A estranha família Reynolds



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Rebecca Reynolds andava pelo jardim, organizando uma simples decoração, afinal, naquela noite seria o jantar de família de seu marido.
A noite estava fresca e estrelada, seria uma ótima idéia fazerem o jantar ali, mas a sua adorável sogra parecia ser “alérgica a ar fresco”, e decretou que o jantar seria dentro da casa.

Ela pensava cuidadosamente sobre o seu casamento, a vida deles estava...quase normal.
Era ate falso o jeito de como tudo se encaixava na vida deles, às vezes ela se perguntava se não era a fama que tinha subido a cabeça do marido, mas ela sabia, ele era pé no chão demais para isso. Afinal...ela se importava mesmo com tudo isso?
No fundo ela sabia que não, o dinheiro e a fama eram mais importantes que tudo, mas alguém tinha que manter as aparências, é esse alguém seria ela.
Mas ela não era a única.

-Sra Reynolds? – perguntou a empregada cuidadosamente – A decoração esta pronta, e logo os pais do Sr Reynolds estarão aqui.

-Obrigada Guadalupe. Já estou indo me arrumar.

Show time.
Era a hora de botar o melhor sorriso na cara, e receber os convidados.
Fingir...não é essa a melhor qualidade do nosso adorável casal?

David já estava no banho, tinha quer ser rápido, logo sua família estaria ali, pronta para recebe-lo. Ele já estava acostumado com a afeição do pai, e com o carinho meio débil do irmão, então gênio forte da mãe não passava de apenas um mero detalhe.
Ele só teria que lidar algumas horas com a família, para finalmente encontrar-se com Victoria, e comemorarem o fracasso do jantar. Em grande estilo, claro.

Foi para o quarto, e se juntou a esposa, que penteava os cabelos.
Vestiu um terno Armani que lhe caia muito bem, respirou fundo, olhou para a mulher, que estava belíssima em um vestido vinho brilhante, que ia ate os joelhos.
Alem disso ela usava seu conjunto de jóias de rubi, estava magnífica.

-Você esta muito bonita... – sorriu galanteador.

-Obrigada, você também esta ótimo – disse Rebecca ajeitando o nó da gravata do marido – Está na hora.

-Sorria.

Eles desceram juntos pela grandiosa escada de mármore e caminharam ate a sala de recepção, onde a família de David já estava esperando. Mal vira a silhueta de David e Rebecca, Beatrice já virava o copo de Martini boca a baixo.
Beatrice era uma mulher de meia-idade com aparência de 20, um milagre da cirurgia plástica! Tinha cabelos loiros curtos e repicados, alem de olhos verde claro. Já Bill Reynolds era grisalho de olhos castanhos, ambos estavam sentados no sofá, conversando antes do casal chegar.

-Papai... – murmurou David indo abraçar o velho pai – Como o senhor está?

-Estou muito bem, meu filho. E você? Esta parecendo mais velho... – comentou o pai.

-Claro que não pai, continuou firme, forte e jovem, como sempre. – sorriu sinceramente para o pai – Onde esta o meu irmão?

-Ele deve estar com a enfermeira agora, ele quase nem teve condições para vir aqui. Mas você sabe...não podemos deixar um doente mental sozinho em casa com a enfermeira, certo?

-Certo. Hmm...Olá mamãe!

Rebecca estavam cumprimentando seu sogro quando seu olhar se encontrou com o da sogra, que abraçava singelamente o filho, desviaram seus olhares e apertaram as mãos com um certo desprezo e sorriram cinicamente, afinal, a imprensa não estava ali.

Voltaram a se sentar e a conversar distraidamente sobre quadribol, a carreira que o filho seguia, e estava se dando muito bem enquanto Beatrice ficava quieta, eles sabiam o porque: ela não queria que o filho fosse jogador.

-O jantar está pronto, Sr Reynolds.

Eles se dirigiram para a grande sala de jantar, ampla, e com a mesa de vidro que continha uma toalha de renda branca e muita comida, parecia natal.
Estava tudo perfeitamente bem.

-Essa toalha de mesa parece velha e barata. – resmungou Beatrice pomposa enquanto dava uma garfada na salada.

-É novíssima, mandei comprarem hoje pela manha. – respondeu Rebecca ignorando a sogra.

-Eu acho que seus empregados estão lhe roubando. Seria melhor você tirar os olhos das suas belas unhas, e os colocarem para supervisionar os empregados a partir de amanha.

-Eu e o meu marido confiamos perfeitamente nos nossos empregados, eles foram escolhidos a dedo, e tem um contrato com a gente. – continuou Rebecca, tirando os olhos do prato para mirar a sogra.

