Segredos interiores



Os enormes olhos esverdeados pareciam vigiar a todos, o eco dos seus passos só aumentava ainda mais a aparência macabra que aquele lugar exercia, uma palpitação quase sinistra tomava conta do seu peito quando olhou para o lado e viu mais uma escultura em formato de serpente com sua boca arreganhada como se seu desejo fosse devora-la.


 


-              Odeio cobras – ela sussurou baixo como se tivesse medo que se viesse a aumentar seu tom uma daquelas cobras viesse ao seu encontro.


 


-              Sinto muito Cássia, mas esse era o único lugar que podíamos conversar livremente – a voz macia de Harry quase a tranqüilizou e embora ainda sentisse a incomoda palpitação ali ela botou sua melhor cara de seria para ouvir o que seria sua próxima tarefa.


 


Harry olhou a expressão da mulher mudar tão rapidamente quanto um piscar de olhos e agradeceu por isso, era como se aquilo o confirmasse que fizera a escolha certa ao escolhe-la. Cássia Jones, conhecida mundialmente por ser a melhor detetive do mundo bruxo estava ali, parada a sua frente, enquanto esperava um pronunciamento seu, o fato de estar na famosa Câmara Secreta de Hogwarts parecia não mais assusta-la, viu em seus olhos que ela não estava confortável, mas a idéia de um novo trabalho, principalmente de grande porte parecia anima-la, como se todos os possíveis perigos que ela podia enfrentar não passassem de pequenas pedras que podiam ser facilmente chutadas, ela passava uma postura muito confiante, ele admitia, quem a visse acharia que ela podia fazer muitas coisas, e ela podia, porem havia um único problema: ela era indefesa. Podia fugir de certos desafios, mas a tarefa que ele ia pedir pra ela fazer não passa de uma simples pedrinha, e sim de uma montanha inteira, e era exatamente por isso que havia outro ali.


 


Diego dos Santos, um brasileiro de pele morena, e olhos escuros estava sentado preguiçosamente ao lado de Cássia, quem o visse agora o julgaria pela inquietude e rebeldia que ele transmitia por todos os poros, ao ver dos outros ele seria apenas um adulto com ares de adolescente, mas Harry sabia quem ele realmente era, o que ele realmente era e o que ele realmente fazia. Um famoso Serial Killer, pertencente ao grupo dos mocinhos que agia como caçador de recompensas esperava apenas um nome pra entrar em ação mal sabia pra que ele foi chamado.


 


-              A caixa de pandora – falou Stella com a voz rouca, acompanhada de Vinicius estavam postados atrás de Harry olhando fixamente os dois adultos ali presentes.


 


-              Ahn? – perguntou Cássia sem entender.


 


-              A Caixa de pandora – ela repetiu.


 


-              Deixa a caixa pra lá moça, eu quero o nome do morto – Diego falou referindo-se obviamente ao homem que ele esperava matar.


 


-              Vocês passaram no teste, conseguiram frustar a defesa de Hogwarts entrando pelo castelo pela entrada secreta do Salgueiro Lutador e conseguindo se desviar de alunos e professores ate o banheiro feminino – falou Vinicius lentamente – estão na câmara Secreta e sabem o que procuramos.


 


-              A Caixa de Pandora – Stella voltou a repetir.


 


-              Tudo bem, vocês pegaram a pessoa errada, eu não sou marceneiro, sou um caçador de recompensas – Falou Diego se levantando.


 


-              Sente-se – ordenou Harry, os olhos verdes agora brilhando sinistramente amarelos e com o olhar fixo no olhar do outro moreno ele voltou-se a sentar, como se aquilo fosse o que ele mais quisesse no mundo.


 


-              Devemos procurar a Caixa de Pandora? – perguntou Cássia interessada.


 


-              Não, devem procurar os fragmentos do mapa que nos levam a localização da caixa – Vinicius esclareceu.


 


-              Porque ela é tão importante? – perguntou Diego suspendendo uma sobrancelha.


 


-              Ela nao é uma simples caixa, a Caixa de Pandora – começou a falar Harry com a voz muito seria para um menino de 16 anos – a lenda de Pandora que por ordens dos Deuses abriu um recipiente onde se encontravam todos os males que desde então se abateram sobre a humanidade, ficando apenas aquele que destruiria a esperança no fundo do recipiente, pra ser mais exato, no fundo de uma caixa, ou um baú.


