A BATALHA DE HOGWARTS



CAPÍTULO TRÊS – A BATALHA DE HOGWARTS

Tonks saiu para o jardim da casa da mãe, vislumbrando tudo antes de aparatar. Rodopiou, e depois de segundos estava dentro do Cabeça de Javali.
Era cinco para a meia-noite. O bar estava lotado de estudantes esperando para ir embora pela lareira.
- Ah, que bom que você chegou Tonks! – era Aberforth ao lado da Sra. Longbottom – Ajude esse últimos a irem embora, e quando terminar suba por aqui – completou apontando para uma passagem aberta, atrás de um quadro, com uma escada.
- Onde vai dar esta escada?
- Em Hogwarts, te vejo lá em cima. – e subiu correndo com a varinha na mão.
- Faltam poucos agora – disse a Sra. Longbottom – me ajude e subiremos juntas.
- Claro. A Sra. sabe o que está acontecendo?
- Aquele-que-não-deve-ser-nomeado falou, aproximadamente as onze e meia, que deveríamos entregar Harry até a meia-noite e ninguém sairia ferido. Obviamente não faremos isso, o tempo está se esgotando. – ouviu-se um grito esquisito e pungente. Tonks olhou aflita no relógio, os dois ponteiros estavam no número doze, e disse:
- A batalha começou!
Juntas, elas terminaram de mandar cada aluno embora. Quando acabaram, entraram as pressas no túnel que levava a Hogwarts.
No final do túnel, que acabava em uma ampla sala, encontraram Gina:
- Que bom que você veio Tonks! – disse a garota dando um forte abraço na amiga, ao mesmo tempo em que a Sra. Longbottom lacrava a passagem para o cabeça de Javali.
- Já terminamos de mandar os alunos pra casa, é melhor prevenir, não é?
- Com certeza. – respondeu Tonks – Gina como estão as coisas por aqui?
- Não sei ao certo. Lupin convenceu meus pais a me deixarem ficar aqui, na Sala Precisa, ao invés de voltar pra casa. Não sei nada do que acontece fora dessas paredes, mas pelos barulhos, a luta já deve ter começado.
Neste momento, Harry, Rony e Hermione entraram na sala.
- Ah, Potter – disse a Sra. Longbottom – Você pode nos pôr a par do que está acontecendo.
- Estão todos o.k.? – Tonks e Gina perguntaram juntas.
- Até onde sabemos. Ainda tem gente indo para o Cabeça de Javali?
- Fui a última a atravessá-la – respondeu a Sra. Longbottom – Lacrei-a, acho insensato mantê-la aberta agora que Aberforth deixou o bar. Você viu meu neto?
- Está lutando – informou Harry.
- Certamente – disse muito orgulhosa de Neville – Com licença, preciso ir ajudá-lo. – e saiu.
- Pensei que você estivesse com Teddy na casa de sua mãe. – disse Harry, olhando para Tonks.
- Não agüentei ficar sem saber... Minha mãe cuidará dele... você viu o Remus?
Ela temia pela resposta, mas a angustia de nada saber era muito pior.
- Ele estava planejando levar um grupo de combatentes para os jardins.
Ao ouvir isso, a preocupação tomou conta de seu coração. Seu grande amor estava combatendo no lugar mais exposto da luta. Sem dizer nada, saiu correndo daquela sala e foi até uma das janelas, cujo vidro estava partido, tentar enxergar Remo no meio daquela batalha.
Viu alguns Comensais da Morte e começou a lançar feitiços neles. Sem que ela percebesse, Gina estava ao seu lado fazendo o mesmo.
- Você não devia estar na sala precisa?
- Devia, mas Harry me pediu para sair por um momento e disse que eu deveria voltar depois, há, até parece que eu vou voltar!
A situação da luta estava critica. Clarões verdes e vermelhos próximos a base do castelo indicavam que os Comensais da Morte estavam prestes a invadir o lugar. Grope andava sem rumo, urrando feito louco.
- Tomara que ele pisoteie meia dúzia deles! – exclamou Rony que, assim como os outros, saíra da sala e olhava a luta da janela.
- Desde que não seja nenhum dos nossos – disse Gina lançando um feitiço certeiro contra um grupo de combatentes embaixo.