Quando os olhos verde claro de ambas se encontravam, era um mal sinal.

-Tudo bem, chega – interveio David – Mamãe, me conte como, está a empresa? – perguntou mirando a esposa que apenas bufou e continuou com a sua atenção para o prato.

-Chegamos ao ponto desejado. –Beatrice disse para si mesma com um sorrisinho nos lábios, lá vinha encrenca.

A mulher se endireitou, terminou de comer, e olhou atentamente para o filho, era hora de falar sobre negócios.

-Meu querido, a Reynolds Comunicações S/A não esta indo muito bem, esta com uma certa crise financeira. E para bancar essa crise, precisarei pedir uma certa quantia de nove dígitos.

-Crise financeira? – perguntou David desconfiado.

-É, a empresa esta falindo.

Bill mal completara a frase e Rebecca despertou da atividade de ‘prestar atenção na comida’ , o jantar estava prestes a terminar. E com uma discussão.
Um típico jantar de família.

-A sua preciosa empresa esta falindo e você vem criticar a minha toalha de mesa? E ainda mais vem pedir dinheiro para o seu filho? O filho que ganha dinheiro trabalhando em algo que você não acha digno? E ainda vem me dar lição de moral? Quem você pensa que é? Você não passa de uma loira oxigenada de meia idade, mal-amada, cheia de plásticas e lipoaspiração que só pensa no próprio umbigo, e o resto? Que se foda, não é? – dizia Rebecca cada vez mais alto. No final, já estava de pé e apontando o dedo na cara da sogra.

-Recomponha-se Rebecca. – sussurrou David seriamente puxando-a de volta para sentar na cadeira.

-O jantar esta devidamente acabado, a nossa querida anfitriã resolveu colocar as garras pra fora. – falou Beatrice com uma voz fraca, ela não se deixou intimidar mas foi pega de surpresa, saiu da cadeira e andou em direção a sala – Bill, pegue o nosso filho Diego, estarei te esperando na limusine.

x----x----x

Evelyn se encontrava chorando novamente, ato que se tornou bem típico depois do rompimento de seu namoro com Joe.
Ela sabia que no fundo estava certa, mas por que demorou tanto para cair a ficha? Ele abusou dela no ultimo instante, a fez se sentir um lixo, porem algumas vezes a fazia se sentir especial também.
Eram muitos sentimentos misturados.

Mas, não era hora para isso. Ela tinha que estar feliz, afinal, era a sua primeira grande matéria.
E ele era um jogador tão famoso.
Ate ela que não era muito ligada em esportes sabia quem David Reynolds era.

Caminhou ate o portão da mansão, que estava cheio de repórteres e fotógrafos. Será que ela conseguiria uma entrevista com ele apesar da grande concorrência?

-Com licença... – murmurou Evelyn para um fotografo de meia idade - ...eu sou uma repórter, eu gostaria de saber para onde eu tenho que ir?

-Você é nova? – perguntou o homem tirando os olhos das lentes da câmera.

-Ta muito na cara, ne? – sorriu nervosamente.

-Não se preocupe, você vai se sair bem. A propósito, os repórteres tem que ficar perto do portão em fila, lá o David Reynolds em pessoa vai escolher um repórter e alguns fotografo para entrarem com ele na casa para fazer uma entrevista exclusiva.

-Muito obrigada, boa sorte!

-Pra você também.

Evelyn andou sorrateiramente pela multidão, torcendo para que quando chegasse aos portões sua bota ainda tivesse o salto fino, sua bolsa ainda tivesse brilho, e que o cabelo ainda estivesse no lugar.
Ela conseguiu. Seria hoje seu dia de sorte?

Uma moça de cabelos castanho claro com um megafone na mão começou a dar algumas instruções, como: não se aproximar de David, não gritar perto dele, manter a postura, e não chorar quando perder, porque não era uma atitude digna de um repórter.
Instrução dada, instrução ouvida. Os grandes portões prateados se abriram, e de dentro dele saiu um risonho David Reynolds e sua comitiva de seguranças.

Os repórteres estavam um do lado do outro, bem como os fotógrafos.
David andou por toda a fila de profissionais, analisando-os um por um. Os fotógrafos seguravam cada um uma foto de sua autoria, para facilitar a escolha.
Ele sorriu no final da fila e voltou para frente de todos, cochichou algo no ouvido da mulher do megafone e ela assentiu.
Ele deu um singelo ‘tchau’ aos demais, e voltou para a mansão, que de longe já dava para ver os imensos campos de golfe, tênis, e outras modalidades esportivas trouxas, bem como um imenso campo de quadribol.

