Capitulo 31 – Dias nublados de

Capitulo 31 – Dias nublados de



Capitulo 31 – Dias nublados de sol.

Hermione acordou sentindo um toque em seu rosto e se deparou com os olhos castanhos de Gina a olhando preocupada. Hermione sentiu uma dor passar por seu corpo ao tentar se erguer e mostrou seu desconforto na face. Gina então lhe ajudou a levantar e colocou alguns travesseiros para apoiá-la.

Foi só naquele momento, que Hermione viu que Gina segurava um pano, que aparentava estar úmido.

- o que houve? – Hermione perguntou.

E Gina a olhou preocupada. E usou novamente o pano para enxugar o suor que banhava a face da amiga.

- eu não sei, Lilá, foi correndo me acordar, esta manhã, porque você estava delirando de febre...

Hermione suspirou e olhou para fora, estava um dia aparentemente maravilhoso, o sol brilhava com força, alheio ao coração da garota que estava batendo dolorosamente, era até mesmo injusto, Hermione pensou, um dia tão lindo, enquanto deveria haver nuvens negras no céu.

Gina que estava muito assustada, ao ver o olhar de profunda tristeza nos olhos da amiga ficou ainda mais.

- o que houve Mione? Você delirava, enquanto dormia, estava a ponto de lhe levar na ala hospitalar, mas...

Hermione então se virou e olhou para a amiga, seu rosto ficando mais pálido, o que será que ela falava enquanto delirava?

- o que eu falei enquanto estava delirando Ginny?

A ruiva olhou ao redor antes de abaixar ainda mais o tom de voz.

- era exatamente isso que me preocupava, você falava em alguma língua estranha, eu jamais me recordo de ter ouvido algo nessa língua, Lilá e Parvati também não reconheceram, - Gina então abaixou mais ainda a voz se é que isso era possível – porém eu consegui discernir alguns nomes que você falou enquanto estava delirando...

Hermione sentiu seu corpo estremecer.

- quais?

- Draco... – ela falou o nome como se fosse algo horrível – e algo a ver com estrelas e você disse várias vezes o nome das estrelas Sirius e Bellatrix. E algo indefinido que eu não consegui entender, apesar de você ter falado também diversas vezes, talvez fosse algo como Blazar, Blasser não entendi bem, mas era em inglês, mesmo...

Gina agora falava com uma grande curiosidade esperando que Hermione lhe explicasse seus devaneios febris. Mas esta pareceu apenas confusa, o que fez Gina soltar um muxoxo.

Hermione fechou os olhos, não conseguia se lembrar de nada, sua última lembrança era ter caído no sono após ler a carta de Sirius...

A carta!

Hermione se levantou e procurou pela cama a carta, porém não a encontrou.

- o que você está procurando Mione? – Hermione ergueu o rosto sem acreditar no que seus ouvidos estavam ouvindo, mas seus olhos confirmaram, ela se deparou com Fred Weasley lhe sorrindo.

- como? Como você entrou aqui? – Hermione perguntou incrédula.

- ah... Dama adorada, nós temos nossos segredos! – disse dessa vez Jorge, que acabara de entrar.

Ele trazia uma grande bandeja de café da manha e Gina o olhou sorridente.

- obrigada maninhos, ficamos te devendo essa.

- não é preciso agradecer, não há nada que não façamos sorrindo para a nossa adorada, Mione! – os dois falaram juntos.

Gina vendo que Hermione estava confusa resolveu explicar.

- bom, como eu não sabia se você iria gostar que Rony e Harry soubessem que você estava indisposta, resolvi pedir ajuda aos únicos bruxos capazes de entrar aqui!

Os gêmeos estavam com um sorriso radiante e fingiram corar diante do elogio da irmã caçula.

Logo depois Fred tirou a bandeja das mãos de Jorge e a arrumou em frente a Hermione. Gina se levantou e sussurrou algo no ouvido de Jorge e saiu rapidamente do quarto. Hermione não deixou de reparar que Gina estava mais pálida.

Ela então voltou sua atenção para os gêmeos que pela primeira vez não estavam rindo. Suas feições estavam sérias.

- você deve se alimentar, Mione – disse Fred, enquanto desamassava uma ruga imaginária em sua blusa.

