O INÍCIO DA PAZ



CAPÍTULO CINCO - O INÍCIO DA PAZ

Foi exatamente como aparatar. Em um segundo todos estavam no jardim de Hogwarts.
Tonks segurou a mão de Remus e olhou ao redor. O castelo estava destruído e o jardim mais silencioso que um cemitério.
- Achei que vocês não vinham mais! – exclamou um voz conhecida, quebrando o silêncio do mundo dos mortos.
- Olho-Tonto! – gritou Tonks correndo a seu encontro e abraçando-o. Ele estava muito melhor do que em seus últimos anos de vida. Suas pernas e olhos estavam normais e ele parecia mais jovem e feliz, sem todas aqueles cicatrizes no rosto e com o nariz inteiro.
- É Alastor, tivemos que resolver alguns detalhes antes de vir – respondeu Dumbledore.
Então, quebrando o silêncio dos dois mundos e causando um enorme desespero em todos, vivos e alguns mortos, ouviu-se a voz, magicamente amplificada, do Lord das Trevas:
“ Harry Potter está morto. Foi abatido em plena fuga, tentando se salvar enquanto vocês ofereciam as vidas por ele...”
- Mas que mentiroso!
- Quieta Lílian – ralhou Tiago
“Trazemos aqui o seu cadáver como prova de que o seu herói deixou de existir.
A batalha está ganha. Vocês perderam metade dos seus combatentes. Os meus Comensais da Morte são mais numerosos que vocês, e O-Menino-Que-Sobreviveu está liquidado. A guerra deve cessar. Quem continuar a resistir, homem, mulher ou criança, será exterminado, bem como todos os membros de sua família. Saiam do castelo agora, ajoelhem-se diante de mim e serão poupados. Seus pais e filhos, seus irmãos e irmãs viverão e serão perdoados, e vocês se unirão a mim no novo mundo que construiremos juntos.”
Voldemort havia chegado ao jardim, com seus Comensais da Morte festejando o que pensavam ser a morte de Harry. Hagrid trazia o menino nos braços chorando.
- Nossa, mas como ele é feio! – exclamou displicentemente Tonks, ao olhar Voldemort.
As coisas a seguir aconteceram muito rápido. Os combatentes do castelo foram até o jardim e se chocaram com a aparente morte de Harry; Voldemort ameaçou todos; Neville o enfrentou e matou Nagini com a espada de Gryffindor; Harry levantou, vestiu a capa da invisibilidade e lançou um feitiço escudo entre Neville e Voldemort; Novos aliados adentravam na Batalha de Hogwarts, entre eles os habitantes de Hogsmeade, os centauros e Grope que lutava com outros gigantes, junto com os testrálios e Bicuço, o hipogrifo.
- Vamos, incentivem nossos aliados! - gritou Dumbledore aos mortos.
Então, todos foram para o Saguão e o Salão Principal do castelo onde uma nova luta se iniciou, com a participação em peso dos elfos domésticos, liderados por Monstro.
As almas se dividiram e cada um foi apoiar os combatentes de que eram amigos ou os que lutavam contra seus agressores.
Tonks viu Régulo incentivando Monstro, que esfaqueava a perna de vários Comensais; Abílio Weasley gritando conselhos a Arthur e Percy que derrubaram o ministro Thicknesse; Dumbledore olhando orgulhoso para o irmão, Aberforth, enquanto ele estuporava Rookwood; Colin Creevey agitado ao lado de Hagrid que atirou Macnair do outro lado do Salão, deixando-o inconsciente; Fred incentivando Jorge e o amigo Lino Jordan que nocautearam Yaxley; Snape, Olho-Tonto, Tiago e Lílian xingando Voldemort ao mesmo tempo em que apoiavam três aliados que duelavam contra ele: Minerva, Kingsley e Horácio Slughorn; Mais o que mais a emocionou foi ver o Sr. e a Sra. Lupin apoiarem Rony e Neville que abateram Lobo Greyback. Remus sorriu para os pais.
- Ah, professor Lupin? Dolohov está pra lá. – indicou o jovem que estava com Fred quando Tonks despertou.
- Muito obrigado Cedrico! - agradeceu e saiu segurando a mão de Tonks até onde Dolohov e Flitwick lutavam.