Ele entrou na mansão, e os comentários já cresciam, cada pessoa cochichava para outra, parecia um zunido. Evelyn estava quieta, estava muito nervosa. E se não conseguisse? Winelmina a despediria alegando que perdeu as esperanças nela?

-Silencio todos, prestem atenção! – dizia a morena no megafone – O Sr Reynolds já escolheu sua comitiva de imprensa.

Todos silenciaram, a sentença estava dada.

-Repórter numero 34, e fotógrafos numero 13, 61 e 97. Os números chamados, venham ate aqui, por favor, para entrarem na mansão.

Evelyn tinha evitado olhar o seu numero, não queria criar expectativa. Mas agora estava na hora de encarar a verdade.
Respirou fundo, e olhou a etiqueta branca com letras vermelhas, o seu numero nervosamente.

Ela arregalou os olhos claros, e ajeitou uma mecha de cabelo castanho cacheado atrás da orelha, havia perdido.
Ela sabia que era só uma matéria e que haveriam mais, ou talvez não, se ela fosse demitida.
Finas lagrimas prateadas rolaram o seu rosto, e ela se apressou em enxuga-las, não queria ser vista chorando, mas era difícil evitar, afinal, seu coração ainda estava abalado por causa de Joe.

Ela e muitas outras pessoas viraram a cabeça para olhar a felizarda repórter que teria a chance de falar com David. Do meio da fila saiu uma garota, de cabelo longo e loiro claro, levemente ondulado, usava enormes óculos de sol, e uma roupa cor-de-rosa, parecia uma barbie.
Todos, sem exceção, ficaram pasmos.
Uma patricinha metidinha roubou a chance da vida deles.

Ela saiu da multidão afobada, gritava loucamente, estava tendo um ataque, então começou a chorar. Parece que o desejo de muitos aconteceu, a loirinha desmaiou.
Caiu dura no chão.
Paramédicos já treinados (eles estavam ali por causa dos fãs) atenderam-na prontamente, e explicaram para a mulher do megafone o que havia acontecido. Ela se assustou a principio, mas depois assentiu com a cabeça, os paramédicos colocaram a loira na ambulância, e saíram com a sirene soando.
Todos estavam preocupados. Mais cochichos.

-Silencio, por favor. A numero 34 não esta em condições de fazer a entrevista, e a segunda opção do Sr Reynolds é o numero 78.

Evelyn sentiu o corpo travar. Ela era a numero 78.
Ela sentiu um forte cutucão no estomago.

-É você. Vai lá, antes que eu roube o seu lugar. A não ser que você queira passar mal também. – disse uma pessoa que estava do seu lado, e que a fez acordar.

Caminhou lentamente ate a mulher, e se juntou a três fotógrafos, uma mulher, e dois homens, de todos os três aparentavam não ter mais que 30.
Eles sorriram entre si, e subiram em um carrinho de golfe azul marinho, muito aristocrático.

Em menos de 5 minutos já estavam na frente da mansão, mas não entraram lá. Nos Jardins havia tendas brancas armadas. Inúmeras mesas e cadeiras e praticamente umas 200 pessoas trabalhando sem parar.
Em meio a toda essa confusão e expectativa, Evelyn esquecera que hoje David Reynolds completava 38 anos.

Desviaram, passando por toda aquela produção que aconteceria a noite, e o carrinho estacionou no jardim atrás da mansão, onde havia uma grama bem aparada e verde, muitos canteiros com flores exóticas, um lago maravilhoso que era um perfeito espelho para o céu azul, e na beira desse lago, havia uma mesa de vidro com quatro cadeiras, e mais a frente um enorme relógio de sol que parecia ser dourado, sem mencionar, é claro, as inúmeras quadras tanto de esportes trouxas como bruxos, piscinas, e campos ate perder de vista.
Era fabuloso.

Havia uma varanda que dava de frente para o lago. Evelyn pensou que ali fosse o quarto de David.
Na varanda, uma mulher alta, ruiva e com enormes óculos de sol observava todo o movimento.

Evelyn estava maravilhada com tudo aquilo, cada coisa que olhava se interessava, e o pior: uma coisa era mais interessante do que a outra.
Aquilo era um paraíso.
Enquanto ela ficava admirando o local, os fotógrafos não perderam tempo, já estavam tirando mil e uma fotos, ela pensou que esse era o jeito que eles admiravam as coisas, ou talvez fosse somente o profissionalismo.
As lentes focavam a mulher da varanda.

Evelyn, estranhando toda aquela excitação dos fotógrafos com a mulher, olhou para quem estava ao seu lado.

