Harry comprou um carro?



Capítulo 2 – Harry comprou um carro?



Após Harry ter visitado Gina no começo da noite (e de tê-la enchido de beijos, pra variar), ele ainda sentia saudades da ruivinha que tanto amava; afinal, ela estava participando de um campeonato de futebol na França e meses longe um do outro deixavam os dois tristes e mortos de saudade. Harry, então, aproveitava cada momento perto de sua amada e, a cada novidade e comentário que um contava pro outro, beijos e abraços eram dados entre o casal.

Mas Harry não havia contado pra ela que havia presenteado a si mesmo com um carro, mais precisamente um Porsche Boxster S, de cor prata. Era seu primeiro carro e, apesar de guiar muito bem, nunca teve coragem de comprar um por causa de Gina, que odiava alta velocidade (Harry adorava andar sempre acima dos 100 Km/h), sendo que a ruiva andava bastante de táxi e de bicicleta (o que a fazia ser o centro das atenções por Londres). Mas devido a imensa alegria de haver se formado e de ter arranjado um ótimo emprego quase que instantaneamente, resolveu fazer uma “extravagância” e se presentear com um automóvel.

O carro, inegavelmente, era um conversível lindíssimo e veloz; mas talvez Ginny não gostaria nem um pouco da idéia, o que lhe preocupou. Então, pouco antes de ir ao trabalho, foi até a “Toca” (a casa da família de Rony) falar com Rony, que também estaria a caminho do novo e 1º trabalho dali a instantes. Afinal, enquanto oferecia uma carona pro amigo, ele lhe contava o que achava dessa idéia de mostrar o carro à Gina.

Chegando à “Toca” em pouquíssimos minutos graças a sua rapidez no volante, bateu à porta do casarão da família de seu amigo e de sua noiva, e logo foi atendido pela carinhosa mãe de Rony, que o recebeu com muita alegria e cheia de mimos e cuidados para com Harry (ela, desde que o conhecera ainda criança, o tratava como um filho):

- Harry, querido, que bom vê-lo! Vamos entrando, sente-se! Como vai?

- Muito bem, Srª. Weasley! Melhor, impossível!

- A que devo a visita? Ora, que pergunta a minha, é claro que veio ver...

- O Rony. Tenho um assunto para tratar com ele antes de irmos ao serviço. – Disse Harry, interrompendo Molly antes que ela terminasse a frase. Ela, percebendo a pressa do rapaz em falar com seu filho, disse-lhe:

- Oh, claro, o Rony... Vou chamá-lo, meu filho! ROOOONALD! DESÇA JÁ AQUI! – Quando a Srª. Weasley gritou, Harry pensou por um segundo que seus tímpanos iam estourar. Mas após chamar o filho com tamanho “carinho”, Molly voltou sua atenção a Harry, perguntando-lhe:

- Já soube que Gina está na cidade? Chegou ainda ontem do campeonato francês. – A Srª. Weasley falava enquanto servia uma xícara de café e um pratinho com biscoitos caseiros a Harry, que respondeu-lhe:

- Sim, já soube. Na mesma hora que soube de sua chegada, fui visitá-la no apartamento dela. Não pude buscá-la no aeroporto porque estava resolvendo uma “questão pendente” – Harry falava isso enquanto sorvia um gole do café e comia uns biscoitinhos:

- Essa questão que você falou é do casamento? – O gole do café que Harry tomou desceu rasgando e fervendo pela garganta. Como diria à futura sogra que a “questão pendente” era a compra de um carro? Provavelmente, ela diria à sua filha e tudo iria de água abaixo. Mas nessa mesma hora, Rony, vestido de terno e gravata e com os cabelos muito bem penteados, desceu as escadas e cumprimentou aos dois:

- Bom dia Harry, bom dia mãe! O que ‘cê tá fazendo aqui a uma hora dessas, cara? Pensei que já estivesse a caminho do trabalho, uma hora dessas... Ah, já sei, você veio falar com...

- Com você! É um assunto um tanto quanto... Urgente! – E dizendo isso, Harry terminou de tomar o café e foi conversar com Rony na sala, deixando Molly Weasley muito desconfiada:

- Que questão pendente era essa que Harry falou? E pra quê essa pressa toda? Hum, aí tem! – E dizendo isso, foi terminar de servir a mesa pro café da manhã, pois todos os outros Weasley passaram a entrar na cozinha pra tomar o café. E cada um cumprimentava a Harry com uma grande cordialidade, até os gêmeos que gostavam de tirar sarro da cara de alguém estavam extremamente “bonzinhos e educadinhos”. Harry, estranhando, perguntou a Rony:

- Que foi que todo mundo tá diferente hoje?