- quando vocês vão me falar o que está acontecendo? É só um resfriado, nada demais...

Mas Fred e Jorge trocaram um olhar e suspiraram.

- nós vimos você ontem à noite, - Fred disse em um tom baixo enquanto o irmão fechava a porta do quarto e selava com algum feitiço anti escuta – estranhamos você correr desesperada àquela hora apenas de pijama e a seguimos, vimos o seu desespero e quando sumiu na ala hospitalar tentamos lhe seguir mas, ao contrário de você, não conseguimos passar pela parede.

Hermione estava mais pálida. Ela tentou encontrar algo para dizer, mas nada surgiu em sua mente, ela observou Jorge colocar chocolate quente em uma xícara e a colocar em sua mão a forçando beber.

E foi ele que continuou.

- então ficamos esperando você sair, mas nada de você voltar, pelo contrário horas se passavam, foi quando vimos Dumbledore atravessar a parede junto ao Snape, e nos escondemos, então conseguimos ouvir claramente os dois conversando, sobre o ataque ao Malfoy.

Hermione tentou controlar a mão que tremia. E viu que ambos esperavam uma explicação.

- eu sonhei com o ataque ao Malfoy, – Hermione disse em voz baixa – para ser honesta, não sonhei com o ataque a ele, mas vi a criatura atacando alguém e não pude ver quem era a pessoa, então corri desesperada, pensando que poderia ser alguém que eu conhecesse bem e que estaria precisando de ajuda, então por isso fui até madame Pomfrey pedir ajuda - Hermione suspirou – foi quando eu simplesmente atravessei a parede e vi o Malfoy – sua voz saiu um pouco falha, mas apenas Fred percebeu isso – sendo socorrido.

- e porque você demorou tanto a sair, já era quase de manhã quando você voltou para a torre, - Jorge disse somente então se sentando ao lado da amiga – eu e Fred ficamos acordados, lhe esperando e você passou por nós com os olhos vermelhos como se houvesse passado a noite inteira chorando pelo Malfoy, e nem sequer nos viu. E hoje de manhã, Gina desce as escadas correndo dizendo que você estava delirando e com febre, foi por isso que resolvemos proibi-la de contar algo a Rony ou a Harry.

Hermione olhou para Jorge e depois para Fred que terminou o pensamento do irmão.

- afinal aposto que eles não iriam gostar de ouvir você dizer, em meio a delírios, o nome do Malfoy...

Ouviram um barulho, Jorge se levantou e foi abrir a porta deixando Gina entrar. Esta carregava bichento no colo.

Hermione então pareceu recuperar sua capacidade lógica de pensar.

- eu demorei a voltar por... – ela parou um pouco, e se decidiu por contar uma parte da verdade – o professor Snape precisava de ajuda para fazer as poções que poderiam salvar a vida do Malfoy, e eu chorei sim, e aposto que até mesmo vocês dois e Gina chorariam ao ver o estado do Malfoy, ele pode ter milhares de defeitos, mas nenhum ser humano merece sofrer o que ele sofreu esta noite...

Fred e Jorge pareceram concordar com Hermione, mas Gina falou entre dentes.

- ele não é um ser humano, mas você sempre foi a mais sensível de nós.

Hermione deu um sorriso fraco.

- o que vocês contaram aos meninos?

Gina então abriu um sorriso triunfante.

- a verdade, que você estava com febre e dor, e um leve problema feminino.

Fred e Jorge balançaram a cabeça confirmando.

- agora só falta entender o porquê você estava delirando em uma língua estranha e falando nomes de estrelas... - disse Gina olhando para Hermione.

Esta fechou os olhos e respondeu rapidamente.

- estou estudando uns mapas astrais para Astronomia, e a língua deve ser uma tentativa meio falha e mal interpretada de latim, já que estou me empenhando bastante para aprender latim... E como passei a noite toda acordada despertei indisposta, mas já me sinto realmente melhor.

O que fez rapidamente o três irmãos rirem. Jorge teve que se apoiar na irmã para não cair no chão...

- é Mione só você mesmo para até doente, ficar pensando em estudar.

Mas se Jorge ou Gina não estivessem rindo tanto teriam notado que Fred ria, apenas com os lábios...