 


“Segundo a lenda grega, Prometeu criou o homem de argila e roubou a chama sagrada de Hélio (Deus Sol) para dar-lhe o sopro da vida. O intuito era criar um ser que ajudaria a cuidar de sua mãe Gáia (Terra). O homem, porém, também era imortal e assexuado, reproduzindo-se de forma rápida. Por ordem de Zeus, Prometeu foi preso e condenado a ficar acorrentado no alto de uma montanha, onde todos os dias um corvo gigante vem comer-lhe as vísceras que são regeneradas à noite, ficando fadado a sentir dores por toda eternidade. Antes, porém, ele deixou uma caixa contendo todos os males que poderiam atormentar o homem com seu irmão Epmeteu, pedindo-lhe que não deixasse ninguém se aproximar dela. Os homens começaram a devastar a Terra e, a fim de castigá-los, os deuses reuniram-se e criaram a primeira mulher, a qual foi batizada como Pandora e incumbida de seduzir Epmeteu e abrir a caixa. Naquela época os deuses ainda não moravam no Olimpo mas em cavernas. Epmeteu colocara duas gaiolas com gralhas no fundo da caverna e a caixa entre elas. Caso alguém se aproximasse, as gralhas fariam um barulho insuportável, alertando Epmeteu. Seduzindo-o, Pandora conseguiu convencê-lo a tirar as gralhas da caverna sob o pretexto de que tinha medo delas. Após terem se amado, Epmeteu caiu em sono profundo. Pandora foi até a caixa e a abriu: um vortéx de males tais como mentira, doenças, inveja, velhice, guerra e morte saíram da caixa de forma tão assustadora que ela teve medo e fechou antes que saisse a última delas: o mal que acaba com a esperança.”


 


Cássia puxou um pergaminho para copiar tudo o que era lhe dito enquanto Diego se ajeitava melhor na cadeira, agora verdadeiramente interessado. Harry continuou.


 


-              O que poucos sabem porem é que essa lenda não é por completa verdadeira, a caixa continha toda a energia maléfica do mundo, uma energia tão grande que se equipara a um deus, tão grande era que os males deixaram de afetar somente os homens, pouco a pouco eles começaram a infectar os deuses, seriamente preocupados com o que estava acontecendo os deuses tomaram uma providencia quase desesperadamente sábia, deter os males era impossível por isso os deuses apenas tomaram os poderes deles e voltaram a aprisionar na caixa, aquele que abrir a caixa terá todos os poderes nela contida, só o ultimo poder, o da esperança é que não esta contido na caixa, não o poder de acabar com a esperança e sim ela própria, visto que a esperança é o único bem que um dia havia na caixa e que foi liberto quando a caixa de abriu. Entenderam porque essa caixa é tão importante? Ela leva consigo o poder de terminar a guerra, talvez virado pro lado errado.


 


-              Isso é desesperador – falou Cássia, enquanto o sentido de suas palavras vinha estampado na sua face, mas logo sua apreensão sumiu e ela voltou a ficar seria – o que devemos fazer?


 


-              Simples, um pouco antes de Pandora morrer ela descobriu onde os deuses haviam escondido a caixa, por motivos desconhecidos é do nosso conhecimento que ela fez um mapa que levava ate o local secreto, mas quando viu o perigo que guardava em suas mãos ela o rasgou e o escondeu em diferentes partes do mundo, contam que ela descansou em paz depois que fez isso.


 


-              Vocês querem que eu te traga o mapa – concluiu Cássia.


 


-              Exatamente, será muito bem paga, não se preocupe, mas você errou em certo ponto, eu não quero que me traga o mapa, eu mesmo irei pega-lo – Falou Harry, os olhos brilhando misteriosamente.


 


-              Certo, e onde eu entro nisso? – perguntou Diego entediado.


 


-              Simples, você vai protege-la – falou Vinicius dando de ombros.


 


-              Não vou fazer isso – ele respondeu imediatamente.


 


-              Vai sim – disse Harry firme – você é um assassino Santos, e não a melhor oportunidade pra fazer uma matança que essa, pense em quantos procurados você poderá achar. – Ele disse fazendo Diego parar pra pensar.


 


-              Srta. Jones, eu seria seu guarda-costas.


 


<hr>


 


Amaldiçoou mentalmente a professora por ser tão anti – social a ponto de se isolar numa torre, a escadas estavam matando suas pernas, quando pensou que já poderia descansar viu um alçapão de abrir e mais escadas.


 


-              Rato de torre – Stella xingou baixinho, xingar mentalmente não era mais a mesma coisa, Vinicius ao seu lado riu, Rony não evitou um sorriso, apenas Harry permaneceu serio e ela soube que ele ainda pensava naqueles dois adultos nada comuns que agora já deveriam estar bem longe de Hogwarts.


