Prólogo
O sol esquentava no alto do céu limpo, sem nuvens.
A cidade de Londres nunca fora tão bem iluminada. Poucas pessoas tinham uma vista privilegiada dela. David Reynolds era em desses “poucos”.
David era um famoso e rico jogador de quadribol, um ídolo para todos tanto dentro, quanto fora dos céus. Ela tinha um casamento invejável, com uma bela esposa. Eram ricos, famosos, perfeitos e adorados...o que mais poderiam ter?
-Por que você e sua mulher, a Rebecca, – cantarolou a mulher enojada, enrolada nos lençóis – ainda fingem ter um casamento perfeito? – questionou afofando o macio travesseiro de penas de ganso.
É, é impossível ser perfeito.
David, apesar do belo porte e cabelo ralo escondia um “pequeno segredo” que se chamava Victória Belucci. A loira de olhos claros era nada menos do que a amante do famoso jogador.
Loira e gostosa. As palavras chaves para uma boa amante, alem de fútil e mimada, claro.
-Porque precisamos manter as aparências – respondeu David levantando-se da cama em um salto e procurando sua calça.
-Ma...
-Não comece a reclamar... – suspirou o astro – Você é como se fosse a minha mulher, ganha tudo e mais um pouco do que a Rebecca ganha, as únicas diferenças entre vocês é que você é bem mais gostosa, é ela esta casada comigo no cartório. – finalizou agarrando a sua blusa que estava jogada no chão e sentou-se na cama.
A loira sorriu contente olhando para o amante, nunca imaginaria ser tratada como realeza.
A vida é mesmo uma caixinha de surpresas.
-Você tem que ir mesmo? – choramingou sem pudor, lançando os alvos braços em torno do seu pescoço.
-Tenho, a Rebecca não vai cair em outra desculpa esfarrapada que eu der... – murmurou intrigado, justamente pensando em uma desculpa convincente para enganar a mulher. Beijou ardentemente a loira e murmurou um “Ate logo”, quando ouviu ela o chamar – O que foi? – perguntou cansado.
-Eu precisava de um vestido novo para essa noite.. – murmurou fazendo biquinho, estava manhosa, sempre ficava assim quando pedia algo – e sapatos que combinassem...e jóias... – continuou sem perder a pose, ela sempre conseguia o que queria.
-Esta certo. – riu educadamente – Aqui esta – disse entregando a ela um cartão de credito de cor dourada, parecia um cartão importante. – Não tire muito dinheiro, é só um dos 37 bancos em que eu sou cliente vip, e tenho conta gold. – sorriu entre os beijos exagerados de agradecimento de Victória – Agora eu tenho que ir.
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David aparatou em seu quintal, não seria apropriado ir por pó-de-flu, da casa da amante para a da mulher. Alias, não era apropriado trair a esposa que tanto o amava.
Ele se sentia muito culpado com isso, mas não podia evitar, tinha algo em Victória que o deixava louco, que fazia ele perder a cabeça, que acendia um fogo insuportavelmente quente nele, coisa que ele já não sentia mais com a mulher.
Por isso toda a vez que voltava da casa que comprara para a amante, ele se sentia no dever de agradar a esposa.
Abriu a porta da imensa casa, com uma vista um pouco menos exuberante que a anterior, mas ainda assim muito bonita. A casa tinha algumas paredes de vidro, e um quintal grande, verde, e cheio de flores muito bem cuidadas.
Afinal, era para isso que ele pagava o jardineiro.
-Isso são horas? – ressoou uma voz feminina da sala. Era a sua mulher Rebecca, os cabelos ruivos presos em uma trança com um fino robe de seda branca. Ela parecia chateada.
-Era para eu ter vindo mais cedo, mas fiquei em duvida... – começou confiante, já tinha virado um mestre de desculpas naquela altura.
-Em duvida do que? – continuou a mulher ríspida, estreitando os olhos verdes.
-Em duvida de uma cor. Seria melhor chocolate ou vermelho ferrugem? – murmurou para si mesmo, sentindo a mulher desarmar o olhar e arregalar os olhos em expectativa – Resolvi te comprar outra Ferrari, meu bem. – sorriu fingindo ainda estar muito apaixonado.
-Mas a minha esta em ótimas condições! – tentou protestar, mas no fundo já se imaginando dirigindo o novo carro.
-É só um...pequeno presentinho! – sorriu satisfeito para a mulher que o abraçou gentilmente e beijou-lhe a face – É chocolate.
Mal terminara de falar, e a esposa já tinha corrido para a garagem deixando o marido sozinho.
Para eles era fácil fingir, fingiam que o casamento e outras coisas estavam muito bem o tempo todo. Eles eram mestres nisso.
Rebecca sentou-se na poltrona creme e estufou o peito. Todos esses presentes, parecia que tinha algo errado, ela arqueou a sobrancelha e se mirou no retrovisor, isso não era tão importante quanto dirigir o novo carro..
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Prologo em homenagem a Artemis, pq se nao fosse por ela, eu ainda estaria viajando em como colocar foto aqui :~
haha, obrigada :)
Espero que comentem, viu?
Eu me esforco bastante pra entrar aqui, espero ler pelo menos a opiniao de vcs.. o/
Obrigada ;*
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