Hermione por sua vez o olhava atentamente e seus olhos ficaram presos um no outro até cessar a sessão de risadas que havia no quarto.

Hermione estava nervosa, mas tentou disfarçar.

- não preciso nem dizer que Dumbledore em pessoa pediu que ninguém soubesse do ocorrido e Snape afirmou que não quer que ninguém saiba que eu o ajudei nas poções.

Gina deu um sorriso amargo.

- é claro que aquele morcego velho não quer admitir que você o ajudou, afinal você não é uma aluna da maravilhosa casa dele. Isso será nosso segredo.

Gina então perguntou tudo para Hermione já que perdera a primeira parte da explicação e ficou olhando a amiga admirada.

- talvez você não devesse ter abandonado Adivinhação, Mione, acho que você acabou de ter um sonho premonitório.

Hermione bufou.

- isso foi apenas um acaso, uma completa bobagem...

Mas os três ainda ficaram perturbando Hermione até ela terminar o café da manhã, apesar de já ser quase hora do almoço.

Hermione não via a hora de eles a deixarem sozinha para voltar a procurar a carta de Sirius, mas logo, ela se levantou e foi tomar um banho. Assim que saiu do banho sentiu Fred colocar em sua mão um pergaminho.

Hermione não precisou abri-lo para saber que era a carta de Sirius e a guardou rapidamente.

- eu não li nem deixei que Gina ou Jorge lesse, afinal deve ser uma carta de seu admirador secreto...

Hermione olhou para Fred e viu que ele a olhava atentamente. Notou também que Gina e Jorge não estavam mais no quarto.

- eles falaram que iam nos esperar lá embaixo, afinal eu e Jorge temos que descer sem que ninguém nos veja ou teremos muito que responder para Minerva.

Hermione viu que Fred estava escondendo-lhe algo, e sentou na cama, ainda secando os longos cabelos...

- pode falar, o que você está pensando Fred?

Fred passou as mãos pelos cabelos e deu um sorrido fraco.

- acho que não seria muito bom, Mione... – ele olhou para a janela e depois se virou para a amiga e sorriu indo em direção à porta parando apenas para acrescentar com seu antigo bom humor algo à sua frase – e se você quiser ajuda com o latim saiba que eu sou muito bom...

Hermione viu Fred sair do quarto e se deitou na cama, pensativa, era provável que a tensão da última noite houvesse lhe esgotado as forças e por isso ficara com febre, mas que maldita língua era essa? E o que Fred realmente pensava sobre tudo isso intrigava profundamente Hermione.

Ainda com sua mente fervilhando ela desceu as escadas para se encontrar com Gina e Harry.

Harry lhe abraçou, com um grande sorriso estampado no rosto.

- que bom que está melhor Mione, Ginny me disse que não está mais com dor!

Hermione sorriu.

- estou ótima e com pressa, perdi metade do domingo, acho que tenho que ir à biblioteca, vocês vêm comigo?

Harry e Gina se entreolharam e sorriram amarelo.

- nada contra sua adorada companhia, amiga, mas o máximo que eu farei é ir com você até lá! Viu o dia lindo que está fazendo e Rony está esperando eu e Harry no campo, com os gêmeos e Lino.

Hermione sorriu, ao ver que seu plano funcionara.

Iria com os amigos até a biblioteca e de lá, iria à enfermaria e depois ver Sirius.

Tocou de leve na capa de invisibilidade de Harry que estava escondida em sua pequena bolsa e saiu andando com os amigos.

Hermione se esforçou para conversar animadamente com os dois, afinal não queria despertar novamente a desconfiança e curiosidade de Gina e muito menos a de Harry.

O trio parou em frente a um aglomerado de alunos que olhavam abismados as ampulhetas que marcavam os pontos das casas.

Gina se infiltrou com rapidez no meio dos alunos e depois de alguns minutos saiu indo encontrar os amigos.

- vocês não vão acreditar, mas não sei quem foi o aluno que fez tal ato, mas a Grifinória está cem pontos à frente da Sonserina e ontem à noite estávamos empatados. – a ruiva estava radiante e olhava para os lados como que esperando alguém anunciar que fora o ganhador daqueles cem pontos, mas nada aconteceu e ela se virou para Harry, que tinha um sorriso radiante no rosto.