 


-              Bom dia minhas crianças – uma voz etérea fez se ouvir e todos se viraram pra professora que aparecia nas sombras, as roupas grande e folgadas, os colares em excesso, e o óculos fundo de garrafa dando lhe uma aparência de inseto gigante.


 


-              Estranha – falou Harry com nojo.


 


-              Harry Potter – ela virou-se de repente pra ela – eu sabia que viria.


 


-              O prof. Dumbledore pareceu bem surpreso quando o Harry apareceu – a loira falou com uma sobrancelha suspensa.


 


-              Não deu tempo pra avisar, vamos, vamos, sentem-se queridos – ela falou virando-se para a sala.


 


-              Cadê meu mata moscas quando eu preciso dele – riu Vinicius olhando a velha, Rony riu.


 


-              Vidente do Paraguai – Stella falou soltando um muxuxo enquanto sentava-se.


 


-              Tenho que concordar minha cara amiga loira – Rony riu, Stella tinha toda razão e ele muita experiência.


 


-              Hoje vamos usar as cartas – Treawleney começou a falar com aquele irritante tom atereo, Lilá e Parvati na frente soltaram exclamações animadas.


 


-              Só se for pra cortar seu pescoço – chiou Harry. Treawleney veio lentamente na direção deles com um maço de cartas nas mãos.


 


-              Ela vai cair – falou Stella com a voz risonha, não deu outra, quase imediatamente a professora tropeçou nas suas próprias vestes e deixou cair junto com ela todas as cartas em cima da mesa deles.


 


-              Oba, baralho! – exclamou Vinicius feliz, Stella revirou os olhos.


 


-              Idiota, ainda vai partir um colar no próprio óculos – quase imediatamente o som agudo de pedrinhas atingindo o chão fez se ouvir depois da fala de Stella, a professora que durante a queda acabou prendendo o colar no óculos tentou tira-lo com força bruta e acabou o partindo.


 


-              Como você fez isso? – perguntou Rony assombrado.


 


-              Digamos que ela tem um pouco de clarividência – falou Harry rindo, enquanto olhava a atrapalhada professora tentar catar as bolinhas que formavam seu colar. Depois de catar as pedrinhas a professora seguiu com a sua aula.


 


-              A interpretação das cartas esta no livro, o exercício consiste simplesmente em tirar três cartas do seu companheiro e fazer a previsão, nada complicado. – Disse ela de forma rápida, a vergonha de cair no meio da sala ainda estava presente.


 


-              Então Vinicius você fará dupla comigo. – Intimou Stella.


 


-              E se eu disser não? – Tentou ele.


 


-              Você será obrigado a fazer dupla com a professora. – Sorriu a loira inocente.


 


-              Ta bom! Você começa ou eu? – Perguntou o rapaz.


 


-              Eu! – Stella pegou o baralho e o embaralhou. – Agora corte ele. – Pediu ela. – O rapaz atendeu prontamente, Stella distribuiu três cartas na frente do garoto e deixou o resto do baralho de lado. Ela virou as três cartas, O sol, A lua e o valete. – Hum, pelo que eu estou vendo você terá um árduo caminho pela frente, mas como tem o valete mostra que você será bem sucedido, a Lua mostra que você terá também um grande amor. – Disse ela.


 


-              Boa tentativa querida, mas eu estou certa que a interpretação dessas três cartas significa sofrimento e perda. – Disse a professora que estava atrás de Stella desde que ela começou a olhar as cartas.


 


-              Quanta originalidade! – Stella girou os olhos. – Clarividência não e radar de catástrofe não professora. – Disse Stella calma.


 


-              Querida eu sou a professora aqui e digo que por mais que você tenha tentado, mostra que não tem o dom da clarividência. – Disse ela num sorriso irritante, Parvati e Lilá soltaram pequenos risinhos as costas de Stella. Harry que ate então se mantinha calado fez uma careta, se tinha uma coisa que Stella detestava era ser contrariada nessa área dos estudos.


 


-              Se e assim então, se eu fosse à senhora amanha tomava cuidado com as suas bolas de cristal na aula da corvinal por que elas poderão lhe dar uma estadia de três dias na enfermaria, também levaria um guarda chuva hoje na hora que a senhora for da uma volta no jardim, por que pode correr o risco de se molhar. – Disse Stella nervosa. – Já as duas lindinhas ai atrás eu tomaria cuidado ao saírem dessa sala, pois poderão pagar mico, vocês duas e a pobre professora com uma semana catastrófica. – Assim que Stella terminou de falar o sinal do fim da aula bateu, assim que iam pisar no ultimo degrau da onde estavam, Lilá pisou no cadarço do sapato e caiu levando Parvati junto, e por conseqüência caíram encima da professora que estava perto.


