Algumas chances e uma vingança

Algumas chances e uma vingança



Mione acordou com o estômago roncando. Aquele café que ela tinha deixado de tomar algumas horas atrás fizeram falta naquele momento.

Mas ela não queria se levantar dali. Malfoy exalava um cheiro que a hipnotizava, a pele dele não era tão fria quando ele dormia, e ele parecia tão sereno.

Ela também estava serena. Estava cansada, feliz, esfomeada, satisfeita. Aquele homem, cujo peitoral apoiava a cabeça da morena como um travesseiro, era completo: bonito, rico, bom de cama e sabia ser muito gentil quando queria.

Ela se espreguiçou lentamente e se levantou. Vestiu a camisa social dele, que se encontrava aos pés da cama, e se encaminhou para a porta, mas, antes que pudesse sair do quarto, ouviu uma voz rouca.

- Vai fugir? Se for, por favor, não leva a minha camisa. Ela custou muito caro.

- Se eu fosse mesmo fugir, a única coisa que te faria falta era a camisa? – ela perguntou docemente se fingindo ofendida.

Ele se levantou e caminhou na direção dela.

- Na verdade, agora a única coisa que eu quero é te ver fora dessa camisa.

- Nossa, você tem tanto ciúme assim dessa camisa? – ela abaixou a cabeça para olhar melhor a peça de roupa que vestia.

- O que eu quero é o que está em baixo dela. – ele disse com os olhos cheios de desejo.

- Agora eu entendi onde você quer chegar. – ela disse dando um sorriso safado.

Os dois se aproximaram para um beijo ardente. Os dois tinham uma atração sexual muito forte. O simples toque dos lábios deles fazia despertar neles um desejo enorme, uma vontade de recomeçar tudo que tinham feito na madrugada.

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O loiro começou a abrir os botões da camisa rapidamente. O corpo dela já voltava a aparecer. Ele não vestia nada.

Eles continuavam se beijando intensamente. Ambos já estavam com as respirações arfantes. As mãos dele passeavam pelo corpo nu dela, apertavam suas nádegas, acariciavam seu sexo.

Ela gemia com os toques dele, queria ser dele novamente. A morena puxou os cabelos do homem e guiou a cabeça dele para seus seios. Ela tremeu com os beijos que ele depositou em seus mamilos enrijecidos.

Os dois já estavam visivelmente excitados e não agüentavam esperar mais para consumar todo o desejo que sentiam. Ele a empurrou contra a escrivaninha e com um movimento rápido jogou no chão os objetos que o atrapalhavam a colocar a mulher ali em cima.

- Sabe que a cama está bem atrás de você? – ela disse interrompendo o beijo e falando com a voz completamente falhada.

- Mas ta muito longe. – ele respondeu mordendo o lóbulo da orelha dela, fazendo-a dar um pequeno gemido.

Ele se aproximou para beijá-la novamente, mas ela afastou a cabeça, provocando-o. Toda vez que ele tentava beijá-la, ela afastava a cabeça, com um sorrisinho nos lábios, puxando levemente os cabelos dele.

Ele sem agüentar mais a provocação, segurou firmemente a cabeça dela e forçou o beijo, que ela voltou a retribuir com ardor.

Ele apertou com as duas mãos as nádegas dela e puxou a mulher para mais perto dele. Ela abriu as pernas para encaixá-las entre o corpo dele.

- Vem pra mim, vem. – ele disse se preparando para penetrá-la e, quando fez isso, os dois gemeram alto. Os dois se beijavam e gemiam. Seus corpos suados e quentes pareciam trocar fagulhas de prazer.

As investidas dele se tornavam cada vez mais fortes e ela gemia cada vez mais alto. A escrivaninha fazia um barulho com mesma constância das estocadas dele, na medida em que batia na parede e as suas pernas de madeira rangiam com o peso que se instalava sobre ela.

Ela desceu os seus beijos em direção ao pescoço dele e voltou à boca. Ele, em um gesto de desejo, trincou os lábios dela.

As investidas continuavam e os corpos em atrito exalavam um cheiro misto de sexo e suor.

Hermione já quase gritava de prazer, cravava suas unhas nas costas do homem, o arranhava. Foi então que sentiu todo seu corpo tremer e uma onda indescritível invadiu todo o seu corpo.

Ele percebeu que a mulher tinha atingido o orgasmo e se sentiu satisfeito com isso. Suas investidas se tornaram mais rápidas na medida em que sabia que ia chegar ao clímax.

Ele depositou todo o conteúdo daquele prazer no ventre dela, dando um ultimo gemido forte, e se deixando cair sobre o corpo suado dela.

Ela se apoiava sobre os cotovelos e apoiava a cabeça na parede, marcada pelos choques com a mesa. Ele apoiava a cabeça nos seios dela. Aos poucos, a respiração de ambos foi voltando ao normal.