- isso é genial, agora estamos praticamente garantidos como campões este ano, vou tentar até mesmo não perder nenhum ponto...

Gina e Harry riram, mas Hermione apenas seguiu os amigos com o rosto corado, e uma grande alegria dentro dela.

Assim que se viu dentro da biblioteca, Hermione foi rapidamente à seção que queria e pegou um livro, saindo rapidamente. Assim que olhou ao redor e não viu ninguém, se escondeu embaixo da capa e foi na direção da enfermaria.

Sem pensar duas vezes atravessou a parede e entrou na ala.

Agora à luz da manhã, e mais calma Hermione pôde apreciar a magnífica mágica que havia na sala, era provavelmente uma das poucas alunas que conheciam essa ala.

Hermione andou em silêncio até Draco, e tocou a face dele, ele estava aparentemente dormindo tranqüilo.

Seu rosto, embora ainda muito pálido, estava mais corado do que a última vez em que o vira.

Sua respiração era lenta e regular, e o local da ferida, apesar de ainda estar arroxeado e levemente inchado, parecia aos olhos da garota muito melhor também.

Logo se afastou da cama, ao ver a enfermeira da escola chegar, provavelmente indo trocar as bandagens de Draco.

Hermione ponderou seriamente em sair e entrar novamente para poder perguntar a madame Pomfrey se Draco estava realmente melhor, porém desistiu ao ver o professor Snape entrar na ala, e ir em passos largos, até à cama de Draco.

- pode deixar que eu mesmo trocarei as bandagens do senhor Malfoy, Papoula.

A enfermeira não pareceu estranhar o pedido, (ou seria melhor dizer ordem?), do mestre de poções, e se afastou ficando apenas para auxiliá-lo.

Hermione viu que por duas vezes Snape havia olhado atentamente em sua direção, mas sempre voltava sua atenção ao trabalho minucioso. E Hermione não pôde deixar de notar que apesar de Pomfrey ser excelente em termos medicinais, Snape era um pouco mais cuidadoso e ágil, ele limpou novamente a ferida com a poção, assim como na outra noite, e apenas o líquido vermelho carmim saía. Hermione suspirou aliviada ao ver um sorriso pequeno aparecer no rosto de Snape, em oposição ao grande e largo que surgiu no rosto de Pomfrey.

- é um milagre Severus, esta criança será a primeira em décadas a enfrentar um ataque de um lupus sanguinos e sair sem nenhuma seqüela.

Snape concordou com a cabeça.

- ontem foi uma noite de milagres, Papoula, milagres...

Dizendo isso Snape olhou intrigado novamente na direção de Hermione, e terminou o curativo, dando as costas a Draco e saindo da enfermaria.

Papoula foi o seguindo e Hermione ainda pôde ouvir, com uma grande felicidade a última frase da conversa entre os dois.

- e temos que agradecer ao grande talento da senhorita Granger, afinal apenas alguém como ela poderia ter lhe auxiliado ontem à noite Severus.

- tenho que concordar, que se não fosse pela senhorita Granger, Draco talvez não se recuperasse...

O som das vozes foi ficando distante e Hermione se aproximou novamente da cama de Draco e tocou na mão dele. Como que reagindo ao toque, Hermione pôde sentir uma leve pressão em devolução em suas mãos.

Hermione saiu sorridente, e com o coração, mais leve, em direção à enfermaria comum, quando passou por Cordy e Zabini que falavam com o professor Dumbledore.

- não é necessário que vocês dois fiquem preocupados o senhor Malfoy está separado dos demais alunos apenas por segurança, afinal não queremos uma epidemia de gripe mágica.

Hermione viu que logo atrás dos três havia uma cama isolada onde aparentemente uma ilusão de Draco dormia, afastados dos demais.

Hermione viu o semblante da amiga, e notou a evidente preocupação. Mas foi o que viu nos olhos do amigo de Draco que a fez gelar.

Os olhos do garoto olhavam fixamente a parede por onde Hermione acabara de passar.

Hermione correu o máximo que pôde até à entrada do esconderijo de Sirius.

Sabendo agora o que ela delirava... Ou seria melhor dizer quem estava no delírio dela...