 


-              Eu avisei. – Disse Stella que estava um pouco a frente das duas, a sala explodiu em gargalhada, Parvati e Lilá estavam vermelhas de vergonha e raiva de Stella, já sibila estava preocupada com os enormes óculos que haviam se quebrado na queda. – Radar de catástrofe. – Stella saiu na frente de todo mundo com a cara fechada.


 


<hr>


 


Soltou um longo suspiro quando passou por mais outra arvore, não sabia mais o que pensar, o que falar ou o que sentir, desde que Harry havia voltado nada era como antes, não que sua vida fosse normal, ele era um bruxo, tinha seis irmãos e os amigos mais doidos que podia existir, o fato de ser um ruivo estressado contava muito, ao passar por mais um arbusto Rony Weasley soltou outro suspiro.


 


Virou a cabeça de repente pra trás, provocando um breve estalo, jurava que junto com o som entediado de seu suspiro ouvira outro som que ele não havia provocado, algo como o barulho de um galho se quebrando e sussurros apressados , lentamente foi se aproximando devagar da moita, enquanto tentava não fazer barulho, apenas dois passos e poderia ver o que se escondia ali atrás, mas quando estava prestes a se aproximar ainda mais ele balançou a cabeça negativamente e se afastou. Deveria ser apenas sua imaginação, estava ficando neurótico.


 


Jogou sua mochila no chão enquanto parava para olhar os movimentos tranqüilos da Lula, passeando pelo lago como se nada mais importasse, sem ao menos notar seus pensamentos foram desviados para uma linda loira de olhos azuis sonhadores, mas de repente uma outra loira tomou conta das suas reflexões, Stella, o que afinal aquela menina tinha?


 


Não era simplesmente normal uma pessoa prever fatos que aconteciam quase imediatamente, era fato que no mundo mágico existia pessoas, geralmente mulheres que tinham um certo dom pra adivinhação, capazes de fazerem profecias e ver algo que podia vir acontecer no futuro, mas nenhum relato se comparava ao que acontecera naquela aula que deveria ser monótona, Harry havia lhe dito que ela possuía ‘clarividência’, clarividência demais na sua opinião, algo ali cheirava mal, ele sabia que escondiam algo dele.


 


Harry, Stella, Vinicius, a menina por si só era um grande mistério, e os outros dois? Seriam eles tão misteriosos quando a loira? Balançou a cabeça ao perceber que estava parecendo narrador de desenho animado, mas não podia negar que algo neles o atraia, queria descobrir o que aqueles três escondiam, e ia contar com a ajuda de Hermione pra isso, já estava se abaixando pra pegar a mochila quando um zumbido familiar fez se ouvir.


 


Seu pescoço voltou a estalar quando o virou rapidamente, mas dessa vez não era sua imaginação, um veloz balaço vinha em sua direção rapidamente, atrás da bola assassina e atrás daquela mesma moita que a pouco pensara ouvir vozes estavam parados três sonserinos, um ainda segurava o bastão na mão, uma clara tentativa de machuca-lo, provavelmente para que não tivesse condições de jogar na copa de quadribol que se aproximava.


 


Por puro instinto levou uma mão ao rosto, com o intuito de protege-lo enquanto a outro ele estendeu a sua frente, se o balaço fosse atingir algo melhor seria a sua mão, essa poderia ser facilmente consertada, não podia falar a mesma coisa de seu rosto, o balaço se aproximou mais e ele esperou a dor alucinante inundar seu corpo quando uma breve formigamento tomou conta de sua mão, quase uma cosquinha, se atreveu a abrir um dos olhos, mas o que viu fez ele logo arregalar os dois, o balaço estava ali, seguro pela sua mão, enquanto ainda rodava devido a velocidade que havia parado, sentiu seu queixo cair voluntariamente e com um <I>crak</i> estranho o balaço agora parado se partia em vários pedaços quando seus dedos se apertaram contra ele, olhou com raiva em direção a moita, mas os sonserinos haviam sumido, voltou a olhar para sua mão que agora segurava um dos pedaços que sobrava da bola e finalmente a realidade o caiu como um banho de água gelada, ele Rony Weasley havia parado um balaço com a mão.


 


<hr>


 


 


Encarar aqueles estranhos e quase demoníacos olhos faria qualquer outro tremer, mas não era assim com ele, já havia se acostumado com eles e olha-los depois de mais uma longa sessão de um duro treinamento era a confirmação de que ele estava satisfeito com a luta ou com seu progresso.