- Você é a minha esperança de vingança contra esse safado que me tirou a vida, Flitwick – disse Remus.
Tais palavras pareciam ter penetrado no interior de Flitwick que acabou com Dolohov.
Tonks e Remus se abraçaram, felizes, mas era a vez dela ajudar quem combatia sua assassina. Os dois saíram em direção a Gina, Hermione e Luna que duelavam contra Bellatriz.
- Pensei que vocês não viriam apoiar as meninas! – falou Sirius, que assim como Tonks havia morrido pelas mãos de Bellatriz.
- Pensou errado primo! Vamos lá meninas acabem com ela! – brandiu Tonks.
- Elas perecem estar em dificuldades. Tive um idéia! – comentou Remus, ao mesmo tempo em que saia.
- - Aonde ele vai? – perguntou Sirius.
Mas antes que Tonks pudesse responder, Remus voltou praticamente ao lado de Molly Weasley.
- A MINHA FILHA NÃO, SUA VACA! – gritou a bruxa para Bellatriz pouco depois de uma Maldição da Morte passar muito perto de Gina.
- Fui chamar Molly, – respondeu Remus - ela liquidará com Bellatriz.
As duas bruxas iniciaram um duelo mortal, enquanto Fred e Ted chegavam próximos da luta.
- Mamãe! O que vai acontecer com ela?
- Ah, matará Bellatriz. – respondeu calmamente Ted.
As cinco almas acompanhavam esse duelo, enquanto as outras apoiavam os combatentes de Voldemort.
- Você... nunca... mais... tocará... em... nossos... filhos! – gritou Molly, lançando um feitiço que atingiu Bellatriz no coração, fazendo a bruxa despencar morta.
Vivos e mortos comemoraram, enquanto Voldemort, agora sozinho sem seus aliados, gritou e derrubou seus três oponentes. Ele virou-se para matar Molly, mas nesse exato momento Harry lançou um Feitiço Escudo entre os dois e despiu a capa.
Todos gritaram vivas por Harry estar vivo. E todas as almas se colocaram ao lado do garoto que desafiava o Lord das Trevas.
- Vamos Harry, você conseguiu várias vezes, hoje não será diferente – disse Cedrico Diggory.
- É isso ai! – exclamaram um Fred emocionado e feliz por a mãe estar bem e um Colin contente por rever seu herói, ao lado de Abílio Weasley e do Sr. e Sra. Lupin.
- Com certeza moleque, acaba com esse calhorda! – brandia Olho-Tonto.
- Agora que ele não tem mais horcruxes, tudo fica mais simples – comentou Régulo Black.
- Horcruxes? Esse infeliz fez horcruxes? – perguntou Snape.
- É, sete. Mas elas já foram destruídas. Manda a ver, Harry! – respondeu Sirius.
- Nossa, então era essa a missão que Dumbledore deixou para ele? – falou Lupin.
- É – disseram Tiago, Sirius e Régulo juntos.
- Ah, se ele já destruiu sete horcruxes, acabar com isso vai ser moleza. – exclamou Tonks.
- Contamos com você Harry! – incentivou Dumbledore.
Então, depois do garoto explicar tudo a Voldemort, o malvado gritou a ambos lançaram feitiços um contra a outro.
Voldemort: Avada Kedavra!
Harry: Expelliarmus!
Os feitiços se encontraram e a Varinha das Varinhas foi tirada das mãos de Voldemort por Lílian, que a conduziu para onde o filho estava.
E Voldemort morreu, atingido pelo ricochete de sua própria Maldição.
Um segundo de silêncio, e depois os vivas de comemoração, tanto de vivos como dos mortos. O sol ia surgindo para dizer que pesadelo enfim havia acabado!
Remus e Tonks se abraçaram e se beijaram (e até que para um primeiro beijo na condição de mortos estava sendo ótimo), enquanto os outros deixavam a felicidade consumir-lhes.
- Cof, Cof, Cof ... – tossiu Ted Tonks, para poder falar com o casal.
- Ah, sim papai – disse a jovem, soltando-se do marido. Ambos sorriam.
- Imagino que agora que tudo acabou bem por aqui, vocês gostariam de ir comigo até a casa de Andrômeda...
- Nós podemos ir até lá? – perguntou Lupin
- Ah, eu não te contei Remus – disse Tonks, sorrindo ainda mais, se é que isso era possível - nós poderemos rever o Teddy! Isso não é incrível?