Antes do Véu

Sirius acordou assustado e se deparou com Hermione, que o olhava preocupada.

- Sirius...

Sirius sentiu um aperto no peito, ao vê-la se jogar em seus braços chorando.

- você não sabe o que aconteceu ontem à noite...

Hermione então contou tudo o que aconteceu a Draco e Sirius escutou em silêncio.

Assim que a namorada desabafou todo o terror que passou, viu que Sirius a olhava com um olhar distante.

- o que houve Sirius?

- você sonhou com o ataque ao Malfoy? – Hermione que não conseguia entender a importância desse detalhe diante de todos os outros, apenas ficou olhando o namorado.

Sirius então suspirou e contou à namorada que fora ele que encontrara Draco caído no corujal. E falou com muito custo o que o primo de segundo grau lhe contara.

Hermione ouviu cada vez mais abismada e logo depois se jogou novamente nos braços de Sirius.

- estou tão preocupada com você, meu amor...

- não se preocupe querida... – Sirius disse enquanto beijava o rosto da namorada que estava banhado em lágrimas – eu tomarei mais cuidado e não sairei mais do nosso refúgio, o que mais me doerá será que você deve evitar vir aqui com freqüência...

Hermione concordou apesar da iminência da separação já lhe doer quase que fisicamente.

Foi quando Hermione se lembrou da frase de Draco, que esquecera antes.

- Sirius, Draco me disse que foi o pai dele que o atacou...

Sirius se levantou e passou as mãos pelos cabelos, como se estivesse afastando pensamentos desagradáveis.

- eu vou matá-lo, eu juro que quando eu colocar as mãos naquele bastardo do Malfoy, o matarei...

Hermione ficou espantada com a explosão de Sirius, mas apenas pegou o livro que retirara da biblioteca.

Sirius sentou ao lado da namorada ao ler o titulo do livro: Maldições dos Híbridos.

Ela procurou o nome que ouvira a madame Pomfrey dizer e leu o texto com atenção.

Lupus sanguinos

Este híbrido foi criado por uma bruxa ao misturar ao sangue de seu lobo de estimação, o sangue de manticora e fada mordente.

Ela pretendia criar um guardião perfeito e realmente conseguiu.

Já que o animal se tornou um lobo grande de pelagem bela. Suas capacidades físicas redobraram e sua mordida se tornou altamente venenosa, assim como suas garras.

A criatura muito bem domesticada, nunca fez mal a ninguém, porém, foi vítima do ataque de um lobisomem.

A criatura que foi devorada, (nota: a criatura que tinha o nome de bubleus se colocou à frente de sua dona para protegê-la, tem até hoje uma réplica de si, na casa da família da bruxa).

O lupino desmaiou logo após ingerir uma boa parte da pobre criatura. E após acordar no outro dia agora em sua forma humana, foi embora. Pouco tempo depois, uma grande quantidade de ataques terríveis começou a acontecer na região. Pessoas feridas, com cortes feito por garras, ou mordidas, acabavam por morrer após algumas horas dolorosas.

A bruxa reconhecendo alguns sintomas, juntou um fato ao outro e saiu junto a outros bruxos do vilarejo à caça do lobisomem. O acharam, mas já era tarde demais, ele já havia espalhado a maldição.

As vítimas deste tipo de híbrido, tem apenas 3 de chance de vir a desenvolver a maldição e se tornar um lupus sanguinos, pois normalmente morrem. É uma das piores mortes já documentadas, já que o corpo da vítima, acaba por ser envenenado aos poucos e sangrando até à morte, enquanto sofre uma agonia solitária.

A bruxa, criadora de bubleus, Dorea Black Potter, com ajuda de Lunther Prince criaram os únicos métodos para evitar a morte certa das vítimas, porém, até à criação da poção de limpeza sanguínea e de dois ungüentos capazes de extrair o veneno das feridas provocadas pelas garras e presas do híbrido, salvar uma vítima era o mesmo que criar outro híbrido, porque ele se transformaria em um lupus sanguinos. O mestre em poções Severus P. Snape foi o criador dos últimos ungüentos e da poção que veio a se juntar aos outros métodos como a única chance de uma vítima. Porém é um processo tão difícil que poucos bruxos são capazes de criar e adotar. O método deve ser administrado antes que o veneno atinja o coração e se espalhe totalmente. (cinco horas foi o tempo recorde, mas a pobre vítima, ainda teve seqüelas, horríveis.).

