Estranha Obsessão



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Já se passavam das 10 da manhã e David Reynolds ainda estava na cama em sua bela mansão em Londres. Lá fora o sol brilhava imponente em um céu azul, de poucas nuvens.
David se remexeu mais um pouco nos lençóis de sua cama e despertou. Estava no seu quarto na casa da sua mulher.

Ela já não estava mais na cama. Era sempre assim: raramente acordavam na mesma hora, raramente iam dormir na mesma hora. Apesar desse “conflito” de horários, muitas vezes causado pelas escapadas de David com a amante Victória, David e Rebecca Reynolds possuíam uma vida sexual muito ativa.
Ela era um furacão na cama o que deixava David cada vez mais encantado com a mulher. Ele, agora deitado, pensando nas inúmeras loucuras que os dois já fizeram, levantou-se da cama, usando apenas uma cueca de seda e procurou seu roupão, vestiu e saiu do quarto.

Passou pelo corredor e deu de cara com uma grande fotografia dele e da mulher. Eles realmente formavam um casal muito bonito. Os amigos de David sempre o perguntavam o que ele tinha feito pra ter conseguido tudo isso.
Tinha uma carreira muito bem-sucedida, era rico, famoso, tinha uma esposa que causava inveja e sempre atraia olhares e que também o amava, e uma amante. O que mais ele poderia querer?

Ele sempre dizia: “Eu tenho tudo o que sempre quis e um pouco mais. Eu amo a Rebecca, mais a Victória é aquela adrenalina que você tem que recuperar depois de 10 anos de casamento.”
Os amigos riam e murmuravam apenas que ele era um “cara de sorte”.
David continuou a andar e desceu a elegante escada de granito branco e partiu em direção a sala de jantar.

Chegou até as portas da sala de jantar, que estavam abertas e viu a silhueta de Rebecca, sentada a mesa tomando seu café.
Parou e observou sua mulher e deixou as lembranças vagarem por sua cabeça. Rebeca era linda. Conservava ainda a postura, conquistada na carreira de modelo.

Quando eles se conheceram Rebecca estava no auge de sua carreira e já tinha conquistado milhões. Seus cabelos eram ruivos e caiam até os ombros, tinha profundos olhos verdes e uma boca sensualmente carnuda. David ficara louco quando a conhecera.
Já se passaram 10 anos desde então.

Quando se casaram David ainda não era o astro do quadribol que é hoje.
Foi tudo acontecendo aos poucos e de repente ele era o astro principal do time, e estampava todas as capas dos jornais e revistas. Mas o que foi que o fazer trair Rebecca? Uma mulher “perfeita”?
Victória simplesmente apareceu na vida dele.

Ele acidentalmente bateu no carro dela no estacionamento de um shopping. Quando ele viu quem era a dona do carro, logo se encantou com os cabelos loiros e olhos resplandecentes. Depois eles começaram a sair e já faz três anos que eles sustentam um caso.
Ele não era o tipo de homem que ficava obcecado, mas Victoria tinha um poder muito estranho sobre ele, um poder quase maléfico, que ele não podia se livrar.

David limpou sua mente das lembranças e entrou na sala de jantar.
A sala era muito ampla: uma enorme mesa, um lustre de cristal e uma parede de vidro que dava diretamente para os jardins. Ele beijou a mulher ardentemente, puxou uma cadeira e se sentou a seu lado.

-Por que não me chamou querida?

-Você parecia tão tranqüilo dormindo, que não tive coragem.

Rebecca pousou a xícara no pires.

-Também pela noite que tivemos ontem... - lançou um sorriso malicioso para a mulher - você acabou comigo.

Ela retribuiu o sorriso, mas mudou de assunto, indiferente.

-Sua mãe ligou.

-O que ela queria? – perguntou, pegando uma torrada.

-Lembrar do jantar de hoje á noite.

-Eu não sei pra que ela inventa esses jantares de “família”. - David tomou um pouco de seu café – Não lhe passa pela cabeça que poderíamos ter algo mais importante pra fazer em um sábado à noite?

-Você conhece a sua mãe.

-Que horas é mesmo?

- Ás oito.

-Que bom, nós temos o dia todo pra nós. – murmurou sensualmente beijando a mulher.

x----x----x

-Então é isso?

-É. – respondeu firmemente.

-Nós vamos mesmo acabar?

-Joe, não tem mais jeito. – suspirou mantendo a paciência - Você não vai mudar e eu não vou mais me submeter a essa situação.

