Os Anjos Voltam a Espiar



Eu vou me casar, Hermione





Capítulo Dois – Os Anjos Voltam a Espiar






- Malfoy está praticamente louco de raiva! Diz que é a terceira vez que vem aqui e não recebe a maldita indenização. Você não autenticou nenhum daqueles relatórios sobre aqueles espíritos e muito menos começou a trabalhar para o encontro de quinta-feira com os duendes. Onde você está com a cabeça Hermione, onde você está com a cabeça?



Era uma resposta que Hermione também queria ouvir.



Assim que chegara em casa no dia anterior, se trancara no quarto indo eventualmente ao banheiro já que nem água parava em seu estômago. Assim, tão frágil, deitada na cama a lembrar do dia horrível que tivera percebera o quanto as pessoas de que ela mais gostava acabavam se afastando dela. Estava doente e ninguém, a não ser o Sr e a Sra. Granger que eventualmente ameaçavam botar a porta à baixo caso Hermione não os deixasse entrar, vinham vê-la. “Antigamente era diferente... pra onde, pra onde foram todos?”



Harry se tornara um Auror. Trabalhava muito tentando provar pra todo mundo que não era apenas um nome famoso. Que realmente, merecia ser um Auror. Hermione se lembrava dos comentários maldosos a respeito dele, dizendo que só fora nomeado por ser o Menino-que-sobreviveu. Gina era curandeira no St. Mungus e foi lá, no hospital, que começou seu relacionamento com Draco Malfoy. Ele estava tratando de um espinho encravado e Gina foi a curandeira-estagiária que cuidou dele. O dia em que a garota contara para a família que estava namorando um Malfoy foi turbulento: Arthur Weasley desmaiou enquanto Fred e Jorge perguntavam se Gina não havia pegado algum tipo de vírus que causasse alucinações no St. Mungus. Acontecera no salão principal do hospital. Hermione estava lá naquele dia. Aliás, ela costumava sempre estar com os Weasley, ir muito na Toca. Quanto tempo fazia que não ia lá?



Sabia que Fred e Jorge continuavam com as Gemialidades Weasley no Beco Diagonal, e estavam indo de vento em popa. Outro dia mesmo não lera em algum lugar uma referência a uma grande liquidação? Fazia tempo também que não ia à loja... lembrou-se então da última vez que estivera na Toca. Fora num casamento. No casamento de Percy e Penélope. Ela estava no sétimo ano e era Férias de Natal. Hermione se lembrava de como fora divertido. Tudo aconteceu no quintal dos Weasley. Eles tinham colocado arranjos floridos pela casa toda, havia mesas e mais mesas do lado de fora. E chegavam mais e mais pessoas nos momentos mais inesperados (“Como coube tanta gente lá?”), dos lugares mais inesperados. Até mesmo Dumbledore dera um pulinho na festa, nos últimos minutos e dera um par de meias florescentes para os noivos.



Tinha sido um dia divertido sim. Ela, Harry e Rony comandavam os fogos de artifício juntamente com Fred, Jorge e Lino. Ela, Harry e Rony. Rony... ele era jogador dos Cannons agora.


“A quanto tempo não falo com todos eles? De vez em quando esbarro com Harry nos corredores do Ministério, no elevador. Mas e todos os outros? Que foi feito deles? O que foi feito de mim?”



O que estava acontecendo? Que tipo de pensamentos eram aqueles? Ora, por que ela não via os amigos? Porque era uma pessoa ocupada. O Ministério exigia muito dela. Tinha de trabalhar muito, principalmente agora que estava conseguindo mudanças significativas com relação às Criaturas Mágicas. Sim, tinha escrito dois livros durante esse tempo. Sua vida não tinha sido uma total perda de tempo. De jeito nenhum. As coisas estavam indo melhor e...



Estavam indo mesmo? “Todos tomaram rumo na vida. E eu continuo aqui, morando com meus pais. Fazendo as mesmas coisas de antes, só que agora eu recebo pra isso” O que ela estava esperando ganhar para fazer algo? Que adiantaria todos aqueles galeões que ganhava, se tudo ficava em sua conta de Gringotes. Fora do trabalho, vivia como trouxa. “O que estou esperando da vida? Um sinal? Um sinal para fazer o que? Mudar? Mas mudar para ser o quê?”



Olhou para a janela como se esperasse que alguma coisa entrasse por ela e respondesse a suas perguntas mas ao invés disso, viu apenas a noite estrelada. Sim, já era noite. Ficou ali, durante alguns minutos apenas admirando a beleza do que via: pontos brilhantes. Quando criança, sua mãe dizia que as estrelas eram buraquinhos que os anjos usavam para espiar as pessoas. “Os anjos me espiam agora?”