 


No fundo sabia o que ele sentia ao lutar com ele, mesmo sendo apenas seu pupilo Harry era para o seu mestre o adversário que ambos estavam sempre a procura, o poderoso adversário que agüentaria o peso dos golpes de cada um, que agüentaria continuar lutando mesmo quando seus corpos quisessem parar, aquele que tinha poder suficiente para soltar uma piadinha irritante mesmo quando estava perdendo, porque no fundo ambos sabiam que eram os únicos que podiam se encarar de frente e viverem para contar historia, eles eram mestre e pupilo e isso parecia não afetar nenhum dos dois, ate porque lutar um contra o outro esperando por um golpe desconhecido chegava a ser excitante.


 


-              Algo lhe incomoda minha criança! – a voz docilmente selvagem fez Harry parar de girar a varinha entre os dedos, gesto que se repetia desde que um tempo de descanso foi permitido.


 


-              Sabe, você e somente você tem o privilegio de me chamar assim – o moreno falou parando a varinha no lugar.


 


-              Não fuja da pergunta Harry, me contornar ainda não faz parte das suas habilidades – o homem a sua frente falou enquanto passava a língua entre os dentes pontiagudos.


 


-              Era algo que eu deveria saber – o moreno sorriu forçado – muitas coisas me afligem mestre, mas duas mais que as outras, a Caixa de Pandora e como contar tudo a eles.


 


-              A Caixa com certeza é um obstáculo inesperado minha criança, mas todos os obstáculos vem com um objetivo, ser contornado e nos fortalecer, esse meu caro vai fortalecer muito mais que os outros – o conhecido sorriso desdenhoso voltou ao rosto do moreno ao entender o sentindo daquela frase – e sobre seus amigos, não se preocupe, a resposta vai vir a eles por si só, a única coisa que deve fazer é ajuda-los a compreender.


 


-              Obrigado mestre – Harry agradeceu enquanto fazia a conhecida reverencia que a presença do outro o forçava a fazer.


 


-              Guiar-lhe é a minha missão desde que eu te encontrei naquela rua minha criança, não agradeça.


 


-              Claro que sim, ate porque você não faz mais nada que seu dever – Harry gozou como se falasse com qualquer outro, no instante seguinte tendo que desviar da lamina de um punhal que tinha voado em sua direção, enquanto rindo voltava a fazer o que mais lhe agradava, lutar com seu mestre.


 


<hr>


 


Entrou no recinto com a cabeça baixa, sinal do respeito e medo que apoderava sua consciência ou que tinha de fazer os outros pensarem apoderar, levantou os olhos por um instante apenas pra observar o lugar. O salão continuava o mesmo, negro como a mis terrível escuridão o único brilho vinha da lareira que dava um brilho sinistro ao local, o sangue no chão brilhava ainda mais vermelho que nunca enquanto continuava a jorrar das duas figuras mortas que estavam presentes ali, provavelmente outros que se negaram a aumentar o exercito do lorde, esse por sinal estava sentado no enorme trono cujas jóias brilhavam junto com seus olhos vermelhos, a cobra que se enroscava aos seus pés soltando sibilos aterrorizantes.


 


Aproximou-se mais e ajoelhou-se perante o homem, o calor naquela área era mais forte, mas ele sabia que isso não se devia a lareira, a gota de suor que surgiu em sua testa foi apenas pela aura assustadora que parecia sair por todos os poros do homem sentado a sua frente, sentiu sua mente ser invadida por uma presença opressora e se forçou a deixar o mestre ver o que ele queria, o que ele fingia sentir, quando o mestre se deu por satisfeito ele teve que prender um suspiro de alivio.


 


-              O que quer? – a voz fria e sussurrante de Voldemort perguntou.


 


-              A informação vazou – ele falou se prendendo pra não falar “achei que você iria saber”


 


-              Como assim a informação vazou? – Voldemort falou mais alto que antes.


 


-              Há um traidor entre nos mestre, Harry Potter sabe sobre a caixa – ele falou temendo olhar nos olhos vermelhos do homem que agora estava em pe a sua frente – os homens não queriam que eu falasse, mas eu achei melhor avisa-lo, Potter tem que morrer meu mestre.


 


-              Eu te mataria pela ousadia que teve ao me falar isso, mas eu fiquei contente ao saber que você me é fiel Mendes.


 


-              Sempre meu senhor – ele disse com um tom de afetada submissão.


 


-              Pode ir Mendes, Harry Potter deve morrer, mas antes eu matarei o traidor – disse Voldemort virando- se de costas.


