em seu braço,gesticulando em direção a porta,mas ela fez que não com a cabeça.Nao havia jeito dela sair do quarto.
- Ele está ótimo.Caiu no sono e está feliz da vida.
- Quero ficar um pouco.
- Você não vai ficar olhando para ele vinte e quatro horas seguidas vai? Vai acabar por deixa-lo tão nervoso quanto você.
- James pode cair da cama – Ela tinha colocado travesseiros ao lado do filho,mas estava preocupada da mesma forma.
- Então vamos pedir a sra.Dudley que fique um pouco com aqui com ele.Ela vai gostar de fazer isso.
Ele saiu e Marisa sentou na beira da cama para observar aquele pedacinho de gente respirando,os cabelos escuros em desalinho.Abaixou-se e tocou a mãozinha de James que estava encolhida ao lado do rosto.Ele nem se mexeu.James dormia como uma pedra.Será que tinha estranhado o ambiente diferente e os rostos desconhecidos que havia encontrado? Aparentemente ele não havia passado por nada que o tivesse traumatizado,se não ela teria notado.Para James,tudo não tinha passado de uma aventura que ele esqueceria em poucos dias.Para ela,porem,era diferente,nunca mais esqueceria o que tinha acabado de viver.
Gabriel voltou com a sra.Dudley,que sorriu para Marisa com os olhos úmidos.Marisa ficou surpresa:ela nem tinha visto a sra.Dudley nessas vinte e quatro horas,no entanto a mulher estava sentindo o mesmo alivio que ela,naquele momento.Ficou comovida com o gesto.
- Estou tão contente. – a sra.Dudley falou dando uma olhada na cama. – Ele está dormindo pesado,não esta? Eu fico com ele,não se preocupem.
- Obrigada – Um estranho sentimento tomava conta de Marisa.Era ridículo sentir-se assim.A sra. Dudley estava sendo tão gentil e assim mesmo ela não queria deixar James sob seus cuidados.Não queria deixar James sozinho nunca mais.Gabriel percebendo a hesitação de Marisa, agarrou-a pelo braço conduzindo-a ate a porta.
Lá fora,ela o olhou irritada.Ele a tinha forçado a se afastar do filho.
- Gostaria de ficar – falou, a voz baixa.
-Sei disso,mas você está muito tensa e precisa relaxar antes que tudo isso a deixe pirada.
- Estou ótima. – passou a mão pelo rosto úmido.Sentia-se trêmula,suas pernas cambaleavam ao descer as escadas guiada por Gabriel.
- Nós dois precisamos de uma bebida – Foi até um móvel onde havia garrafas de cristal com vários bebidas.Serviu uísque para ele e conhaque para ela.
- Não quero. – Ela não segurou o copo.
- Tome ! – Colocou o copo entre seus dedos com firmeza,erguendo-o ate sua boca,fazendo-a beber.
Ela engoliu,estremecendo.
- Que horror!
- Aos poucos você se acostuma com o gosto. – Ficou na frente dela com seu próprio copo na mão,olhando-a antes de levar a bebida à boca.Marisa imaginava o que ele estaria pensando,pela expressão de Gabriel não conseguia perceber nada.
O conhaque começou a fazer efeito,acelerando a circulação de seu sangue,esquentando-a e relaxando por completo seus músculos tensos.
- Então? Como foi tudo ?
- Tudo bem.Tudo muito rápido e discreto.Encontrei o homem do lado de fora de um bar,como combinado.Ele tinha falado a verdade.Dei-lhe algum dinheiro e ele me deu o endereço.A policia estava junto...eles me seguiram e observaram a distancia.
- Você tinha prometido!
- Ele não vai ter nenhum problema.Vai ouvir algumas verdades do inspetor,mas não vai passar disso.
- E a mulher ? Que espécie de mulher era ela?
Gabriel olhou para Marisa,levantou o copo e terminou com o seu uísque de um só gole.
- Uma mulher patética.Senti pena dela.Parece que tinha um menino da idade de James que morreu no ano passado e há um mês seu marido fugiu com outra mulher.
-oh, não! - Marisa tinha imaginado como seria a mulher que tinha roubado seu filho,mas não tinha pensado nos motivos que poderiam levar uma pessoa a fazer tal coisa.
- Acho que ela ficou louca. - Gabriel serviu-se de bebida novamente.Marisa observava e ficou imaginando que ele deveria estar muito mais perturbado do que deixava transparecer.
- E o pijama,os chinelos...era...?
- Do filho dela.
- Meu Deus. Pobre mulher!- James estava com ela,são e salvo.Agora sentia piedade da mulher.Como deve ter sido duro para ela.Como estaria ela agora? - O que vai acontecer com ela?
- Nada.Vão interná-la para tratamento.Ela está doente...precisa de ajuda,não de castigo.Seqüestrou James num momento de angústia,obedecendo a um impulso.Ela o viu do lado de fora da loja,chorando e não sabe explicar o que lhe passou pela cabeça.Pobre coitada! Eu me senti mal.
- A policia não foi..
- Dura com ela? É claro que não.Havia um médico e uma policial para cuidar da mulher.Levaram-na numa ambulância.O médico deu uma rápida olhada em James...não queríamos perturbá-lo ainda mais.James está ótimo.
- É verdade.Ele está exatamente o mesmo - Ela é quem estava caindo aos pedaços,mas James parecia ótimo,como sempre.Para um bebê,os acontecimentos das últimas vinte e quatro horas poderiam,quando muito,provocar estranheza, até mesmo chateação.Mas uma criança jamais poderia ter a menor idéia da terrível angustia e ansiedade que tinham tornado a vida daqueles adultos um inferno.
- Nós é que mais sentimos o que aconteceu - Gabriel colocou seu copo sobre a mesa. - James nem deve ter entendido o que se passou com ele.A vida é tão cheia de encanto para um bebê.A mesma coisa que para nós pode ser um inferno,para eles é só divertimento.
- Assim espero. - Marisa começava a sentir seu corpo quente e pesado;o conhaque estava fazendo efeito.Encostou a cabeça nas almofadas do sofá e fechou os olhos.Estou tão cansada, pensou.Nunca estive tão cansada em toda a minha vida.Acho que poderia dormir uns cem anos,mas não posso dormir agora.Preciso subir para ver James.Seu braço caiu pesadamente ao lado do corpo.
Gabriel inclinou-se e levou-a para cima, subindo as escadas com Marisa encostada em seu ombro.

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