Evelyn e Joe estavam parados na sala do apartamento. Joe com as malas já feitas.
A briga da noite passada não fora esquecida, e Evelyn chegou à conclusão de que Joe realmente não era o que ela queria.
Ele era legal, mas não era o amor de sua vida.

Há muito tempo que Evelyn tentava afastar esses pensamentos e sustentar a imagem do “namorado perfeito”.
Mas o novo emprego dera uma injeção de ânimo nela de repente ela decidiu que queria começar do zero. Tanto de emprego como de namorado.

-Eve... Não vá fazer coisas das quais vá se arrepender. Por que se eu sair por aquela porta eu não vou mais voltar. – tentou, inutilmente, fazer com que ela pedisse para ele ficar.

-Eu sei. Você disse isso a noite toda. Eu não quero mais. Cansei!

-Cansou?

-É. Cansei de não poder sair com as minhas amigas por sua causa, de não ter mais amigos homens, de você ficar me ligando o dia todo, de você ficar checando meus e-mails, de eu não poder vestir as roupas que eu quero. De várias coisas. Eu quero a minha vida de volta! – desabafou a morena, finalmente tinha conseguido colocar tudo o que queria para fora.

-Isso tudo por que eu me preocupo com você!

-Isso não é preocupação. Isso chega a ser doentio! – continuou, tentando conter um olhar de repulsa para ele.

Joe se aproxima e agarra o braço de Evelyn.

-Você não pode... Terminar...assim...comigo! – falou Joe firmemente, apertando o braço de Evelyn a cada palavra dita.

-Joe... Você ta me machucando!

As mãos de Joe afundavam cada vez mais no braço alvo de Evelyn.
Ele a segura com mais força, a puxa e começa a beijá-la ferozmente, puxando seus cabelos e mordendo o seu pescoço.
Ele estava insano.

-Joe... Não... Não... – Evelyn se debatia, gritava, arranhava, mordia, chutava, mas nada o fazia parar.

Ele começa a arrancar as roupas dela.

-Joe me solta! Me solta! – continuava a gritar desesperadamente sentindo sua roupa ser rasgada com muita força do próprio corpo.

Joe jogou-a no sofá e começa a rasgar sua própria blusa.

-Quem você pensa que é pra acabar comigo? – falava raivosamente, estava na hora de lavar a roupa suja.

Evelyn tentava se livrar do pesado corpo de Joe, que a prensava no sofá.
Pelo canto do olho viu sua varinha em cima da mesinha do abajur.

-Joe... Não... me solta!

Joe continuava a tirar as roupas de Evelyn. Ele tinha um olhar que dava a Evelyn calafrios, o olhar das labaredas, o olhar que ardia em chamas por dentro, não só de desejo, mas de ódio também.
Ela deu uma cotovelada nele e ele caiu no tapete, rapidamente se levantou e agarrou sua varinha.
Joe já estava de pé.

-Qual é Evelyn... Você não quer fazer isso quer?

O rosto de Evelyn estava molhado de lágrimas, sua blusa rasgada e vários arranhões ardiam em seus braços e no rosto.

-Fique... Longe... De... Mim. – falou sentindo as lagrimas de raiva se intensificarem.

Joe se aproximava lentamente.

-Eu estou avisando... – e apertou com mais força a varinha no meio das mãos.

Joe continuava com a expressão doentia, e com o olhar em chamas.
Ele fez um movimento contra Evelyn, puxando sua própria varinha, e ela apontou a varinha diretamente para ele.

-Expeliarmus!

Joe foi arremessado contra a parede. Ela continuava com a varinha apontada para ele.

-Sai da minha casa. AGORA!

Joe se levantou e pegou as malas.

-Evelyn, eu não queria... – murmurou fazendo uma cara de arrependido.

-SAIA DA MINHA CASA AGORA!

Ele pegou a mala e saiu, lançando um ultimo olhar para ela, um olhar frio.
Evelyn foi à direção da porta. Lançou todos os feitiços de defesa que se lembrava.
Voltou e se olhou no espelho.

Estava descabelada, com os olhos e o nariz vermelho, com marcas rocha no pescoço e nos braços. Chorou ainda mais ao se ver no espelho daquele jeito, parecia que tinha chegado ao fundo do poço.

Procurou sua bolsa e tirou seu celular de dentro.
Iria ligar pra única pessoa que se importa realmente com ela.
O número começou a chamar.
Evelyn rezava para que alguém atendesse.

-Alô? – a pessoa do outro lado da linha atendeu.

-Rachel?

Os soluços mal deixaram Evelyn falar.


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Por enquanto eh so.
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