Ele se afastou e ela desceu da mesa. Todo o barulho do sexo tinha sido substituído pelo silêncio depois dele. Mione foi a primeira a falar.

- Eu estou faminta. Já estava com fome antes, mas agora... – ela disse sorrindo.

- Podemos sair para tomar café em algum lugar, o que você acha? – ele perguntou sorrindo.

- Eu acho uma idéia excelente. – ela continuava sorrindo – Eu só tenho que tomar um banho antes. – disse já se encaminhando para o banheiro.

- Eu também posso ir? – ele disse com um sorriso de canto de boca.

- Draco Malfoy, você não se cansa não, homem? – ela disse dando uma gargalhada gostosa.

- Não com uma mulher como você.

- Você quer dizer que eu não sou boa o suficiente para te cansar?

- Eu to dizendo que você é boa demais a ponto de que, mesmo estando muito cansado, eu ainda quero mais.

- É... Eu acho que você está precisando mesmo de um banhozinho. – ela respondeu rindo e se virando em direção ao banheiro, sendo seguida por ele.

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Os dois já estavam prontos para sair quando Draco falou:

- Sabe que a nossa idéia de café-da-manhã na rua já não é mais possível, né?

- Por que não? – ela disse fazendo biquinho.

- Já são duas da tarde, acho que em nenhum lugar vão querer nos servir um café colonial. – ele disse rindo.

- Nossa, já é tão tarde assim? – ela perguntou assustada.

- Pois é, morena. A gente perdeu muito tempo... Se é que se pode chamar isso de perder tempo, acho mais que ganhamos um tempo... – ele falava mais para si mesmo do que para ela, que ria docemente do comentário dele.

- Então vamos almoçar em algum lugar, porque meu estômago já está roncando. – ela disse, segurando a mão dele e o guiando em direção a porta.

- Eu preciso passar em casa antes para trocar essa roupa, porque vai ficar muito na cara que eu não dormi lá se eu chegar no restaurante... – mas ele parou de falar ao sair e ver quem esperava do lado de fora da casa da morena. – Você de novo aqui? Não cansa de atrapalhar os outros não?

Rony esperava a porta da casa de Hermione com um buquê de flores na mão.

- O que esse cara ta fazendo na sua casa a essa hora? – o ruivo perguntou gritando e agitando o buquê no ar, apontando na direção de Malfoy.

Mione ia responder, mas Draco foi mais rápido.

- Você quer realmente saber o que a gente estava fazendo? – ele respondeu com seu ar superior de sempre.

- Draco, por favor! – disse a morena rispidamente, meio vermelha.

- “Draco”? “Draco”? Desde quando você chama esse oxigenado de Draco? Hermione, o que esse cara estava fazendo na sua casa? – e reparou nos cabelos molhados nos dois – Não me diga que ele passou a noite aqui, que vocês... Que vocês... – a idéia parecia absurda demais para que ele conseguisse reproduzir em voz alta.

- Rony, eu... – Mione começou a falar em voz baixa, mas Draco a interrompeu.

- Pense o que quiser, cabeça-de-fósforo. Ela já te falou que não te deve mais satisfações da vida dela.

O ruivo não tirava os olhos da morena, que disse com uma voz doce.

- A gente vai conversar, mas essa não é a hora mais apropriada, Rony. Eu ainda não esqueci o que você fez noite passada, ainda estou muito chateada.

- E por isso você precisava foder com esse cara? – pronunciar aquilo em voz alta o fez sentir nojo da mulher a frente dele.

- É muita presunção sua vir na minha casa me ofender e ainda por cima achar que tudo que eu faço na minha vida tem alguma coisa a ver com você. Eu tenho uma novidade pra te contar, caso você não tenha notado, o mundo não gira em torno de você. Eu já te esqueci, Ronald e é melhor você fazer o mesmo em relação a mim. Me esquece e me deixa em paz.

E, sem dizer mais nada, segurou firme na mão de Malfoy, que entendeu e aparatou, deixando Rony sozinho, com as flores caídas aos seus pés.

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- ... mas você não pode ficar brigada com o Rony dessa forma, Mi. – Gina insistia. Ela já sabia de tudo que tinha acontecido com a amiga.

- Você acha certo o que ele fez comigo? – a morena perguntou exaltada.

- Claro que não. – a ruiva continuou – Mas você tem que entender o lado dele, amiga.

- Entender o quê? Que ele me humilhou e que ele me ofendeu? Desculpa, mas isso eu não vou entender nunca.

- Se ponha no lugar dele, Mi. Imagina se você fosse ele e visse sua ex-namorada saindo com Draco Malfoy. Não se esqueça que ele não te viu com qualquer um, ele te viu com o Malfoy, o pior inimigo dele. – Luna se manifestou pela primeira vez na conversa.

- Você também está contra mim? – Mione estava revoltada.

- Ninguém aqui está contra você, Mi. A gente só quer que você converse com o Rony, que vocês façam as pazes. – disse Gina – Você pode contar pra ele sobre a aposta, se quiser.

