O MELHOR PRESENTE DE TEDDY



CAPÍTULO SETE – O MELHOR PRESENTE DE TEDDY

Alguns meses se passaram desde o aniversário de Teddy. Aproximadamente no início de agosto ele recebeu a carta de que tinha um vaga em Hogwarts. Ele estava muito ansioso, e nos últimos dias de férias não parava de olhar seu material e sua varinha.
- Teddy, por favor, cuidado com essa varinha, ou você será expulso antes mesmo de entrar na escola – ralhava a avó.
Na noite de 31 de agosto, Andrômeda fez um delicioso jantar para a despedida.
- Vovó, é verdade que no Lago Negro tem uma Lula Gigante?
- É, e amanhã a essa hora você provavelmente vai dar de cara com ela, já que você vai de barco.
- E como é mesmo a seleção para as Casas?
- Eu já lhe expliquei, querido. Você colocará o Chapéu Seletor na cabeça e ele anuncia a casa que você pertencerá.
- A senhora era da Sonserina, não era?
- Era.
- Desculpa vovó, mas eu não quero ir pra Sonserina!
- Mas quem disse que você tem que ir pra Sonserina?
- Ninguém, mas...
- Sua mãe também me disse a mesma coisa que você um dia antes de embarcar no Expresso de Hogwarts. Ela também não queria Sonserina, então, foi para a Lufa-Lufa, a casa que era do seu avô. Já seu pai, pelo que eu sei, era da Grifinória. – disse sorrindo - Mas qual casa você iria se pudesse escolher?
- “Grifinória, a morada dos destemidos!” – respondeu erguendo uma espada invisível – Como meu pai e meu padrinho.
- Hahaha – riu a avó, da imitação do neto – Eu ficarei muito orgulhosa, independente da casa que você entrar.
Naquela noite, o garoto foi dormir cedo, pois teria de acordar mais cedo ainda. Como de costume, Remus e Tonks estavam ao lado de sua cama, olhando-o dormir. Já estava quase amanhecendo quando Lupin perguntou:
- É hoje não é? Que ele vai ver as suas lembranças?
- Sim, em poucas horas. Estou tão ansiosa!
- Eu também. Por mais que sua mãe contasse como foi a nossa história, será completamente diferente pra ele ver. Espero que ele não se envergonhe mais que eu quando ver que eu te deixei grávida. – disse Remus, triste.
- Claro que ele não vai se envergonhar – disse a jovem, encarando-o nos olhos – Tenho certeza que ele se orgulhará quando ver que você voltou e ficou ao nosso lado até o fim.
- Eu te amo Dora! – respondeu Remus, com um sorriso maroto nos lábios, antes de beijá-la apaixonadamente.
Pouco depois, Andrômeda entrou no quarto para acordar o neto. Eram seis da manhã.
- Bom dia Teddy – disse abrindo as cortinas com um aceno de varinha.
- Por que eu tenho que acordar tão cedo? – perguntou o garoto, olhando para o relógio.
- Por que eu tenho um presente pra você!
- Quê? – perguntou, levantando bruscamente da cama.
- É, vamos tomar o café, e assim que seu padrinho chegar, você verá o que é.
- Meu padrinho vem aqui hoje?
- Vem, e ele irá conosco até King’s Cross.
Eles desceram para a cozinha, acompanhados de perto pelo casal, para tomar o café da manhã. Quando estavam quase terminando, a campainha tocou.
- Deve ser o Harry. Espere aqui – disse, antes de sair.
- Ele está tão ansioso. Nem imagina o que o espera – falou Remus para a esposa.
- Olá Teddy! – disse Harry, quando chegou a cozinha, trazendo um bacia de pedra nas mãos.
- E ai padrinho, beleza? O que é isso?
- Você não quer tomar café conosco Harry? – perguntou Andrômeda, cortando a pergunta do neto.
- Ah, não obrigado. Já tomei café, antes de vir.
- Está bem! Você já terminou o seu Teddy?
- Sim, mas...
- Bem, então vamos para o seu quarto. Harry, querido, você poderia levá-la até o quarto? – perguntou indicando a bacia de pedra.
- Claro.
Todos, vivos e não vivos, subiram para o quarto. Teddy não se agüentava de tanta curiosidade.
- Mas o que é isso?
- Você saberá logo – disse o padrinho.
Chegando lá, Harry depositou a bacia em uma mesa de estudos. Ele e Andrômeda se sentaram em poltronas de frente para a cama que Teddy também havia sentado. Remus e Tonks permaneceram de pé, olhando com atenção.
- Teddy querido, - começou a avó – na noite que seus pais morreram, sua mãe veio aqui te deixar comigo.
- Eu sei vovó, a senhora já me contou. Mas o que isso tem a ver com aquilo? – perguntou olhando para a bacia.
- Calma, deixa eu terminar de explicar! – disse quase zangada – Bem, como eu ia dizendo, sua mãe veio aqui. O que eu ainda não te disse foi que naquela noite ela me pediu para que te entregasse isso – terminou, convocando a caixinha de madeira, e pousando-a em cima da cama do neto.
- O que é?
- Abra.
O garoto pegou a caixa nas mão, e com um leve estalo, abriu. Olhou-a com atenção, e percebeu que lá haviam duas coisas: uma carta e um frasco de vidro com uma substância prateada.
- Teddy – disse Harry – isso no frasco são lembranças. E a penseira – apontou a bacia de pedra – serve para que você veja as lembranças.
- Mas como? – perguntou sorrindo.
Tonks chorava emocionada, enquanto Remus a abraçava.
- Você despeja a substância na penseira, e coloca o rosto dentro da penseira – respondeu a avó.
- Posso fazer isso agora?
- Deve – respondeu a avó – e preste atenção em cada detalhe querido, essas são as lembranças de sua mãe, do tempo que ela passou com seu pai. Depois que você as ver, leia a carta. Harry e eu estaremos lá embaixo, precisando de algo nos chame.
- Está certo – respondeu Teddy, antes que eles saíssem. Os pais dele continuaram no quarto.
- É agora querido – falou Tonks carinhosamente para o filho – você vai saber de tudo como realmente aconteceu.
- Espero que você goste – disse Remus.
Teddy, como se absorvesse o que os pais disseram, levantou-se, foi até a mesa, destampou o frasco e despejou as lembranças na penseira. Curioso e com uma sensação de enorme felicidade, tocou com a ponta do nariz na substância prateada. Sentiu a cabeça rodar, e a visão produzir cores diferentes, passando muito rápido. Ele, finalmente, veria os pais.

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