Boa noite



- ... e eu disse que não seria nada possível. – ele terminou de contar a história, enquanto Hermione tinha as bochechas doloridas de tanto rir.

Os dois caminhavam lentamente pela rua. Ela tinha aparatado com ele um pouco antes da entrada de sua casa, pois adorava essas caminhadas lentas sob a luz da lua. Ela tinha sobre os ombros o paletó preto que ele a emprestara para protegê-la do frio.

Um pequeno silêncio se instaurou, mas não foi um silencio desconfortável, foi apenas um momento de cumplicidade, um momento para se ouvir os sons da noite. Um silêncio bem confortável, no qual os dois caminhavam de mãos dadas, sem pensar em nada.

- Então, acho que cheg... – ela disse parando perto do portão de sua casa, mas congelando ao ver algo que não esperava.

Uma figura se encontrava deitada e encolhida na sua porta. Não era nenhum animal, parecia um homem. Assustada, a morena segurou firme no braço de Draco, que se postou na frente dela e caminhou em direção ao homem, varinha em punho.

Quando chegaram a uma distância segura, o loiro disse com uma voz firme.

- Quem é você? – silêncio – Quem é você? – ele perguntou mais alto enquanto dava um empurrão com o pé na figura encolhida.

O homem levantou a cabeça, atordoado. Era...

- Rony? – Mione perguntou meio assustada, meio aliviada.

- Mione? Eu... – ele se levantava devagar – Desculpa, acabei pegando no sono.

- O que você está fazendo aqui a essa hora, dormindo na minha porta? – ela perguntou chateada – Você nos assustou.

- Nos? Eu não... Malfoy? – só então ele tomou real ciência da presença do loiro, ainda com a varinha na mão, parado agora atrás de Hermione – O que esse cara está fazendo aqui? – perguntou puxando a varinha também.

- Ele estava me protegendo de um maníaco que estava dormindo na minha porta! – ela falou, alterada.

- Eu já pedi desculpas. Eu vim cedo pra falar com você, mas eu esperei tanto que acabei pegando no sono. – ele disse meio rápido, sem tirar os olhos do outro homem – Mas você ainda não me disse o que esse... esse sujeitinho está fazendo com você.

- Eu não tenho que te dar satisfações da minha vida, Rony. A gente não namora mais, esqueceu?

- Como eu poderia esquecer? – ele finalmente tirou os olhos de Malfoy e se virou para ela – E foi justamente por isso que eu vim aqui, eu... – e olhou novamente para o loiro – Você não vai embora não? Não está vendo que essa é uma conversa particular?

Draco ia começar a dizer algo, mas foi Mione que falou antes.

- Ele não vai a lugar nenhum. – seu tom era sério – Quem você acha que é para vir à minha casa expulsar minhas visitas?

- Visita? Mione, do que... – ele viu então o terno sobre os ombros dela e reparou nas roupas arrumadas que ambos usavam – Hermione, o que vocês estavam fazendo juntos a essa hora da noite? O que ele veio fazer aqui na sua casa a essa hora? – o ruivo já gritava.

- Faça o favor de não acordar toda a vizinhança! – ela repreendeu-o - O que eu faço ou deixo de fazer da minha vida pessoal não é da sua conta.

- Vida pessoal? Você está saindo com esse arrogante, esse traidor, esse... essa doninha? – ele continuava a gritar.

- Finalmente você entendeu. – Draco respondeu em seu tom sarcástico – Eu sempre soube que você era um pobretão, mas não sabia que você também era um completo imbecil.

Ele mal tinha terminado de pronunciar essas palavras e teve que desviar de um feitiço que o ruivo, já muito vermelho, havia lançado sobre ele.

Em um movimento rápido, o loiro lançou o feitiço para desarmar e a varinha do outro voou para longe.

- Você nunca foi bom o suficiente para duelar comi... – não conseguiu terminar a sentença, pois foi atingido por um soco certeiro de Rony em sua bochecha.