- Boa menina – Aberforth corria pela poeira, até eles, liderando um pequeno grupo de estudantes. – Parece que eles estão rompendo as ameias do norte do castelo, trouxeram gigantes aliados!
- Você viu Remus? – gritou Tonks para o velho.
- Estava duelando com Dolohov – respondeu – depois não o vi mais!
Ela entrou em pânico. Dolohov era o tipo de Comensal da Morte que não poupava a vida nem de criancinhas inocentes, quiçá de membros da Ordem da Fênix.
- Tonks – falou Gina, tentando acalmá-la –, Tonks, tenho certeza de que ele está o.k.
Nada do que lhe dissessem seria capaz de acalmá-la. Ela saiu correndo pela poeira. Precisava encontrá-lo, ajudá-lo.
No meio do caminho o castelo estremeceu. Chegando a porta de carvalho avistou um garoto, que visivelmente tinha menos de dezessete anos, lançando feitiços ao mesmo tempo em que saia para os jardins. Tonks conseguir ver a tempo, quando uma Maldição da Morte vinha de encontro ao garoto, e empurrou-o para longe.
- Obrigado – respondeu o menino.
- De nada. Qual é o seu nome? – foi a única coisa que Tonks pensou em dizer.
- Colin Creevey.
- Certo, Colin, posicione-se de um jeito menos arriscado, beleza?
- Tá. Valeu.
Seu conselho parecera inútil, o garoto se levantou e, esgueirando-se de jatos de luz verdes e vermelhos, correu para o jardim.
Será que era assim que Remus se sentia quando ela não acatava seus conselhos? Porém, não tinha tempo para pensar nisso. Assim como Colin, ela correu para o jardim, procurando seu amado.
Finalmente, ela os viu.
Remus e Dolohov duelavam ferozmente próximos a uma árvore à beira do lago.
Para ajudar o marido, ela sorrateiramente foi até os dois e se escondeu atrás da árvore.
- Foi uma pena que a mordida de Greyback não o tenha matado na infância, Remus. Mas pelo menos ele me deixou esse presente. – falou Dolohov, sua expressão era de imensa satisfação – Avada ...
Porém, antes que ele terminasse a maldição, Tonks saiu de trás da árvore e lançou-lhe um feitiço, que somado ao de Remus, fez o Comensal desabar no chão, desacordado, muito ferido.
Remus olhou para trás para ver quem o ajudara... e foi muito zangado que disse:
- O que você está fazendo aqui? – puxou-a para trás de árvore – Não cumpre mais suas promessas?
- Graças a Deus que eu te encontrei! – de olhos marejados, ela o abraçou e falando em seu ouvido, respondeu - Não podia ficar em casa, sem saber o que te acontecia. E na verdade, eu cruzei os dedos na hora que prometi.
Nesse momento, Bellatriz que tinha assistido a queda de Dolohov de longe, correu até ele, e remendou-lhe os ferimentos.
- Teimosa! Você nunca ouve o que eu digo para o seu bem – Remus soltou-se do abraço de Tonks e mirou-a nos olhos – Fuja daqui, eles não estão de brincadeira, e Bellatriz quer lhe matar tanto quanto Voldemort quer Harry. Volte para junto do Teddy. Você não se importa com ele? Imagine o sofrimento dele se a mãe... – ele não conseguiu terminar a frase, tal possibilidade lhe doía no fundo da alma.
- Teddy está com minha mãe, ela cuidará dele. E não tem como eu voltar Remus. No altar eu jurei que estaria com você sempre, nas horas boas e ruins. – as lágrimas caíram - Entenda que o meu amor por você fala mais alto do que seus conselhos.
Ao ouvir isso, ele não agüentou. Seus braços se envolveram no corpo da esposa, suas mãos deslizaram pela cintura dela, enquanto sua boca chegava aos lábios da amada. Em sua mente, todos os momentos juntos passavam lentamente.
O mesmo acontecia com ela, que ao entrelaçar as mãos em volta do pescoço dele, pode acariciar-lhe os fios de cabelo. Tonks apertou-o tão fortemente, que seu perfume de rosas grudou nas vestes dele.
Aquele estava sendo o melhor beijo, o mais ardente, o que poderia durar para sempre.