 


O comensal tratou-se de sair o mais rápido possível daquele lugar, com medo de que Voldemort viesse a descobrir que o traidor esteve bem na sua frente, falando sobre sua traição, Harry, seu verdadeiro senhor o pôs em grande perigo ao ordenar contar para Voldemort que ele sabia sobre a Caixa de Pandora, mas ele sabia que aquilo representaria perigo pára Voldemort, que seu ‘mestre’ agora sabia que Harry não devia ser subestimado porque agora ele sabia que mais de um de seus homens preferiu o pirralho Potter.


 


 


<hr>


 


Ela olhou o prédio que estava a sua frente, era grande e antigo, dava sinais de ter sido uma casa gloriosa a muito tempo atrás, mas agora não se passava de uma sombra do que tinha sido antigamente, só servia pra que o dono ganhasse dinheiro com o custo do aluguel, a tinta estava descascada e mesmo dali podia sentir o odor ruim que saia de lá, era naquele lugar que Diego Santos, o famoso serial killer morava.


 


-              Bela casa Santos! – Disse Cássia que observava tudo ate então calada.


 


-              Eu diria esconderijo Jones. – Disse ele entrando mau humorado na casa. Quando Cássia viu a casa por dentro viu que a fachada não lhe favorecia, logo no hall viu que a casa de certa forma era aconchegante, um longo corredor cheio de portas fechadas e uma no fim do corredor, Cássia julgou ser a cozinha. Havia alguns quadros imóveis no lugar, pelo pouco que conhecia do novo companheiro a mulher sabia que a companhia de quadros intrometidos não lhe agradaria muito.


 


-              Há quanto tempo mora aqui? – Perguntou ela com a curiosidade natural de uma detetive.


 


-              Tempo suficiente pra mim, agora sem perda de tempo, temos muita coisa pra fazer. – Disse ele azedo. As horas seguintes foram no mínimo tediosas para Cássia, Diego mau falava e quando falava era para debochar dela. ‘ A Potter você terá que me pagar muito bem’ foi o que ela pensou depois da sexta zoação sem graça do brasileiro.


 


-              O que você esta fazendo? – Perguntou a moça quando viu ele colocar algumas armas, dinamites, cordas, uma espada e duas varinhas sobressalentes na mochila.


 


-              As malas! – Respondeu ele obviamente.


 


-              Mais não vai levar roupas de frio? Kits de primeiros socorros? – Perguntou ela exasperada.


 


-              Jones, eu me viro com o que eu tenho, ao contrario de você que parece viver em um mundo alheio, somos bruxos lembra-se? Não precisamos de coisas desnecessárias. – Cortou o homem.


 


-              Desnecessárias Santos? Essa é uma missão perigosa podemos morrer nela e você não se preocupa com isso? – Cássia já havia mandado o controle pra longe.


 


-              Claro que não, eu não sou como você Jones, confio no que eu sou capaz de fazer, e se alguém vai morrer será aquele que cruzar o meu caminho, disso eu quero que você tenha certeza, Princesinha de porcelana. – Ele disse o apelido dela com a boca cheia.


 


-              Ah! Como eu te odeio seu grosso, não trata ninguem bem, não me surpreende que seja sozinho. – A mulher retrucou da forma mais baixa que conseguiu pensar.


 


-              Estou sozinho por opção Jones, não quero ninguem no meu ouvido me enchendo, assim como você esta fazendo agora. – Ele olhou friamente para ela.


 


-              Eu não estou lhe enchendo Santos, estou só tentando ser sincera com você! – Ela abriu um sorriso irritante.


 


-              Faça-me um favor, cale a boca! – Ele já estava perdendo o tão grande autocontrole que ele levou anos para adquirir.


 


-              Não vou calar a boca Santos! Você já esta me irritando desde da hora que saímos daquele castelo, parece que você acha que isso é um esporte, mas não é, quero que se lembre que esta aqui para me proteger e não me desconcentrar é... – Para a surpresa dos dois Diego puxou Cássia pela cintura e lhe deu um beijo, de iniciou a mulher ficou sem reação, mas acabou enlaçando ele pelo pescoço e retribuiu o ato, mas logo ela recobrou a consciência de quem era Diego e do que ele estava fazendo e o empurrou. – O que você pensa que esta fazendo? – Perguntou ela vermelha.


 


-              Calando a sua boca, você fala demais pra uma detetive. – Disse ele como se aquele beijo fosse a coisa mais normal do mundo.


 


-              Leia minhas palavras Santos, quando essa missão acabar você ira me pagar por tudo isso. – E com isso ela saiu e bateu a porta sem antes ver um brilho de diversão nos olhos do rapaz.