Lembrou-se do céu em Hogwarts. Não sabia como ou porque, mas o céu lá era diferente. Parecia de alguma forma maior. Misterioso. Quase encantado. Lembrou-se das inúmeras noites em que ficara acordada até tarde observando, da janela de seu dormitório, o refletir das estrelas na água do lago. Rony gostava disso também. Uma vez, ele a levara durante a noite para ver de perto. A água negra e quieta do lago, as estrelas. Era lindo.


* * *



- Venha, você vai ver como é – disse Rony puxando-a pelo pulso.



- Não – falou Hermione apreensiva – vamos voltar pra Grifinória, Rony.



- Pra quê? Você não disse que gostava de ver o reflexo das estrelas no lago? Vamos, deixa eu mostrar pra você como é de perto...



Hermione ficou calada e seguiu Rony pelos corredores escuros do castelo. Desejou que ele tivesse lembrado de pegar a Capa da Invisibilidade de Harry. O castelo parecia tão diferente á noite. Parecia assustadoramente vivo. Ao pensar nisso, sentiu um leve arrepio.



Cuidadosamente, Rony abriu as portas de carvalho agradecendo por dentro o fato de Pirraça não os terem visto. Levariam uma boa bronca de Filch por estarem saindo à noite ou até coisa pior. Os tempos estavam perigosos. Dumbledore havia dito pra ninguém se arriscar fazendo o que não devia... “ mas não estou fazendo nada de errado. Só quero mostrar as estrelas pra Mione...”



- Rony, você tem certeza disso? – perguntou Hermione pela milésima vez – não é melhor voltarmos?



Mas no fundo ela sabia que não queria voltar. Queria ver de perto. Ver se era lindo como Rony havia dito que era.



Eles foram correndo até chegar à orla do lago. Hermione suspirou de decepção quando não viu nada. Nuvens cobriam as estrelas. O lago estava negro.



- Espere – pediu Rony quando ela virou a fim de voltar ao castelo – as nuvens vão embora.



- Como pode ter tanta certeza? – perguntou ela em tom de desafio.



- Porque quero mostrar pra você – respondeu ele simplesmente mirando o céu.



Hermione o fitou por um tempo. Ele estava diferente. Não sabia como, mas estava. Continuava sendo o mesmo Rony de sempre, mas ao mesmo tempo era outro. Não, não era aquele Rony que ela conhecia. Seu amigo e amigo de Harry. Ele era apenas um rapaz ruivo cheio de sardas querendo mostrar o lago iluminado.



“Querendo me mostrar.” – pensou ela repentinamente.



- Olhe, Mione! – ele apontou pra cima e ela ergueu os olhos.



A visão a fez ficar muda. Era lindo. Não conseguiria descrever nunca o modo como a água escura conseguia fundir-se de maneira tão perfeita com as luzes brancas. Nem com mil palavras.



- Gostou? – perguntou Rony vendo o quanto ela estava deslumbrada.



- É perfeito.



Os dois ficaram em silêncio observando o lago até as nuvens tomarem novamente conta do céu.



- Vamos embora – disse Hermione devagar. Aquele espetáculo parecia ter deixado sua mente mais lenta – antes que alguém nos veja.



Rony concordou com ela mas antes disse:



- Mas já nos viram.



- Quem? – perguntou Hermione temerosa, lançando um olhar às janelas escuras do castelo.



- Os anjos.






* * *




“Os anjos me espiam agora?” – Hermione perguntou novamente. “Espiam Rony?”



Silêncio.



“Por que estou me lembrando disso agora?” – pensou ela cerrando as cortinas bruscamente – “por que estou pensando em Rony? Eu estou bem assim, estou feliz com a vida que tenho. Não preciso de mais nada. De mais nada. Nem de ninguém.”




Puxou as cobertas e virou para o lado. Estava cansada, fora um longo dia e precisava acordar cedo no dia seguinte.



* * *




- ...onde você está com a cabeça, Hermione? – Percy perguntou mais uma vez.



- Eu, eu não sei... – murmurou ela à beira das lágrimas – eu realmente não sei, Percy.



Se ela não estivesse se sentindo tão estranha, provavelmente levaria a sério a visita de Percy a sua sala. Ele acabara se tornando conselheiro-chefe do Ministro da Magia. Hermione praticamente nunca o via, só em situações de emergência. E aquela parecia ser uma delas.



- Você esqueceu os relatórios? O pagamento de Malfoy? Simplesmente esqueceu?



Hermione não respondeu. Era funcionária exemplar, nunca faltava com seus compromissos. Nunca. Formara-se com mérito em Hogwarts. Agora deixaria, que por causa de um enjôo e de pensamentos depressivos tudo despencasse? Assim, sem mais nem menos?