- Ih, cara, nem liga. Tem dias que eles são assim mesmo. Isso pode até ser brincadeira deles e você nem tá percebendo. Mas e aí, o que você tinha pra falar pra mim de tão urgente? - Harry chamou Rony um pouco mais perto de si e segredou-lhe bem baixinho:

- Eu comprei um carro.

- O quê?

- Eu comprei um carro.

- Como é?

- Ah, não se faça de idiota!

- Mas eu não tou me fazendo de idiota!

- É, percebi! Eu – disse – que – comprei – um - carro! – Harry falou cada palavra separadamente, para ver se Rony compreendia. Mas ele, que não escutou nada, disse a Harry com uma certa irritação:

- Fala com a boca!

- EU COMPREI UM CARRO! – Harry falou tão alto que o pessoal que estava na cozinha escutou, sendo que cada um deu sua opinião:

- Um carro, Harry? Puxa, que legal! Ele é de que marca? – Perguntou Arthur Weasley, o “chefe da família”.

- É rápido? – Perguntaram os gêmeos Fred e Jorge ao mesmo tempo.

- Custou quanto? – Queria saber Percy, que lia um jornal, comia e escutava a conversa ao mesmo tempo.

- Era essa a “questão pendente”?! Gina já sabe disso? – Indagou a Srª. Weasley, fazendo com que Harry ficasse assustado com tantas perguntas de uma só vez. Mas após dar um tapa na cabeça de Rony (que berrou um ai enorme), respondeu a todas:

- É um Porsche Boxster S. É velocíssimo! Custou por volta de 100 mil. (quando disse isso, Percy deixou o biscoito que iria comer cair, assustado com o preço) Sim, era essa a questão pendente e ainda não contei a Gina. Acho melhor não contar nada a ela por enquanto, creio que ela não vai gostar.

- Não vou gostar do quê? – Disse uma voz feminina que estava descendo pela escada. Gina havia acabado de aparecer, de camisola, pantufas e com um cabelo preso num coque, visual que não a deixava menos bela. Harry olhou para a direção da voz e se assustou com Gina ali, ao seu lado, que lhe disse:

- Meu amor, você por aqui! – E abraçou Harry, que recebeu-a com um enorme beijo que impressionou a todos, a fim de que ela esquecesse o que havia escutado. Mas após Percy pigarrear e estragar o momento “romântico”, Gina (vermelha de vergonha) questionou Harry:

- O que você veio fazer aqui?

- Vou juntamente com Rony pro meu trabalho. E o que você ta fazendo aqui?

- Ah, depois que você foi embora, me senti tão sozinha... Resolvi vir matar as saudades da minha família e dormir aqui por alguns dias!

- Hum... Bem, falando em trabalho, estamos atrasadíssimos, Rony! Vamos? – Rony prontamente se levantou, o moreno deu um selinho em Gina, mas antes de irem, a ruiva perguntou:

- E vocês vão de quê?

- No carro de Harry. É um Porsche velocíssimo, sabia, Ginny querida? – Comentou a Srª. Weasley distraídamente, fazendo com que Gina mudasse de feliz para irritada:

- Quer dizer que você compra um carro e não me diz nada?

- Calma Gina! Eu só comprei um presente pra mim por haver conseguido um emprego. Sem contar que eu estava realmente necessitado! Preciso me locomover rapidamente! Não posso me dar ao luxo de pagar táxi ou de andar de bicicleta como você!

- Ah, quer dizer que meus meios de transportes são lentos? São “luxuosos”, é? É errado eu querer me locomover assim? Melhor do que acabar me acidentando e parar num hospital!

- Não exagere, Gina! Ando veloz, eu sei, mas não a ponto de me acidentar. E eu não disse isso! Só acho um tanto quanto imprudente de sua parte!

- Ah, e além de tudo isso, eu ainda sou exagerada e imprudente?! Faça-me o favor, Harry Potter!

- Olha Gi, não tou afim de discutir com você sobre isso, tá legal? Ainda mais a essa hora! Quando eu chegar, nós conversamos! – E dizendo isso, saiu as pressas com Rony em seu carro e, cantando os pneus, saiu das proximidades da casa, deixando Gina Weasley extremamente aborrecida, que gritou-lhe ao longe, da porta de casa, com os olhos lacrimejados:

- Se algo acontecer a você nesse carro, não diga que não lhe avisei, Harry James Potter!




* * * * * * * *




N/A: E aí, caramelos? Olha, sei que falei bastante nesse carro no 2º cap., mas ele vai ser algo bem importante na fic, portanto aguardem os próximos. Amei os primeiros comentários. Espero que eles não parem por aí! Agradeço desde já aos que lerem e aos que comentarem. E se puderem, votem, mas recomendo votarem a partir do 8º capítulo, onde a história vai estar bem interessante! Um beijo a todos!

Carpe Diem

Hannah B. Cintra

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