-Que é aquela mulher na varanda?

- Rebecca Reynolds. – respondeu o fotografo distraído com a beleza da mulher.

- A esposa de David?

-Sim.

Já ouvira muitas vezes falar dela. Mas não a reconhecera.
Ela estava sempre nas capas de revistas, com o marido, ou em listas “das mais bem vestidas”.
Não demorou muito e David chegou, Evelyn continuava parada admirando a mulher.
Ela era realmente impecável.

-Não vamos começar? – sussurrou alguém em seu ouvido. Era ele.

-Claro senhor. – balbuciou Evelyn, um pouco atordoada por estar diante de um astro. Mas ela tinha que ser profissional.

-Me chame de David, por favor. Sente-se. – ofereceu gentilmente puxando a cadeira para a morena. Ele virou-se para a varanda onde a mulher se encontrava e mandou um beijo. Ela sorriu e mandou outro de volta.

Nesse momento os fotógrafo se empolgaram.
Evelyn sorriu gentilmente para o astro, abriu sua bolsa e dela tirou alguns pergaminhos, e uma pena de repetição rápida vermelho vinho.
Ajeitou-se na cadeira e virou-se para David.
Os fotógrafos estavam alucinados com tamanha beleza, o sol estava se pondo, fazendo com que a pele dele adquirisse um brilho dourado, e os olhos ficassem verdes. Ate Evelyn se sentiu bonita quando o fotografo começou a tirar algumas fotos dela.

-Então David, eu me chamo Evelyn O’Conell, prazer – estendeu a mão que ele apertou gentilmente - Vamos começar com algumas perguntas básicas... – murmurou mais para si mesma do que para ele – Como você, pessoalmente, lida com a fama?

-Eu sou muito pé no chão, não deixo a fama influenciar a minha personalidade e nem forma de agir...

-Você pode dizer que não mudou depois da fama?

-Eu mudei um pouco, estou sendo mais reservado e ponderado por causa da mídia.

-Ela interfere muito, certo? Como você consegue suportar os papparazzi por toda a parte esperando um ‘deslize’ seu, para que vire fofoca no dia seguinte?

-Eu tento guardar todas as emoções, como: raiva, angustia tudo para mim. Procuro não expressar meus sentimentos dentro e fora do campo, para não dar material aos papparazzi.

-Hoje você completa 38 anos. Você sente que já tem tudo o que quer?

-Ah sim. Tenho tudo o que o dinheiro pode comprar, alem de uma família incrível e de uma mulher espetacular.

- Dinheiro... Como você se sente sendo um dos mais ricos esportistas da Inglaterra, ou melhor, do mundo?

-Eu me sinto...rico. – disse sorrindo, arrancando leves risadas de Evelyn – Você é muito bonita.

-Muito...obrigada – sorriu timidamente sentindo o rosto esquentar - Então, com relação ao seu casamento. É muito difícil ter um relacionamento perfeito com toda essa mídia por perto?

-Sabe, quando o amor verdadeiro existe....nada é tão complicado, porque um tem o outro eternamente.

- Como você descreveria a sua relação com ela? Rebecca Reynolds.

- Não falam que “por trás de um grande homem existe sempre uma grande mulher”? Pois é. Ela é tudo e mais um pouco para mim. É o meu porto seguro.

-Semana passada vocês foram eleitos “O casal mais querido e gentil” pela revista Magic. Várias pessoas admiram a relação de vocês dois, principalmente porque vocês são famosos, e já estão casados há 10 anos. Como você se sente em relação a isso?

-Eu me sinto muito bem. O público realmente esta vendo a verdade. Eu amo muito minha mulher.

-Que belas declarações de amor, aposto que ela vai ficar feliz em ler isso. Então a relação de vocês não é só aparência como muitos casais famosos, certo?

-Certíssimo. Desde que a gente se conheceu, eu já sabia: ela era a escolhida.

-Que romântico.

-Obrigada Evelyn – disse sorrindo galanteador.

-É... – balbuciou a morena olhando para a pena que escrevia sem parar a entrevista – E como anda as expectativas? Para a premiação do ‘Pomo Choice Awards’?

-Ótimas, obrigada.

-Você esta muito nervoso? Afinal, você é o favorito da premiação. Esta otimista? Já preparou o discurso? Seu melhor amigo, Christian Vanderguelld, também esta concorrendo. Como esta sendo sua relação com ele?

-Otimistas todos nós temos que ser, mas não fiz nenhum discurso ainda. Ele é meu melhor amigo e nenhum prêmio vai mudar isso. Que vença o melhor. – disse em tom meio safado colocando sua mão por cima da de Evelyn, fazendo a garota voltar a ficar vermelha e espantada – Você é realmente bonita.