 


<hr>


 


-              Com licença, com licença – ela já estava cansada de repetir essa mesma frase, mas era necessário já que parecia que simplesmente as pessoas não saiam da frente mesmo vendo que a sua frente flutuava uma grande e pesada caixa, manter aquilo flutuando acabou sendo uma árdua tarefa, evitar a caixa de cair e se desviar dos cegos que se metiam em seu caminho não era tão fácil e ela já começava a amaldiçoar o momento em que aceitara levar aquilo a professora Minerva, no fundo nem ao menos sabia o que tinha ali.


 


 


-              Com licença droga – ela praguejou ao ver  uma dupla de meninas soltando risadinhas afetadas enquanto olhava um grupo de meninos bonitos que também olhavam pra elas.


 


Quando finalmente aquele grupo de hormônios em erupção se dissipou ela pode entrar pelo corredor que havia ali, percorrer aquele caminho era perfeito, alem de evitar uma longa caminhada aquele trajeto nunca tinha pessoas com mentes atrofiadas que ficavam lotando os corredores da escola em vez de estar em frente a lareira de suas salas comunais lendo um bom livro.


 


Fez uma careta e depositou a enorme caixa no chão enquanto cessava o feitiço, com a mão esquerda massageou o braço direito que já estava dolorido depois de tanto tempo erguido, se encostou na parede enquanto movimentava o braço para ajudar a fazer o sangue circular.


 


-              Conseguiram? – uma voz muito baixa pode-se ouvir e Hermione apoiou mais ainda o ouvido na parede que agora descobrira estar ao lado de uma porta entreaberta.


 


-              Não sabemos, não ficamos pra ver o resultado – uma outra voz respondeu – mas é obvio que ele se machucou.


 


Hermione se aproximou um pouco mais e empurrou a  porta com cuidado para não fazer barulho a ponto de ver um grupo de quatro sonserinos reunidos enquanto falavam muito próximos.


 


-              Eu posso não ter visto – falou um terceiro sonserino – mas eu sei que o Weasley não saiu imune, não tinha como escapar daquele balaço.


 


-              Eu mirei perfeitamente – o quarto falou finalmente se pronunciando, apenas para se gabar.


 


-              Não se preocupe cara, nessa hora o Weasley já deve estar na enfermaria.


 


-              Rony – ela não evitou que o nome saísse de sua garganta, infelizmente foi alto demais e como um só os sonserinos voltaram-se para ela, soltando um gritinho agudo ela se afastou da parede e pôs se a correr, mas mal havia dado quatro passos ela voltou pra pegar a caixa, fazendo um rápido feitiço de levitação ela voltou a fugir.


 


Não sabia exatamente para onde ir, mas a primeira coisa que lhe veio a cabeça foi sair daquele corredor, num corredor principal ela poderia se camuflar com o corredor e seguir ate as escadas onde iria ate o professor mais próximo.


 


Esbarrou com alguém acidentalmente, mas nem se deu ao trabalho de pedir desculpas, o seu plano perfeito de camuflagem não parecia estar dando muito certo, provavelmente pelo enorme volume que flutuava a sua frente.


 


-              Não a percam de vista – ouviu um dos sonserinos falar não muito longe dela e pôs se a correr mais rápido, se atreveu a olhar para trás e percebeu que um deles estava próximo demais, entretida em fugir ela acabou tropeçando em algo o que foi o suficiente para sentir um par de braços a agarrando.


 


-              Me solta – ela gruniu e por impulso levantou o pe voltando a abaixa-lo com rapidez enquanto dava um potente pisão no pe do outro, não importava quem fosse ele, o sonserino a soltou por puro reflexo e ela aproveitou para se afastar, afinal as escadas estavam bem na frente dela, só mais um pouco e ela estaria livre dos agressores, mas ela não esperava para o que via a seguir, o menino tornou tentar pega-la mas acabou empurrando-a, perdendo o equilíbrio Hermione tendeu o corpo pra cima esperando o momento em que sentiria os degraus ‘massageando’ seu corpo, mas nesse exato momento a escadas se moveu e ela caiu entre o espaço dos andares.


 


Olhou para trás e pode ver a sombra do sorriso que tomou o sorriso do sonserino enquanto ele se afastava, soltou um berro enquanto mentalmente preferia ter rolado escadas a baixo, pôs as mãos protegendo o rosto embora soubesse que isso de nada adiantaria e fechou os olhos esperando o impacto mortal, mas estranhamente ele não aconteceu, abriu os olhos perplexa esperando que alguém a tivesse segurado mesmo sabendo que isso era quase impossível e viu com espanto que flutuava a trinta centímetros do chão, arregalou os olhos e sua respiração já acelerada se intensificou, ela não estava sendo segura por nenhum feitiço, somente flutuava, simples assim.