- Ontem eu não estava me sentindo bem, Percy – começou ela – tive uma forte crise de estômago logo pela manhã, vim para o trabalho e ainda de tive de dar uma entrevista ao Profeta. Malfoy invadiu minha sala mais à tarde e minha noite foi péssima.



- Eu também tenho dias ruins – começou Percy em tom pomposo – tenho meus maus momentos. Nem tudo na vida é fácil, Hermione. É preciso trabalhar todo dia. Isso quer dizer todo dia. Dar tudo o que podemos de nós sempre. Entendeu? Não aceito suas desculpas. Se você continuar assim não sei o que poderá acontecer. Logo você, que sempre foi uma garota sensata me arranja uma encrenca dessas. Trate de melhorar seu serviço e não me venha com esses maus dias ou serei obrigado a descontar todas essas faltas do seu salário – ele girou os calcanhares para ir embora mas antes disse – e mais um deslize seu, mais um e adeus cargo de chefe de departamento.



Assim que o ruivo saiu, Hermione se deixou largar em sua confortável cadeira. “Eu sempre faço tudo certo. Sempre fiz tudo certo. Mas um dia de erro, estraga tudo... Apenas um erro é suficiente para estragar tudo...“ Precisava relaxar um pouco. Parar de pensar. “Parar de pensar nessas coisas que pensei que já tinha esquecido. Parar de pensar tanto em Rony...”



- É uma bomba!



Hermione desejou que as pessoas não gritassem tanto. Roberta, sua assistente, vinha entrando pela sala gingando desesperadamente, balançando um exemplar do Profeta Diário nas mãos.



- A matéria comigo saiu? – perguntou Hermione sem muito interesse.



- Saiu sim – confirmou Roberta dramaticamente – e na primeira página.



Ela atirou o jornal da na mesa da chefe que leu:



MINISTÉRIO NO FUNDO DO POÇO
Funcionária de alto escalão do Departamento de Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas é encontrada trabalhando bêbada. O que será de nós?




- O quê...? – começou Hermione indignada, mas Roberta fez sinal para que ela lesse o resto.



A medida que seus olhos corriam por aquelas linhas, o queixo de Hermione ia caindo. “As reformas no Ministério após a queda do Lord das Trevas não foram suficientes para expurgar todos os funcionários não qualificados”, “Hermione Granger, escritora do sucesso Igualdade entre os Mundos aparentemente se encontrava bêbada durante nossa entrevista e com toda certeza não está apta a fazer acordos com ninguém, muito menos com duendes revoltosos.” Não podia acreditar no que estava lendo. Era loucura! Ela, acusada de trabalhar bêbada, de possuir delírios mentais? O que estava acontecendo? O que estava acontecendo com sua vida?



- ... e recomendamos um tratamento no St. Mungus com a curandeira Philipa Jones, especializada em vícios mágicos – murmurou Hermione lendo as últimas linhas do jornal – Roberta, o que... o que é isso?



- Eu disse pra você, Hermione – falou Roberta pegando de volta o exemplar do jornal – eu disse pra você não fazer aquela entrevista. Pra eles, pouco importa que os duendes estejam explodindo o mundo desde que possam falar mal de alguém...



- Mas eu sempre faço tudo certo, Rob! – protestou Hermione batendo a mão com força na mesa – eu sempre faço tudo certo! No meu primeiro erro, eles caem em cima de mim. Caluniando. Mentindo. Dizendo que eu estava bêbada! Oh, pelos céus, eu nunca sequer cheguei perto de um Whisky de fogo!



- Controle-se, Hermione, voc...



- Eu não quero me controlar mais! Eu me controlei a vida toda. Sempre fiz tudo certo e quando eu erro, uma única vez, tudo desmorona! Não quero mais isso pra mim, preciso dar um tempo. Repensar minha vida. Ver se está tudo realmente valendo a pena...



Hermione saiu correndo da sala deixando Roberta para trás.



- Não tente ser perfeita demais, Hermione...



* * *






Rony Weasley tomava café da manhã no Caldeirão Furado. Não havia dormido muito bem na noite anterior. Estava cansado, apesar da viagem de Belfast até Londres não ser exageradamente longa. Tinha tanta coisa ainda para fazer... precisava ir para a Toca, falar com a Sra. Weasley, acertar algumas coisas que faltavam. “Acalme-se Rony, daqui a uma semana você estará feliz, viajando para o Caribe”



- Oh, você está aqui – exclamou uma mulher sentando-se ao lado dele – procurei você por todo este lugar! Não sabia que costumava acordar tão cedo!



- Não costumo – respondeu Rony bocejando – não consegui dormir muito bem esta noite.



- Pobrezinho – murmurou a loira – dei uma passada no Beco Lateral...



- ... Diagonal – corrigiu Rony automaticamente.