Existe até mesmo uma lei do Ministério da Magia que abona o bruxo que destruir a vítima, assim que for comprovado que ela é uma portadora.

Não há noticia de um ataque desse tipo de híbrido na Grã-Bretanha há anos, o último foi há vinte anos atrás. A vítima morreu.

Lupus sanguinos, não são afetados pela lua cheia, não se sabe o que leva a transformação a ocorrer, porém é provável que seja, assim como os piores lobisomens, a sua sede de sangue e carne humana. Sorte que são extremamente raros, já que mesmo antes da invenção do método de contenção, é raro a vitima sobreviver.

Enquanto Hermione lia, ela podia sentir os olhos de Sirius lhe observando. Ela terminou de ler e voltou sua atenção para o namorado.

- o que você sabe sobre isso Sirius? – Hermione perguntou, ao vê-lo suspirar.

Sirius então falou com a voz, baixa e Hermione achou um tom envergonhado.

- a vítima não morreu...

Hermione o olhou sem entender, por um momento ela pensou em Lupin, mas isto não fazia sentido, além de que Lupin definitivamente não era um hibrido, e nada tinha a ver com Malfoy - quem era... – Hermione perguntou, porém algo dentro dela achava que já sabia a resposta.

- éramos muito jovens, nesta época Hermione e jamais iríamos imaginar algo desse tipo...

Hermione ficou ainda mais sem entender.

- você está falando que tem a ver como o fato de Lucius Malfoy ser um híbrido? – Ela perguntou assustada.

Mas a cara de surpresa de Sirius a deixou confusa.

- não é Lucius que foi mordido, mas sim Lorac Malfoy, irmão mais novo de Lucius. – Sirius pareceu pensar, por um tempo, antes de continuar – Lorac, era diferente de Lucius, era realmente uma criança gentil, muito inteligente, foi selecionado para a Corvinal, e normalmente era perseguido pelos alunos da Sonserina, é claro quando Lucius não estava perto do irmão ou Bella, confesso que Bellatrix enquanto esteve na escola fez a vida de Lorac ser ótima, ninguém nunca ousou mexer com ele, enquanto ela ainda estudava aqui, mas ela se formou, e ele ainda era um terceiroanista, eu estava no sexto e Lucius estava para se formar. A vida do garoto se tornou péssima, todos o atacavam, com exceção é claro de Severus Snape e Lily. – Sirius olhou então envergonhado para Hermione – é claro que apesar do garoto não ser um completo idiota como o irmão, ele não era bem visto por nenhum dos marotos, mas ele idolatrava Remus, um dia ele nos seguiu, provavelmente já ciente de que Remus era um lobisomem, mas quando o descobrimos, mandamos Rabicho despistá-lo, aquele verme... – Sirius disse com raiva – levou o garoto para o meio da Floresta Proibida e o mandou esperar que nós já viríamos, o plano era apenas escondermos Remus do garoto, mas algo deu errado, quando Rabicho foi buscá-lo o encontrou ferido, chegou ate nós lívido e contou que uma fera havia atacado o garoto. – Sirius fechou os olhos - o levamos para cá, e sem saber o que fazer tentamos providenciar um curativo, ao amanhecer, Remus reconheceu as feridas, ele sempre foi obcecado por seu problema, então Lily e Remus fizeram o ungüento e a poção. Sabíamos que estávamos criando um monstro, mas não conseguíamos cogitar a possibilidade de matá-lo, então fomos até Dumbledore e contamos tudo. Ele foi levado à ala hospitalar, e de algum modo todos na escola ficaram sabendo que ele fora atacado por um híbrido, dois dias depois soubemos que ele estava morto, só que na realidade a família Malfoy o levara embora, sei que Dumbledore fez vistas grossas para essa mentira, pois Lorac contou a ele que fomos nós que o levamos até à floresta, ele só tinha treze anos na época.

Hermione ficou calada por um longo tempo.

E nem percebeu que chorava. Ela se levantou e ficou olhando para o nada. Até se virar para Sirius.