- Sério? – Remus temia que aquilo fosse uma brincadeira.
- É... bem, ele não poderá nos ver nem nos ouvir, mas já é alguma coisa né, a gente vai poder revê-lo sempre que possível.
- Mas isso é maravilhoso! – exclamou Remus, abraçando a amada e girando-a no ar – Vamos imediatamente, pode ser Ted?
- Claro, faz dias que eu não vejo Andrômeda.
Eles saíram da comemoração de Hogwarts e aparataram na sala de estar da casa de Andrômeda Black Tonks.
Ela estava sentada no sofá com Teddy, que chorava muito, nos braços. Provavelmente havia passado a noite toda acordada e seus olhos estavam inchados de tanto chorar. Ela cantava baixinho a mesma musica que Tonks cantara para o filho antes de sair de casa.
A jovem se aproximo do filho a acariciou seu rosto. O bebê imediatamente parou de chorar.
- Ela já sabe o que nos aconteceu? – perguntou Lupin a Ted.
- Saberá agora...
A campainha tocou. Andrômeda colocou o neto no sofá e foi até a porta.
- Quem é?
- Molly Weasley, trazendo novidades sobre a batalha que houve em Hogwarts – sua voz estava triste, o que fez Andrômeda abrir a porta desesperada.
- O que aconteceu?
As duas se abraçaram. Molly entrou na casa e sentou numa poltrona de frente para o sofá, que Andrômeda também sentava.
- Agora me conte, o que aconteceu?
- Voldemort morreu, os Comensais estão sendo presos. O sofrimento da comunidade mágica acabou!
- Graças a Deus! Mas por que Dora e Remus ainda não voltaram? Eles estão feridos?
Ao ouvir a pergunta da mãe, Tonks começou a chorar e foi abraçada por Remus.
- Assim como meu filho Fred, eles não voltarão – lagrimas caíam dos olhos de Molly também – Eles estão mortos!
- Não... a minha filhinha não...
As almas presentes pareciam absorver o sofrimento de Andrômeda.
- Foi assim também quando o senhor se foi papai. – disse Tonks, muito triste.
- Eu sei, foi muito difícil ver vocês sofrendo.
Molly levantou-se a abraçou a outra.
- Eu entendo seu sofrimento Andrômeda, pois ele também está em meu coração. Mas você precisa ser forte, pelo Teddy.
- Você tem razão, Molly – disse secando as lágrimas – Mas como aconteceu? Dora veio aqui e deixou Teddy comigo, dizendo que tinha que ir para Hogwarts. O que houve desde que ela saiu daqui?
- Bem, testemunhas me disseram que ela chegou ao castelo e quando soube que Remus duelava com Dolohov nos jardins, correu até eles. Parece que eles acabaram com Comensal juntos, e se esconderam atrás de uma árvore. Então Bellatriz ajudou o amigo a se recuperar. Quando Remus saiu de trás da árvore, Dolohov o matou e foi para o castelo. Tonks provavelmente foi até o corpo dele e quando Bellatriz a viu, elas começaram a duelar, e...
- Minha irmã a matou?
- É.
- Ah, mas eu vou acabar com aquela vaca. Onde ela está, Molly, em Azcaban?
- Não. Bellatriz está morta – e respirou fundo antes de completar – Morreu por minhas mãos.
- Que Deus me perdoe, mas já foi tarde – disse com amargura.
- Kingsley agora é o ministro e pensamos que seria bom fazer um funeral coletivo, no cemitério de Hogsmeade. Você concorda?
- Ah, sim, claro.
- Bem, eu tenho que ir Andrômeda. Precisando de algo é só chamar.
- Muito obrigada Molly.
- Tchau – disse a bruxa, indo embora.
Ted, Remus e Tonks observavam a cena em silêncio Andrômeda, pegou o neto no colo e disse-lhe:
- É Teddy, agora somos só nós dois!
- Não, nós estaremos sempre com vocês, mamãe! – disse Tonks, aos prantos, mesmo sabendo que Andrômeda não a ouvia.

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Nota da Autora: Cap novinho em folha!
Falta uns dois cps pra acabar a fic!
Espero que estejam gostando...
Valeu os coments da Laari Tonks e da Malu
bjus

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