- Posso não ser tão bom com mágica, mas você não me vence no braço.

Draco revidou os ataques e os dois começaram a se engalfinhar, já caídos no chão, trocando tapas e socos. Hermione não sabia o que fazer e falava nervosa:

- Oh, vocês dois... Parem já com isso... Os vizinhos vão chamar a polícia... Ah, não... Não façam isso...

Os dois homens já tinham pedaços de seus rostos sangrando e nenhum deles desistiria de lutar até que seu oponente estivesse desacordado. Mione teve que tomar uma atitude.

Pegou a varinha de Draco que estava caída perto dela e, com um único feitiço, apartou a briga. Ambos continuavam querendo avançar sobre o outro, Draco murmurou entre os dentes:

- Hermione, me passa a minha varinha para que eu acabe com esse pobretão.

- Esquece a varinha! Vem me enfrentar como um homem! – Rony estava descontrolado.

- Vocês dois, parem com essa discussão agora! – ela disse no tom repreensivo que só ela sabia usar. Ambos se calaram. – Estou muito decepcionada com vocês. Francamente, se comportando como se fossem dois adolescentes!

- Mione, eu não tive culpa, foi ele que me provocou. – o ruivo voltou a falar baixo, em tom de desculpas.

- Não me interessa quem começou o que. O fato é que os dois se comportaram muito mal.

- Eu só vim aqui conversar com você. Eu queria te pedir pra... – ele começou a falar, mas ela o interrompeu.

- Eu não estou no espírito para conversar agora, Rony. Se você quiser conversar comigo, faça como uma pessoa normal e me mande uma coruja, que a gente marca um momento mais apropriado para se encontrar. Mas fique sabendo que esse momento vai demorar, pois eu estou muito, mas muito, decepcionada com você agora. Então, faça o favor de não estragar mais ainda a minha noite e vá embora. – uma lágrima solitária caiu de seu olho.

- Mas Mione...

- Boa noite, Ronald. – ela disse secamente.

Ouvir a morena chamá-lo pelo nome o fez perceber o quanto ela realmente estava chateada.

- Me desculpa. – ele disse com a cabeça baixa e, sem falar mais nada, foi embora.

Mione e Draco ficaram um tempo em silêncio até escutarem o CRACK que indicava que o outro acabara de desaparatar.

- Eu acho melhor eu ir embora também. – ele disse olhando intensamente para ela.

- É... – foi o que conseguiu dizer. Estava muito abalada.

Ele se virou e começou a andar em direção a rua, mas ela interrompeu a caminhada.

- Draco... - ele se virou rapidamente para olhá-la – Seu paletó. – ela estendeu a peça para ele.

Quando ele foi pegar o paletó, sua mão entrou em contato com a mão dela. Ela então levantou o olhar e percebeu o quanto o rosto dele estava machucado.

- Você não quer entrar? Eu posso te fazer um curativo. – ela disse baixinho.

- Não quero incomodar.

- Não vai incomodar. Na verdade, eu não quero ficar sozinha agora.

- Se é assim, então eu fico. – ele disse forçando um sorriso.

Eles, então, entraram na casa dela. Não era um lugar muito grande, mas, com certeza, era bem aconchegante.

Toda a decoração era de bom gosto e uma lareira dava ao ambiente uma coloração amarelo-alaranjada e deixava a temperatura bem mais agradável do que o frio do lado de fora.

Ele se sentou no sofá e começou a sentir todo o cansaço que a pequena luta o tinha provocado.

Mione, que tinha o deixado por uns instantes, reapareceu na sala com uma pequena caixinha na mão.

- Eu tenho um livro que ensina a fazer feitiços de cura em algum lugar aqui em casa, mas antes de eu procurar, eu vou limpar seus machucados, pode ser? – ela disse com uma voz doce. Ele sorriu em consentimento.

Ela, com um algodão umedecido, começou a cuidar das feridas do loiro com o máximo de cuidado.