- Isso! Sabia que tinha qualquer coisa a ver com triângulos.... – o ruivo franziu a sobrancelha perante o comentário – mas isso não importa. Comprei um exemplar do Protetor Diário e...



- Profeta Diário – corrigiu Rony mais uma vez.



- Não gosto quando fala comigo neste tom – falou a mulher com um ar ofendido.



- Desculpe – pediu Rony arrependido – já disse que não dormi bem esta noite... desculpe, sim?



A mulher sorriu largo e prosseguiu:



- Pensei que você gostaria de ler.



Rony deu um sorriso para ela e pegou o jornal. Não gostava do Profeta Diário e raramente o lia. Somente quando tinha notícias de esportes e de preferência, notícias sobre os Cannons, que estavam progredindo em seu fracasso secular.



Houve uma época em Hogwarts em que ele, Harry e Hermione liam o jornal todas as manhãs. “Os tempos eram difíceis naquela época. As coisas eram escuras” As notícias eram diferentes das de agora. Ora, que palhaçada era aquela, uma funcionária desconjuntada daquele jeito? E que sala era aquela? Parecia mais o quarto de Fred e Jorge!



Leu a manchete: MINISTÉRIO NO FUNDO DO POÇO. Sua atenção voltou para a foto onde a mulher tentava em vão arrumar os cabelos. Parecia ter passado a noite no Cabeça de Javali.



- Meu Deus! É uma funcionária do seu Ministério? – perguntou a mulher que estivera lendo a notícia por trás de Rony. O ruivo era enorme e se ele estivesse de pé, provavelmente a loira mal lhe chegaria aos ombros. Isso é claro, se ela estivesse usando salto alto.



- É o que parece – concordou Rony imaginando o que Percy não diria quando lesse a notícia.



Provavelmente a carreira daquela infeliz estaria acabada. Não duvidava que daqui a uma hora mais ou menos, a mulher da foto estaria com seus pertences reunidos numa caixa, ouvindo Percy gritar um belo e longo discurso sobre responsabilidade e fidelidade para com o Ministério. Sem recomendação, ela não encontraria um bom emprego nunca mais. Rony imaginou sua vida: uma mulher provavelmente inteligente, que poderia ter alcançado relativo sucesso, se casando com um homem gorducho e feio “provavelmente o dono de um bar”. Passando o resto dos dias lavando pratos para a ajudar o marido e depois arrumando um bando de filhos, todos eles com nomes tipo Stu, Van, Déb e Lyn. Todos eles futuros fracassados também. “No máximo um deles poderá se tornar condutor de Noitibus Andante ou se derem sorte, faxineiro do St. Mungus.”



Continuou olhando a foto da mulher por alguns segundos. Era bonita também. Suas vestes, apesar de sujas, eram elegantes. Imaginou-a com um avental velho. “Um único erro pode acabar com toda uma vida”.



Ficou assustado com seu próprio pensamento. Um calafrio lhe percorreu o corpo. “Ora, que bobagem. Por que estou pensando nisso?”



- O que diz sobre a mulher da foto? – perguntou a outra atrás dele.



Rony, que fora trazido bruscamente de volta à realidade, leu a legenda:



- É a Chefe de Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas. Hermio... – parou bruscamente ao ler novamente aquele nome depois de tantos anos – Hermione Granger.



- Você a conhece? – perguntou a loira.



O ruivo não respondeu de imediato. Sim, ele se lembrava de que Harry havia lhe dito que Hermione trabalhava no Ministério, algo com Criaturas Mágicas mas ele não dera muita atenção a isso na época. Sabia por alto que ela havia escrito uns livros (Gina até tinha comprado uns exemplares e presenteado toda a família com eles) e que tinha relativo sucesso no mundo bruxo. O que acontecera com ela? Olhou para a foto do jornal uma última vez e se lembrou da garota que conhecera em Hogwarts. Não, impossível de serem a mesma pessoa. Hermione era... “ela era perfeita” – pensou Rony sem querer.



- Não. Eu não conheço.



* * *






N/A: estão gostando dos rumos da fic? Eu realmente espero que sim! Não se esqueçam das reviews por favor! Sabe, pra eu saber que pelo menos tem alguém lendo a história... critiquem, elogiem, façam o que quiserem (que isso to dando uma Victor Ichijouji pedindo reviews tão histericamente assim...) Podem me mandar e-mails também Pode ter certeza de que eu vou responder...



No próximo capítulo...



Gente chorando, Harry dando conselhos, reflexões sobre a vida... quem é a mulher loira conversando com Rony? Ela vai aparecer direito no próximo capítulo? Eu respondo: continuem lendo (e mandando reviews... não eu não desisto mesmo dessa história de reviews...) o próximo capítulo ´Eu Vou me casar, Hermione´ (é, o capítulo é o título da fic sim...).

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.