Ele terminara de falar a frase e uma mulher muito alta, de cabelos castanhos escuros e lisos, pele bronzeada e olhos mel acabara de chegar na mesa onde eles estavam cercados pelos fotógrafos.
A mulher arqueou a sobrancelha e franziu o cenho, parecia chateada.
Evelyn puxou a sua mão para si, deixando a de David sozinha em cima da mesa.

A mulher olhou desconfiadamente para David, que atribui com um sorriso resplandecente.

-Déborah, o que esta fazendo aqui?

-Eu sou sua assessora de imprensa, eu tenho que estar aqui. Alem disso, desculpe pelo atraso, o transito estava horrível. Por isso não fui com você escolher o repórter e os fotógrafos – olhou cinicamente para Evelyn, estava bem claro que se ela estivesse com David na escolha, ele jamais escolheria ela.

-Ah, sinto muito. Evelyn O’Conell esta é a minha assessora de imprensa Déborah Rios, Déborah, esta é minha mais nova repórter protegida Evelyn O’Conell.

As mulheres se encararam por um instante e depois apertaram as mãos.
Déborah devia ter visto a cena, e pensado que Evelyn não era nada profissional, seria isso...ciúmes?

-Bom, estou aqui para acompanhar a entrevista. Mas acabo de ver que a sua agenda hoje esta muito lotada Sr Reynolds. Esta na hora do senhor se preparar para o treinamento, se não o seu treinador, Peter, vai ficar furioso. E ainda tem a sua festa a noite. Sua mulher, Rebecca, quer falar com você também.

-Certo Déborah. Bom, - começou se levantando da cadeira - foi um prazer conhece-la Evelyn. Com certeza lerei a ‘England Today’ amanha. – sorriu, apertou a mão de Evelyn, acenou para os fotógrafos e foi em direção a mansão, deixando Evelyn sozinha com Déborah, os fotógrafos estavam muito ocupados batendo foto do cenário.

Elas se encararam de novo.

-Srta O’Conell, espero que a senhorita não publique nesse jornal sobre o Sr Reynolds e seu...demonstramento de afeto em relação à senhorita. Se não, terei o prazer de processar o jornalzinho que a senhorita trabalha, e onde ganha seus míseros euros. Com licença.

Saiu deixando uma Evelyn perplexa, com os olhos verdes arregalados, estava respirando profundamente. É, essa era a verdade sobre os assessores: eles eram animais dispostos a tudo para proteger seu empregador.

x---x---x

Evelyn já estava em sua sala, no prédio do jornal.
Quando chegou foi elogiada por todos por ter conseguido a matéria.

Rachel mandara para ela um bolinho de chocolate escrito “parabéns.”
Winelmina mandara uma cesta de chocolates para ela e um cartãozinho parabenizando-a também. Esta tudo indo bem.
Já conseguira sua primeira matéria!

Estava sentada em sua cadeira com os pés na mesa. A vida profissional estava indo de vento em polpa.
E a pessoal? Acabara com um namoro de quatro anos.
Sorte no jogo, azar no amor.
Pensou Evelyn dando uma mordida no chocolate belga que havia ganhado.

Ouviu batidas a porta.
Rapidamente tirou os pés da mesa e ajeitou o cabelo.

-Pode entrar!

Caco entrou na sala e fechou a porta.

-Olá chefinha.

-Oi Caco.

Ele estava muito bonito, aliás, ele era bonito. Os cabelos pareciam mais dourados do que nunca e os olhos também estavam mais brilhantes.
Agora que Evelyn estava sem a “praga do Joe”, como Rachel o chamava, ela estava totalmente livre pro Caco.

Espera um pouco.
Ele não demonstrara interesse ainda.
Mas Evelyn torcia por isso.

-Desculpe não ter te acompanhado hoje lá na matéria, fiquei ocupado aqui. A propósito parabéns!

-Ah... Obrigada.

-É... Eu comprei isso aqui... – ele colocou a mão no bolso – pra você.

Ele tirou alguma coisa do bolso, mas ao se aproximar derrubou toda a cesta de chocolate de Evelyn. Eles se abaixaram e começaram a pegá-los juntos.
De repente os olhares se encontraram.

Os rostos foram se aproximando, cada vez mais, e os lábios se tocaram.
Evelyn estava beijando Caco, que causava nela uma sensação ate então desconhecida.
A paixão e o desejo.



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Eh soo! Como esse capitulo eh bem grandinho, e falta tempo pra escrever mais, vai demorar ate o proximo capitulo, ok? :D
;*

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