Próximo dali, Dolohov despertava nos braços de Belatriz.
- O que houve? – perguntou o bruxo.
- Levante-se e mate o lobisomem. Corra para o castelo, e deixe a fedelha para mim, entendeu? – respondeu-lhe Bellatriz, em seu modo arrogante, mas com um leve sorriso maníaco nos lábios.
- Claro. – Dolohov disse, maliciosamente, levantando-se, recuperado.

Atrás da árvore, despertado pelos barulhos da batalha, Remus se soltou levemente daquele beijo, com um enorme sorriso no rosto. Inconscientemente deu alguns passos para trás, ficando na mira da varinha de Dolohov:
- Dora, jamais se esqueça que eu te amo...
Ao dizer isso, seus olhos brilharam, e ela soube que era a mais pura verdade e sorriu para ele.
O raio de luz verde iluminou essa cena. Remus Lupin só teve tempo de sorrir mais uma vez para Tonks, e caiu morto no chão com a mão desocupada próxima do rosto.
- Remus... Não...
O grito triunfante de Dolohov entrou em seus ouvidos, ferindo seu coração. Ela o viu correr para a porta de carvalho antes de se ajoelhar ao lado do corpo de Remus.
Queria que aquilo fosse um terrível pesadelo... O homem de sua vida, pai de seu filho, agora estava longe, morto, mais distante do que qualquer outra vez.
Lembrando-se da hora que ele estava no quarto de Teddy, mexeu em seu bolso e encontrou a foto do filho, tirada dias antes. Olhou de Remus para a foto. Teddy agora seria a sua força para continuar vivendo, apesar da sensação que ela estava, de que um pedaço de seu coração fora arrancado, para que Remus pudesse levar com ele.
Relembrou a felicidade do passado. Era o que lhe restava, agora que seu futuro estava destruído...
- Ora, Ora, se não é a minha horrível sobrinha, chorando a morte desse lobisomem nojento.
O desejo de vingança ocupou o espaço da dor no coração de Tonks. Liquidaria quantos Comensais da Morte pudesse. E lutaria até a morte se fosse preciso.
- Estupefaça – disse, levantando-se rapidamente, com a foto da Teddy em uma mão e a varinha na outra, atacando Bellatriz, antes que ela o fizesse.
As duas começaram a duelar ao lado do corpo de Lupin. Quase dez minutos depois de muitos feitiços, Bellatriz gritou:
- Você não pode comigo, sua mestiça imunda. Vai perder como no dia da morte do meu querido priminho. Só que desta vez eu não serei tão bondosa com você – uma expressão de alegria doentia passou pelo rosto da bruxa antes dela completar – Avada Kedavra.
Tudo foi tão rápido que Tonks mal teve tempo de sentir dor. A última imagem que passou por sua mente foi o nascimento de Teddy, o melhor momento de sua vida. Ela caiu lentamente, ao lado de Lupin, com sua mão que segurava a foto do filho, exatamente em cima da mão dele.
Muitos quilômetros longe daqui, nesta hora, o pequeno Teddy começava a chorar.

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Nota da autora:
Valeu a Noelle e a Monny que comentaram, vocês são muito fofas.
huahuahuahua

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