 


Caiu os trinta centímetros que faltava quando entendia que não tinha sido salva e virou de barriga pra cima ainda perplexa mas o que viu não foi nem um pouco animador, a pesada caixa que ate então carregava agora caia em sua direção  e provavelmente a esmagaria, <i>belo fim</i> não evitou pensar, manteve os olhos abertos dessa vez se enchendo de coragem Gryffindor e se concentrou em pensar que estava feliz, porque afinal Harry estava de volta, foi lembrando-se dele que ela percebeu que se não havia morrido com a queda não seria assim que morreria, o fato de sua varinha não estar com ela não importava, ela iria simplesmente se desviar e feri-se de leve, mas de maneira nenhuma morreria ou seria gravemente ferida, foi pensando nisso que viu com espanto a caixa parar diante de seus olhos, flutuando graciosamente a sua frente.


 


Evitando pensar que aquilo era quase humanamente impossível ela foi se levantando devagar enquanto a caixa continuava a flutuar na altura de seus olhos, acompanhando seus movimentos.


 


-              Hermione! – uma voz conhecida a fez perder a concentração por um instante e com uma pancada seca a caixa finalmente atingiu o chão.


 


-              Rony! – ao ver o ruivo bem a sua frente, provavelmente vindo do jardim um sentimento de alivio tomou conta dela e correu ate o cuivo o envolvendo num apertado abraço – por Deus Rony, você esta bem.


 


-              Sim, sim, eu estou bem, o que houve aqui?


 


-              Eu não sei – ela respondeu ofegante – eu tava levando aquela caixa a profa. McGonagal e quando entrei num corredor vazio vi uns sonserinos falando sobre ter te acertado um balaço, eu correi deles mas acabei caindo e o resto foi o que você viu, mas e você?


 


-              Realmente jogaram um balaço em mim – ele respondeu sem desviar o olhar da caixa agora quase destruída no chão – e ele me acertou – Hermione abriu a boca pra falar mas Rony foi mais rápido – eu o parei com a mão e depois o parti.


 


-              Como, como é possível?


 


-              Do mesmo jeito que foi possível você evitar a queda e flutuar aquela caixa sem usar magia – ele respondeu a olhando assustado.


 


-              Temos que ir a biblioteca agora, pesquisar sobre isso, talvez achemos respostas.


 


-              Mas...


 


-              Nada de mas Rony, você realmente acharia que alguém acreditaria se contássemos? Acharíamos que estamos loucos? Que você só quer popularidade e eu...eu nem sei o que pensariam de mim, não, ninguém acreditaria em nos.


 


-              Eu acreditaria – uma voz ainda mais conhecida falou, e saindo das sombras preguiçosamente Harry apareceu como se fosse um animal que se revelava depois de um longo período observando sua presa.


 


-              Harry! – falaram os amigos juntos.


 


-              Venham comigo, esta na hora de vocês ouvirem a lenda das Sombras do Céu – ele falou enquanto voltava a sumir na escuridão.


 


 


 


 N/A: eh isso ai, demorou mais saiu, espero que tenham alçansado as espectativas, me respondam, esse final deixou ou nao deioxu com gostinho de quero mais? a mim sim, misterios novos ahn? quem sera o misterioso mestre de Harry? q esse tal de Mendes? corajoso ou insano? eu voto pela segunda oçao, hahhuahushauhusa, a Cassia foi totalmente dedicada a minha mana querida a KIr, e o Diego inspirado no 'colaborador oculto', haushuahushauus, xauzinho =D


 


Respostas aos comentarios:


 


Lyra Lestrange : e ele chegou, hauhuahsuhauhsua, ai esta, espero q tenha curtido


 


Anderson Potter: saciado? matei a curiosidade? axo q nao, novos misterios surgiram nesse cap, misterios que talvez nem se resolvam logo.


 


*Feer ;): sem comentarios pra vc fernanda


 


Lily: QUER ME MATAR DONA? LE LOGO MINHA FIA, ASSIM EU TENHO UM ATAQUE, DIGO, OUTRO....hauhsuahushuahus


 


Kir: mana, mana, maninha, eu nem deveria te responder minha filha, final de cap pra vc, CASSIA ESPECIALMENTE DEDICADA A VC MINHA LINDA


 


 


 


 


 


 


 

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