- eu não acredito nisso, não acredito que deixaram aquele verme levar uma criança para o meio de uma floresta, e o deixar sozinho...

Hermione estava revoltada.

- e agora vejam o que aconteceu, provavelmente Lucius deve estar usando o irmão para atacar pessoas inocentes.

Sirius deixou que Hermione gritasse e extravasasse sua indignação. E não pôde deixar de dar um sorriso triste. Ela estava tão indignada quanto Lily ao ouvir a história pela primeira vez.

A mesma raiva contida, o mesmo modo de andar em círculos para não acabar falando demais e magoando alguém...

Hermione depois de algum tempo se sentou ao lado de Sirius e tocou a mão dele, com carinho.

A raiva ainda estava lá ele sabia, mas ela o havia perdoado.

Sirius sorriu.

- o que vamos fazer? – Hermione perguntou.

- nada, se Draco resolver entregar o pai o apoiaremos, mas se ele não o fizer devemos nos calar.

Hermione o olhou incrédula.

- mas...

Porém Sirius a interrompeu.

- se Draco quiser entregar a família ou não é um direito dele... Sem ele falar não poderemos provar nada, muito menos que foi Lorac que oficialmente está morto... – Sirius suspirou cansado – e tem mais uma coisa, Draco jamais será visto por ninguém normalmente apesar de ser 100 eficaz o tratamento que o ranhoso criou, nunca as pessoas acreditarão, Hermione, sempre haverá preconceito.

Hermione concordou com a cabeça e abraçou Sirius.

Antes do Véu

O casal ainda ficou em silêncio por um bom tempo, até Hermione se remexer inquieta.

- tenho que ir, Sirius... Vão dar por minha falta, e falta apenas uma semana para Harry enfrentar a última tarefa...

Sirius sorriu e a fitou entristecido.

- então acho que ficarei sozinho por algum tempo, não é amor?

Hermione então o abraçou com força.

- não... – e se levantou – me espere essa noite, eu virei...

Sirius tentou dizer algo, mas soube que nada que dissesse a impediria de vir.

Hermione o olhava com o mesmo brilho decidido, que brilhava em seus olhos quando nada podia convencê-la a mudar de idéia.

Sirius se deitou sorrindo.

Ele veria Hermione, Draco estava bem...

E após alguns segundos ele se levantou e rasgou uma carta...

Escrevendo outra em seu lugar.

Antes do Véu

Hermione foi escondida pela capa até à biblioteca, guardou o livro na seção, e pegou um outro qualquer e ainda escondida se sentou à mesa mais afastada de todas, olhando ao redor, retirou a capa e fingiu ler.

Após alguns minutos, quando realmente estava entretida na leitura, viu que sua tática surtira efeito, ao ver Harry e Rony sentarem em frente a ela com caras emburradas.

- onde você passou a tarde inteira Hermione? – Rony perguntou espumando de raiva, seu rosto vermelho como os cabelos.

Hermione apenas virou uma página do livro e olhou para ele serenamente.

- aqui, Rony.

Harry e Rony trocaram um olhar de espanto.

- nós te procuramos três vezes na biblioteca, e não te vimos.

- tem certeza que vocês procuraram bem? – Ela estava com um sorriso no rosto agora, ao ver a cara dos amigos – eu estive fazendo meus trabalhos, os levei à torre, guardei o material e como não encontrei nenhum dos dois voltei para cá.

Harry ainda não conseguia acreditar, mas Rony abriu um sorriso.

- é claro, quando nós te procuramos aqui, você deveria estar ou levando o material ou nos procurando...

Hermione sorriu, e sentiu o estômago roncar, então se levantou sorrindo e disse aos amigos.

- porque não vamos à cozinha hein?

Rony esquecendo definitivamente que estava com raiva da amiga, se levantou na mesma hora e foi na frente.

Enquanto ela e os amigos se serviam do banquete, Hermione discretamente pediu a Dobby, que preparasse um banquete, para ela levar a Sirius.

Dobby apenas sorriu para a garota.

Os três saíram rapidamente da cozinha e Hermione viu que o assunto preferido dos Grifinórios ainda eram os misteriosos cem pontos que alguém da casa havia ganho.

Eles encontraram os gêmeos e Gina além de Neville.