- Me desculpa que essa noite tenha terminado dessa maneira. – ela disse enquanto ainda zelava por ele.

- A culpa não foi sua. – ele disse calmamente – Eu que não devia ter me comportado assim, devia ter me controlado.

- É, você devia. – ela disse rindo um pouco.

Ele ia rir também, mas isso o causou um pouco de dor.

- Oh, coitado. – ela passou a mão sobre o rosto dele – Eu vou procurar o livro. Já volto. – e deu um leve selinho nos lábios dele, deixando-o surpreso.

Ela logo voltou com o livro em mãos e executou os feitiços de maneira muito hábil.

- Não sou tão boa quanto Madame Pomfrey, mas acho que fiz um bom trabalho. – ela contemplou o loiro, sorrindo.

- Pois eu acho que você fez tudo perfeitamente. – ele sorriu de volta – Obrigado.

- Nunca imaginei que um dia escutaria um Malfoy me agradecendo por algo. – ela deu um leve sorriso.

- Nunca imaginei que um dia eu iria querer tanto fazer isso com uma Granger. – ele disse se aproximando dela.

- Fazer o que? Se descul... – ela não terminou a frase, pois ele a calou com um beijo doce.

Ela retribuiu o beijo com a mesma doçura e passou uma de suas mãos em torno do pescoço dele. Ele passou um dos braços pela cintura dela, trazendo-a mais para perto dele.

Quando se separaram do beijo, apenas se encararam por longos instantes. Hermione então se aconchegou no peito dele e assim, abraçados, ambos pegaram no sono. Estavam muito cansados daquele fim de noite desastroso.

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Mione acordou sem se lembrar, por alguns segundos, da situação em que estava. Mas então sentiu o cheiro bom que exalava o homem debaixo dela e lembrou de tudo: do jantar perfeito, da briga, do beijo.

Olhou pela janela e viu que ainda estava escuro. Quatro e meia, apontava o relógio. Ela se levantou com cuidado para não acordá-lo, mas seu plano não foi bem sucedido.

Com um movimento lento ele levantou a cabeça e deu um sorriso a ela. Merlin, como ele era lindo até na hora de acordar.

- Bom dia. – ela disse retribuindo o sorriso.

- Bom dia. – ele respondeu se espreguiçando – Que horas são?

- Muito cedo, ou muito tarde. Depende do seu ponto de vista. – foi só o que ela respondeu – Eu estava indo preparar um café pra mim, quer também?

- Mas você não acabou de dizer que é cedo? – ela apenas olhou para ele enquanto ele se levantava do sofá e caminhava na direção dela – Então eu tenho uma sugestão melhor do que tomar café.

- E o que seria? – ela perguntou sorrindo, mas já compreendendo onde ele queria chegar.

- Eu acho que a gente podia voltar pra cama. – ele sussurrou ao ouvido dela e começou a depositar-lhe pequenos beijos no pescoço.

Ela deu uma gargalhada gostosa.

- Tecnicamente, Draco, ainda não fomos para cama. Por mais que eu não tenha tantos recursos quanto você, ainda tenho dinheiro suficiente para não ter que dormir em um sofá. – ela disse, divertida.

- Então o que você acha de me mostrar o seu quarto? – ele perguntou com um meio sorriso.

- Seria um prazer. – ela respondeu com um sorrisinho safado – Vem comigo. – e estendeu a mão a ele, que logo a pegou e se deixou guiar pela morena.

O quarto dela era relativamente espaçoso. Uma cama de dossel no meio, algumas cômodas, um armário, tapetes e muitas fotos e livros. Basicamente era isso o quarto dela, mas tudo era arrumado com muito bom gosto.

--------------- Mais uma NC... --------------------------------------------------------------------------

Mas ele não teve muito tempo para analisar o cômodo. Hermione soltou a mão dele e jogou-se na cama. Tirou os sapatos e disse:

- Não tem molas, sabe? Sempre que deito, eu sinto como se tivesse nas nuvens. – ela disse enquanto se levantava e caminhava novamente na direção dele – Mas hoje eu quero que você me faça flutuar. – ela disse mordendo o lábio inferior e tirando a blusa lentamente.