- E realmente isso vai fazer com que ele me admire muito, né? Que saber que eu transei com o Malfoy por interesse vai fazer ele se arrepender das coisas que falou pra mim... Gina, não seja inocente. Ninguém, nunca, pode saber dessa aposta. As pessoas não entenderiam a gente, achariam que simplesmente somos três vagabundas entediadas.

- Nesse ponto ela tem razão. – Luna falou séria – Nunca contaremos a ninguém sobre essa aposta, certo?

As três consentiram e ficaram em silêncio por um tempo.

- Mas você não disse se trouxe a fita pra gente. – disse a loira com sua incrível habilidade de mudar de assunto rapidamente.

- Que fita?

- A fita que tem você dormindo com aquele deus grego. – disse Luna, com um suspiro.

- Eu não filmei nada. – disse a morena calmamente.

- Também esqueceu? – Gina perguntou sorrindo.

- Na verdade eu até lembrei, mas não tive vontade de filmar.

- Sei, sei... – disseram as duas, entre risos.

- Sério mesmo! – disse Hermione começando a rir também – Eu até que tive várias chances de filmar, mas simplesmente não quis.

- Várias chances? O que você quer dizer com isso, Hermione Granger? – perguntou Gina com um sorriso de canto de boca.

- Elementar, minha cara. Quero dizer exatamente isso que você está pensando.

- Como assim? Pára tudo e conta pra gente! – disse Luna eufórica.

- Não vou entrar em muitos detalhes, mas foram três vezes no meu apartamento e algumas outras vezes na casa dele.

- Na casa dele? Você foi na Mansão Malfoy? – perguntou a ruiva.

- Algumas outras vezes? Menina, vocês não cansavam não? – perguntou a loira.

- Sim e não. – respondeu Mione sorridente as duas perguntas – A gente acabou almoçando pela casa dele mesmo, e não saímos muito do quarto. – ela disse em tom conclusivo, indicando que esse era o máximo que ela falaria sobre o assunto.

- Mas como você não filmou nada, é como se tivesse perdido a aposta da mesma forma que nós. – disse Luna, meio recalcada.

- Então, no final das contas, todas perdemos? – perguntou Gina.

- Ou então, todas ganhamos. – disse Mione sorrindo – Já que todas cumprimos nossa parte da aposta, só deixamos de filmar, acho que podemos declarar um empate.

- Acho uma excelente idéia! – disse Luna, feliz – Eu já estou até me vendo naquele vestido caríssimo e chiquérrimo da “Witches”.

- E eu já estou até sentindo o cheirinho das páginas novas dos meus livros novos.

- Já pararam pra pensar que passamos por isso tudo só por causa de um vestido e de uns livros? – Gina falou meio intrigada.

- Pois eu não me arrependo. O vestido é só um pequeno mimo em comparação com tudo o que a gente se divertiu com essa história.

- É verdade, isso nos rendeu boas risadas. Mas algumas lágrimas também, ne? – ponderou Mione.

- E muitos gemidos, minha gata. Não se esqueça! – disse Luna, provocando risos nas amigas. – Mas até agora você não falou o que quer ganhar, Gi.

- Eu quero que o Harry saiba. – ela disse com um brilho no olhar.

- O que? – as duas perguntaram.

- Eu quero que o Harry saiba que eu transei com o Malfoy. Essa vai ser a minha vingança. Ele vai saber que eu dormi com o pior inimigo dele e assim eu vou me vingar de todo o sofrimento que ele me fez passar.

- Mas ai as pessoas vão saber que eu e você dormimos com o Malfoy. Isso realmente não vai parecer normal, amiga. – disse Mione com calma, temendo magoar a amiga. – Não se esqueça do que você já me falou, ele não é um homem qualquer, é o Draco Malfoy. O cara que até pouco tempo era nosso inimigo também.

- A gente pode dizer que eu não quis mais saber do Malfoy depois de um tempo e que, através de mim, que você voltou a ter contato com ele e você percebeu que ele não era tão ruim quanto a gente pensava e tal...

- Pode ser então. – disse Mione sorrindo.

- Agora a gente só precisa bolar como que o Harry vai ficar sabendo disso da pior maneira possível. – disse a ruiva, satisfeita.

- Que má você, amiga. – disse Luna rindo – Acho que você andou aprendendo com o nosso gato loiro.

- Por falar nele, olha quem vem vindo. – indicou Gina com a cabeça.

Pela primeira vez, desde o começo da aposta, elas viam Draco enquanto estavam as três juntas. E, para surpresa delas, ou talvez nem tanta surpresa assim, ele veio andando em direção a elas.


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N/A: desculpem a demora, mas eu estava muito atolada com assuntos da faculdade, mas agora eu ja estou quase de ferias e vou poder me dedicar melhor a fic.
espero que voces tenham gostado do cap... escrevi com mto carinho
COMENTEM, por favor!!!!
Tita^.^

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