Hermione só então pôde realmente apreciar o que isso significava realmente, Severus Snape havia reconhecido seu talento, não só dando os cem pontos que ele mencionara como ironia na outra noite, mas também quando falara a madame Pomfrey. Ela estava tão radiante que se os amigos houvessem notado logo saberiam que era ela aluna, mas apenas um deles notou isso.

Após um tempo, logo após anoitecer, Hermione se retirou para o seu quarto.

Onde ficou até à hora de ir ver Sirius.

Antes do Véu

Hermione caminhava até à cozinha para pegar o que pedira a Dobby quando um agradável aroma de absinto e ervas chegou até ela. Hermione diminuiu os passos esperando ele chegar até ela e tal fato não tardou.

Os dois se olharam em silêncio e continuaram a andar.

Hermione não sabia o que falar, mas também, sabia que ele iria falar algo.

- você sabe o que houve realmente a Draco? – a voz grave e melodiosa dele, desfez o silêncio.

- sim. – Hermione respondeu.

- então se eu fosse você, evitaria ao máximo andar sozinha...

Dizendo isso, Blaise se virou e seguiu o caminho inverso e sem se importar de Hermione o estar vendo puxou uma capa e colocando-a sumiu. Hermione fez o mesmo.

Fim do capitulo Trinta e Um.

Vivian Drecco® - Antes do Véu. © 2007

Nota de beta:

Pois é mais um capítulo que me deixou realmente muito curiosa…

Muita coisa que eu gostava de ver respondida: que sonhos foram aqueles? Que língua é aquela? O que o Blaise tem a ver com os sonhos? Afinal o que Blaise tanto sabe? O que Fred pensa do assunto? E seria Lucius capaz de atacar o próprio filho? Bem eu já não duvido de nada… e que carta foi aquela que Sirius rasgou? Muitas e muitas dúvidas que eu espero ver respondidas o mais brevemente possível…..

Ah..e que Snape adorável…até deu os 100 pontos e tudo..

E aquela cena do Draco responder, mesmo que involuntariamente ao toque de Hermione foi muito fofa….

E porque só Hermione pôde atravessar a tal parede da enfermaria?

Bem, este foi um daqueles capítulos para nos deixar ainda mais e mais curiosos, e como eu sempre digo a Vivis sabe fazer isso muito bem….

E grande Vivis….é preciso ter mesmo muita imaginação para inventar esse tal de Bubleus, e que grande coincidência (ironia) uma Potter criar tal tipo de criatura… o que estará por trás disso?

Bem, como podes ver eu só tenho dúvidas e mais dúvidas…

Acho que é só...

Beijos

Nota da Autora:

Oi gente... demorei? (foi uma pergunta retorica não precisam responder)... amanhã sai outro capitulo no mais tardar no domingo!!!

E Bom... espero que estejam mais calmas, sobre tudo... neste capitulo temos algumas respostas... (eu juro que tem algumas por ai...)

Temos também neste capitulo algo sobre o hibrido, se vocês lessem minhas teorias mirabolnates sobre isso iram ver que a que adotei é bem coesa!!! e Momentos fofos... Draco e Mione... e Melhor temos uma prova que apesar do sarcasmo o Snape é Maravilhoso... o que sera que passa pela cabeça dele hein?

Agora respondendo aos comentarios:

Flavia: aiai... que bom que você leu tudo e gostou (eu deveria me sentir culpada por lhe distrair de seu trabalho, mas sinceramente não me sinto... e sim radiante!!!) e eu abandonar? Jamais, enquanto vocês estiverem por aqui eu também estarei!!! e espero mais coments!

Taaa: Que bom que leu esta fic, e sério que foi a primeira desse shipper (vivis rindo feliz), e sim coitado do Dracogostoso... mas vai melhorar... não sei qdo mas ,melhora... e obrigada!!!

Marycena: è verdade o proprio pai... mas você ainda verá muito mais... e tanks

Lucente: Oi!!! espero que não tenha te deixado muito ansiosa... capitulo novo em breve!

Mariana: Hummm você quer saber sobre os pensamentos do Fred? e do Blaise? e o que mais???? Em breve teremos mais ... e já leu o livro que te indiquei???? Dividas em breve!

Kisses a todos...

Vivis

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