Os olhos dele passearam pela nova parte revelada do corpo dela, mas quando ele se aproximou para tocá-la, ela se afastou.

Ele a encarou e assim continuou até que ela deixou a calça cair no chão. Lentamente, ela tirou o sutiã e saiu da calça, dizendo com a voz suave:

- Aqui estou eu.

Ele, sem esperar por mais nada, a puxou, colando seu corpo ao dela. Beijou-a com desejo, começando a explorar o corpo dela com as mãos. Ele desejava aquela mulher como nunca desejara nenhuma outra.

Ela se derretia cada vez mais a cada toque das mãos frias e firmes dele. Uma onda de calor se espalhava por todo o seu corpo. Ela falou ao pé do ouvido dele:

- Vamos para a cama. –puxou-o em direção a cama e se posicionou sobre ele. Foi ai que ela se lembrou da aposta, mas não sentia vontade nenhuma de filmar nada. Apenas se deixou levar pelo momento, sem câmeras.

Voltaram a se beijar e o beijo se tornava cada vez mais intenso. A respiração de ambos já estava descompassada. Ela já podia sentir que o volume na calça dele aumentara.

Com muita calma, ela começou a desabotoar a camisa dele, depositando beijos a cada novo pedaço de pele que se revelava.

Tirou-lhe o cinto e as calças, revelando uma cueca preta, que ela não retirou. Ela depositou alguns beijinhos no membro já enrijecido e pulsante, deixando-o louco.

Subiu novamente os beijos aos lábios dele, que a segurou com força e se posicionou sobre ela.

Ela correu os dedos pelas costas dele. Sentia-se tranqüila e à vontade, como se os corpos dos dois sempre tivessem ficado assim unidos. Mas estava ansiosa por ser tocada por ele... por ser dominada e possuída por ele.

Ele também já não agüentava mais esperar para ter aquela mulher por completo. Apertava e acariciava os seios, as nádegas dela. Mordiscava sua orelha, beijava todo o corpo dela com voracidade.

Eles tiraram então as únicas duas peças que os impediam de consumar o que tanto desejavam. Ele se admirou com o quanto ela era bela, e aquela beleza toda seria dele.

Eles voltaram a de beijar e ele se posicionou entre as pernas dela. Em uma investida rápida, ele a penetrou.

Ambos deram um gemido que não conseguiram controlar. Ele começou a se mover firmemente e cada vez mais depressa. Os corpos dos dois se moviam em um só ritmo.

Ela sentia prazer como nunca sentira antes. Arranhava as costas dele a cada onda maior de excitação. Ele dava leves puxões no cabelo dela. Eles se beijavam ardentemente.

Suavam e gemiam loucamente. Os corpos dos dois pareciam se dissolver em uma explosão de êxtase.

Os dois começaram então a gemer mais forte; os movimentos dele começaram a se tornar mais fortes, o corpo dela começou a estremecer.

Eles chegaram ao orgasmo juntos. Deram um forte gemido quando isso aconteceu e aos poucos seus movimentos foram se tornando mais lentos, até pararem.

Draco continuou sobre ela e sussurrou ao seu ouvido:

- Gostou, minha morena?

- Ah, Draco, nunca senti nada parecido... – e a voz morreu em sua garganta.

Ele caiu para o lado, exausto, mas completamente satisfeito.

Eles ficaram um tempo parados sem pensar em nada, então o homem puxou a mulher para perto de si.

Ela se aconchegou nos braços dele e se sentiu mais confortável que nunca.

- Boa noite, Mione.

Ela sorriu. Gostou de ouvi-lo chamando-a assim, mas nada disse. Apenas de deixou pegar no sono mais agradável de sua vida.

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N/A: finalmente o que voces tanto esperaram.... nao deixem de comentar
bjos
Tita^.^

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